quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Guiné 61/74 - P21814: In Memoriam (386): José Eduardo Reis Oliveira (JERO) (1940 - 2021), ex-Fur Mil Enf da CCAÇ 675 (Binta, 1964/65), escritor, jornalista, bloguista, grande camarada e amigo do peito (Joaquim Mexia Alves / Luís Graça)

IN MEMORIAM


José Eduardo Reis de  Oliveira (1940-2021)
Foto: Tabanca do Centro (2021)

Era carinhosamente conhecido, pelos seus conterrâneos, amigos e camradas, como "Jero" (,pseudónimo jornalístico que usava desde os 18 anos) e morreu esta noite, aos 80 anos, no hospital de Alcobaça, onde estava internado há alguns dias (*). 

Ía completar os 81 anos em 4/4/2021. Foi  fur mil enf,  CCAÇ 675 (Binta, 1964/65). Deixa obra como escritor, jornalista e  bloguista. Era um homem culto, crente e de uma grande humanidade e afabilidade.

Membro da nossa Tabanca Grande e da Tabanca do Centro, autor da série "Histórias do Jero (José Eduardo Oliveira)" (, desde meados de 2009), era um homem querido por todos, a começar pelas gentes da sua terra que amava como ninguém  e era o seu grande cicerone (, aliás, o título do seu terceiro livro, chama-se simplesmente "Alcobaça, é conigo"... E eu chamava-lhe, na brincadeira, "o último monge de Alcobaça") (**)

Choramos por ele!... A nossa solidariedade na dor por esta grande perda vai, antes de mais, para a viúva, a filha, os netos e a restante família, 


1. Poste acabado de publicar no blogue da Tabanca do Centro, e assinado por Joaquim Mexia Alves:

Quarta-feira, 27 de janeiro de 2021 > P1274: PERDEMOS UM AMIGO DO PEITO

Caríssimos camarigos

Trago-vos, hoje, uma tristíssima notícia.

Faleceu esta noite o nosso amigo José Eduardo Oliveira (JERO), em Alcobaça, a sua amada terra.

O José Eduardo estava doente, recentemente, tendo sido internado no Hospital de Alcobaça, mas nada fazia prever este terrível desfecho que nos deixa em estado de choque.

O José Eduardo era um amigo muito especial para mim, e para todos nós, pois era um homem bom, um contador de histórias, um exímio conversador, sobretudo um amigo do seu amigo, franco, leal e verdadeiro.

Gostava de poder escrever muito mais sobre o José Eduardo, mas neste momento faltam-me as palavras porque o choque é demasiado grande.

Rezo por ele e por toda a sua família, a quem a Tabanca do Centro, com todos os seus membros, acompanha nestes momentos de dor

Abraços fortes para todos.

Que Deus tenha o José Eduardo no seu eterno descanso.
Joaquim Mexia Alves



Alcobaça > Setembro de 2011 > O jornalista, escritor e nosso camarada e amigo JERO (acrónimo de José Eduardo Reis de Oliveira), autor de "Alçobaça é Comigo", o seu terceiro livro.

Foto ( e legenda(: © JERO (2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar:Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


2. "Alcobaça, é comigo, camaradas!": um das muitas boas lembranças que tenho do JERO (**)

por Luís Graça

Alguns de nós perguntarão, legitimamente: Mas o que é que este livro tem a ver com a Guiné e a nossa guerra ? E eu, à partida, não sei responder por que não conheço nenhuma das trintas histórias, contatas e recontadas pelo JERO, na tertúlia do barbeiro, entre duas barbas e um cabelo...

É verdade que podia pôr a notícia do lançamento do 3º livro do JERO noutra série, Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres... Mas achei que estava bem aqui, na nossa Agenda Cultural... 

 Por outro lado, quem é que não tem curiosidade em saber as conversas dos homens no momento da tosquia ? Sempre ouvi dizer é que na cara dos pobres que os barbeiros aprendem... A barbearia teve sempre os seus encantos e mistérios. Mesmo na guerra, em tempo de guerra, nos nossos Bu...rakos, também tínhamos o nosso baeta... Em dia de tosquia, baixavam-se as guardas, esbatiam-se as hierarquias, rangiam-se os dentes, dizia-se mal do "patrão", cobiçava-se a mulher ou a laveira do alferes ...

Em especial na província, o sítio onde os homens punham a conversa em dia e, noutros tempos, transpiravam e alguns conspiravam... Nela pontificava uma personagem, popular mas ao mesmo tempo estranha, mágica e poderosa, que era o barbeiro mas também o barbeiro-sangrador, o enfermeiro, o tiradentes, o confidente...

Enfim, estou curioso em ler as histórias do Jero, temperadas com o aço da navalha do seu barbeiro... Tanto mais que ele, além de grande, encantador e sedutor contador de histórias, ele, a sua figura, algo mística, arrancadada das esculturas do mosteiro de Alcobaça, faz-me sempre lembrar um aristocrático e medievo monge cistercense, daqueles a quem devemos quase tudo ou muito do que somos enquanto povo...

No meu caso, falo como português, estremeno, à beira mar plantado... O vinho, a pera rocha, a maçã reineta, os cereais, a doçaria, as bebidas espirituosas... mas também e sobretudo o "imaterial" das nossas sociedades, a que chamamos cultura, ou que é o outro lado da cultura: os livros, a língua, a música, as artes, a arquitetura, o ensino da medicina, e por aí fora...

Não se nasce impunemente em Alcobaça. E por isso o JERO com toda a humildade e autencidade pode vir, a terreiro, dizer, alto e bom som: É, camaradas, Alcobaça é comigo!... E eu estou com ele, meu camarada da Guiné. O lançamento de um livro é sempre um exercício de cultura e memória. Mas também de partilha e comunicação, ou seja, é um ato da aventura humana.

"Escrever um livro, plantar uma árvore e fazer um filho", não foi o Eça de Queirós quem o disse, foram os intelectuais da Alta Idade Média, os monges do Ora et labora (reza e trabalha), os únicos que sabiam ler e escrever, quando o Portugal, hoje milenário, ainda (ou já) era uma criança, o Condado Portucalense...

Um xicoração muito grande para o JERO, antecipado, para o caso de eu não poder estar amanhã em Alcobaça, a tempo e horas, na sua festa, no lançamento do seu livro. Saudações para a família, amigos e camaradas da Guiné que se quiserem e puderem associar a este festivo evento, que é também da nossa Tabanca Grande... LG

PS - Há mais cistercenses em Alcobaça, para além do Jero... Por exemplo, o nosso Amado Juvenal, mesmo que mais laico do que o Jero, mas não menos talentoso contador de histórias... (Isto, este talento, vem-lhes do ADN monacal, ou terá sido cultivado - ou no mínimo temperado - nos rios e bolanhas da Guiné ?)
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3. Informação de última hora, veiculada pelo nosso camarada Joaquim Mexia Alves, dá conta de que amanhã, pelas 17 horas, no cemitério de Alcobaça, depois de cerimónia fúnebre, o nosso amigo José Eduardo será sepultado.
 
Escusado será dizer que qualquer deslocação a Alcobaça será improcedente atendendo às condicionantes impostas pelo COVID. O que o José Eduardo mais quereria neste momento é que os seus amigos continuassem a cuidar de si próprios, protegendo-se o mais possível.
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 26 de janeiro de  2021 > Guiné 61/74 : P21809: In Memoriam (385): José Pardete Ferreira (1941 - 2021), ex-alf mil médico, CAOP1, Teixeira Pinto, e HM 241, Bissau, 1971; cirurgião, médico especialista em medicina desportiva, foi diretor clínico do Hospital de São Bernardo, e presidentedo Rotary Club de Setúbal, poeta e escritor (Hélder Sousa / Luís Graça)

24 comentários:

José Marcelino Martins disse...

O cerco aperta-se.
Até sempre. JERO.

Valdemar Silva disse...

São as novidades para a nossa idade: sabes quem morreu?
Foi o JERO, grande contador de histórias e como nós chapinhou bolanhas na guerra da Guiné.

Sentidos pêsames à família

Valdemar Queiroz

antonio graça de abreu disse...

Descansa em paz,meu Amigo

António Graça de Abreu

Manuel Resende disse...

Caro amigo e MAGNÌFICO Jero, estarás sempre no meu pensamento. Amigo descansa em paz e zela por nós nesse Reino para onde todos iremos.
Sentidas condolências à família e amigos.
Manuel Resende

José Botelho Colaço disse...

É mesmo o cerco aperta-se: Sentidas condolências à família enlutada, o Jero meu contemporâneo na Guiné tive o grato prazer de o conhecer e cumprimentar em Oeiras no lançamento do seu livro Golpe de Mão, livro que faz parte da minha biblioteca autografado pelo amigo Jero.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Outra série que o Jero animava no nosso blogue: "Blogando e andando"... Tinha, por outro, uma grande ternura e capacidade de empatia pelos seus netos e pelos mais jovens... E uma enorme gosto por comunicar, partilhar a sua experiência e saber...Mas era também um homem coerente e vertical, que não escondia os valores em que acreditava.

Fui, por exemplo, reler este poste de há quase dez anos atrás...E confesso que tive um grande orgulho por ele aceitar o desafio de falar a 120 miúdos do 9º ano, de uma escola da sua terra, Alcobaça... É também uma prova de coragem, um desafio.

Levou o seu livro, uma espécie de diário de guerra, "Golpes de mão's -Memórias de guerra", apresentou uma "power point", houve um periodo de perguntas e respostas... E no fim há uma miúda de 16 anos que "dispara" uma pergunta extremamente incómoda... Transcrevemos um excerto do poste:

(...) "- Se pudesse voltar atrás, iria de novo para a guerra?

Com a sua carga de ingenuidade a pergunta surpreendeu-me. Foi feita por uma jovem de 16 anos.

Para ganhar tempo fui-lhe dizendo que era uma pergunta pouco habitual. Que nunca me tinha sido colocada.

Estava de pé no palco do auditório frente a uma plateia que esgotava os 120 lugares. Repeti diversas vezes a questão em voz alta e, olhando para a miúda, aproximei-me dela, apetecendo dizer-lhe:

- Que raio de pergunta?

Mas não o fiz. Ia arrumando as ideias e finalmente respondi-lhe:

- Não se pode voltar atrás no tempo mas... se me tivesse sido possível, não teria ido. Mas se não tivesse ido, não estaria aqui a partilhar estas memórias. Nem teria conhecido os meus irmãos da “CCaç.675”…

E pela cabeça iam-me passando imagens e nomes. Em catadupas. Como rajadas de metralhadora. Da “675” revia o Capitão Tomé Pinto, o Tavares, o Santos, o médico, o Moreira, o Mesquita, o Cravino, o Figueiredo, o” Rato”, o “Campo de Ourique” ,o “Caldas”, o “Almeirim”…

E da “Tabanca Grande”, o Luís Graça, o Vasco da Gama, o Mexia Alves, o José Belo, o Miguel Pessoa e a Giselda, o Jorge Cabral, o Carlos Vinhal, o M.R., o J.D. e tantos outros.

- Portanto…, jovem, a resposta à tua pergunta é que… à distância no tempo tenho mais coisas boas do que más. Tendo em atenção um rápido balanço das memórias que me passaram pela cabeça, vou-te responder que sim. Valeu a pena ter ido à guerra… porque tive a sorte de voltar. Mas sou um homem de paz. E o que mais me marcou foi o que de bom fizemos depois do regresso das populações. Que nesses tempos longínquos teriam tido mais… do que têm hoje". (...)


15 DE ABRIL DE 2011
Guiné 63/74 – P8104: Blogando e andando (José Eduardo Oliveira) (12): Gente jovem e a memória da guerra dos seus avós…

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2011/04/guine-6374-p8104-blogando-e-andando.html

Anónimo disse...

Ficas na minha memória, Zé Eduardo. Desde 1965, um dia de Fevereiro, talvez, em Farim, quando nos conhecemos. Estivemos na mesma zona, eu em Cuntima e tu em Binta, zona de intervenção do meu Batalhão, o 490. Reencontrámo-nos em Junho/Julho em Bissau.
Mais de 40 anos depois sentámo-nos à mesma mesa. debaixo deste grande Poilão, a Tabanca Grande.
E deixas-me com Saudades.

V. Briote
_____________

Tabanca Grande Luís Graça disse...

E o longo comentário que eu na altura a esse poste, podia agora lê-lo, à noite, no seu velório do seu corpo, se pudesse haver velório (que tempo desgraçado este, em que não podemos despedir-nos dos nossos queridos mortos!)... Lê-lo-ia, sem tirar nem pôr uma vírgula, como uma pequena homenagem a um homem grande:


15 DE ABRIL DE 2011
Guiné 63/74 – P8104: Blogando e andando (José Eduardo Oliveira) (12): Gente jovem e a memória da guerra dos seus avós…

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2011/04/guine-6374-p8104-blogando-e-andando.html


Luís Graça > Comentário > 15 de abril de 2011 às 12:36


(...) Meu caro Jero (falo aqui a titulo pessoal, não como editor do bloge):

O que gosto em ti é da autenticidade, da tua autenticidade… És um homem coerente e estás bem na tua pele. Deixa-me dizer-te quanto apreciei o teu gesto, ao aceitar “dar a cara” pelos antigos combatentes da guerra do ultramar, para uns, colonial, para outros… Se estivesses na Guiné-Bissau, e tivesses combatido do outro lado, iriam pedir-te para falares como “antigo combatente da liberdade da pátria” (sic)…

Como portugês, nascido no Estado Novo, deste um exemplo de patriotismo, de saudável patriotismo, não de serôdio patriotismo. E esse é um valor que nos cabe transmitir às gerações seguintes, e sobretudo aos putos de hoje…

Tenho pena de não ter assistido, não à tua “aula” (não estavas lá como professor), mas ao teu “depoimento” como actor e testemunha privilegiada… Se eu fosse o Prof Luís Tavares, que te convidou, eu diria, ao apresentar-te (e se calhar foi isso que ele disse):
- Meninos e meninos, é um, privilégio (com i...) para a nossa escola ter aqui este senhor que combateu na guerra do Ultramar, e que foi um grande português, tendo sabido fazer a guerra e preparar a paz…

Quanto à tramada (e inevitável) pergunta da miúda (o que farias, se pudesses voltar ao princípio,ir ou não ir…), deste a resposta mais inteligente, e a menos “politicamente correcta”… - Não e sim, o que não é nim…

É uma pergunta que não tem “resposta certa”, porque os seres humanos não decidem em abstracto, mas sim em situação, em situações concretas… Somos animais de "racionalidade limitada" (diz o Herbert Simon, que foi Prémio Nobel... da Economia, se não me engano por volta de 1968).

E as circunstâncias, históricas, em que tivemos de ir para a Guiné “em defesa da Pátria”, tu e eu, todos nós, são irrepetíveis…

É uma pergunta tramada, porque é a resposta é do foro mais íntimo… "Não tinhas de responder", mas tiveste a "coragem de responder"...Não podemos defraudar e decepcionar os putos, que são curiosos e “bebem o nosso exemplo”, como figuras de referência que somos, os mais velhos (ou devíamos ser)… A única coisa que eles não aceitam é a gente mentir-lhes…

E a tentação aqui é dar uma resposta “estereotipada”, “politicamente correcta, à esquerda ou à direita”, "propagandística", "ideológica", ou até "socialmente desejável" (conforme o auditório)…

Eu não saberia responder melhor do que tu, quando muito era capaz de devolver a pergunta à miúda (não tão miúda quanto isso, com 16 anos):

- E tu, agora que as mulheres podem seguir a carreiras das armas, nas nossas forças armadas, se estivesses no meu lugar, o que farias ?

Muitas vezes, como pais, educadores, professores, não nos compete dar respostas, ou todas as respostas, mas ajudar a fazer boas perguntas… Ajudar a pensar, a saber pensar.. E foi isso que tu fizeste. Com inteligência emocional.

Parabéns, Jero, estou orgulhoso por te ter como camarada e como amigo, independentemente das razões por que tu e eu fomos parar à Guiné… Felizmente sobrevivemos os dois para nos podermos conhecer pessoalmente, quarenta anos depois... e estarmos agora aqui sentados, virtualmente, sob o frondoso, fraterno e sagrado poilão da nossa Tabanca Grande...

Luís Graça

(Continua)

Anónimo disse...

Morreu um Homem Bom.
Um Humanista.
Um Amigo sincero.
A sua presença faz falta a todos os que se “encontram” em redor da Guiné.
O seu caráter e grandeza de alma manifestava-se em pequenos e discretos grandes gestos de amizade.
São Homens como José Eduardo que nos fazem sentir que,a final,os valores mais puros existem ainda.

J.Belo

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O meu comentário anterior, reproduzindo um outro de 15 de abril de 2011, tinha um "post scriptum",que faz todo sentido inserir aqui:


(...) PS - E agora tomava mesmo contigo, de bom grado, uma bica, acompanhada por um doce conventual, numa das magníficas esplanadas de Alcobaça, frente ao "teu" monumental mosteiro... no intervalo da leitura, chata, de mais um relatório académico, coisas do meu ofício que seguramente não dão a mesma "pica" do que falar, para uma plateia de miúdos do 9º ano, sobre uma "experiência única e irrepetível", para jovens como tu e eu, que foi a "experiência da guerra da Guiné", com tudo o que "bom e mau" isso representou... (Não sendo "contabilista", nunca fiz, nem nunca farei, e muito menos saberia fazer, o "deve e haver" dessa época da minha vida) (...)

Anónimo disse...

Zé Eduardo, Camarada e Amigo

Tive o privilégio de conviver contigo.
Recordo as nossas conversas, mails post no Face sobre a tua guerra 64/65, a nossa guerra, poi também eu acabei por palmilha os mesmos trilhos em 69/71 Farim, Binta, Cufeu.
Continuas figurar na minha biblioteca com o teu livro " Golpe de Mão" e a " História da CCaç 675 " em co-aotoria.
Descansa em paz camarada
Os meus sentidos pêsames à família enlutada
Carlos Silva

jteix disse...

E ele que tanto gostava do... "bora lá viver".
Sentidas condolências. Descansa em paz.
Um grande abraço, até sempre amigo Jero.

Anónimo disse...

De facto o "Garrote" começa a apertar, para o meu lado, e ultimamente são quase seguidos.

Não só da sua escrita, mas também dos encontros de Monte Real, conheci-o e marcou-me.

Os meus sentidos pêsames para a sua Família.

Até qualquer dia Camarada Jero

JPicado

A. Murta disse...

É muito triste e estranho, quando somos surpreendidos pela notícia da morte de uma pessoa que não conhecemos pessoalmente, mas por quem sentimos uma grande empatia e consideração.
Julgo que o cumprimentei uma vez em Alcobaça no lançamento do livro do Juvenal Amado, mas nem disso tenho a certeza. Só o conhecia do nosso Blogue, mas já me era familiar a sua nobre pessoa.

Condolências a toda a família.

Abraços a todos os camaradas.

António Murta.

Juvenal Amado disse...

Há figuras que me habituei a ver por Alcobaça, que ficarão para sempre na memória na minha e de muitos meus conterrâneos.
Quem não se lembrará do JERO no seu sempre passo apressado, que abraçava multi tarefas sempre bem disposto sempre simpático.
Na Tabanca do Centro distribuía exemplares do seu jornal e dava-me sempre as ultimas novidades
como se sabe umas boas e outras más das quais ele não tinha absolutamente culpa nenhuma.
No dia que lancei o meu Livro na T.C. levou pasteis de nata da Alcoa.
Enfim vamos sentir a falta dele quando esta malvada pandemia, que também o levou, nos largar a porta, voltarmos-nos a juntar nos convívios da Tabanca Grande e em especial na do Centro onde era figura incontornável.

Até sempre JERO

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Durante anos, o JERO foi muito assíduo, no nosso blogue, enuqanto autor, leitor e comentador...

Depois concentrou-se na sua própria produção bloguística e literária, alimentava os seus blogues, publicou pelo menos 3 livros, tinha a sua colaboraçãp na rádio e nos jornais, cuidava também da Tabanca do Centro (, apoiando os régulos Joaquim Mexia Alves e Miguel Pessoa)...

Mas arranjava sempre tempo para, solicitamente, escrever um mail de apoio ou dar dois dedos de conversa, quando vinha a Oeiras, há uns anos atrás, apoiar a filha e os netos pequenos... Quem não se lembra dele, nos nossos convívios, nos encontros nacionais da Tabanca Grande ?!...Chegou a oferecer-se para organizar na "sua" Alcobaça, terra de que tinha muito orgulho... Mas também fez parte da efémera Tabanca de São Martinho do Porto... Tornou-se amigo do Pepito e da Clara Schwarz, afinal seus vizinhos da Praia de São Martinho do Porto... A morte (prematura) do Pepito levou ao fim da Tabanca em,de resto, da nossa relação prrivilegiada com a ONGD AD - Acção para o Desenvolvimento (Bissau)... E, pelo lado, a nossa "Mulher Grande" desistiu de viver, antes de complementar os 102 anos...Tinha ela e marido vivas recordações de Alcobaça dos anos 40.

E sempre com aquele sorriso luminoso!...

Hélder Valério disse...

Só agora arranjei ânimo para escrever aqui, onde comecei a interagir com o JERO, estas poucas palavras para deste modo simples prestar homenagem à sua memória.
Já escrevi alguma coisa noutros locais, assim um bocado "a quente", mas não podia deixar de aqui lavrar o meu desgosto pela sua partida.
Revejo-me em todos os comentários aqui em cima.
Afinal todos conhecemos o mesmo JERO!
Apaga-se assim uma luz maior, um Homem Bom, um bom Homem, amigo do seu amigo, solidário, interventivo, afectivo, enfim... um Amigo.
Que descanse em paz.

Hélder Sousa

carlosbarros disse...

Os meus sentidos pesâmes aos familiares do amigo Jero.
Dos "Mais de Nova Sintra"-1972-74- reforçamos esse voto de pesar.

António Martins Matos disse...

Conheci o Jero já não me lembro onde, certamente nos almoços de Monte Real, da Tabanca do Centro ou nos anuais do Blogue, no Hotel das Termas.
Desde logo me atraiu a sua postura calma e o seu sorriso, sempre receptivo às opiniões de outros, bom ouvinte, ainda que, com as suas ideias bem formatadas.
Entusiasta de Alcobaça, falei-lhe das minhas aventuras na sua terra, quando eu tinha uns cinco anos, a assistir à inauguração de um jardim infantil na sua cidade, eu a cortar a fita do dito. Sorriu, não me deve ter levado a sério, um lisboeta a armar-se. Que o assunto até era verdadeiro, tempos de meninice e resultado de uma qualquer maleita de pulmões, passados no bom ar da terra, na Pensão dos Corações Unidos.
Ficámos amigos, grandes conversas.
Amigo Jero, partiste de uma maneira um tanto ou quanto inesperada.
Espera por nós, um dia destes vamos voltar a conversar.

José Teixeira disse...

Mais um homem bom que parte.
Convivi duas vezes com o Jero e fiquei fã. Calmo, sereno... atento.um sorriso que abria portas.
Descansa em paz amigo.
Zé Teixeira

Anónimo disse...

Aos Familiares e aos camaradas-d'armas, apresento sentidas condolências pelo falecimento do José Eduardo Reis de Oliveira.

(JCAS)

Anónimo disse...

In Memoriam

http://ultramar.terraweb.biz/06livros_JoseEduardoReisdeOliveira.htm

Luci Brito disse...

Meus sentimentos a familiares e amigos.
E,que ele.descanse em paz..

ildeberto medeiros disse...

Os meios mais prefundo sentimentos para toda afamilia eque descanco em paz nao conhece mas como se trata de um ex companheiro da guine Estamos aficar reduzidos 1/9/2021