1. Mensagem de Belarmino Sardinha, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista STM, 1972/74, Mansoa, Bolama, Aldeia Formosa e Bissau, com data de 15 de Dezembro de 2008:
Caros Camaradas,
Costumo deixar à vossa consideração a publicação dos textos que envio. Embora este não seja diferente, gostaria que fizessem o favor de o publicar, compreenderão a razão depois de o lerem.
Com um abraço para todos,
BSardinha
2. O Meu Reparo
Fazer a leitura diária deste espaço, tem-me levado a fazer a minha segunda comissão, ao remexer nas coisas que os meus pais guardaram dessa minha estada na Guiné para as quais nunca mais me tinha dado voltar a olhar.
Mas à medida que vou separando e lendo vou descobrindo coisas que pura e simplesmente não me lembrava ou, constato-o agora, não cheguei a ter conhecimento.
O que a seguir refiro não terá qualquer importância para os acontecimentos na Guiné ou para os restantes membros da Tabanca Grande, mas tem-no para mim e para a pessoa que foi visada num texto que enviei e foi divulgado (*).
Estive de férias na Metrópole em Fevereiro/Março de 1974. Não podia vir depois dessa data por me faltarem menos de três meses para acabar a comissão.
Encontro agora uma carta, escrita em 19 de Março de 1974 pelo então 1.º Sarg.º Vasco, Chefe da Rede Interna do STM em Bissau, onde me diz para não lhe levar nenhum capacete por serem mais caros do que na Guiné.
Sem conhecimento desta carta, talvez por ela ter chegado numa altura em que eu já devia estar de regresso à Guiné, não evitou a animosidade que se gerou entre nós.
Passados todos estes anos, confesso que não deixaria de ajuizar este caso como o fiz se não visse esta carta, mas entendo, depois de estar conhecedor do seu conteúdo, ser devido o reparo. Está feito nas mesmas condições em que foi referido.
Um abraço para todos.
BSardinha
3. Nota dos Editores:
Dizia Belarmino Sardinha no P3377:
O então 1.º Sargento Vasco, Chefe do Posto Director do STM em Bissau, havia-me pedido, ou mandado, levar-lhe um capacete para se passear de mota, dizendo-me qual o modelo e inclusive onde o deveria comprar, na altura, na esquina da Rua das Pretas com a Avenida da Liberdade. Como não se tinha chegado à frente com o dinheiro, na altura entre 1.500$00 a 1.800$00, nem via nele grande interesse em o querer pagar, quando regressei disse-lhe que estavam esgotados. Não gostou. Daí a ter-me oferecido para ir substituir a Bolama o camarada que ia de férias foi um passo.
___________
Nota de CV:
(*) Vd. poste de 29 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3377: O meu baptismo de fogo (19): Como, porquê e não só (Belarmino Sardinha)
Vd. último poste da série de 13 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3611: Dando a mão à palmatória (17): Cumbijã fica entre Mampatá e Nhacobá, mapa de Guileje (Antero Santos / Vasco da Gama)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário