terça-feira, 10 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4007: Blogoterapia (95): Há mais vida no alfabeto da guerra, para lá dos G: Guileje, Gadamael, Gandembel, Guidaje... (António Matos)

1. Mensagem do António Matos (ex-Alf Mil, CCAÇ 2790, Bula, 1970/72 (*):

Meu caro Luis Graça

Aqui fica algo que tem vindo a demonstrar-se impossível de não fazer bater com o pé a pedir mais atenção a TODOS quantos combateram na Guiné nos idos de 1963-74.

Pouco me impressiona se se perturbarem consciências pesadas, daí que te agradeça publiques este meu desabafo / reflexão.
Um abraço,
António



2. Reflexão,
por António Matos

Acompanho este blogue desde o dia da minha apresentação em 1 de Novembro de 2008.

(i) Fiz artigos, contei estórias, contribuí para a história do pelotão, da companhia, do batalhão, de Bula, da Guiné;

(ii) Falei de lugares e de movimentações militares;

(iii) Ouvi relatos de outros ex-combatentes;

(iv) Prazentei-me com belos trechos de prosa e poesia de muitos camaradas;

(v) Estabeleci polémicas;

(vi) Intervi noutras;

(vii) Reencontrei amigos ao fim de trinta e tal anos;

(viii) Deram-se-me a conhecer alguns nomes mais interventivos no blogue;L

(ix) Conheci realidades individuais fantásticas;

(x) Maravilhei-me a ler relatos de combates;

(xi) Comovi-me com os sentimentos de outros;

(xii) Consegui colocar no mapa da Guiné pontos como Gandamael, Gandambel e Guileje .

(xiii)... Mas, c'os diabos!, houve quem fizesse a guerra igualmente feroz noutros sítios daquele território !!


Estou cansado de ler em todo e qualquer poste eesses nomes como se a guerra da Guiné se limitasse ao tal cerco, à tal retirada, à tal proximidade com a loucura!

Começo a pensar que se está a subvalorizar toda a intervenção de todos os outros milhares de jovens que do mesmo modo combateram, se feriram, se estropiaram, morreram!

Com o maior dos respeitos por quem possa ter tido uma acção militar sem descanso, pergunto, alguém sente que fez férias naquelas paragens ?

Alguém sente que os combates em que participou foram menores do que os outros ?

As balas em Guileje feriam mais do que as de outros lugares ?

Graças a Deus que há humanistas que se têm deslocado à Guiné em obra de apoio àquelas gentes;

Graças a Deus que emergiram escritores que têm abanado as consciências mais anquilosadas;

Graças a Deus que até já houve simpósios (não isentos de críticas ácidas consultáveis na Net ).

A ideia que me foi transmitida no princípio foi de que se pretendiam as estórias na 1ª pessoa para que um dia se conseguisse fazer a história daqueles anos.

Apoiei desinteressada e apaixonadamente esse projecto mas receio que, quem vier ler a catadupa de textos que, felizmente, ultrapassaram a barreira da periclitante assiduidade, conclui que a guerra da Guiné foi Guileje e o resto foi paisagem ...

Às tantas a dar azo a que, afinal, haja quem diga que se morria, não da guerra mas de acidentes viários ...

Não dou conselhos a ninguém mas não me coíbo de sugerir reflexões.

Desde já que a parte editorial do blogue tente "caldear" estas informações de modo a não criar um elefante branco de deturpada realidade que não ajudará ninguém a entender a nossa intervenção no teatro operacional nem a sermos fiéis à memória de tantos e tantos que já não nos acompanham e não conseguem fazer ouvir as suas vozes.

Não posso acabar esta minha intervenção sem me dirigir pessoalmente a dois tipos de ex-combatentes:

- Aos que foram colocados em Guileje e outros G...

Recebam um abraço (não direi do tamanho do Cumbijã porque não sei se é suficientemente grande) mas do tamanho daqui até à Lua ( parafraseando Sardet ) pelo respeito que me merece a vossa heroicidade, mas permitam-me que não esqueça todos os outros que banharam a Guiné com o seu suor, com as suas lágrimas e com o seu sangue !

- A todos os outros

Participem activamente neste nosso/vosso espaço de modo a que a história em que fomos actores seja contada de corpo inteiro e para que amanhã não sejam assaltados por esta sensação estranha do tipo "pequeno ciúme" que agasta, molesta, e nos consome em lume brando ....

Bem hajam !
António

2. Comentário de Luis Graça, editor (Na foto à esquerda, em Bambadinca, Sector L1, no século passado, em cima de um Unimog, c. 1970, ao lado de um grande amigo, Tony Levezinho, ambos Fur Mil da CCAÇ 12):

Assunto - Polarização / saturação do nosso blogue no tema Guileje / Gadamael

Camarada António:

Viva!.. Só posso estar de acordo contigo. A guerra da Guiné (e a nossa vivência dela) ia de A a Z como o alfabeto... Seria seguramente empobrecê-la (em termos da sua geografia, sociografia, historiografia, arqueologia, museologia...) se a reduzíssemos apenas à letra G... Eu pessoalmente, tal como tu e muitos outros camaradas, conhecemos os mais diversos sítios, qual deles o mais exótico, dos cenários de guerra... A guerra estava por todo o lado, do Choquemone ao Fiofioli, de Varela ao Xitole, de Buruntuma a Canjadude, de Tite a Cacine, do Morés ao Cantanhez, do Rio Cacheu ao Rio Corubal, de Bissau a Bafatá, de Teixeira Pinto a Madina do Boé, da Ilha do Como ao Saltinho, da Ponta do Inglês a Piche, de Cufar a Copá, de Fá Mandinga a... Conacri, ou de Lisboa a... Cacine.

A tua crítica é também, em primeiro lugar, à minha orientação editorial que parece, objectivamente, favorecer a publicação de textos sobre a batalha de Guileje/Gadamael... Ora, eu tenho a obrigação, até pelas próprias regras que criei e que fazem parte do nosso contrato de cavalheiros, em garantir o pluralismo das vivências, experiências, memórias, idiossincrasias, sentimentos, perspectivas, informações opiniões de todos e de cada um, a diversidade dos tempos e dos lugares, etc...

A alimentação desta 'máquina voraz' que se tornou o blogue (com expectativas e exigências cada vez mais altas) é um problema precariamente resolvido dia a dia, por um número crescente de colaboradores/autores e uma equipa (reduzida) de três editores, voluntários, a tempo parcial...

A diversidade e a qualidade das mensagens/textos/postes que publicamos também dependem da quantidade. Para garantir igualdade de oportunidades a todos é preciso também um esforço acrescido da nossa pequena equipa. Não basta fazer "copy & paste" das mensagens que nos chegam... O processo não é automático, por causa do "Garbage in, garbage out" (se sai lixo, sai lixo, uma velha máxima que aprendi do meu tempo da imnformática fiscal)...

Concordo que temos andado demasiado polarizados em lugares como Guileje / Gadamael e e centrados, obsessivamemnte, nos meses de Maio / Junho / Junho de 1973, polarização essa que está a atingir a saturação, e que foi provocada em parte por dois acontecimentos: (i) a realização do Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1 a 7 de Março de 2008); (ii) o lançamento do livro de Coutinho e Lima, em finais do último ano.

Dito isto, aceito que temos de fazer uma recentragem dos temas do blogue, apelando à participação activa de gente que esteve noutras frentes, noutras épocas e até em outros ramos das Forças Armadas, para além do Exército. Se já reparaste, não conseguimos trazer à nossa blogosfera os nossos camaradas da Marinha (temos três ou quatro representantes dos nossos bravos marinheiros, mas que andam mudos e calados)... A malta da Força Aérea está a aparecer, de devagarinho... mas com excelentes histórias. Vamos dar-lhes mais tempo de antena.

Concordo contigo que devemos privilegiar os contadores de histórias na 1ª pessoa do singular, sem menosprezar... os treinadores e comentadores de bancada.

Disto isto, vamos ao trabalho!

Um Alfa Bravo. Luís Graça

PS - Até por que o melhor do blogue não és tu, não sou eu, não é o A e o B, o soldado ou o general... Somos todos nós, ex-combatentes, de um lado e de outro... Há muito que eu teria fechado a loja, se nós fossemos apenas meia dúzia de 'poetas mortos' ou, pior ainda, como alguém insinuou, um 'clube de saudosistas'...

_____________

Nota de L.G.:

(*) 1 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3390 Tabanca Grande (95): António Garcia de Matos, ex-Alf Mil da CCAÇ 2790, Bula (1970/72)

13 comentários:

Anónimo disse...

Camaradas Luís e Matos
Plenamente de acordo, perante tão sábia crítica. Sejamos mais simples e humildes a contar aquilo que tenhamos para contar das recordações que existam ainda nas nossas mentes. Isso afinal é o mais importante para a memória futura. Quando, por exemplo, uma equipa de peritagem vai fazer a descrição de algo que vai desaparecer, para que no futuro os juízes avaliem o que desapareceu, limitam-se pura e simplesmente a descrever o existente. Quem no futuro quizer debruçar-se sobre o que foi o período de, neste nosso caso, 1963 a 1974, faça a análise então. Comentários, sim. Mas sem pisar e repisar e volta ao princípio...
Subscrevo inteiramente o que dizem.
Um abraço para todos.
Jorge Picado

Hélder Valério disse...

António Matos, muito bem observado e melhor colocado. Estou de acordo e apoio as tuas sugestões/apelo.

Luís Graça, não será nada fácil dirigir esta "nau" e levá-la a bom porto mas sinceramente acho que no essencial tem sido conseguido. As tuas observações ao artigo são para reler com muita atenção e dar a maior colaboração que for possível.

Um abraço para toda a Tabanca

Hélder Sousa

Anónimo disse...

Caro António Matos,

É claro que o Cumbijã não chega à Lua!
Mas olha que é grande como o "Caraças"!
Já reparaste desde cá de baixo do Melo, fazendo separação com o Cacine, de todo o Cantanhez, até lá bem por cima de Bedanda?
Quando a maré enche, na margem esquerda podeoss apreciar o Cafal, Cafal Balanta, Cafine, Darsalame, Cadique Nalu e Cadique Ialá, Caboxanque, Flaque Injã, Bedanda e ainda se pode subir até lá para as curvas que se apróximam de Salancaur.
Na vazante podemos deliciarmo-nos com a margem direita: Cansalá, Cobumba, Cabolol Lente, Cabolol Balanta, Cabolol Nalu, Camaiupa, Cachaque, Boche Mende, Cufar Nalu, Cufar Novo, Iusse, Impungueda, Mato Farroba, Cantone, etc... etc...
É pá! É mesmo grande no comprimento!
Há maiores conceteza, mas este é tão belo! Vale a pena navegá-lo.

Um abraço do seu tamanho,

Mário Fitas

Anónimo disse...

Oi Matos
Como dizia num comentário anterior,os teus escritos fazem falta a este Blogue e podem avivá-lo quando porventura entra em aguas residuais recicladas.
Os meus parabens pela "ousadia"de, sendo piriquito no Blogue,levantares uma eventual polémica talvez até necessària e clarificadora do pensamento de grande parte dos Tertulianos,onde me incluo.

Ao Luis Graça,o meu Apresso pela sabedoria com que comanda o Barco.
Eras de certeza um Bom comandante dos teus homens na Guiné

Um abraço a ambos
Luis Faria

António Matos disse...

Vou ser franco.
Depois de ler, reler e voltar a ler o artigo em questão, hesitei em mandá-lo publicar por recear abrir uma polémica fracturante no ceio da Tabanca.
Porém, quanto mais o receava, mais ganas em publicá-lo.
Confesso que consultei quem, pela sua amizade, honestidade intelectual e conhecimento de causa, pudesse pronunciar-se sobre as consequências do meu atrevimento.
Deu-me luz verde perante as dúvidas que eu arquitectava quanto aos tiros, às rajadas, às morteiradas e às bazucadas que pudessem ser disparadas em represálias e vai daí fiz fogo à peça e pedi ao Luis Graça que lhe desse o número adequado enquanto post.
AS primeiras impressões têm sido favoráveis e porque a crítica era fundamentalmente aos critérios editoriais ( da inteira responsabilidade e gestão do Luis ) usados no blogue, quero aqui deixar expressa a minha admiração pela humildade e sabedoria do Homem Grande da Tabanca e agradecer-lhe a pachorra por continuar a querer ser prior nesta freguesia !!
Estas pedradas lançadas para o charco têm a vantagens de despertar consciências meio adormecidas e reposicionar as conversas no âmbito do interesse geral ainda que, evidentemente, sustentadas nas vivências individuais.
Continuemos ...

Luís Graça disse...

A expressão inglesa "Garbage in, garbage out", quer dizer obviamente em português "Se ENTRA lixo, SAI lixo"... É uma expressão do calão dos informáticos...

Aplica-se também ao nosso blogue, onde temos que ter mais cuidado com os erros de gramática, sintaxe, ortografia (e não só)... É também por isso que existem uns senhores chamados editores... Desculpem, às vezes, o meu lixo. LG

Anónimo disse...

Clap, clap, clap...

Isto sou eu a bater palmas ao texto do António Matos.

Por isso mesmo já antes me tinha lembrado daquela das abelhas, para "amenizar" as coisas e sairmos um pouco dos Gs, que é mais coisa para os pilotos da Força Aérea, se é que me entendem...

E claro o meu respeito e admiração pelos nossos editores, que às vezes recebem um pouco dos nossos "maus figados", resultado de umas cervejolas e uns uisques bebidos sem moderação por terras da Guiné.

Abraço camarigo do
Joaquim Mexia Alves

Anónimo disse...

António Matos,os meus parabens pelo texto e ao Luis Graça, o meu total acordo pela reflexção.
É relevante pois a equipa de redação,certamente que quer dar voz a todos e só é pena que os verdadeiros contadores de Estórias que ainda não apareceram irão aparecer mais cedo ou mais tarde, estou certo.Como diz o nosso comum amigo, Sampaio Faria, são escritos como os teus, os dele, alguns meus e muitos outros de vários e diversos camaradas de todo o Teatro da Guerra, que contarão a verdadeira Históaria da Guerra da Guiné e em geral de todas as outras frentes.Que cada um de nós conte as Estórias que viveu.É aliaz esse o lema do Luis Graça ao construir o Blogue.

JORGE FONTINHA

Anónimo disse...

Mexia Alves

Por falares em uisque na Guiné,segundo o que à altura me disse o Alf Mil.Médico Cruz à altura,devia beber diàriamente uns uisquitos,pois era bom p'rá circulação e p'ró mosquito. Era verdade e por isso é que a mosquitada não me pegava!! Tentavam e fugiam a sete asas!

Um abraço
Luis Faria

António Matos disse...

Caro Luís Faria, estou numa de inconfidências e como tal, posso-te segredar ( aqui que ninguém nos ouve ) que a 1ª bebedeira que apanhei foi na Guiné .
Aliás tenho para mim que aquilo não foi uma mera bebedeira ; foi uma valente bubadeira !!
Se bem te lembras, essa cena ficará para os anais da história daquela unidade ( BCaç 2928 ) uma vez que em pouco tempo, os odores alcoólicos transbordaram caserna fora e invadiram os bem comportados alferes, furrieis, sargentos e praças !
As comemorações prolongar-se-iam noite fora e tu, meu caro, qual Adão ainda antes de trincar a maçã, corrias pela parada no que eras seguido por muitos outros camaradas igualmente compenetrados em exercícios de naturismo e de fitness !
Lembras-te o que comemorávamos ?
Exactamente! O fim da desmontagem do campo de minas e, julgo, das saídas para o mato !
Tu choravas baba e ranho pela vergonha que a tua figura viria a provocar lá pelas bandas do Porto e Guimarães se fosse vista.
A ressaca, essa apareceu demolidora !
Às 7 da manhã, fomos ( C.Caç 2790 )despertados com aquela ternura com que habitualmente se acordava um militar na caserna e ordenaram-nos uma operação ao Choquemone !
Sou sincero ; nunca tinha ido para o mato com tantas dores de cabeça e uma aguadilha a subir constantemente à boca a ameaçar uma vomitadela valente que podia muito bem ser quando entrássemos em combate ...
Aí a coisa complicar-se-ia pois tanto podia vomitar para cima do turra como para cima da G3 e encravá-la !
A situação era complicada e só havia uma maneira de tentar resolvê-la.
Decidi fazer o que mandam os livros ( desconheço se há alguma NEP que o refira ... ) e que é beber o que tinha provocado a buba !
Só de pensar em emborcar uma cerveja em jejum e com aquele rácio de asia estomacal, era suficiente para um tipo se atirar para o chão a chorar.
Mas o objectivo da operação estava quase a ser alcançado e não havia tempo para esperar mais.
Além disso, entrar em combate com tamanha indisposição não augurava grandes resultados.
Fui ao bornal e saquei "uma bazuca" e de olhos fechados, comecei a deitá-la abaixo.
Desde os primeiros golos chegados ao estomago que notei a diferença !
Aquilo era fabuloso !
Como que por milagre, a asia passou automaticamente, a boa disposição regressou, a dor de cabeça foi-se e já só pensava que agora sim, estava preparado para o que desse e viesse.
A operação ameaçava ser "barulhenta" mas juntamente com o capitão Gertrudes da Silva, fizemos uma aproximação fabulosa, emboscámos magistralmente e aguardámos a visita dos meninos.
Os tiros de localização que durante a progressão íamos ouvindo à frente, atrás, à esquerda e à direita davam-nos a certeza de que bordoada não faltaria.
Aquilo foi tudo tão bem feito que o inimigo não quis arriscar um valente enxerto de pancadaria e não apareceu.
Escorraçados que foram para as suas tocas, restou-nos regressar a Bula com redobrados cuidados não fosse terem-se aproveitado da ideia e esperarem-nos de emboscada montada.
Já em terrenos seguros, parámos para retempero de forças.
Saquei uma sandes que me tinha sido distribuída e que consistia num casqueiro enorme ( tipo pão alentejano ) com uma rodela de chouriço.
À primeira dentada e com a "esgana" com que estava, calculei mal o puxão com os dentes e .... o estupor da rodela de chouriço caíu e nunca mais a vi !!!
Restou-me o tal casqueiro com cheiro a chouriço o qual, devidamente acompanhado por uma cerveja que um soldado me disponibilizara, até soube a lagosta !
António

Anónimo disse...

Oh Matos

E por o casqueiro te saber a lagosta, tambem havia aquela do cego a quem deram um pão com chouriço.O espertinho ,- não era cão- que o acompanhava,comeu o chouriço e deu-lhe o pão.Aí o cego disse "malandro,o pão cheira-me a chouriço(!?),comeste-o seu bandido!!
Mais à frente há um sobreiro e o espertinho deixou o cego trombar nele.És mesmo malandro,vais paga-las no inferno!!! Responde o espertinho: então cheira-te o pão a chouriço e não te cheira o sobreiro a cortiça?!

E continuando a falar de casqueiros,em Binar comi muita sandezinha de pão militar com papo-seco civil a servir de fiambre ou queijo,a que eu chamava pomposamente "sande de pão com pão" e que era naqueles tempos uma delícia, dada a diferença de sabores e o enjôo à bianda com salsicha!.Tmbem alternei(cuidado !!!) muitas vezes com sande de bianda,que tambem não era má!
Talvez o pão e a bianda possam vir a merecer algum destaque nesta tertúlia,quem sabe?

Tudo de bom para todos
Luis Faria

Anónimo disse...

Fialmente isto está a desanuviar...
o que é muito bom.
Henrique Matos

Anónimo disse...

Camaradas anti-mosquito,

Confirmo!
O tenente médico Lemos,(Obstetra) pertencente ao Batalhão de Tite (que não recordo o nº.) deslocado para Cufar. Fazia parelha com este que está batento as teclas, _muito conhecidos em Cufar_ de volta do velho copo feito de bambu, esvaziando garrafas de Dimple por causa do moooosssquito. O amigo Obstetra era "sopinha de massa".
O que é certo é que nem lá nem cá, felizmente não soube o que era Paludismo. Deve ter tido efeito!

Lá vai o velho Cumbijã a dar tamanho ao abração a toda a Tabanca.

Mário Fitas