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Vinhal,Luis,Briote
Que tudo esteja bem convosco
Segue a estória de uma vivência que não faço ideia se algo do género a alguém mais aconteceu.
Será que Mulheres em armas, nas frentes de combate é uma boa opção ?
Um abraço a todos
Luis S Faria
2. Mulheres!
Diz(ia)-se: A uma mulher não se bate nem com uma flor… só com um pau de marmeleiro!!, acrescenta(va)-se.
Ao ler o P3598 (*) do José Colaço que achei curioso e retratante das Gentes Lusas, veio-me à luz uma situação intrigante e julgo que um pouco absurda naquele contexto, que se passou comigo e que podia ter sido caso de análise psiquiátrica, digo eu!
Estava em Teixeira Pinto e como em muitas outras ocasiões o meu GComb juntamente com outro foi fazer uma Operação na zona do Belenguerez. Perto do objectivo começámos a ouvir vozes vindas de um palmal junto de uma bolanha. Estávamos em mata cerrada de arbustos e depois de ponderação, uma dúzia de rapazes, sob o meu comando desenvolveu uma espécie de golpe de mão.
De repente rebenta um fogachal do caraças e à minha frente depara-se-me uma mulher apavorada e a gritar.
Instintivamente (?) atirei-a ao chão e deitei-me por cima tentando protege-la. Só então vi que tinha um miúdo às costas.
Os tiros foram realmente muitos, de frente e de cima. Senti uma pancada forte. Um deles acertou num dos carregadores da cintura, outro na G3 que me saltou das mãos e a mulher grande apanhou com um estilhaço dessas balas (julgo) num pé. O puto nada sofreu, só chorava.
Graças a Deus nesse momento não tivemos quaisquer feridos.
Perguntei-me na altura, porque fiz aquilo… porquê? Resposta não tive, só uns talvez por…
Será que foi por ser mulher? E se ela trouxesse uma arma o que é que o instinto (?) me teria levado a fazer?!
Hoje, ao recordar o episódio matutei de novo… porquê??? E continuo com os talvez por…!
A Todos um abraço
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 11 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3598: O segredo de... (4): José Colaço: Carcereiro por uma noite
Vd. último poste da série de 10 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3595: Estórias avulsas (23): O Cuco (Jorge Teixeira)
1 comentário:
Mais um acto da tua personalidade e
grandeza de espírito.
JORGE FONTINHA
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