Lourinhã, Praia da Areia Branca, 29 de julho de 2017 > Horse Model Beach
1. Amazona (*)
por Luís Graça
Alto lá e pára o baile.
Isso não é valsa nem fandango,
De salto alto e xaile,
Nunca vi dançar o tango.
Sou do tempo do baile mandado,
E do povo de pé descalço,
Quando passou a andar calçado,
Ai!, os caules, ai!, o percalço.
De bota e alto tacão,
Tu não entras na bolanha,
Vai atrás o capitão,
Leva a senha e a contra-senha.
2. Amigos e camaradas: o mote está lançado.
Quadras populares, de sete métricas, quem não as sabe fazer?!... Ou quem é que não fez na escola, na tropa e na guerra?!
À desgarrada, dá mais pica. Mandem-nas para a nossa caixa do correio ou para a caixa de comentários deste poste, que a gente publica no blogue em próximo poste.
Venham daí os poetas populares. Só é preciso ter graça, verve, humor, mais negro ou mais amarelo, tanto faz... Ou esverdeado, ou avermelhado, das cores da nossa bandeira desbotada. É preciso animar a caserna, vazia, no verão, é preciso animar a malta...
Mandem quadras, mandem fotos. A única restrição já sabem qual é: no blogue da Tabanca Grande não se fala de política, futebol e religião... nem de incêndios. Quando o último eucalipto deste país arder, despeçam o último bombeiro, por extinção do posto de trabalho.
Os ex-combatentes da Guiné andaram 13 anos a apagar fogos, sem honras de exposição mediática (contrariamente, ao que acontece hoje aos incêndios florestais e aos seus incendiários). Hoje, eles, ex-combatentes, estão à espera do merecido descanso, não no panteão nacional, porque eles merecem muito mais e melhor: a Tabanca Grande...
Boas férias de verão.
Os editores
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Último poste da série > 21 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16509: Os nossos passatempos de verão (15): jardim e miradouro do Torel, na colina de Santana, em Lisboa, simplesmente uma das mais belas e amigáveis cidades do mundo
2 comentários:
Chamem-me "voyeurista", mas confesso que adorei sobretudo aquele caulo... LG
Carta de amor
Duas horas esperei
Confiado em te ver,
Não me amas, eu bem o sei
És a razão do meu viver.
Tens uma bela flor no peito
A rosa que não colhi,
Tens um corpo tão bem feito
Mais bonito, eu não vi
Meu coração bate tanto
Quando te vê a passar,
És para mim o encanto
Que dá força para te amar.
A tua boca de riso
Dá-te um ar assim tão belo,
É tudo quanto preciso
Para nutrir amor singelo
Teu coração é um jardim
Que está cheio de flores,
Um canteiro de jasmins
Onde afogo meus amores
José Teixeira
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