quarta-feira, 7 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22346: Fotos à procura de... uma legenda (152): Que estrada seria esta? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa? (João Rodrigue Lobo / Virgílio Teixeira / José Carvalho / Valdemar Queiroz)


Foto nº 1A


Foto nº 1


Foto nº 1B

Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > s/d: "uma enorme coluna do PTE".... A estrada (asfaltada) não está identificada, mas podia ser a de Nhacra - Mansoa - Mansabá... Não havia muitas na altura... Vê-se ao fundo aquilo que pode  ser um aquartelamento. Por outro lado, a vegetação é rasteira, dando indícios de capinagem relativamente recente... 

A coluna é encabeçada por duas viatuaras Mercedes, a terceira é um jipe e a quarta é uma viatura cicvil, uma carrinha, branca, de caixa aberta,  com população civil...

Diz-nos, posteriormente, em email,  o autor da foto,o João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971):

(...) "Não estive em Bambadinca, aliás só saía esporadicamente acompanhando as viaturas ás obras, especialmente das estradas. (Bem protegidos pelos camaradas de armas; embora levasse a minha G3 bem á mão, eu próprio conduzia, sempre, a viatura onde me deslocava).  A foto acima,  com  "uma enorme coluna de viaturas", e que vocês acharam que poderia ser a estrada Nhacra - Mansoa -Mansambá, foi uma dessas tais colunas. Mas a foto foi tirada após saída de Brá, julgo que para a estrada de Có / Pelundo.

Por essa estrada, de Brá a Có, cheguei a ir em carro civil com outros camaradas, pois a guarnição da jangada de João Landim nos transportou para a outra margem, por, nessa data, a estrada até Có ser considerada segura. (Mas pouco , como depois vim a saber". (...)


Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentários dos nossos leitores ao poste P22302 (*)

(i) José Carvalho:


(...) Na estrada Nhacra -Mansoa - Mansába - Farim, passei inumeras vezes e conhecia-a ao pormenor,mas parece-me decorrido meio século,que não havia no seu traçado uma zona com o declive que a foto revela, nem um aquartelamento em posição cimeira.

(...) Comparando com fotos tiradas (Out 70) na estrada de Nhacra para o Cumeré, verifico algumas semelhanças quer no tipo de orografia, quer no tipo de vegetação adjacente à via. Quem passou pelo Cumeré poderá opinar! (...)

(ii) Luís Graça:

Outra hipótese: as instalações que se veem do lado direito da estrada, e que parecem estar roeados de um extenso perímetro de arame farpado, não poderiam as da emissora da Guiné, em Nhacra ?... O edifício pricipal tem uma certa volumetria e há também algo que também pode ser um depósito de água como uma antena de transmissões... Era natural que o emissor estivesse instalado numa cota mais alta...

Enfim, só fiz este percurso em 2007, altura em que fui ao Cantanhez, passando por Bambadinca e Saltinho... E na volta fui a Mansoa e almocei em Nhacra...com o cor art ref Nuno Rubim!

Veja-se aqui a carta de Bissau (1949), escala 1/50 mil... As cotas são todas baixas...

https://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial32_mapa_Bissau.html


(iii) Valdemar Queiroz:


Realmente, vendo a fotografia da coluna à primeira vista não parece ter sido tirada na Guiné.
Pelo traçado e estado da estrada, da vegetação envolvente, os postes eléctricos e os edifícios ao alto, não fora a pequena viatura descapotável com pessoal africano, diria tratar-se de uma coluna em instrução na metrópole.

Mas, tratando-se da estrada próximo de Bissau, julgo haver camaradas no blogue que iam de motorizada até Nhacra e mais longe e devem, pelo declive, conhecer este local



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949)  > Escala 1/50 mil >Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalanca, Safim e Nhacra.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné  (2021)


2. Mensagem do editor do blogue, enaviado ao VirgílioTeixeira:


Data: quinta-feira, 24 de junho de 2021, 16:02
Assunto: Que estrada seria esta ? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa ? (**)


Confere esta foto, que segue em anexo (Foto nº 1, acima reproduzida), com as tuas fotos... Andaste por estes sítios, de motorizada...Foste até Safim e paar lá de Safim, a caminho de Nhacra.

Numa das tuas fotos veem-se os postes telegráficos, do lado esquerdo... E de ambos os lados da estrada, há uma larguíssima faixa capinada... Mas o terreno é plano... Ao fundo, do lado esquerdo, há uma tabanca.

Os postes telegráficos são uma boa pista... No interior da Guiné, já não os havia, con as sabotagens do início da guerra...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2018/02/uine-6174-p18287-album-fotografico-de.html

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/06/guine-6174-p22302-reavivando-memorias.html



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalana e Cumeré (na maregm esquerda do canal do Impernal)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2021)

3. Memsagem do Virgílio Teixeira, com data de 24 de junho passado:

Começo logo por dizer que quando vi a foto do Lobo, no jeep, quando saiu o poste parecia que era eu mesmo! Tenho fotos nas deslocações do Gabu para Bambadinca, e numa delas muito parecida com esta. Mas não comentei na altura, faço agora.

Estive a ler o meu poste e comentários das minhas loucuras de motorizada, hoje tenho de confessar que, não fossem as fotos,  não acreditava nestes relatos, feitos a uma distância de 50 ou mais anos.

Vejo com alguma nostalgia as mudanças nos nossos comentários, mudou muito e para pior, não sei de quem é a culpa e pouco importa agora, terei a minha dose com toda a certeza.
Vamos ao que interessa e puxar pela tola e ler as minhas fotos, estas e muitas outras.

Nunca vi uma coluna com esta dimensão. Para onde iam tantos camiões? Cumere não era, conheço e não faz sentido uma colunas destas.

Naquele tempo, 68/69, estas estradas eu conhecia bem,  pois era eu o único interveniente, era asfaltada até Bissalanca, depois terra batida. A partir daqui não havia postes telegraficos, que me lembre. O declive que se vê, não era suposto ver de Bissalanca para Safim etc.

O capim era assim, tudo rapado de um lado e outro. Não se via quase tabanca nenhuma, nem pessoal na berma, há uma foto onde se vê um homem, e por ser anormal eu fiz a foto em andamento.

Neste percurso portanto não existia nenhuma instalação como aquela que se vê numa das fotos da coluna. Logo não pode ser depois de Bissalanca.

O mais natural é ser mesmo uma coluna, chegada num navio, toda nova, a caminho de Brá, instalações do BENG 447. Havia nos 10 km desde o mercado de Bandim, muitas zonas tipo rural, sem tabanca nem vegetação, mas com os tais postes.

A mata cortada era uma das necessidades daquele percurso tão movimentado, era afinal a 'cara da Guiné', para os militares e civis visitantes.

Assim concluo, sem absoluta certeza, que é na Guiné, a coluna vem de Bissau a caminho de Brá.

Não poderia ser noutro cenário, salvo outras conclusões que estou pronto a aceitar se tiverem mais força que as minhas.

Dado que fiz isto muitas vezes, algumas com receio por não avistar viva alma, haverá quem fez mais vezes, mas eu como 'turista' via com mais pormenor.

Também colocamos fora de questão que estas imagens sejam para lá de Safim ou Nhacra.
Espero ter ajudado.

Abraço do Virgílio Teixeira

4.
 Mensagem do Virgílio Teixeira, com dat de 25 de junho passado;

Bom dia.

Hoje estive a ver melhor outras fotos nas minhas viagens para Safim, João Landim e Nhacra.
Esta é a  única foto na estrada, e tenho tantas, foi feita a caminho de Bissalanca. Porque é estrada asfaltada. Dali para a frente era terra batida.

A vegetação baixa era uma constante. E vejo uma tabanca do lado esquerdo, coisa que não me lembro para cima.

Se existisse mata e selva,  é claro que eu não ia. Vejo, ou melhor dizendo, que nesta viagem fui acompanhado com o Furriel Riquito, pois foi ele que tirou as fotos onde eu apareço. De  outras  vezes fui sozinho.

As minhas dúvidas são :

1. O que fazia esta grande coluna e para onde se deslocava? Só pode ser na zona de Bissau.  

2. Aquelas instalações, por cima do camião da frente são grandes demais para estarem fora do perímetro de Bissau.

3. Por outro lado se a coluna vai na direcção de Bissau, as instalações do lado direito não vejo o que seria, pois só havia unidades militares do lado direito a caminho de Bissau, daí que seriam ao contrário.

4. As ligeiras elevações da estrada coincidem com aquelas existentes até Bissalanca.

5. Dali para cima era tudo linha recta sem altos e baixos.

6. Como diz o outro.. "penso eu de que"!

Agora também estou curioso. Mas falta-me a memória.
Ab Virgilio



Guiné > Sector de Bissau > Safim >  11 de março  de 1968 > O alf mil SAM Virgílio Teixeira (CCS/ BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), de motorizada, vindo de Bissau, na estrada de Safim, onde havia um cruzamento para João Landim / Bula (a noroeste) e outro para Nhacra / Mansoa / Mansabá (a nordeste)- Foto tirada pelo fur mil Riquito.


Guiné > Sector de Bissau > Estrada de Safim-Nhacra   > O alf mil SAM Virgílio, Teixeira,  de motorizada, em Safim, a caminho de Nhacra.. Foto tirada pelo fur mil Riquito. (***)

Fotoa (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 21 de junho de  2021 > Guiné 61/74- P22302: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte I: sem falsa modéstia, um exemplo de empenhamento e competência

(**) Último poste da série > 6 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22260: Fotos à procura de... uma legenda (144): Cecília Supico Pinto, em Có, em 2 de maio de 1969, distribuindo sorrisos e maços de cigarros da INTAR...

18 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

De Nhacra a Bissau eram cerca de 20 km. De Bissalanca a Nhacra, por Safim, devia ser um pouco mais... E não havia problemas de segurança na região de Bissau, até ao fim da guerra... Decididamente o PAIGC nunca optou pela guerrilha urbana... Em 1973/4 continuava a ir-se a Nhacra comer ostras...

Veja-se aqui este poste:

27 DE NOVEMBRO DE 2019
Guiné 61/74 - P20386: (De)Caras (117): Eu e o saudoso Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019), prontos para ir a Nhacra, de motorizada, comer umas ostras (Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2019/11/guine-6174-p20386-decaras-117-eu-e-o.html

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Bissau não era nem nunca foi Saigão...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Nem consta que no sector de Bissau o PAIGC tivesse levado a cabo ações de luta armada, nomeadamente de guerrilha urbana. Nunca hiuve nenhuma cabeça cortada no Pilão (Cupelom), nenhum rapto na estrada Safim-Nhacra...tirando os dois "atentados" no final da guerra, cuja origem ainda é duvidosa e fagelaçºao com misséis 122 mmm a Bissalanca---

O PAIGC, com uma "matriz" chinesa, com "generais" formados na China e mais tarde enquadrados por onselheiros cubanos, era um movimento de guerrilha rural, nunca teve vocação (nem dimensão) urbana... A células clandestinas do PAIGC em Bissau, infiltradas e dizimadas pela PIDE. foram uma dor de cabeça para Amílcar Cabral...(e a sua perdição)... O PAIGC nunca conseguiu,por outro lado, ter êxito nos poucos núcleos urbanos fora de Bissau, e muito levar a guerrilha a Cabo Verde...

O guerrilheiro típico do PAIGC era o "homem do mato", balanta, o verdadeiro "heróis da liberdade da Pátria", capaz de sobreviver com um punhado de arroz e uma Kalash, de uma enorme coragem e resistência físicas, mas incapaz de assumnir a liderança, de pensar pela sua cabeça... Eram os mis iletrados. Os quadros do PAIGC não eram balantas...

albertino ferreira disse...

Eu estive em Nhacra em 73 e 74 e fiz segurança à coluna Bissau, Mansoa, Mansabá, Farim e volta. Por acaso não tivemos contactos, mas quando passávamos por Mansabá ainda lá estavam os Unimogs queimados em resultado de violenta emboscada que matou alguns camaradas nossos.

Ex-alferes da C. Caç. 4540

Cherno Baldé disse...

Caros amigos,

A coluna em questao encontra-se mesmo na encosta da saida de Bissau em direcçao a Safim, do lado direito vé-se o espaço protegido, na altura com arame farpado, da pista do Aeroporto de Bissalanca (hoje Osvaldo Vieira). Os edificios fazem parte do Aeroporto.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Cherno, pela tua achega. Mantenhas. LG

José Botelho Colaço disse...

Uma pergunta talvez sem resposta: Qual seria o caminho a seguir a Mansôa para Bambadinca e qual a distãncia? a minha companhia de caç. 557 em Maio de 1964 na deslocação de Bissau para Bafatá até Mansôa foi nas viaturas em velocidade normal a seguir a Mansôa em virtude da estrada do Oio já estar cortada vira-mos por uns terrenos sempre a pé até Bambadinca, aí apanhamos as viaturas até Bafatá passando salvo o erro por Massamá sempre em terra batida. Abraço.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Caro Colaço, havia antes da guerra uma estrada que ligava Bissau ao leste (Bafatá ). Interdita já no teu tempo e no meu. De Nhacra a Manso eram 28 km.E daqui até Bambadinca (por Porto Gole) 65. Mete mais 30 km até Bafata (já alcatroada em 1968). MAs as distâncias na Guiné não se mediam km mas em horas e dias...No final da guerra estava em construção a nova estrada Helena Mansoa - Jugudul - Bambadinca. Passei por lá 2008. Ab. Luis

Valdemar Silva disse...

Julgo que o Aeroporto e os seus edifícios apresentavam-se à esquerda na estrada para Safim.
Então, sendo edifícios do Aeroporto, estes apresentam-se à direita o quer dizer que a coluna vinha em direcção a Bissau, a não ser que no alto a estrada vire à direita e passe em frente dos edifícios que nesse caso ficam à esquerda antes da descida para Safim.

Valdemar Queiroz

José Botelho Colaço disse...

Caríssimo Luís de acordo com o teu comentário, só que o trajecto Mansôa Bambadinca segundo o que guardo foi feito tipo corta Mato com guias nativos que conheciam o terreno e também com a ajuda de uma carta cartográfica militar e não passamos por qualquer aquartelamento militar nosso. Nem vale muito aprofundar estas passagens só que no caso da C. caç. 557 teve sorte e neste trajecto não sofreu nenhum ataque do inimigo. Todos nós não mereciamos ser postos á prova de vida e defesa. E nesta deslocação a companhia do Komo foi mais uma vez entregue só a si própria posta á prova de vida e defesa pessoal tal como no Cachil na ilha do Komo. Abraço.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Gralha: a nova estrada em construção no final da guerra e que foi semeada com muito sangue era a estrada Mansoa - Jugudul. - Bambadinca.

Anónimo disse...

Realmente a estrada para Safim passava ao lado direito do edifício do aeroporto, como se pode ver pelos mapas, nunca poderia ser para o lado esquerdo.
Assim sendo esta coluna com os edificios não identificados, deslocava-se para Bissau.
Neste estrada todos os aquartelamentos ficavam do lado direito quem vinha do aeroporto para Bissau.
Estes misteriosos edificios, podem ser dos Comandos, da BA12, dos Adidos, do Paras, da Engenharia, do próprio aeroporto, ou até do HM241. Ou outros que não de ocorrem!
Com esta grandeza, parece-me mais evidente, ser um deles.
Mas nada de certezas, posso estar a baralhar tudo.!

Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

João Rodrigues Lobo
7 jul 2021 21:44

Boa tarde,

Achei interessante o debate sobre a estrada e sobre a coluna. Aqui vai o que me lembro para alimentar este debate, esperando que alguém consiga identificar a estrada.

Posso afirmar que foi após saída de Brá, pois ainda não tinhamos protecção, que começavamos a ter a partir de alguns kms, pelos camaradas de armas.

A coluna era maior do que se vê na fotografia. (A foto foi tirada do jeep que eu conduzia e que seguia á frente).

Esta coluna, como podem reparar era constituída por viaturas do PTE/BENG447 (Castelo de Engenharia no para-choques da frente), e por algumas viaturas civis que se integravam.

Colunas como esta eram realizadas para levar as viaturas de regresso para as obras, de estradas, aquartelamentos ou reordenamentos , pois aquando da época das chuvas a maior parte regressava ao Beng para manutenção.

Para as várias frentes a partir de alguns kms passávamos a ter protecção dos camaradas de armas. Á data (1969/1970) já havia algumas estradas asfaltadas, até Có , já com uns buraquitos, que aliás percorri em carro civil numa "bela" noite. E estava-se a construir a estrada Có / Pelundo, entre outras.

Aguardo mais comentários pois a memória após 50 anos já não é a melhor.
Abraço.

Anónimo disse...

Amigos

Claro que o Cherno Baldé tem razão.
O edifício que se vê é do aeroporto que que fica numa cota mais alta e a partir daí há um declive para Safim, ainda hoje é assim.
Nhacra não pode ser, porque situa-se numa zona plana até ao Cumeré que o meu Bat Caç 2879 foi praticamente inaugurar aquando do regresso em Junho/71.
No Cumeré há declive quem vai do quartel para o rio para a zona dos estaleiros Jundo à ponte Arnaldo Shultz.
de Safim para João Landim, de facto há declive na direcção do rio, mas as fotos jamais podem ter sido tiradas nesse percurso, até porque na zona não havia aquartelamento e muito menos com a volumetria do edifício da foto.
A estrada de Bissau até Farim já estava asfaltada desde princípios de 1971, pois só havia asfalto até Mansabá e daqui até ao K3 onde estive em 1969, não havia circulação, embora em tempos idos pudesse ter havido picada, pelo menos o BCav 790 creio que fez esse percurso de coluna quando foram para lá em 64/65.

Valdemar Silva disse...

A estrada para Safim é paralela ao Aeroporto, na fotografia parece perpendicular e assim só poderá ser a que vai na direcção a Brá, conf. se vê no mapa.
Mas, por cerca de oito vezes que passei na estrada de Brá-Aeroporto-Brá não me recordo de nenhum declive na estrada.
E o Cherno Baldé é que sabe melhor que todos nós.

Valdemar Queiroz

Antº Rosinha disse...

Valdemar, entre Brá e o aeroporto, não há de facto qualquer declive.

Esse declive da foto, aparece a caminho de Safim se em vez de entrares para o aeroporto, seguires em frente para Safim mais um pouco.

Anónimo disse...

Amigos

Atrás não me identifiquei
Reitero o que referi. o Cherno tem razão.
Também concordo com o referido de que os quarteis ADIDOS, BENG 447; HM241 etc situavam-se à esquerda quem vai de Bissau para Bissalanca/Safim e não havia absolutamente nada no lado direito.
Fiz em Setembro/69 pela 1ª vez sargento piquete ou ronda nos ADIDOS à noite, com africanos e ia cagadinho de medo e quando ia a Bissau, quase sempre me tocava fazer serviço.
Os camaradas dos ADIDOS estavam no bem bom e não faziam serviços, era a malta piriquita ou que ia do mato é que tinham de fazer os serviços.
Escusam de bater mais no ceguinho, porque a estrada está devidamente identificada
CARLOS SILVA

Valdemar Silva disse...

Carlos Silva, em Setembro não mas em Julho/Agosto, quando fui a Bissau entregar material usado na recruta em Contuboel (soldados fulas das futuras CART.11 e CCAÇ.12), também fui apanhado nos Adidos para sargento de serviço e logo a seguir sargento de dia ao refeitório. Nesse sargento de dia ao refeitório havia uma imensa formatura pra almoçar, tive que mandar um atençãoãoãoãoão aos gritos para ser ouvido a alinhar e levou mais de duas horas uns a sair e outros a entrar para todos almoçarem. No local dos latões dos despejos das sobras a partir da segunda "mesa" já havia restos de comida por todo o lado e até final o local ficou difícil de passar por estar lamacento como a bolanha. No sargento serviço com dois soldados tivemos que ir à cadeia militar, à central emissora e ao posto central da PSP buscar um soldado que habitualmente fugia da prisão dos Adidos, mas não fui ao aeroporto. Foram uns dias do caraças enquanto esperava para arranjar transporte de avião para Nova Lamego. Os tipos dos Adidos, quando aparecia a rapaziada do mato, arranjavam logo escalas de serviços e nunca eram eles os escalados.

Rosinha, realmente não me lembro de um declive tão acentuado antes de chegar ao aeroporto, seria para os lados de Safim que eu não conheci.

Abraços e saúde
Valdemar Queiroz