sábado, 30 de janeiro de 2021

Guiné 61/74 - P21827: Tabanca Grande (508): Joaquim Costa, ex-fur mil at Arm Pes Inf (CCAV 8351, Cumbijã, 1972/74), natural de Vila Nova de Famalicão; senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 826




Joaquim Costa, ex-fur mil at Armas Pesadas,
CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74)

Fotos (e legenda): © Joaquim Costa (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
 


1. Mensagem de Joaquim Costa, novo membro, nº 826, da nossa Tabanca Grande (*):

Date: terça, 26/01/2021 à(s) 12:32
Subject: Pedido de adesão

Meu caro camarada Luís Graça, e amigo dos meus amigos e por isso (desculpando a presunção) meu amigo és.

Fui Furriel Miliciano, passei pela nossa Guiné de 72 a 74, tendo pertencido à companhia de intervenção CCAV 8351 ("Os Tigres do Cumbijã") cujo capitão era o já teu conhecido Vasco da Gama, de Buarcos (**.[Tem mais de 80 referências no nosso blogue.]

Fiz o percurso habitual até chegar à Guiné: Caldas da Rainha; Tavira (especialidade de armas pesadas); Chaves; formação da CCAV 8351 em Estremoz com uma passagem fugaz por Portalegre.

Não obstante um abstémio das redes sociais, sou um frequentador assíduo do teu blogue, mais particularmente nestes últimos 5 anos, altura em que me aposentei do Ensino

De há cinco anos a esta parte que todos os dias digo para comigo: "É hoje que vou deixar de ser um elemento passivo e passar a elemento ativo do blogue"...mas a inércia do corpo sempre venceu a dinâmica da mente.

Com a maldita Covid (não cocaína!), e a obrigatoriedade da preguiça contemplativa, a mente venceu este corpo invadido pelo reumático que, não obstante ser uma maleita de infância, foi agravado pelo cacimbo da Guiné.

E aqui estou, com a humildade que se impõe, perante todos estes catedráticos de estratégia militar bem como cronistas e escritores de primeira água, pedir permissão para entrar, sujeitando-me às praxes se tal as houver.

Embora me escasseiem a arte e o engenho, meti, de forma titubeante, mãos a uma hercúlea tarefa, A de rabiscar um conjunto de histórias ou estórias, desde a infância até aos tempos da Guiné.

Tive a ousadia de lhe chamar Paz e Guerra (que me desculpe Tolstoi mas este é um livro do avesso!) tendo como subtítulo: "De Pequeno ao Furriel Pequenina",

Embora não passe ainda de projeto, gostaria de partilhar no blogue parte destas vivências, se tal virem nos mesmos qualidade bastante para aqui serem difundidas, permitindo assim o crivo dos leitores, em particular dos que se acharem visados pelos mesmos, corrigindo o que houver a corrigir antes de o mesmo passar a livro.

Não abusando do teu tempo, a seu tempo pedirei permissão para a publicação de fotos propriedade do Blogue bem como citações de vários bloguistas.

Como creIo ser obrigatório, envio as duas fotografias da praxe bem como um resumo do meu percurso profissional.

Grande abraço,
Joaquim Costa
____________

Nota biográfica - Joaquim da Silva Costa

  • Nasceu a 27 de Abril de 1950
  • Minhoto de Vila Nova de Famalicão
  • Professor do Ensino Secundário
  • Com formação em engenharia eletromecânica pelo ISEP e um Curso Superior Especializado em Direção Pedagógica e Administração Escolar (ESEJP)
  • De 1975 a 1981 lecionou em várias escolas: Santo Tirso, Portalegre, Santarém, V.N. da Famalicão e Peso da Régua até se fixar em Gondomar.
  • De 1982 a 1985 foi destacado para a então Direção Geral do Ensino Secundário para exercer as funções de Orientador Pedagógco: Integrando a Equipa Pedagógica n.º 1 da DREN, orientou os estágios de professores nas escolas de V. N. de Gaia, V. N. de Famalicão, Braga, Barcelos , Viana do Castelo e Ponta Delgada (Açores)
  • Na escola Secundária de Gondomar ( mais tarde Agrupamento de Escolas n.º 1 de Gondomar) exerceu as funções de Vice-Presidente do Conselho Diretivo durante 4 anos e a de Diretor durante 20 anos
  • Responsável, durante 3 anos, pela cadeira de Prática Pedagógica, na profissionalização em serviço de professores, dos grupos: 430 e 520, na Escola Superior de Educação do Porto
  • Como profissional liberal, foi técnico responsável por projeto, exploração e execução de infraestruturas de eletricidade, telecomunicações e gás.
  • Durante vários anos trabalhou em regime de "part tame" numa empresa de construção civil e obras públicas
  • Foi ainda diretor pedagógico de um Polo de formação profissional do IEFP
  • Reformou-se em Maio de 2015 ao fim de 40 anos de serviço no ensino e 3 de serviço militar-...Ufff…!!!


Guiné > REgião de Tombali > CCAV 8351 (Cumbijã, 1972/74) > Nhacobá > s/d > Furriéis Azambuja Martins e Costa


Foto (e legenda): © Vasco da Gama (2009). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Aqui fica, desde já o índíce e a nota inicial do projeto de livro


PAZ E GUERRA (DE PEQUENO AO FURRIEL PEQUENINA)


ÍNDICE
Paz
1 – O primeiro dia das nossas vidas
2 – Dois tostões, o preço da privacidade
3 – A primeira grande (b)vitória
4 – As minhas tamanquinhas
5 – Sem pão "catem" (não há) presunto
6 – A primeira viagem para além do Ave
7 – A ida ao médico
8 – O mata bicho
9 – Caldas da Rainha – A chegada às portas da tropa … grande fardo!
10 – Tavira - Amor, ódio … e trampa
11 – Chaves – Férias, o Estraga a Tábua … e o Forte de São Francisco
12 – Estremoz – A "Outra Família", o Águias D'Ouro… e o Zé D'Alter
13 – Portalegre – De passagem, a fotografia… e o discurso
14– A Viagem dos três tristes tigres

Guerra
15 – O Embarque, as(os) hospedeiras(os) … e África Minha
16 – O batismo… com a reza do terço
17 – Gato por lebre.
18 – As nossas lavadeiras… e o Furriel Pequenina
19 – Cumbijã – A nossa modesta casinha, os picadores e a crueldade das minas
20 – A primeira visita dos "vizinhos"
21 – A cruel confirmação do discurso – "o primeiro murro no estômago"
22 – A segunda visita dos "vizinhos"
23 – Operação "Balanço Final" - A retribuição das visitas
24 – O dia mais negro – "o segundo murro no estômago"
25 – A primeira noite… em Nhacobá
26 - "Bora lá" para a nova casa (Nhacobá)
27 – Férias... e o teste da cerveja
28 – O regresso de férias – "o terceiro murro no estômago"
29 – O que outros disseram de nós
30 – A Ração de Combate
31 – O Cantinflas do Cumbijã
32 – As hortinhas dos "Duros" do Cumbijã
33 – Outras guerras... outros protagonistas
34– Atividades lúdicas… e Grândola Vila Morena
35– Galinha gorda... por muito dinheiro
36 – O regresso a casa

Nota inicial

Este meu pequeno livro não é, nem tem essa pretensão, autobiográfico. Não há lastro de vida que o justifique. São apenas flashes, de vivências de uma família numerosa no contexto de uma região, e de uma época, bem como vivências de um grupo de homens (...a outra família) que um acaso juntou em plena guerra colonial. Não é mais do que um auxiliar de memória coletiva para que se não percam nas brumas do tempo quer:

- As vidas de uma geração de homens e mulheres que em contextos tão adversos foram capazes de criar sólidos alicerces que tinham como cimento os valores do trabalho, da partilha, da honestidade da lealdade e da honra, e onde os seus filhos nasciam e cresciam como ramos de uma sólida árvore. O Zé e a Gracinda foram os pilares de uma dessas famílias: resilientes, determinados, de uma riqueza humana incomensurável e de uma grande sabedoria, não obstante nunca terem frequentado a escola;

- Bem como o sacrifício de toda uma geração de jovens, quase adolescentes, que generosamente ofereceram os melhores anos da sua juventude, e, muitos a própria viva, a uma causa que lhe disseram nobre, de defesa da pátria. Podemos, e devemos, questionar a justeza da guerra (se é que há guerras justas), mas é imperdoável esquecer e mesmo ostracizar muitos destes homens (que não conseguiram vencer o trauma da guerra), ignorando o seu sofrimento (e das suas famílias) tendo como causas quer deficiências físicas múltiplas quer o stress pós-traumático

Não pretendo com este livro questionar, analisar ou julgar, pretendo apenas e tão só contar um conjunto de histórias; entre muitas, de uma forma cronológica; vivenciadas e marcantes pela sua singeleza, ingenuidade e caricato das mesmas; bem como narrar, de uma forma ligeira (nunca aligeirada), aspetos da vida de um grupo de militares na guerra colonial, ainda hoje (mal contada) não contada.

Aqui procurei, com objetividade, narrar os acontecimentos sem os contaminar com narrativas autoelogiosas ou de patriotismos serôdio.

Por respeito aos meus camaradas que pereceram em combate e aos que ficaram com sequelas físicas e psicológicas, não obstante uma narrativa mais intimista e menos belicista e patrioteira dos acontecimentos, diferente de muitas outras já publicadas, são relatados todos os momentos, uns mais alegres e divertidos, outros mais dramáticos e dolorosos, com o respeito e admiração que a situação exige e estes valorosos homens (que a pátria rapidamente esquece) inequivocamente merecem. Limitei-me a contar ocorrências e vivências, evitando juízos de valor precipitados, não fugindo ao objetivo inicial de apenas contar histórias.

Com a memória já gasta, não obstante o rigor dos acontecimentos relatados, pode acontecer que nem sempre a sua sequência cronológica corresponda à realidade. Irrelevante para o caso tendo em conta o objetivo da narrativa


2. Resposta do editor LG:

26/01/2021, 13:10



Grande Tigre do Cumbijã!... Camarada e colega (também fui docente.. ) e, desde agora, membro da Tabanca Grande, com direito a sentares-te, à sombra do nosso sagrado e fraterno poilão, no lugar nº 826 (está "cativado", é teu):

Joaquim, fico feliz (, ficamos todos,) pela tua decisão. Como acompanhas o nosso blogue, há pelo menos 5 anos, sabes bem que temos incentivado os nossos camaradas a escrever e, se possível, publicar em papel... Hoje há outras alternativas como o e-book... De qualquer modo, temos o nosso blogue onde já se revelaram muitos talentos literários. Muitos livros aqui, dezenas e dezenas..

Fico entusiasmado com o teu projeto. Teremos muito gosto em publicar ( logo partilhar, ) as tuas memórias como minhoto, português,professor, engenheiro e ex-combatente. Como sabes, não somos um "blogue de causas", logo não temos qualquer "agenda político-ideológica"... Falamos de tudo ou quase tudo o que nos diz respeito, enquanto amigos e camaradas da Guiné, evitando apenas o "terreno minado" da PRF (Política, Religião e Futebol)... (Entenda-se: política partidária, proseltismo religioso, futebol clubístico...).

Gostamos de dizer que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande, nela cabendo todos nós (e mais alguns...) com tudo o que nos une e até com aquilo que nos pode separar... Portanto, Joaquim. estás em casa, e ainda por cima não muito longe (menos de uma hora de carro) da minha segunda terra, Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses (, também região demarcada do Vinho Verde) ...

Eu próprio faço questão de te apresentar à Tabanca Grande, o mais rápido possível. Manda, entretanto, em formato jpg, se possível, mas pode ser também em pdf, uma foto tua, fardado... Só me chegou, em boas condições, a tua foto atual.

Boa saúde. Mantenhas. Protege.te. Luis

PS - Se quiseres que a gente te dê os parabéns, quando chegar o teu dia de aniversário, dá ao teu OK. Dou conhecimento ao nosso coeditor Carlos Vinhal.


3. Resposta do Joaquim Costa
26/01/2021, 14:45

A Guiné, o ensino e “Baco” nos une, ergamos as nossas taças e brindemos, se não te importas com Alvarinho, pela amizade que nasce e pela saúde de todos aqueles que viveram momentos difíceis, e momentos de grande cumplicidade na guerra colonial

Reenvio a foto solicitada
Um grande abraço de amizade


4. Resposta de LG:


26/01/2021, 14:57


À tua, Joaquim!... Bebamos, pois, um copo, mesmo que metaforicamente falando, da nobre casra Alvarinho, à tua, à nossa saúde! E aos 17 anos do blogue, que nasceu em 23/4/2004... E, claro, à tua entrada na Tabanca Grande, pela porta grande...

Obrigado pela foto, mais logo vou-te apresentar ao resto da rapaziada: somos 826 (contigo), mas infelizmente mais de 10% já deixou a "terra da alegria", embora continuando, ao nosso lado, em espírito... 

Um abração, Luis
_____________


25 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21692: In Memoriam (378): Isabel Levezinho (Lisboa, 1952 - Oeiras, 2020), esposa do Tony Levezinho (ex-fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71)... A sua memória fica inscrita, a título póstumo, no lugar nº 824, sob o fraterno e simbólico poilão da Tabanca Grande (Luís Graça)

9 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21626: Tabanca Grande (506): António Marreiros, natural de Sagres, a viver há 48 anos no Canadá, ex-alf mil em rendição individual, CCaç 3544 (Buruntuma, 1972) e CCAÇ 3 (Bigene e Guidage, 1972/74): senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 822

4 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21516: Tabanca Grande (505): Serra Vaz senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 821: foi fur mil op esp, CCAÇ 2335 (Angola, 1968/70) e dedica-se ao estudo de memoriais militares

(**) Vd. postes de:

7 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3581: A História dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (1): Apresentação e Chegada a Bissau

15 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3624: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (2): Natal de 1972 em Aldeia Formosa

16 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3638: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (3): Jan 73: Com o Cherno Rachide, em Aldeia Formosa

17 de Dezembro de 2008 Guiné 63/74 - P3640: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (4): 1973, Ano Novo... Vida Velha

28 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3675: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (5): Ocupação do Cumbijã e construção das instalações

4 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3697: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (6): Aditamentos (Vasco da Gama)

20 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3765: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (7): A visita do General Spínola

15 de fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3898: A história dos Tigres de Cumbijã, contada pelo ex-Cap Mil Vasco da Gama (8): Maio de 1973 na vida da CCAV 8351 - (Parte I)

[As partes II e III não foram publicadas. LG]

5 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...


Luís Graça (por emial)
30 jan 2021 16:05

Joaquim: só hoje consegui apresentar-te à Tabanca Grande:

Num curto espaço de tempo morreram 3 membros da nossa Tabanca Grande, todos com Covid...

Dou conhecimento da tua entrada aos "Tigres do Cumbijã" Vasco da Gama, cmdt, e João Melo, 1º cabo cripto...

Vai dando notícias... Um alfabravo. Luis

Anónimo disse...


Joaquim Costa (by email)
30 jan 2021 18:03

Obrigado Luís,

Infelizmente fui acompanhando através do blogue as sentidas e merecidas homenagens aos camaradas que nos deixaram. Graças a este blogue será perpetuada a sua memória.

Aproveitemos cada dia como se fosse o último.


Brevemente enviarei o meu primeiro poste


Um grande abraço

Joaquim Costa

gil moutinho disse...

Caro Joaquim Costa
Como dizia o outro"essa cara não me é estranha".
Pois ,bem vindo à sombra do poilão e a este blog que não dorme.
pois aqui perto temos a Tabanca dos Melros,onde realizamos convívio ao almoço dos 2ºs Sábados,
quando esta pandemia nos deixar retomá-lo,etambém umMuseu da Tabanca dos Melros com objectos oferecidos pelos ex-Combatentes.
Fica aqui o convite e a publicidade.
abraço
Gil

Anónimo disse...

Caro Joaquim Costa

Fico muito agradado com a tua entrada nesta casa acolhedora. A tua companhia, chegada a Aldeia Formosa, quando a minha, de Mampatá, teria cerca de um ano, fixou-se em Cumbidjã, então o ponto mais avançado da estrada nova, que nos custou muito sofrimento e a morte a um camarada. A vossa instalação foi muito penosa, naquele sítio de ninguém, e sempre que vos via, no bar de Mampatá, onde os tigres se apeavam para um curto repouso do corpo e do espírito, percebia nos vossos rostos, como era bem pior que a nossa a vossa missão.
Um abraço

Carvalho de Mampatá.

Hélder Valério disse...

Caro Joaquim Costa

Que te possas sentir bem por aqui, são os meus votos.
Como é natural, numa comunidade qualquer, nesta também, haverá "sensibilidades" diferentes, vários modos de estar e sentir, várias opiniões sobre tudo e nada.
Isso não impede (não deve impedir) o objetivo principal que é o de se constituir como repositório das nossas memórias individuais para que o seu somatório possa ilustrar o nosso coletivo.
E para esse "puzzle" de memórias servem de igual modo os relatos das operações, das nomadizações, emboscadas, golpes-de-mão, assaltos, patrulhamentos, flagelações, colunas, etc., como também os momentos de lazer, as diversões, as petiscadas, as emoções dos reencontros, as lembranças dos "tempos do fim".
É desse conjunto que se pode apresentar o "filme" do nosso coletivo. E é por isso que este Blogue não se dedica a uma Unidade específica, não se constitui como o repositório das ações do Batalhão X, da Companhia Y, do Pelotão Z. Ele pretende abarcar todo o tempo do conflito, desde o início das ações em 1963 até ao final em 1974, compreendendo todos os locais do território. Tem sido assim possível perceber, para um dado local ou zona, como as coisas evoluíram ao longo dos anos. Cada contributo é uma preciosidade.

Então, instala-te, releva algo que te possa não interessar e "conta-nos como foi"!

Abraço de boas vindas.

Hélder Sousa