quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21607: Boas Festas 2020/21: em rede, ligados e solidários, uns com os outros, lutando contra a pandemia de Covid-19 (1): Da Lapónia sueca, um vídeo da comuna de Jokkmokk, centro cultural e político do povo sami, mostra-nos o seu histórico mercado de inverno, que se realiza todos os anos, desde 1605, com temperaturas a rondar os 25 graus negativos (José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia)

 

You Tube > tinmar4 > Vídeo (11' 52'') > Tradições do povo sami: o mercado de inverno de Jokkmokk (2012) (o filme não tem legendas, nem precisa, mas talvez o José Belo nos  possa fazer um resumo mais alargado ...). Produção da comuna de Jokkmokk. [Ver, de preferência, em écrã inteiro.]

(Reprodução com a devida vénia...)


O mercado de inverno de Jokkmokk realiza-se todos os anos em Norrbotten, no norte da Suécia. É uma mostra  das tradições do povo desta região. Além do mercado, há diversos eventos lúdicos, tais como corridas de renas, trenós puxados por cães, música e arte...

Norrbotten é um condado, o mais a norte da Suécia, com mais de 98 mil quilómetros quadrados e cerca de 250 mil habitantes. A parte norte de Norrbotten fica dentro do Círculo Polar Ártico .A capital é Luleå (c. 48 mil habitantes)- Kiruna é outras das cidades importantes, 

Jokkmokk fica a 10 km a norte do Círculo Polar Ártico. Tem cerca de 3 mil habitantes, e é sede do município (ou comuna) de Jokkmokk. É o centro cultural e polítcio do povo sami. O Mercado de Inverno de Jokkmokk, realiza-e anualmente em fevereiro, desde 1605. Atrai cerca de 50 mil visitantes. A temperatira na época ronda em médis os 25 graus negativos.  Em 2021 será de 4 (quinta feira) a 6 (sábado) de fevereiro... com ou sem Covid.



Fotograma do vídeo com o mapa do condado de Norrbotten e a localização da cidadezinha sami de Jokkmokk.



José Belo. membro da Tabanca Grande 
desde 2009

1. Mensagem de José Belo [, régulo solitário da Tabanca da Lapónia que, ao longo destes 9 meses da pandemia de Covid-19, tem sido um camarada extraordinário, acompanhando. de maneira proactiva,  criativa, tolerante e... que sempre bem-humorada,  a produção do nosso blogue, através quer dos seus frequentes emails, quer dos seus postes e comentários;  obrigado, Zé!... ]

Com membros da Tabanca Grande, como o Zé Belo (o único português a viver no círculo polar ártico), a gente vai seguramente sobriver à Covid-19... E não queremos que ninguém morra. muito menos na praia!

E mais: prometemos fazer tudo para ficar por cá mais uns aninhos!... Neste nosso "chão". muito especial, que não paga IMI...Onde todos cabemos com tudo o que nos une e até, às vezes, com aquilo que nos pode separar...

Aguardamos, entretanto,  outras "prendinhas" dos amigos e camaradas da Guiné (vídeos, fotos, infografias, contos, poemas, cartas, etc.) para animar esta nova série e pôr na árvore de Natal da Tabanca Grande... 
~
Estamos sempre a dizer que a Tabanca Grande tem 822 membros, entre vivos e mortos, mas às vezes até parece que já lerpámos todos!...Amigos e camaradas da Guiné, o Natal de 2020 é uma boa ocasião para fazermos a "prova de vida", anual... Vamos acender as luzinhas de todas as nossas tabancas!...E haveremos de fazer, em 2021, o nosso Encontro Nacional... com "manga de ronco"|... Malta, vão já estendendo o braço para a "bacina"...mas até lá nada de baixar a guarda!... LG



De: José Belo
Data - 23 nov 2020 11h32
Assunto - Uma “fuga” ao isolamento social lusitano

Caro Luís

Ao longo de já bastantes anos tenho tentado fazer chegar aos Camaradas e Amigos alguns dos aspectos por aí menos conhecidos das realidades na Lapónia sueca e na Escandinávia em geral.

Mais de quatro décadas de vivências locais têm-me tornado observador atento.
Por vezes crítico mas,ao mesmo tempo...grato.

Comparando com outras sociedades e outras gentes, a que estou ligado tanto profissionalmente como, e não menos importante, residencialmente, surge a tal “gratidão” por muitas das realidades sociais suecas.

Neste difícil momento de restrições, isolamento, e outras medidas de sobrevivência à pandemia, encontrei este vídeo do YouTube entre material do meu arquivo.

Foi realizado pela Comuna (nome aqui dado às Câmaras Municipais) de Jokkmokk com o fim de divulgar um mercado de inverno numa pequena cidade do noroeste da Lapónia sueca.

Mais do que um milhão de palavras deste mui limitado “escriba”, o vídeo consegue transmitir todo um ambiente e maneira de “estar” locais.

Em alguns dos detalhes filmados quase, quase, quase se poderia encontrar algumas semelhanças com mercados locais lusitanos.

Creio ser apropriado para a época natalícia que se aproxima a passos largos, ajudando a seu modo,no seu exotismo,  para olhares desde a Ibéria,a uma saudável fuga momentânea das preocupações ligadas à pandemia.

Deverá ser visto em ecrã  total pois torna mais fácil a participação do observador.

Um grande abraço do J.Belo

9 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Vd. também o poste de...

8 DE FEVEREIRO DE 2018
Guiné 61/74 - P18301: Da Suécia com saudade (57): Algumas coisas que um tuga tem que saber quando vier à Tabanca da Lapónia (José Belo)



Há pelo menos duas coisas ou três coisas que um tuga não deve fazer ou dizer em Jokkmokk:

(i) chamar lapão/lapona apos habiatntes locais;

(ii) mijar atrás de uma árvore (, pode-lhe acontecer o mesmo que aconteceu ao Napoleão, depois de morto: ficou sem a "ferramenta");

(iii) não confundir o mercado de Jokkmokk com a feira de Carcavelos...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Na Guiné, nos dois Natais que passei, no mato, em 1969 e 1970, faltava o frio, a geada, a chuva (, não acrescento a neve que foi coisa que nunca conheci à beira mar onde vivia...). Bom,o frio, em dezembro havia: ainda cheguei a tremer de frio, *a noite, com... 15 graus!...

Este vídeo dá-nos a "ambiência nórdica" do Natal do nosso imaginário infantil... Ainda por cima Jokkmokk deve ser perto da casa do Pai Natal na Finlândia...

Tudo para dizer que, com a guerra e o calor dos trópicos, roubaram-me dois Natais na vida...

Obrigado, Zé!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

José Belo, only one word NICE
Abraço
Carlos Gaspar

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não há o carrossel, não há os carrinhos de choque, não há a roda gigante...mas as pessoas, os samis, e os outros (incluindo os turistas) divertem-se... E, como em toda o lado, onde há comércio, há comes e bebes... E o mais espantoso é a continuidade deste mercado, com mais de 400 anos...

Tem razão o Zé Belo quando diz que há aqu também um cheirinho às nossas feiras e romarias... A atmosfera festuva e descontraída, o cheiro a farturas no ar... LG

Valdemar Silva disse...

Vendo o vídeo daquela Feira anual ficamos com a ideia de ser um filme de publicidade de turismo de inverno.
Toda a gente bem vestida, altos e loiras e nem sequer um pobrezinho a pedir esmola. E nem uma barraquinha de pão com chouriço, bifanas ou coiratos, já não falando numa malguinha de berde ou uns gritos de tixert barata ó fregueza e aquela bela musiquinha do eu gosto de mamar nas tetas da cabritinha.
Aquilo assim só interessa a quem precisar de uma par de cornos..... de rena para pendurar o boné, entenda-se.
Também faz confusão o Natal ter de ser com frio, neve de preferência, e o burrinho e vaquinha a aquecer o Menino sabendo-se que por aqueles lados da Palestina, em Dezembro, as temperaturas médias seriam na ordem de 18-23º c.
Vá que valeu a pena ver a loirinha do grelhador duma mistura que parecia ser um bom petisco
e verdade seja dita, tudo aquilo é uma beleza, outro país e outra gente. Pudera, não esteja o nosso camarada J. Belo a passar a sua reforma naquelas paragens.
Assim até dá gosto andar ao frio.
Abracelos
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joaquim Luis Fernandes disse...

Muito interessante! Obrigado pela partilha.

Uma viagem em tempo de confinamento, a uma feira em Jokkmokk na gélida Suécia do meu desconhecimento. Com as devidas diferenças, das circunstancias, mas com muito em comum com as nossas feiras de Verão, nas nossas vilas e cidades.
Com tanto frio, será que não teriam sucesso em Jokkmokk os nossos vendedores de castanhas, quentinhas e boas?

Saúde e força para continuar,e que brilhem na escuridão algumas luzes de Natal.

Abraços