segunda-feira, 2 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23221: Humor de caserna (54): O anedotário da Spinolândia (V): fardamento para pessoal de Bissum, "by air mail" (António Ramalho, ex-fur mil at cav, CCAV 2639 , Binar, Bula e Capunga, 1969/71)


Guiné > Região do Oio > Sector de Bissorã > Bissum-Naga > CCAV 2639 (1969/71) >  Grupo de Combate do António Ramalho: "Missão cumprida, Regresso de Bissum. O autora aparece aqui, de bigode e de óculos de sol".

Foto (e legenda): © António Ramalho (2018) . Todos os direitos reservados (Edição e legendag complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)



1. M
ensagem de António Ramalho, ex-fur mil at cav, CCAV 2639 (Binar, Bula e Capunga, 1969/71), membro da Tabanca Grande nº 757 (com 32 referências no blogue),  natural da Vila de Fernando, Elvas, a viver em Vila Franca de Xira: 


Data - domingo, 1/05/2022, 23:15 

Assunto - O anedotário da Spinolândia!


Caro Luís, boa noite.

Espero que estejas bem assim como a família. 

Agradecido por referires mais uma vez aquelas passagens verídicas com o nosso General (*), pessoa das minhas simpatias, pela forma descontraída como nos aparecia, desprendida de preconceitos.

Quando estava em Bissum com o meu Gruo de Combate, "escolhido" porque não alinhámos em parvoíces, por isso fomos deslocados para aquele "resort"!

Avisado de que viria um meio aéreo com o Com-Chefe.  foi necessário enxotar as vacas para que a aterragem se fizesse em segurança, e assim aconteceu.

Ao reparar que o meu camuflado era mais adesivo do que tecido, quando o cumprimentei, reteve a imagem e perguntou a alguém... Quis saber quem eu era e porquê aquela indumentária tão fora do comum!...

À despedida, com todas as deferências e respeito a que estava obrigado, usando uma metáfora, compreendida pelo contexto em que estávamos.

– Meu general,  se eu tivesse que cobrir a pista de aterragem com adesivo, o capim viria atrás... assim acontece aos pelos do meu corpo!...

Não esboçou qualquer sorriso, nem lhe caiu o monóculo, vinha de óculos escuros!

O facto é que, passadas algumas horas, chegaram fardamentos a estrear, para todos, num meio aéreo.

Já lá vai meio século e uns meses!

Um grande abraço

António Ramalho (757)
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2 comentários:

Valdemar Silva disse...

Ramalho.
Mas foi oferta, ou considerado substituição do fardamento em fim do tempo de uso?
Como é que esse novo fardamento foi carregado nas cadernetas militares para efeitos de espólio?
No caso dos sargentos e oficiais sabemos que tinha de ser pago, foi assim que aconteceu?

Ainda estamos à espera do patacão de camuflados/outro fardamento incendiado num ataque a Canquelifá.

Saúde da boa
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Boa pergunta, Valdemar... Como é que o general passou por cima do quarteleiro ?
Ainda me doi um colchão de espuma que tive de pagar no fim da comissão, em Bambadinca, antes de passar à peluda... Bom escoteiro, ou bom samaritano, ou melhor... "parvo" (que Deus manda ser bom não ser parvo, diz o abade da freguesia), requisitei um dia um colchão para um desgraçado de um amigo, vindo do Saltinho, do Xitole ou de Mansambo a caminho de Bissau, ou de passagem por Bambadinca a caminho do leste, Nova Lamego...) poder dormir, sem ser no chão duro do nosso quarto (onde cabiam cinco, sempre cabia mais um... Ficou no rol do quarteleiro, em meu nome, por certo que o devolvi, ou então roubaram-mo... Mas o quarteleiro não perdoava nada...