Marco de Canaveses > Paredes de Viadores >Candoz > Quinta de Candoz > 2 de novembro de 2019 > As cores "outonais"... Morte e renascimento,,,
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Agora que corremos o risco de, num futuro ainda próximo, deixarmos de ser um país temperado, com quatro estações, sabe bem vir aqui até ao Norte e apanhar três dias de chuva sem parar... e ver a paisagem com cores outonais, numa magnífica paleta de tonalidades, quentes e frias, onde predomina os verdes escurecidos, os amarelos alaranjados, os vermelhos alaranjados, os violetas, os azuis arroxeados, os castanhos, os brancos sujos...
É essa mistura de cores quentes e frias que gosto de encontrar, quando aqui volto, à Tabanca de Candoz, depois das vindimas... Este ano nem sequer vim às vindimas... Na Guiné só havia duas estações, e era um sufoco. Sempre me faltou o outono e, de certo modo, a primavera. Mas o outono é(era) uma estação especial da minha infância... Reencontro-o aqui, por estes dias...
Tabanca de Cando< As nossas comidinhas > No dia dos mortos, arroz de pica no chão (não é de cabidela, porque há quem não o possa comer...) |
É o nosso São Martinho, depois de evocados e homenageados os nossos queridos mortos, que ele não há flores que cheguem para as campas nos cemitérios nesta altura...
O almoço, neste dia, antes de "atacar o cemitério" (missa e visita às campas), é "o arroz de pica no chão"... Simplesmente, cinco estrelas!...
E, à laia de provocação, a gente diz, à mesa:
"Ó Avillez, tens cá disto ?"... Em voz alta, que esta gente, à mesa, é ruidosa e galhofeira...
Como se pode ler no "Cancioneiro de Candoz" (2ª edição revista e aumentada, 2017. p. 105), "É um povo hospitaleiro / Que sabe receber e dar, / Se na fé é o primeiro, / Não fica atrás no folgar".
E, no entanto, com chuva, sem sol, no dia dos mortos, este tempo presta-se à meditação e... à depressão!... Os dias são curtos, a noite chega cedo... E já se acende a lareira.
Ainda dependente da canadiana, lá me atrevo a dar uma volta pela terra, à procura de "santieiros" (cogumelos) e sobretudo das cores outonais... Aqui deixo uma seleção de fotos em três partes... Nem todos os amigos e camaradas da Tabanca Grande, que vivem na cidade, têm o privilégio de, como eu, sentir o pulsar da natureza, que é vida, rodeado de dois rios, o Douro e o Tâmega e de montanhas altas, da serra de Montemuro à serra da Aboboreira, com o Marão mais lá ao longe...
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E, no entanto, com chuva, sem sol, no dia dos mortos, este tempo presta-se à meditação e... à depressão!... Os dias são curtos, a noite chega cedo... E já se acende a lareira.
Ainda dependente da canadiana, lá me atrevo a dar uma volta pela terra, à procura de "santieiros" (cogumelos) e sobretudo das cores outonais... Aqui deixo uma seleção de fotos em três partes... Nem todos os amigos e camaradas da Tabanca Grande, que vivem na cidade, têm o privilégio de, como eu, sentir o pulsar da natureza, que é vida, rodeado de dois rios, o Douro e o Tâmega e de montanhas altas, da serra de Montemuro à serra da Aboboreira, com o Marão mais lá ao longe...
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Nota do editor:
Último poste da série > 30 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20291: Manuscrito(s) (Luís Graça) (171): Parabéns, mano Zé António Paradela... E toma lá um arrozinho de santieiros...
Último poste da série > 30 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20291: Manuscrito(s) (Luís Graça) (171): Parabéns, mano Zé António Paradela... E toma lá um arrozinho de santieiros...
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