quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Guiné 61/74 - P21820: Usados & Achados: pensamentos para aumentar a nossa resiliência em mais um "annus horribilis"(5): Contra a Covid-19 e a pérfida caixinha de Pandora que vem sempre associada às pandemias, a palavra de ordem é: Confinemo-nos, sim, camaradas!... Mas não nos (con)finemos, ámen! (Luís Graça)



Um livro que ando a ler e recomendo...


Focha técnica:

Título: Epidemias e Socieade: da Peste Negra ao presnete.
Autor: Frank M. Snowden
Editora: Edições 70 [Grupo Almedina]
Coleção: História Narrativa
Ano: 2020
Nº páginas: 689 
ISBN: 9789724423692
Preco de capa: c.35 € / 30 e
Número de páginas: 700
Capa: Brochado
 

Sinopse_ (...)  O livro recomendado pelo The World Economic Forum no contexto do surto de coronavírus .

Uma análise ambiciosa ao impacto das epidemias que mostra como os surtos infecciosos de grande escala moldaram a sociedade desde a Peste Negra até ao presente. Num estilo claro e acessível, Frank M. Snowden argumenta que as doenças não se limitaram a influenciar as ciências médias e a saúde pública, mas também transformaram as artes, a religião, a história intelectual e a guerra.

Esta investigação comparativa e multidisciplinar da história da medicina e da história social aborda temas como a evolução das terapêuticas, a literatura sobre a peste, a pobreza, o ambiente e a histeria coletiva. 

Além de fornecer uma perspetiva histórica sobre doenças como a varíola, a cólera e a tuberculose, Snowden analisa ainda a repercussões de epidemias recentes como o VIH/SIDA, o Ebola ou a SARS-COVID, ao mesmo tempo que se questiona sobre se o mundo estará preparado para a nova geração de doenças infecciosas. (...)

 
Portuguezes pocos, y eses locos... 

1. Terão razão os nossos vizinhos espanhóis quando se dignam olhar para nós, confinados no "jardim à beira mar plantado", lá do alto dos Picos da Europa  com o olhar altivo do Dom Quixote de la Mancha,  e nos mimoseiam com este secular apodo ?!

Que são poucos, são... e que às vezes parecem loucos, parecem!...  

Vejam (mas não ouçam, ou só o q.b....) os virologistas, geneticistas, infecciologistas, pneumologistas, intensivistas, epidemiologistas, sanitaristas,  economicistas, futurologistas, moralistas, jornalistas, analistas, bloguistas, catrastrofistas e outros especialistas da Covid-19 (de que Deus nos livre!)...  

Se não todos/as, pelo menos bastantes,  parece adorarem pôr-se em bicos de pés, para terem o seu minuto de fama & glória à hora do telejornal, ao predizerem quantos vão ser infectados e quantos vão morrer, para a semana, daqui a um mês, daqui a um ano, dos tais portugueses, poucos e loucos... 

Estar informado, sim, e saber mais,  também... Mas a "overdose" diária de (des)informação sobre a pandemia, não faz bem à saúde mental... nem à nossa democracia.

2. Em 1918/19, de "gripe espanhola" (!), morreram 120 mil dos tais portugueses poucos e loucos (, estimam os cronistas do reino...). Dois por cento da população (que na altura era de 6 milhões)... 

Já eram poucos, os portugueses, ficaram desde então muito mais loucos... De tal maneira que já ninguém se lembra da mortandade que atingiu famílias inteiras, agravada pela cólera e a tuberculose!... 

A loucura tem a vantagem da amnésia... E, ao que parece, também a pobreza.... Já ninguém se lembra: é como a guerra colonial (, embora mais recente, há 60 anos,,,), Como já ninguém se lembra do populista Sidónio Pais, o presidente-rei, como o entronizou  e aclamou o poeta Fernando Pessoa... Nem muito menos das "sopas do Sidónio"...

Agora, com a pandemia do Covid-19, o Sidónio  (, senhor professor de Coimbra, de Cálculo Diferencial e Integral, ) e as suas sopas têm outros nomes... 

Contra a Covid-19 e a pérfida caixinha de Pandora que vem sempre associada às pandemias,  a palavra de ordem é: 

Confinemo-nos, sim, camaradas !... Mas não nos (con)finemos, ámen!

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

finar | v. intr. | v. pron.

fi·nar
verbo intransitivo
1. Acabar; findar; finar-se.

2. [Brasil] Desmaiar; perder os sentidos.

verbo pronominal
3. Morrer.

4. [Por extensão] Definhar-se, consumir-se.


"finar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/finar [consultado em 29-01-2021].

Tabanca Grande Luís Graça disse...

confinar | v. tr. e intr. | v. tr. e pron.

con·fi·nar
(confim + -ar)
verbo transitivo e intransitivo
1. Estar limítrofe; ter limite comum. = CONFRONTAR

verbo transitivo e pronominal
2. Limitar, circunscrever; desterrar alguém para determinada região distante.

3. Encerrar ou encerrar-se dentro de um espaço ou de certos limites. = ENCLAUSURAR, ISOLAR ≠ DESCONFINAR, DESENCLAUSURAR, LIBERTAR, SOLTAR


"confinar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/confinar [consultado em 29-01-2021].

Antº Rosinha disse...

No fim disto, vamos saber, se Portugal (e a Europa)tiveram dirigentes à altura, ou se foram medíocres.

É que o momento é terrível, só depois de ver conhecidos, vizinhos ou familiares a desaparecer, é que uma pessoa vê a sério a realidade.

Até lá...mais do que os técnicos de saúde, são os governantes e políticos que não podem falhar, porque são eles os "comandantes" do exército, e isto é uma guerra.

E a disciplina tem que ser IMPOSTA.

A ver vamos!

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Rosinha, que bom saber de ti!...

Tens razão no que dizes... Em democracia há ainda mais difílc lidar com uma catástrofe desta dimensão... Tem que haver "unidade de comando-controlo"... Mas as nossas sociedades são altamente complexas...Vê os focos de revolta que estão a grassar por aí, nos EUA, nos Países Baixos, na França, na Espanha... É preciso ter cuidado com a "gasolina" e os "incendiários"...

Já em 1918/19 houve três vagas, a primeira menos agressiva, ninguém ligou: os soldados da I Grande Guerra regressaram a casa, os trabalhadores sazonais vieram de Espanha, as elites foram para a a praia e as termas... Depois foi a tragédia, tardiamente fecharam.se as escolas, transformaram-se os liceus (Camões, pro ex.) em "hospitais de campanha!, não tínhamos nem de longe nem de perto os recusrsos (sanitários) que temos hoje...

A segund vaga, no 2º semestre de 1918, foi brutal...E estávamos em plena ditadura de Sidónio Pais (que será assassinado em 14/12/1918, na estação do Rossio.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Disciplina, sim. Tem que ser imposta e auto-imposta. Estamos, felizmente, num Estado de Direito... Que ainda não está 'confinado'7... Nasci numa ditadura, quero morrer, quando chegar a minha hora, num país aberto, democrático, balizado pelos dois grandes valores que eu muito prezo, a liberdade e a justiça. Um abracelo. Haveremos ainda de beber um copo quando esta catástrofe passar. Luis

Anónimo disse...

ESTATISTICAS

Calcula-se que por causa da "pneumónica ou gripe espanhola" faleceram em Portugal entre 100 a 300 mil pessoas e por outras causas mais 200 mil.
A letalidade era maior nos jovens que nos idosos, julga-se que haveria maior imunidade por provável epidemia anterior.
Teve inicio numa base militar nos U.S.A. e foram soldados americanos que ao virem para a Europa disseminaram a doença. Não se sabe qual foi o vírus porque nessa altura o desenvolvimento tecnológico era insuficiente.
O Dr. Ricardo Jorge ia sendo linchado, no Porto, porque preconizava o uso de máscara e o confinamento.

Na pandemia actual sem confinamento e qualquer outra medida, morreriam em Portugal 300 mil pessoas de causa directa e um número incalculável de causa indirecta, devido ao colapso total do SNS.

OH.."COTAS" CONFINEM-SE e sigam as indicações da DGS (não, não é essa, é a da saúde) que a vossa vez para a vacina já está próxima.
NÃO RECUSEM A VACINA.

UM AB
C.Martins