quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15703: (In)citações (83): Depoimento de um antigo combatente na diáspora (José Câmara, ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56) (2): Reintegração na vida civil e saída para a diáspora

1. Segunda parte do Depoimento de um antigo combatente na diáspora, da autoria do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), enviado ao Blogue em 14 de Janeiro de 2016:


Depoimento de um antigo combatente na diáspora* 

2 - A reintegração na vida civil e a saída para a diáspora
 
Na chegada ao Faial (17 de Janeiro de 1973) não havia ninguém à minha espera. A minha família partira para os Estados Unidos da América ainda antes de eu ter ido cumprir o serviço militar. A madrinha de guerra que me acompanhara tão abnegadamente durante os dois anos de comissão, também ela emigrante, era uma doce recordação, um amor que já não era segredo. O tempo se encarregaria de nos juntar.

Sem casa, sem família ou namorada por perto e com os amigos da minha idade ainda a cumprirem o seu serviço militar ou a estudarem na universidade, sentia-me mais só que nunca. Apenas me animava a esperança que, em breve, também emigraria, indo ao encontro daqueles que me deram o ser e esperavam por mim. Não sentia a falta do serviço militar, mas sonhava com as situações passadas e lembrava com uma saudade tremenda aqueles jovens com quem vivera e que jamais esqueceria. Irmãos que o foram e jamais deixarão de o ser. Apresentei-me na Circunscrição Florestal da Horta. Pretendia voltar ao trabalho. Fora dali que partira para o serviço militar. E seria ali que iria sofrer a primeira grande desilusão como cidadão de Portugal, mas também a certeza de que o mundo era servido por gente boa. A minha posição naquela Circunscrição não tinha sido salvaguardada. O Governo que me tirara ao seio da família, agora tirava-me o trabalho, depois de eu ter cumprido com todos os meus deveres como cidadão.

Não podia ser, não acreditava. Insisti que não era correto o que me estava a acontecer. O Engenheiro Olavo Simas, Chefe da Circunscrição, e o Chefe de Secretaria, o Sr. Fernando dos A.A. Campos, dois homens de inigualável humanismo, compreenderam a situação e o meu protesto. Seria reintegrado no trabalho uns dias depois das férias regimentais.

Entretanto, recebera a 27 de Janeiro de 1973 o termo de responsabilidade, o contrato de trabalho e a carta de chamada, documentos que iriam mudar por completo o rumo da minha vida. Como tantos outros iria emigrar para os Estados Unidos da América.

Com aqueles preciosos documentos na mão dirigi-me ao escritório do agente de viagens e emigração que me aconselhou sobre o processo burocrático para obter passaporte português e o visto pelas autoridades americanas. Para tanto deveria começar pela obtenção da licença militar para me ausentar para o estrangeiro e do certificado de registo criminal, além de outra documentação e exames médicos. Tudo parecia fácil, para logo descobrir que não seria assim quando me dirigi à secretaria do Comando Militar da Horta e ali fui informado que sem a caderneta militar não poderiam passar a licença. Também teria que aguardar pela passagem definitiva à disponibilidade o que só aconteceria a 7 de Fevereiro de 1973. Houve que movimentar boas-vontades na Repartição de Mobilização e uma cópia da minha Nota de Assentos foi enviada para o Comando Militar da Horta, ao mesmo tempo que autorizava aquele a passar-me a necessária Licença Militar.

No dia 13 de Abril de 1973, precisamente 3 meses após ter desembarcado em Lisboa vindo da Guiné, era assinada a licença militar para me ausentar definitivamente para os Estados Unidos da América. A licença custou em selos fiscais 1.063$00 (mil e sessenta e três escudos), o que constituía para a época uma quantia assinalável. Mais que o dispêndio magoou-me ter que pagar por uma licença militar depois de ter cumprido com honra e dignidade os meus deveres para com a Pátria. Para além disso, atrasou todo o meu processo de emigração em cerca de dois meses.

Licença militar. Aqui para nós, consegui-a sem ter a caderneta militar. Mas foram precisas muitas ajudas. A começar em Bolama. Uma história muito comprida.

Foi em Ponta Delgada que encontrei alguns membros da CCaç 3327 e da CCaç 3328 também eles a prepararem o processo de emigração. Para além daqueles que faziam parte da minha vivência na Ilha do Faial, este encontro tinha um sabor especial pois um deles, o José Serpa, um florentino, tinha sido soldado da minha secção. Dos outros recordo-me do António Maria Vasconcelos, do José Carvalho, também eles florentinos, e o micaelense João Carlos Reboredo. Era o meu primeiro grande encontro com um passado ainda recente. Por eles soube que já estavam na posse da respetiva caderneta militar. Infelizmente, com imensa pena minha, nunca recebi a minha.

No Sábado, dia 21 de Julho de 1973, embarcava para ilha de Santa Maria e dali para o Estado de Massachusetts, EUA, onde chegaria nesse mesmo dia a casa dos meus pais sem ter avisado ninguém da minha chegada. Quarenta e quatro meses depois, agora em terras da América, voltava a abraçar a minha família.

Cerca de três meses após a minha chegada a terras americanas, já na posse do meu cartão da Segurança Social e do cartão Residente Permanente, o chamado cartão verde (talvez devido à sua cor), vi-me obrigado pela força das leis deste país a inscrever-me no Selective Service, o Departamento de Recrutamento dos Estados Unidos da América. Saíra de uma guerra e já me sentia perto de outra, a do Vietname. Não fui chamado e com a profissionalização das Forças Armadas Americanas, passei definitivamente à disponibilidade em 1976. Na altura, ainda solteiro e sem obrigações, se chamado a cumprir, eu julgo que em última análise teria regressado aos Açores.

A minha inscrição no "Departamento de Recrutamento" das FA dos EUA, o chamado Selective Service.

Com o passar do tempo, neste Novo Mundo para mim, fui-me apercebendo das grandes diferenças com a minha vivência recente, a portuguesa e, em particular, a açoriana. O vigor da sociedade americana e da sua economia assentava primariamente no respeito pelas instituições.

As diferentes comunidades portuguesas, com reconhecida capacidade de trabalho e honestidade, manifestavam-se sobretudo através das suas preferências religiosas, promovendo as procissões ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, ao Divino Espírito Santo e a Nossa Senhora de Fátima.

Como bom açoriano, sentia profundamente as manifestações da nossa comunidade. Por outro lado, como combatente na chamada Guerra do Ultramar, via nos grandes desfiles americanos – o Memorial Day, o Independence Day, o Veterans Day – manifestações cívicas e patrióticas, que demonstravam um sentimento de cidadania e de patriotismo a que não estava habituado. Não me era indiferente ver os veteranos americanos marcharem com os seus uniformes, medalhas no peito, saudados com as palmas dos milhares de pessoas alinhadas ao longo das ruas por onde passavam os cortejos. Eu também batia palmas enquanto o coração chorava.

Um pormenor do desfile do Memorial Day, em Stoughton. Infelizmente não tenho melhor foto.

A partir de 1981, fazendo parte da Banda Filarmónica de São João, Stoughton, MA, tomei parte em todas aquelas manifestações. Fazia em terras da América aquilo que me tinha estado vedado em Portugal. Também assim prestava a minha homenagem aos que tinham combatido no Ultramar e nas demais guerras que Portugal sustentara.

Foto do Jornal Portuguese Times. Na foto eu vou com a Bandeira Portuguesa à frente da Banda Filarmónica de São João, da qual sou um sócio fundador.

Muito recentemente, na área da Nova Inglaterra, apareceram as primeiras organizações de antigos combatentes do Ultramar, que abracei de imediato. A mais antiga, circunscrita a Lowell, Massachusetts, por isso mesmo com uma ação pouco participativa e abrangente, desfila no Boston Portuguese Festival, o Dia de Portugal, na área consular de Boston. A organização comemora o 25 de Abril e tem uniforme próprio. Na cidade de Lowell há um monumento de homenagem aos combatentes do Ultramar, contributo daquela Associação de Veteranos Portugueses da Guerra do Ultramar.

A Associação de Veteranos das Força Armadas Portuguesas recebe um Diploma de Reconhecimento da Câmara de Deputados do Estado de Massachusetts

Outra organização, a Liga de Emigrantes da Nova Inglaterra Combatentes das Ex-Colónias, apareceu sediada em Fall River. Relativamente bem estruturada, com estatutos próprios, processo de incorporação adiantado, acabou por se afogar na sua própria dinâmica. A falta de compreensão relativamente aos seus objetivos principais e o divisionismo que provocou entre os seus associados, bem evidentes nas primeiras reuniões, a exorbitante cotização (60 dólares anuais) e algumas exigências da Liga Portuguesa de Combatentes a que se havia filiado foram algumas das razões que levaram ao desaparecimento precoce desta associação, que não viveu tempo suficiente para ter uma ação participativa digna de registo.

Fui associado e assíduo participante nas reuniões daquela Liga que vi desaparecer precocemente com mágoa.

Ainda antes do desaparecimento daquela Liga, alguns dos seus associados deram início a uma outra organização, a Associação de Veteranos Portugueses, com sede em Taunton. Tem estatutos próprios e muito simples. Com mais de cem associados, esta organização tem uma ação muito participativa no meio comunitário português e, o que é de louvar, nas manifestações patrióticas americanas.

Nas ações em que já tomou parte, há que realçar a sua participação no hastear da bandeira portuguesa no Dia de Portugal nas diversas cidades da área consular de New Bedford, nos cortejos realizados no âmbito
Para além dessas manifestações de índole religiosa e patriótica, a Associação tem alguma actividade filantrópica participando com os seus fracos recursos financeiros para organizações de pesquisa e assistência social.

Em Fall River, a Associação de Veteranos das Forças Armadas Portuguesas desfila nas Grandes Festas do Espírito Santo. Reparar na quantidade de pessoas que assistem a este desfile. 

A Associação tem a sua reunião anual no mês de Novembro, a cotização é de quinze dólares anuais, tem uniforme próprio custeado individualmente pelos próprios associados. A Associação tem o seu banquete anual no fim-de-semana mais próximo do dia 25 de Abril. Esta data também marca o começo das atividades que se irão seguir durante o verão.

Sou associado desta Associação e participo activamente nas suas ações. Sinto um prazer especial em fazê-lo, até porque é dirigida por cabos e soldados do exército português, combatentes que foram nas províncias ultramarinas. Os graduados associados, quatro, são observadores cúmplices nesta excelente organização de militares que foram no exército de Portugal.

Para além dos objetivos primários destas associações de combatentes, elas também servem como ponto de encontro com o nosso passado de combatentes na Guerra do Ultramar. Ali as cicatrizes psicológicas provocadas pelas diferentes lutas deixam de ser um tabu e acrescentam novas páginas à história da guerra. No encontro com os velhos amigos e camaradas voltamos a ser os jovens voluntariosos e abnegados de então. Voltámos ao passado que a história não poderá esquecer. Naturalmente que todas essas associações de emigrantes sucumbirão perante a voragem da roda da vida. Elas serão, e só isso, tesouros desaparecidos.

Da minha integração e participação em algumas dessas associações senti a urgência de ir à procura dos muitos amigos que criara na CCaç 3327, queria saber daqueles que tinham feito parte da minha secção. Por estes lados tinha encontrado alguns, meia dúzia, e o mesmo era verdade nos Açores. Através da NET encontrei o blogue “Luís Graça e Camaradas da Guiné”, essencialmente dedicado à Guiné. Apercebi-me da quantidade de camaradas que escreviam sobre os convívios anuais das suas unidades e o sentimento gratificante que sentiam com a realização daqueles encontros. E por que não a minha companhia onde deixara tantos bons amigos?

Os convívios servem para isso mesmo, matar as saudades e abraçar os nossos camaradas.

Daqui, dos EUA, usando o Roteiro da Saudade da companhia, pesquisando os nomes através das páginas brancas das redes telefónicas lá fui encontrando alguns camaradas. Num trabalhão tremendo inicial, mais tarde suavizado com alguma ajuda, conseguiu-se o nosso primeiro convívio em Coimbra. Entre camaradas e familiares juntámos cento e dez pessoas, um sucesso inimaginável. Importante mesmo foi o abraço de reconhecimento, de camaradagem, de saudade. Valeu mais que a pena.
De então para cá, o convívio tem-se feito alternadamente nos Açores e no Continente. E sempre com o mesmo sucesso, se atendermos a que muitos açorianos se encontram emigrados nos EUA e Canadá.

O regresso a Tavira

Durante o convívio realizado na Terceira fora sugerido que o próximo a ser realizado nos Açores fosse em São Miguel. Era convicção dos presentes que aquela ilha, sendo berço de muitos militares da companhia, proporcionaria a estes a possibilidade de estarem presentes. Se a premissa é correta, a realidade é que a emigração roubou muitos dos seus filhos. Mas isso não nos fez desistir até porque ainda tínhamos uma missão a cumprir.

Baseado naquele alvitre, sugeri a compra da campa tumular e a homenagem ao Manuel Veríssimo de Oliveira. Bem aceite por todos, já durante o convívio de 2012, foram angariados alguns fundos para aquele fim que foram juntos ao saldo que vinha dos convívios anteriores. Com o andar dos meses, por telefone, correio eletrónico e outra correspondência julgada normal fui apelando à generosidade dos antigos militares da CCaç 3327 até conseguir os fundos necessários para cobrir as despesas inerentes à compra da campa e homenagem àquele nosso militar. A verdade é que a generosidade dos elementos da companhia ultrapassou em muito o orçamento previsto. E quando assim é só posso estar imensamente agradecido.

No dia 27 de Julho de 2013, na presença dos familiares, autoridades locais e outros convidados, o Manuel recebia a homenagem dos camaradas e amigos da sua companhia que na altura da sua morte não fora possível fazer-se. A Guiné nos uniu, a morte não nos separou. Não cheguei a tempo de abraçar a sua mãe, nenhum de nós chegou, mas fiquei com a certeza de que o cemitério da Lomba de São Pedro foi pequeno demais para albergar a grandeza do coração das gentes ali presentes e de muitos outros que gostariam de lá ter estado.

O encontro com o meu passado, quatro elementos da minha secção.

Hoje, revivendo as minhas memórias, não sinto nostalgia pelo passado. Todavia, não posso negar a presença constante daqueles que assentaram raízes no meu coração. As grandes lições que aprendi ao seu lado levam-me a acreditar que a história na sua constante evolução à procura da perfeição será muito benevolente para com a mais sacrificada geração de portugueses, aquela que participou na Guerra no Ultramar.

(FIM)
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Nota do editor

(*) Vd. poste de 2 de fevereiro de 2016 Guiné 63/74 - P15699: (In)citações (82): Depoimento de um antigo combatente na diáspora (José Câmara, ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56) (1): As experiências humanas que a guerra me proporcionou

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Camarada Zé Câmara

Gostei deste teu depoimento, que muito esclarece sobre as tuas virtudes.

Fiquei admirado com o que contas, quanto "ao bater da porta", assim que te apresentaste nos Serviços Florestais para reocupares o lugar de antigamente. Não sei qual o vinculo que possuías quando seguiste para a vida militar.

Felizmente resolveram-te o problema, ainda que já estivesse no teu horizonte a via americana.

Comigo, sempre que a Instituição Militar "se dignou" interromper a minha actividade civil, sem olhar ao que me poderia acontecer, depois de me "descartar", não tive problemas, se bem que, quando "do Espírito Santo de orelha" de que viria nova convocação, agora para o CPC, me acautelei. Então, juntamente com outro camarada da mesma Direcção Geral dos Serviços Agrícolas nas mesmas condições, pressionámos os dirigentes para salvaguarda do nosso futuro, caso voltássemos inteiros. Amigos amigos negócios à parte, como diz o ditado.

Também tive de pedir licença para me ausentar do País.
Da primeira vez, Abril de 1974, em viagem de serviço com outros colegas de trabalho, para contactar serviços congéneres na Holanda, sobre produção e melhoramento de variedades de batateira, quase ficava em terra. Não existia o meu processo no DRM de Aveiro e não me souberam localizá-lo, nada fazendo para me resolverem o problema. Apenas um acaso do destino me permitiu ser eu a localizá-lo e a ir "sacá-lo" ao GACA 3 em Espinho, depositando-o no DRM de Aveiro para grande admiração daqueles "mangas de alpaca".
Para grande admiração deles o meu processo VEGETAVA NO ARQUIVO DAQUELA UNIDADE COMO ESTANDO NO ACTIVO!!!

Abraços

JPicado

Anónimo disse...

Camaradas

Continuando, já que me lembrei de acrescentar, que tendo regressado com alguns directamente a Portugal, enquanto outros passaram por dois dias em serviços franceses, o fizemos na antevéspera do 25A74. Os outros colegas, tiveram de passar por Madrid e viajar por terra, entrando por Elvas.

Também não compreendi, uma outra licença militar que tive de obter em Julho de 1979, para a Europa, quando no próprio impresso da mesma está "...não carece de autorização militar para sair do País , nos termos..." e na Nota final "...esta declaração não tem prazo de validade, podendo ser utilizada todas as vezes que o seu detentor tenha de atravessar a fronteira."

AB

JPicado

Anónimo disse...

Camarada
Gostei de ler este teu testemunho. O"nosso regresso", foi também dificil e muitas vezes inconprendido.

Por isso desabafamos entre nós...

Um abraço,

Jorge Rosales

Luís Graça disse...

Um grande texto, uma bela lição de patriotismo, um justo reconhecimento pela tua 2ª pátria, a grande nação americana, uma comovente homenagem aos teus Açores e aos teus açorianos!...

E deixa-me dizer-te que é a primeira vez que vejo o uso do termo "florentino" para designar, segundo creio, os nativos das Flores!...

Sobre a burocracia militar, não comento... Pagaste na época 217,27 €, a preços atuais, pela tua licença militar. Imposto de selo,o mais antigo do nosso sistema fical, vem de 1660!... Ontem como hoje, o Estado esmifraça-nos com taxas e impostos... Com tanta emigração, a taxa de licença militar era uma mina, na época...

Espero um dia poder conhecer-te e abraçar-te ao vivo... Boa reforma!... Luis

Luís Graça disse...

Zé, eu queria dizer "esmifra-nos", do verbo esmifrar... Parabéns também pelo teu português de lei!... LG


esmifrar | v. tr.

es·mi·frar

verbo transitivo

1. Dar ou pagar de má vontade.
2. Pedir dinheiro (emprestado ou dado). = CRAVAR
3. [Informal] Extorquir dinheiro.
4. [Portugal: Minho] Rasgar ou desfazer em pedaços. = ESFORRICAR

"esmifrar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/DLPO/esmifrar [consultado em 04-02-2016].

Anónimo disse...

Caro amigo Luís Graça,
...florenses há muitos por esse mundo fora, mas florentinos só na Ilha das Flores. É assim na escrita e na linguagem diária. Aqui e ali um distrído que não percebe nada destas coisas lá se engana e diz que é florense...Ninguém sabe onde fica a sua terra natal.
Abraço,
José Câmara