sábado, 5 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21611: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - XLVIII (e última) parte: Manuel António Casmarrinho Lopes Morais, major paraquedista, o último oficial QP a morrer na guerra de África, no TO de Moçambique, a 4 de agosto de 1974





1. Fim da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar,  guerra de África ou guerra colonial (, três designações correntes para o conflito que opôs o Estado Novo aos movimentos nacionalistas de Angola, Guiné e Moçambique), sem esqucer a Índia (*).

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual acima], membro da nossa Tabanca Grande , tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.

O primeiro poste foi publicado em 7 de janeiro de 2019 (**). O Morais Silva passou, entretanto, a integrar a nossa Tabanca Grande a partir de 7 de março de 2019 (***).

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 22 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21568: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XLVII: Fernando José Santos Castelo, cap pilav (Guarda, 1941 - Moçambique, 1974)

(**) Vd. poste de 7 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19378: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte I: Apresentação

(...) Mensagem do cor inf ref Morais [da] Silva

Data: 16 de dezembro de 2018 11:59

Assunto: Biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975.

Caro Dr. Luís Graça

Anexo um documento que, finalmente, deu à luz em Novembro de 2018.

Trata-se da biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975.

Se entender de interesse dá-lo a conhecer no seu blog (que continuo a acompanhar) faça o favor de o publicar. (...)



(***) Vd. poste de 7 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19558: Tabanca Grande (473): António C. Morais da Silva, cor art ref, ex-cap art, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga e adjunto do COP 6 em Mansabá (em 1970) e cmdt da CCAÇ 2796 (Gadamael e Quinhamel, 1971/72)

(...) Comentário do editor Luís Graça:

(...) É uma pessoa que muito prezo, pela sua independência, frontalidade e exigência intelectual e moral. Nas "3 linhas curriculares" que lhe pedi, ele não mencionou, certamente por modéstia, a atribuição que lhe foi feita da Medalha de Prata de Serviços Distintos com Palma, pela sua brilhante e corajosa atuação no TO da Guiné, nomeadamente à frente da CCAÇ 2796, em Gadamael.(...) 

4 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Meu caro Morais Silva: chegadao ao fim (!), quase dois anos depois (!), só posso, em nome dos amigos e camaradas da Guiné que se reúnem à sombra do poilão da Tabanca Grande, agradecer todo este apaixonado e minucioso trabalho, que honra a memória de todos os bravos da Escola do Exército e da Academia Militar que deram o seu melhor, a vida, no cumprimento das suas missões nos teatros de operações de África, no conflito que opôs o Estado Novo aos movimentos nacionalistas de Angola, Guiné e Moçambique.

Um alfabravo. Boas festas. Luís Graça.

Antonio Carlos Morais Silva disse...

Caro Luís Graça
Muito obrigado por ter aceite a publicação do trabalho que me impus para não deixar esquecer os meus camaradas da AM/EE que nos campos da Índia, Angola, Moçambique e Guiné morreram comandando e combatendo.
Reitero o meu apreço pela magnífica "biblioteca" que soube construir ao longo de anos e onde mais e melhor informação se pode obter sobre a guerra da Guiné.
Aos obreiros, incansáveis, Luís Graça, Carlos Vinhal, Magalhães Ribeiro e Jorge Aráujo envio um caloroso abraço desejando-lhes muita saúde e Boas Festas.
Morais Silva

Tomane disse...

Meu Querido Camarada

Muito obrigado pelo teu trabalho que tanto nos honra.
Um grande abraço de quem contigo partilhou a Vida. Tantos anos.
Um abraço

António Manuel Pessanha (nº 50, da cama ao lado)

Fernando Ribeiro disse...

Eu acompanhei com o maior interesse esta série de biografias tão breves, que quase parecem telegráficas. E olho para estes rostos tão jovens (quase todos eles) e que tão cedo se apagaram, e sinto-me perturbado. O que levou estes jovens a seguir a carreira das armas, opção que lhes custou a vida? A tradição familiar? As dificuldades económicas? A vocação? A vaidade? Em tempo de paz, é fácil ser oficial das Forças Armadas e passear garbosamente o uniforme militar diante das raparigas. Mas em tempo de guerra...

Eu poderei dizer que sou um civil impenitente. Nunca me considerei militar, mas sim um civil em uniforme, e retive a pior impressão possível de muitos oficiais de carreira que conheci ao longo do meu serviço militar obrigatório. Alguns deles foram mesmo ignóbeis. Mas nem todos foram assim. Por exemplo, aprendi muitíssimo com o comandante do Regimento de Infantaria 16, em Évora, o coronel Pinheiro de Assunção, que era manifestamente militar por vocação e que dizia de si mesmo que era «o último prussiano do Exército Português, na linha direta do Conde de Lippe». Este coronel era o terror do regimento, mas passou o Natal de 1971 no quartel e não em casa com a família, porque queria estar junto dos soldados que se encontravam de serviço nessa noite especial. Era ríspido e até brutal, mas nessa noite ele quase chorou pelos soldados. Por baixo da casca grossa que ele fazia questão em exibir, havia afinal um ser humano sensível. Quem vê caras, não vê corações.

Um abraço ao coronel Morais da Silva, deste civil militante que eu sou.


Fernando de Sousa Ribeiro, ex-alferes miliciano, C.Caç. 3535 / B.Caç. 3880, Angola 1972-74