O estado em que ficou o Hyundai, do António Graça de Abreu, vítima de acidente na A 8, em 28 de novembro de 2018, a caminho de Aveiro, depois de ter estado com os camaradas da Tabanca do Centro, no almoço de Natal.
Foto (e legenda): © António Graça de Abreu (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem do nosso camarada António Graça de Abreu, enviada em 3/12/2018, 1h50:
Um homem residente no Estoril dá aulas na Universidade de Aveiro e aproveita a quarta-feira para se juntar ao almoço de Cozido à Portuguesa, da D. Preciosa, com os fabulosos camaradas da Guiné, em Monte Real, Tabanca do Centro [, Vd. foto à esquerda: Monte Real, 28 de novembro de 2018; foto e legenda: cortesia de Miguel Pessoa, editor da revista Karas de Monte Real].
Dá depois umas voltas, vai a Vieira de Leiria, onde ainda tem família e, à noite, parte para Aveiro.
Um homem vai sossegado conduzindo o seu velho mas seguro Hyundai, na faixa direita de rodagem da A8, na viagem para a sua excelente Universidade. Noite escura. Um camião de onze toneladas não vê o Hyundai e entra pela traseira do carro a mais de 120 quilómetros por hora. O Hyundai ia a uns 100. O carro verde é projectado para fora da estrada, capota na vala lateral, bate na terra, desliza aos trambolhões durante mais de cem metros.
O pobre condutor, agarrado ao volante, procurar segurar-se dentro do habitáculo do Hyundai. O carro, aos tombos na berma da auto-estrada, resiste e acaba por parar na vala, em posição normal. Vidros partidos, saio pela janela. Estou vivo, não há sangue no meu corpo amassado pelo revoltear e enormes tropeções do veículo.
Chega o INEM, a polícia, bufo no balão, zero álcool, mas querem levar-me para o hospital. Não estou ferido, não parece haver nada partido, a não ser o automóvel. Estou vivo, a vida continua.
Na manhã seguinte, estou nas aulas com os meus alunos na Universidade de Aveiro, os deuses concederam-me a protecção divina que talvez eu mereça. E a Guiné deu-nos força, e coragem, e mais vida.
António Graça de Abreu
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Nota do editor:
Último poste da série > 8 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19266: Os nossos seres, saberes e lazeres (296): Viagem à Holanda acima das águas (2) (Mário Beja Santos)
5 comentários:
Além dos azares, também é preciso haver sorte. Um abraço.
Eu acho também que é preciso muitíssima sorte, e particularmente o aparelho dar zero!
Mas a chatice ninguém a tira, e a vida continua na mesma.
Abraço,
Virgilio Teixeira
Este Hyundai deve ser blindado ou à prova de cacetada. Levar com um camião de onze toneladas a 120 à hora e ficar com uma pequena amolgadela é obra.
É obra e grande dia de sorte do Abreu.
Valdemar Queiroz
A "bufarada" no aparelho,certamente made in China,resultou em zero.
Normal,normal,normal.
Quanto aos "deuses" terá o que se lhe diga.
Antes,anjinhos da guarda.
(No caso do A.G.Abreu "anjinhos da guarda" em nada refere a Guarda Republicana)
O verdadeiro culpado do acidente?
O Mário Beja Santos!
Sem qualquer dúvida.
L.Pires de Lima
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