domingo, 12 de julho de 2020

Guiné 61/74 - P21162: (Ex)citações (361): Lendas e narrativas: nós, os víquingues e os suecos (Manuel Luís Lomba / José Belo)



Mapa da expansão víquingue (séc. VIII - séc. XI), mostrando os assentamentos escandinavos nos séculos VIII (roxo), IX (vermelho), X (laranja) e XI (amarelo). O verde indica áreas sujeitas a frequentes ataques víquingues 

Fonte: Wikimedia  (com a devida vénia...)



1. Comentários aos poste P21155(*):
Manuel Luís Lomba


(i) Manuel Luís Lomba:

Enquanto amigo de portugueses "especiais", como Mário Soares e a sua malta (, Sá Carneiro preferiu a Snu), Olof Palm foi mais que adversário, foi inimigo de Portugal. Talvez por mágoa atávica dos suecos - digo eu.

No alvorecer da fundação da Nacionalidade, os suecos ou víquingues  (tanto vale o diabo como a mãe dele) começaram a desembarcar nas praias da minha região, entre as fozes do Ave e do Cávado, vinham pelas mulheres, pelo vinho e para assaltar e delapidar castelos e mosteiros. 

Esses bárbaros assaltaram Braga, mas não chegaram a assaltar Guimarães, porque a nossa trisavó e sua condessa Mumadona [Dias] se fortaleceu, com castelo, igreja e muralhas.

Descendente de celtas, gregos, fenícios, cartagineses, gregos, romanos, alanos, suevos, godos, visigodos, mouros, etc., a malta recusou mais ADN e começou a tramá-los: a pintura de preto fazia-lhes notar as suas embarcações, escondiam as mulheres, franqueavam-lhes vinho e liquidavam-nos à paulada, quando eles, cambaleantes, as procuravam. 

No referido ao feminino, evidências residuais, bem visíveis entre as Caxinas e Esposende: avantajadas, aloiradas, com sardas e de olhos azuis...

Os suecos ou víquingues arrogam-se a primeiros a vadiar as costas do Canadá, etc., com os seus barcos negros, etc, mas os louros foram para os portugueses e suas esbeltas caravelas, os fidalgos Corte-Real, um "labrador" dos Açores de nome João Fernandes e um meu conterrâneo e mestre-pedreiro, de nome Pêro de Barcelos.

No século XVIII, com o conceito (ou preconceito) do "colonialismo" ainda longe de germinar na América, os suecos começaram a vadiar as costas da Guiné, a entrar na disputa de escravos, negócio altamente rentável, para a exportação para o seu grande mercado, criado pela sua colonização económica. 

Então o rei de Bissau mandou emissários ao rei D. José: se não fizeres aqui uma fortaleza, perdemos o mercado. Foi por isso que nasceu o forte de S. José da Amura, que será o meu (nosso) primeiro quartel na Guerra da Guiné.

E se esse forte inibiu a Suécia de transaccionar escravos da futura Guiné-Bissau, as "coroas suecas" muito estimularam o PAIGC a infernizar-nos a vida.

Terão sustentado a sua libertação de Portugal, mas também terão constituído um dos factores da demora na libertação do seu Povo.

Sou recorrente em referir o insuspeito testemunho de Luís Cabral, pag. 322 do livro "Crónica da Libertação". A sua colheita de "coroas suecas" foi tão próspera que,  na viagem de regresso via Zurique, Amílcar Cabral comprou 6 relógios "Rolex", para presentear o Conselho de Guerra ou os 6 magníficos do PAIGC: o próprio, Aristides Pereira, Osvaldo Silva, Francisco Mendes, Nino Vieira e Pedro Pires - os mesmos que se dedicaram 2 anos a infernizar-nos a vida, que poderia ter decorrido tão feliz, no belo chão guineense.

J. Belo: aqui, em Barcelos os termómetros registam 36º! E muito me apraz saber que só te puseste ao fresco para a Suécia depois de teres servido na Guiné.

Abr.
Manuel Luís Lomba

José Belo
(ii) José Belo:
Interessante, e quase diria, “levíssima",  maneira de analisar “historicamente” os multifacetados Vikings [ou víquingues].


Os Vikings dos ataques às costas atlânticas e mediterrâneas eram originários das áreas geográficas da Dinamarca e actual Noruega.

Os Vikings originários da área geográfica que hoje constitui o reino da Suécia, então não existente como entidade política, faziam prioritariamente as suas razias nas costas do Mar Báltico,ou navegando os grandes rios europeus rumo ao Mar Negro.

Etnicamente as mesmas gentes, mas itinerários distintos, assim como método de actuação. 
Nalgumas costas do Báltico, e principalmente nas rotas fluviais europeias até ao Mar Negro e Turquia, os intercâmbios comerciais eram mais lucrativos do que as violentas razias.

Gostei francamente da frase “puseste ao fresco para a Suécia”.


Tem algo de verdade literal nos 40 graus negativos dos Invernos... mas pouco mais!

Depois de ter servido (com orgulho) na Guiné, tive ainda durante a minha vida militar (não tão curta como isso) as oportunidades de ter estado mobilizado para comandar um Esquadrão do Regimento de Cavalaria, de Santa Margarida para Angola, e de ter feito parte de posterior lista de embarque para Timor.

Em ambos os casos de “malas feitas” para os embarques, cancelados quase nos últimos minutos pelos responsáveis militares de então.

Terão preferido manter-me na “bagunceira “ das golpadas dos anos 74/75 ( e foram muitas!) ....que sabe um ingénuo, como eu?

Como certamente todos os portugueses , sentiria orgulho em o descobrimento do continente norte-americano ter sido efectuado por navegadores portugueses. 
Mas infelizmente o “julga-se”,”diz-se”,”pensa-se “ quando não cabalmente documentado, não chega.

Por outro lado, as fantásticas e heróicas viagens de descobrimento que realmente (!) fizemos,  são mais do que suficientes para sentirmos profundo orgulho na nossa História.

Sempre ao dispor quanto às sagas Vikings da Escandinávia; detalhes (incríveis ) quanto às golpadas dos anos de 74/75 no nosso querido Portugal; tarimba profissional nos States; criação de renas já bem dentro do Círculo Polar Arctico, (não menos as dificuldades técnicas quanto às castrações dos machos com temperaturas de dezenas de graus negativos!),e análises sexo-pedagógicas das mitológicas....suecas. (**)

Um abraço
J.Belo


[Revisão / fiixação de texto, para efeitos de edição neste blogue: LG]

____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 9 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21155: Da Suécia com saudade (76): A propósito dos 'elefantes brancos' da cooperação sueca com a Guiné-Bissau: o caso do laboratório de saúde pública... (José Belo)

Vd. também poste de 6 de julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21145: Da Suécia com saudade (75): Pedagogias várias para proveito do macho-ibérico: as representações sociais das... suecas, "muito dadas" (José Belo)



(**) Último poste da série > 20 de junho de 2020 > Guiné 61/74 - P21092: (Ex)citações (369): Cherno Baldé por ele mesmo: uma antologia autobiográfica, ao km 60 da picada da vida: "Quando o meu amigo, o Dias, me perguntava 'Ó Chiiico, já limpaste as minhas botas?', eu respondia de imediato: 'Sim senhor, já limpaste' e depois?".

12 comentários:

JB disse...

A propósito do termo “Vikings”.

Nos últimos anos alguns dos mais conhecidos historiadores escandinavos(com vasto currículo académico) afirmam,em contra corrente da percepção generalizada,que o termo “Viking” em nada referia grupos étnicos (ou mesmo culturais) mas antes era termo usado então quando se referiam aos que partiam em expedições...” a Viking”.
Expedições guerreias em busca de riquezas provenientes dos saques realizados nas regiões visitadas,como também e não menos,da fama resultante dos feitos em combates.
Estas expedições eram chefiadas em geral pelos filhos mais novos dos chefes locais,familiares,ou por reconhecidos guerreiros, temidos e demasiado inconvenientes para as suas sociedades.
Um tipo de “escumalha “ corajosa e heróica que as sociedades encorajavam,empurravam,e muitas vezes os chefes obrigavam a partir nestas longas e perigosas expedições.
Em muitos dos casos as sociedades de onde partiam esperavam sinceramente que estes não regressassem,ou por morte em combate,ou por decidirem instalar-se e colonizar as novas paragens.
Um bom exemplo será a Islândia.
País colonizado por Vikings originários da área geográfica da actual Noruega,cujos chefes expedicionários tinham uma vastíssima história pessoal de crimes e violências que os tornavam pouco “recomendáveis” nas suas sociedades de origem.
Os vastos lucros provenientes destas expedições “a Viking” na linguagem de então,explicam a regularidade das mesmas.

E, mais uma curiosidade........A prata era o metal nobre preferido pelos povos escandinavos que a procuravam prioritariamente nos seus saques.
O ouro não era o metal mais cobiçado.
Ainda hoje entre os artesãos nórdicos é a prata o material preferido e com maior venda.
Sejam brincos,anéis,colares,pulseiras,esculturas,etc.

Um abraço do J.Belo

Anónimo disse...

Caro Luís Lomba

Gostei especialmente do "Rei de Bissau pedir ao D.José para construir o forte da Amura,para se defender dos Vikings"
Essas damas loiras e sardentas da tua terra não terão mais a ver com os francius ou dos beefs durante as invasões francesas, é que aqui na minha terra do interior "desquecida" e ostracizada,também há, é que dos vikings não são de certeza,porque se tivessem a desfaçatez de chegarem aqui,"embebedavamos" os gajos e depois levavam uma carga de porrada que nunca mais repetiam a façanha,pois somos como o granito bem rijos e morenos.

ab

C.Martins

Fernando Ribeiro disse...

Os Vikings que se espalharam pelas estepes da Rússia eram oriundos da atual Suécia, mas os que assolaram as costas do Condado Portucalense e do Al Andaluz (a parte islâmica da Península Ibérica) não vieram diretamente da atual Dinamarca e da atual Noruega. Vieram da Normandia. Foram Vikings dinamarqueses e nouegueses radicados na Normandia. Foram Normandos.

Foram Normandos, também, os que conquistaram o sul de Itália e a Sicília aos Árabes, fundando um reino que desempenhou um papel importantíssimo na história da Europa. O reino normando da Sicília conteve a expansão dos Árabes em direção à Europa Central, primeiro, mas mais tarde conseguiu estabelecer intensíssimas relações comerciais e culturais com eles. O reino normando da Sicília fez a ponte entre o Norte de África e a Europa, permitindo a transmissão dos conhecimentos científicos e técnicos dos Árabes para os Europeus. Se não tivesse havido esta ponte comercial, cultural e científica estabelecida pelo reino da Sicília, talvez nunca se tivesse dado o avanço civilizacional europeu do Renascimento, que foi precisamente na Península Itálica que começou.

O Condado Portucalense, por sua vez, foi criado pelo rei das Astúrias e Leão e concedido a Vímara Peres, depois de este cavaleiro galego ter tomado aos Árabes a cidade do Porto, que nesse tempo se chamava Portucale. Mas Vímara Peres não se fixou no Porto, porque esta cidade era frequentemente assaltada pelos Normandos. Foi viver para Guimarães, que fundou e a que deu o seu nome (Vimaranis). Mas nem em Guimarães os Normandos deixaram os condes sossegados. A condessa Mumadona Dias, que foi a personalidade mais importante da história do condado até este ser concedido a D. Henrique, em boa hora mandou construir o castelo de Guimarães. Livrou-se de boa. Por pouco os Normandos não conquistaram o Condado Portucalense.

Quanto às sardentas, aloiradas e avantajadas mulheres de entre as Caxinas (Vila do Conde) e Esposende, dificilmente elas poderiam descender dos Normandos. Primeiro, já se passaram tantos séculos e já se misturaram tantos sangues, que dificilmente se poderá atribuir este ou aquele atributo físico, supostamente dominante numa região, a uma linhagem bem determinada. Segundo, mesmo que tal fosse possível, este atributo dificilmente seria atribuível aos Normandos, que não ficaram por cá, mas sim aos Suevos, que foram uma tribo germânica que se estabeleceu no noroeste da Península a seguir à queda do Império Romano do Ocidente (que eles ajudaram a provocar) e que fundaram um reino com capital em Braga, o Reino dos Suevos.

JB disse...

“Puxar a brasa à sua sardinha”

Os tão “nossos” Godos e Visigodos e os povos das duas províncias suecas da Västergötland (Terra dos Godos do Ocidente) e Ostergötland (terra dos Godos Orientais),e a ilha sueca do Báltico Gotland (Terra dos Godos).

O termo Göter denomina os habitantes destas áreas muito extensas e ricas em agricultura,fauna ,pesca,e indústria.
Também a ilha Gotland foi um centro comercial riquíssimo ao longo da sua história.

Foi na Terra dos Godos Ocidentais que se estabeleceu o primeiro código-fonte de leis escritas da actual Suécia.

E,voltando ao “puxar a brasa à sua sardinha”,os Godos habitantes da Västergötland (foneticamente em português...”vestegotar“) quase se poderia chegar ao termo...Visigodos.
(E lá se cai nos amadorismos fáceis de muitos pseudo-historiadores)

Um grupo de historiadores escandinavos,estes acadêmicos(!),procuraram nos inícios do século passado provar as origens destes reinos Godos a partir destas áreas geográficas da actual Suécia.
Estas pretensas raízes escandinavas por eles tão procuradas resultam ,segundo alguns ,de uma mistura de um certo romanticismo histórico com os emanantes nacionalismos extremados daquela época.
Procuraram sempre relativizar outras fontes quanto às origens destes povos,que ,segundo outros,estariam situadas a oriente da Europa central.
Povos posteriormente germanizados antes dos seus deslocamentos para novas paragens.

Originários ou para lá deslocados, as denominações dadas a estes povos e seus reinos mantiveram-se ao longo de toda a História sueca.
O “Godo Ocidental” e “Godo Oriental” está relacionado com a sua situação em relação a dois dos maiores lagos suecos situados naquela zona geográfica.
O enorme lago Vänern (5.519 quilómetros quadrados!) e o lago Vättern (1.886 quilómetros quadrados).

A ilha Sueca “Gotland” ,situada no Báltico,com uma área de 3.184 quilómetros quadrados, e uma população de 59.750 habitantes, é mais uma peça deste interessante puzzle histórico.

A área dos Godos ocidentais é de 16.694 quilómetros quadrados com um milhão trezentos e vinte e oito mil habitantes.
A área dos Godos do oriente é de 9.979 quilómetros quadrados com 461.583 habitantes.

Um abraço do J.Belo

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Para esclarecimento deste imbróglio, entendo que se determine se os Vikings eram ou não estudantes na Casa do Império. Ao que parece a CEI foi o covil da traição ao portuguesismo. Daí que os Vikings tivessem passado por lá.
Se chegaram à Guiné e fizeram escravos é por que afinal eram portugueses (ainda) católicos e até foram recebidos pelo Papa.
Só podem ter sido eles que quebraram a maneira harmoniosa e pacífica como se vivia à sombra da bandeira verde-rubra.
É por isso que eu não gosto dos Vikings. Se calhar até foram eles que deram a ideia ao Amílcar para se revoltar contra o poder legítimo de Portugal.
O Amílcar, por acaso não era alto e louro?...

Um Bom dia a todos e feliz confinamento
António J. P. Costa

Anónimo disse...

Caro Luis
Por falar em Vikings. Há pouco tempo, fiz a análise ao meu DNA. O resultado foi
57.3 % - Ibérica
12.7 % - Escandinavo
10.3 % - Sardo (Sardenha)
7.1 % - Norte-Africano (Argélia,Tunisia,Libia,Egipto Ocidental)
5.6 % - Italiano
1.5 % - Nigeriano
Também o meu nome Alcídio se refere a uma ave palmipede existente nos fiordes da
Noruega, da Suécia e Circulo Polar Ártico, da familia dos Alcideos(Alcidea). Parece que foram os Suevos,Godos e Visigodos que trouxeram o nome para a Peninsula Ibérica.
Na minha familia ao longo das gerações sempre houve um alcidio ou uma alcidia.
Em todo mundo existem cerca de 2000 alcidios e alcidias. As minhas familias são originárias da região de Basto - Celorico de Basto.
Como podes ver eu também tenho um pouco dos Vikings
Um abraço com muita saúde
Alcidio Marinho









JB disse...

Caro António P.Costa.

O Amílcar não era Viking ,nem sequer “assuecadinho”...como eu!
O Amílcar era ...a modos que Lapão!
Lapão do Sul.
Também os há!

Um abraço
J.Belo

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Alcídio, os testes genéticos para conhecer os "nossos antepassados" (ou outros fins,como as facadas no matrimónio...) estão na moda, tornaram-se mesmo "virais" e as empresas comerciais que apareceram, após o sucessso que foi a sequenciação do genoma humano, digladiam-se agora para ober clientes e oferecer "serviços" (como o "kitd e ADN"... Algumas como a My Heritage (,de origem israelita.) são "casos de sucesso", depois de terem "nascido em vãos de escada"...


Os testes estão longe de serem válidos e fiáveis, levantam ainda muitas questões teóricas e metodológicas e sobretudo bioéticas...

Onde param os teus dados ? O que poderão fazer mais com a tua informaçao genética ? Podemos especular, ninguém sabe, nem há regulação nem controlo...

Há tempos uma pessoa conhecida minha obteve um resultado igual ao teu, também descobriu o meu "vinquinzinho", louro e de olhos azuis: mais de 50% da sua possível ascendência seria "ibérica", 15% era da Europado Norte (, e de facto até há olhos azuis na família)...mas também apareceu uma "costela bérbere (leia-se: moura)... E, surpresa das surpresas, um "escravo da Nigéria" a dar cabo da "árvore ginecológica" (como diz um amigo meu, gozão...).

Há muito que sabemos somos um "povo mestiço", um povo de muitas etnias e fenótipos... com uma forte proporção de judeus sefarditas e africanos (mouros e subsarianos)... Já a rainha Dona Amélia detestava os "políticos de Lisboa", que ela achava que eram "pretos" demais para a sua capacidade de tolerância...

Os testes genéticos podem ter vantagens, depende do seu uso...Mas o seu "abuso" pode também estar a contribuir para reforçar os nossos preconceitos "raciais" e o nosso etnocentrismo...

Eu acho que eles vão substituir os "horóscopos"... Aginal todos queremos ser "filhos de algo"... Pobres de nós!... E os filhos da mãe ? E os filhos dos quarenta-pais como se diz na ilha de São Nicolau, em Cabo Verde ? Vão ter que ser infelizes até ao fim dos séculos dos séculos... É bom lembrar que nenhum de nós escolheu pai e mãe nemo sítio onde nasceu....

Manuel Luís Lomba disse...

Ao fazer o casamento destes dois comentários, o Luís Graça propiciou "obra escrita histórica" aos camaradas e actores no palco da história momentos, atente-se na intriga do C. Caria, nos sarcasmos do A. J. Pereira da Costa e nas respostas.
Se esses infestantes, que usaram o nível do chão para cama dos damas do litoral minhoto, eram suecos "colonialistas" da Normandia, logo eram francos ou franceses de direito; o facto de har damas beirãs de características somáticas e decorativas idênticas às por mim descritas como "made in viking", será uma evidência que os "francius" do Junot e do Massena, entrados por Almeida, eram normandos...
Não tenho conhecimento de"experiência feito" acerca de damas beirãs, mas posso evocar o meu "conhecimento" de uma poveira muito bem apetrechada, loira, rosto de lua-cheia e com sardas, a Vénus que descarregava a "seiva" da idade primaveril dos rapazes de penugem emergente, mas consequências.
E lá vinham os médico diagnosticar-lhes blenorreias, cancros moles ou "mulas" e outros termos "técnicos".
Cobrava 10 paus e provocava-lhes a despesa de 1000.Parafraseando a anedota coimbrã, eram 10 para a martelada e 1000 para consertar o martelo.
Abr.
Manuel Luís Lomba

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

O comentário do Lomba, esclarecidissimo, como é o costume, que começa nos suecos colonialistas e chega ao Ginô (colonialista também), deixa-me completamente prepleicho! Mas falta-lhe o essencial.
Atão aonde é que anda o Amílcar no meio disto tudo? Não o entendi, mas lá que escreveu bem isso escreveu. E a CEI? Desta vez não veio? E o "tava tudo combinado"? E o senão nos púnhamos a pau "ainda ganhávamos aquilo", mesmo sem esforço?
Falta aqui qualquer coisa... Espero pelo próximo comentário. E atão ék vais ser...
Tenho impressão de que há fotos do Amílcar com cornos de viking... Ou seria o Bernardo Vieira? Já não sei. Tou a ficar velho e já não sei bem como foi.
Afinal o Amílcar era lapão ou lapuz do Sul? Lembro-me de o ver a trabalhar pó bronze na Praia da Cús Quebrada. E ficou vermelho caté parecia uma lagosta.

Uma Boa Noite a todos e feliz confinamento
António J. P. Costa

PS: Uma novidade! O cornavirus não virá dos suecos ou vikings ou similares que usavam todos cornos no alto da cabeça?

Tabanca Grande Luís Graça disse...

"Uma noite com Vénus, uma vida com Mercúrio"...

Até aos finais do século XIX, era o mercúrio o tratamento de choque disponível, no arsenal terapèutico, para a sífilis, e outras doenças venéreas ou "moléstias vergonhosas": "morbo gálico". ou doença dos gauleses (ou franceses), em Nápoles, era doença dos italianos, em Paris, mal espanhol, no Novo Mundo, mal português, em Goa, e por aí fora... Na realidade, a primeira grande doença, epidémica, da globalização iniciada com os Portugueses...

Recorde-se que só nos anos 50 apareceu a "bala mágica", o antibiótico, que permitiu que "a noite com Vénus" deixasse de ser um pesadelo...

JB disse...

A Castidade meus Amigos !

A Santa Castidade como remédio para todos os males,sejam eles corpóreos ou ... etéreos!

AMEN.

Abraço respeitoso do J.Belo