sábado, 30 de maio de 2009

Guiné 63/74 - P4440: Controvérsias (18): Direito de defesa (Manuel Maia)

1. Mensagem de Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74, com data de 30 de Maio de 2009:

Assunto: Direito de defesa

Amigo Vinhal,
Mau grado teres alertado da necessidade de enviar um ou dois trabalhos semanais por causa do atraso que existe relativamente à edição, peço antecipadamente desculpa por vir agora pisar o risco.

Para isso e por causa da transcendência e actualidade do tema pedia-te o favor de o colocares antes de qualquer outro meu que eventualmente tenhas em ideia de fazer sair...

Ainda antes de me emaranhar nos considerandos que me levaram a este desabafo que se seguirá, quero aqui manifestar-te, bem como a outros que igualmente procuraram pôr água na fervura, mormente o próprio António Matos autor do excelente texto que receberia 15 comentários (aliás o que escreve é de qualidade indubitável...) (*)
Carregado de razão... A vida tem se ser encarada a rir...

Navegava então por esse Cumbidjã acima que o Mário Fitas tão bem canta e reclama como seu (também é meu, Mário...) pelo Mansoa do Picado ou Geba de tantos outros, quando dei comigo a visitar o último poste do António Matos, e entre tantos comentários, aliás como é hábito naquilo que tão bem debita - um dos melhores de entre os cerca de trezentos que habitualmente botamos faladura - fui surpreendido por dois entre os quinze que o texto originou...

O primeiro de um tal João Miguel Almeida, um jovem de 41 anos, que segundo confessa nos acompanha todos os dias na tabanca.

Já o segundo, parece ser sina do camarada Magalhães Ribeiro intervir a despropósito já que usa um espaço não concebido para as suas diatribes, mas sim para um comentário puro e simples ao trabalho em questão.
Já lá vamos...

Entretanto, debrucemo-nos sobre o do sr. Almeida (espero que o nome seja mera coincidência...) que decidiu intervir e ao fazê-lo acabou por ter mérito espicaçando uma polémica que careceu da intervenção sensata, como habitualmente, do Vinhal para além do próprio Matos e do Luis.

Segundo ele, as criticas à actuação de Coutinho e Lima passaram-no de militar experimentado a quase proscrito e Almeida Bruno terá sido travestido ao passar de bestial a besta, ele que era comando...

Vinte e um segundos terão sido suficientes para essa redutora mudança...

Penso que são duas situações que nada têm de similar porque Coutinho e Lima não terá tido alternativa válida.

Ou agia dessa forma ou seria responsável por centenas de óbitos entre militares e população, pelo que o valor da vida humana foi respeitado.
Excelente condutor de homens.

Convenhamos que no segundo caso, a passagem de bestial a besta foi o corolário lógico da sua intervenção televisiva na série intitulada "Guerra" que Joaquim Furtado criou.

Já não é surpresa, o camarada Magalhães Ribeiro, pois já há dias usara o mesmíssimo método de intromissão em área restrita a comentários ao trabalho sujeito a apreciação... foi indelicado para com António Matos. Mas isso são contas de outro rosário...

Será que o seu estatuto lhe dá esse direito? Não me parece...

O membro da direcção da ADE (Associação de Operações Especiais) bem como dirigente da LAAMP (Liga dos Amigos do Museu Militar do Porto) e co-editor deste blogue, saiu a terreiro, para, aproveitando uma deixa criada pelo seu amigo (chama-lhe isso) decidir a coberto da noite, que é o mesmo que dizer, sem referir nomes, zurzir neste vosso camarada.

O alvo da tocaia é este escriba que não está ligado a nenhuma associação militar (JÁ ME CHEGARAM OS TRINTA E NOVE MESES DE TROPA...) e cujo único curriculo foi o ter chegado à guerra em horas de expediente... e não depois da feira levantada, conforme o camarada Magalhães Ribeiro...

Provavelmente estará aqui uma explicação para tanta apetência por fardas, a guerra que nunca teve...

Ah, é verdade, esqueci de referir no meu currículo o facto de nunca ter sido voluntário para nada...

Era assim que nos ensinavam os mais velhos que óbviamente respeitávamos...

Como não gostava de fardas embora as respeitasse, nunca tirei aquelas fotografias parecendo polícia (parece que chamavam àquilo farda de gala...) e que camarada Ribeiro, por razões que lhe assistem, achou por bem fazer...

Ainda a este propósito, tive um Primeiro Sargento (único profissional da Companhia...) o saudoso Júlio César Ginja, de quem me tornaria amigo nos tempos de Guiné, e que representava, à altura, a perfeita antítese de mim próprio, uma vez que era o chamado militar militarista, passe a redundância, estando eu nos antípodas...

Convidou-nos para seguirmos a tropa. Afinal ele começara por Praça e chegaria a Sargento-mor...

Do nosso velhinho Ginja (uma espécie de pai para nós...) no fim da comissão, nada sobrou desse militar/tipo...

Passou a miliciano, no sentir e no viver, graças à acção do irreverente Fernando Teixeira, um curtido...

Pois o bom do Ginja falava-nos muitas vezes na ideia de seguirmos a via das armas.
Não levou nenhum com ele...

Não tenho apetência para isso, dizia...

Fui com orgulho, a par com o Zé Maria Vilares e o Moura, o furriel mais operacional, chegando a sair de uma operação para entrar noutra pelo facto do nosso número estar reduzido ora porque havia doentes ou então porque alguém se desenfiava via consulta/externa em Bissau para fugir um pouco aos tiros... mas também digo, sem rebuço, que nunca gostei de fardas fossem elas quais fossem...

É portanto nesta faceta de ex-militar cumpridor que aqui estou a dar-vos conta da minha defesa face ao ataque (é indubitável que sou alvo privilegiado do camarada Magalhães (o próprio Zé Dinis com o seu característico e qualificado humor nos dá conta disso como comentarista do referido poste do Matos ...)

Escalpelizemos o comentário do camarada Magalhães no dito trabalho do Matos... que acabou por ser uma exposição/carta ao seu amigo (chamou-lhe assim) João Almeida.

Diz-nos a certa altura que anda muito atarefado, que tem coisas bem mais importantes a fazer do que responder a provocações (sendo assim, se tem bem mais que fazer para que se terá envolvido em tantas guerras?)

Volto a cogitar e dou por mim a pensar se esta guerra que comprou comigo (e à qual não darei mais troco...) não será afinal também o reflexo de ter chegado no fim da feira quando os feirantes levantavam já os toldos...

Que respondam os psicólogos...

Sente-se orfão da guerra... por isso envolve-se em associações de veteranos, liga dos combatentes, e em tricas à procura dela...

Mais à frente volta a utiliza aforismos...

Três de uma assentada:

"Quem não se sente não é filho de boa gente"
"os cães ladram e a caravana passa"
"Vozes de burro não chegam ao céu"


Fala em dor de corno por não ter o curso... (Faz-me lembrar a história da fulana que na ourivesaria queria comprar o anel de curso de cabeleireira...)

Chama mesmo inconsolados aos tais sofredores da dita dor de corno.

Pela minha parte, sem melindres aos profissionais da mesma, sempre me borrifei para a tropa, nunca senti o apelo, nunca vesti a tal farda de gala para tirar a fotografia com ar de policia, por isso essa carapuça, não enfio...

Prosseguindo, diz que foge a certas insinuações (não é o que parece... e fá-lo de forma absolutamente incontrolada, despropositada e fala de tudo...

Quando diz que esteve com a tropa dita macaca... ele até se juntou a eles e nunca evidenciou ares de especial.

O camarada Magalhães não sabia que os rangers eram integrados nas Companhias como outros quaisquer e que se limitavam a fazer exactamente o que todos os operacionais faziam...

Os comandos, fuzileiros ou pára-quedistas, esses sim ,actuavam em grupos próprios...

Mais à frente parafraseando, (vejam lá...) Marco Paulo, afirma que nunca lhe disseram ter taras ou manias de especial...

Depois diz: - Para mim soldado ou general para mim é militar... olhe que não, olhe que não é o que parece...

Vem depois o quarto ditado popular... Não há regra sem excepção...

É evidente que que há sempre um ou outro especial que não cumpre as normas todas, que lhe foram ministradas nos respectivos cursos e não seja digno de usar os emblemas que lhe foram confiados...

(tão, tão pobrezinho...)

"Agora quem despeja estas aleivosias sobre os "especiais", blá, blá, blá...

Denegrir os "especiais", é cuspir nos seus mortos e estropiados, blá, blá, blá...

No meu blog está uma relação de rangers mortos em África,blá ,blá,blá


Oh homem, francamente, isto não lhe fica bem ...

Sem pretender atiçar mais polémicas, não podia sob pena de ser considerada cobardia, deixar sem resposta o snr. Magalhães Ribeiro, e desde já digo que por mim está absolutamente encerrado este fait divers, não pretendendo pois gastar mais vela com este defunto...

Só mesmo mais um popularíssimo ditado: NÃO VÁ O SAPATEIRO ALÉM DA CHINELA.

Saudações a todos os tabanqueiros.
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 28 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4431: Blogoterapia (104): Não façamos deste Blogue um muro de lamentações (António G. Matos)

Vd. último poste da série de 13 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4336: Controvérsias (13): A acção do IN, face à circunstância, permite julgamento de modo diferente? (António Matos)

12 comentários:

Colaço disse...

Camarada Maia o que eu quero é ver, as tuas sextilhas das dinastias Filipina ou Espanhola e Brigantina ou de Bragança.
Sem esquecer as dedicadas ao A.B.
Cumprimentos Colaço.

Anónimo disse...

Este Sr. decididamente quer conversa.

Estou em 3 Associações para AJUDAR/COLABORAR/TRABALHAR não sei se sabe o que isto é?

Dirigentes destas Associações, a que orgulhosa e respeitosamente pertenço, é que têm solicitado para eu lhes prestar a minha ajuda, se calhar porque gosto de trabalhar voluntária e graciosamente e porque todos me consideram um bom camarada excepto Va. Exa.

É para o lado que eu durmo melhor.

Só estou a perder o meu rico tempo a dar esta explicação, a pedido de vários Camaradas que me têm telefonado e enviado e-mails demonstrando espanto com estas (...).

Fim desta telenovela! Lamento, mas tenho mesmo mais que fazer, e bem mais importante, que responder a (...).

Coisas de "especial" percebe?

Se não perceber paciência, problema seu!

Magalhães Ribeiro

António Matos disse...

Lamentável meu caro Magalhães!
Lamentável o teu excesso de "filantrolismo";
Lamentável o "V.Exa" ;
Lamentável a sobrevalorização do teu rico tempo ;
Lamentável o uso das reticências;
Lamentável o pretenciosismo demonstrado ;
Lamentável que atitudes como a tua possam levar a que haja quem não esteja interessado em continuar a colaborar neste projecto tão interessante que é o blog !
António Matos

Anónimo disse...

Caro Manuel Maia,

O Cumbinjã não é meu, é o simbolo de todos os que o navegaram, como todos os rios da Guiné.

Gosto da tua poesia!

Poeta não é um qualquer!

Recolher armas!

Estamos aqui para fazermos a história amordaçada de um País.

Tens razão _a meu ver_ mas a Tabanca é um terreno de Paz.

Ao M.Ribeiro, transmito as mesmas palavras.

Digovo-mos mais! Apesar de ser de Oper. Especiais, era o mais simples dos Furriéis da minha C.CAÇ. 763 (tropa macaca) que toda a gente (independentemente da cor) me tratava por Mamadu.

Não gosto!
Já tive problemas! identicos!...talvez mais graves? Ultrapassei!

É o que vos peço! Já estou no Blog com outo fim:
Quero a história verdadeira, e não a guerra fraticida, pois ela já por nós foi vivida.

Desculpem! Sou Aprendiz de Católico. Neste momento peço que deiem o abraço da amizade! Se não o conseguirem, o que se sinta límpido que atire a primeira pedra.

Não poderei estar no encontro da Tabanca, com grande mágua!

Haja calma e bom senço!

Peço-vos para atenuar a dor da minha ausência, que ultrapassem isto tudo.

É pessoal não atirem achas para a fogueira. Os Homens são nossos!

Magalhães Ribeiro, tem calma! Age como um "Ranger"!

Manuel Maia Perdoa!

Sei que sabereis compreender as minhas palavras, por isso irei dormir mais descançado.

Uma boa noite de Paz para toda a Tabanca.

Manuel, Magalhães, para os dois o abraço de sempre do tamanho do Cumbijã.

Mário Fitas

Anónimo disse...

Caros camaradas Manuel Maia e Magalhães Ribeiro,

Penso ter sido o primeiro atabancado, não é importante mas vale como registo, a colocar um comentário num dos escritos, sempre admiráveis, do nosso camarada Manuel Maia, a quem espero conhecer pessoalmente no nosso encontro da Ortigosa.
Conheço pessoalmente o Magalhães Ribeiro e tenho-o na conta de homem solidário, pronto a ajudar o seu amigo e até já o vi a tentar pôr água na fervura na tentativa de sanar um incidente no nosso Blogue.
É pois com grande tristeza e espanto que vejo surgir este conflito entre dois camaradas da Guiné que têm, deixem-me continuar a pensar assim, toda a possibilidade de serem bons amigos.
Sem querer meter a foice em seara alheia, peço-vos em meu nome pessoal e do nosso querido Blogue, que reconsiderem as vossas posições, pois estou convicto que um bom diálogo terminará num pedido de desculpas e num fraterno abraço.
Sei que não é fácil, mas os Homens reconhecem-se na capacidade de perdoar e esquecer e nós combatentes, que o fomos na Guiné, temos obrigação de o fazer melhor do que ninguém! Não é isso que apregoamos?
Peço desculpa aos dois pela minha intromissão, mas reconheçam-me a bondade da minha intenção.
Só mais um aparte para os excessos de linguagem já referidos por um outro Bloguista. As palavras, eivadas de adjectivos exagerados, escritas pelo Pira M.R. não há borracha que as apague, mas perderão todo o efeito se o Manuel e o Eduardo terminarem esta questiuncúla num abraço fraterno próprio de dois combatentes da Guiné.
Do amigo que vos estima a ambos, vai um abraço desde o Cumbjã ( sólido).

Vasco da Gama

P.S. Vou pedir ao nosso editor Carlos Vinhal que coloque este meu escrito nos comentários ao Post, pois eu não atino a entrar naquilo....

Vasco da Gama

Anónimo disse...

NANUEL E EDUARDO :
QUÃO TRISTE ME SINTO POR VER DOIS CAMARADAS DA GUINÉ E DE SITIOS QUE ME SÃO PARTICULARMENTE QUERIDOS A DEGLADIAREM-SE AQUI NESTE ESPAÇO QUE É DE TODOS E PARA TODOS E QUE EXISTE PARA RECORDAR OS BONS E MAUS MOMENTOS QUE PASSAMOS NAQUELA TERRA LONGINQUA QUE NOS FICOU INTRINSECAMENTE GRAVADA NO CORAÇÃO E NA ALMA.
SÓ POSSO FALAR DO MR A QUEM CONHEÇO DE LONGA DATA, SEI QUE TEM O CORAÇÃO GRANDE E QUE TEM SIDO, E MUITO,PREJUDICADO NA SUA VIDA E NO SEU BOLSO PARA AJUDAR ESSAS ASSOCIAÇÕES E SEUS CAMARADAS, ISSO É DEVERAS RECONHECIDO PELOS SEUS CAMARADAS E AMIGOS, POIS ELE COMPRA ARTIGOS DO SEU BOLSO E OFERECE-OS, MAS TAMBÉM É CERTO QUE TEM O CORAÇÃO "MUITO" PERTO DA BOCA, E COMO TAL, ÁS VEZES,ÁS VEZES ESTALA O VERNIZ, MAS COM UM POUCO DE BOM SENSO E CALDOS DE GALINHA LEVAMOS O BARCO A BOM PORTO.
CAMARADAS VENHA DE LÁ "ESSE ABRAÇO" POIS SOMOS TODOS VETERANOS E DE CABELOS GRIZALHOS.
FICO Á ESPERA DE VER ISTO RESOLVIDO SEM "ORGÃOS DE ESTALINE" POIS OS NOSSOS NETOS NÃO IRIAM APROVAR ESTAS QUESTIÚNCULAS.
VOSSO CAMARADA

JOSÉ CARVALHO
(PIRATA E TIGRE)

LAMEGO E CUMBIJÃ

Luís Graça disse...

Acabo e chegar, às tantas da madrugada, do Norte, tendo ontem participado de um maravalhoso convívio, o 15º, da malta de Bambadinca, de 1968/71, e ao abrir o blogue, não me reconheço, não o reconheço...

Daqui vai um abraço para o Adélio, da CCAÇ 12, que foi um inexcedível, discreto e eficiente, organizador do convívio (que juntou malta da CCS do BCAÇ 2852, CCAÇ 12 e unidades adidas...).

O Adélio é um beirão de Montemuro, de Castro Daire, e tem uma família maravilhosa que nos encantou a todos. Que sentido de hospitalidade, que camaradagem, que amizade! Assim, sim, assim reconheço os meus velhos camaradas da Guiné!

Luís Graça

Joaquim Mexia Alves disse...

Regressado de uma ausência pela “estranja”, o que me veio a demonstrar que os anos passados sobre mim já são alguns porque a única coisa que desejava era regressar á minha “santa terrinha”, deparo-me com este texto, respectivos comentários, estes e os anteriores, e confesso que não vejo razão para tantas palavras.

Emocional como sou, irritadiço também, aprendi a “dormir sobre os assuntos” e a não deixar que a minha boca falasse, (ou a minha mão escrevesse), sobre algo que eu não tivesse digerido bem, antes de ter a certeza que aquilo que o outro disse ou escreveu, não foi afinal um “insulto”, uma “ofensa”, mas apenas um modo diferente de ver as coisas, modo esse que por vezes pode não ser expresso da melhor forma.

Não conheço o Manuel Maia pessoalmente, mas por aquilo que já aqui vi publicado não tenho dúvidas que é um camarada de bem e amigo do seu amigo.

Conheço o Magalhães Ribeiro e sei-o exactamente também assim.

Dois homens como estes só têm de fazer uma coisa, que é olharem-se nos olhos, perceberem que muito mais que as palavras escritas, são as coisas que os unem, e sem recriminações de parte a parte, sem pedidos de desculpas que não são necessários, darem um abraço forte e, aproveitando a deixa, bebemos todos um copo e damos uma gargalhada que se ouça de Portugal à Guiné.

Abraço camarigo para os dois e para todos.

Julio Vilar pereira Pinto disse...

Amigos Maia e MR, vós sois dois valentes e pelo que leio também o vosso coração às vezes está perto da boca.
Na guerra que fizeram na Guiné cimentaram-se os laços de amizade e de camaradagem entre os homens. Não vamos agora passadose estes anos todos estragar isso.
Enterrem o machado de guerra, sejam amigos.

Anónimo disse...

Depois de uma voltita por uma Montalegre abrasadora e redimida a canícula com uma vitelaça à maneira acompanhada por um tintol fresco de adega,chego à Invicta,ligo a TV,vejo o "Glorioso" a vencer.Tudo em ordem!

Abro o Blogue e ...(??!!)os Deuses "endoidaram"!!
O Pira MR e o MM de bazúcas apontadas?!Pode lá ser?!

Procurei o porquê e se é que vos interessa,cheguei à conclusão que tudo começou em interpretações subjectivas de duas pessoas inteligentes e de personalidade vincada.
Os meus amigos desculpem,mas não vos penso a mandar recadinhos nas entrelinhas.Penso-vos a fazê-lo,quando necessário, directamente,como depois aconteceu,talvez até com uma tanta exacerbação!

Oh meus amigoszz,deixai-vos de "porraszz"e mandai-vos mas é um abraço.

E o meu,que não é do Cumbijã nem Mansoa nem do Mundo, mas é meu,vai por cima

Luis Faria

Anónimo disse...

Olá Camaradas|
A coisa está a causar perplexidade.
Estiva 3 dias sem o computador e, vai daí, vocês espalham-se. Quero dizer, prosápia não me falta, porque não fui tido nem achado sobre o espalhanço. Mas hoje tinha um mail do MR que se queixava das interpretações descontextualizadas do MM e, por causa disso, andavam aos tiros para os pés, desviando-se do objectivo central, o AB. Obrigou-me a voltar ao P.4431, ao seu conteúdo de louvor à vida e à amizade, e aos comentários da desdita.
Se dão licença, esclareço que não conheço nenhum dos camaradas desavindos; parece-me que o comentário do MR, dirigido ao jovem M.Almeida, teria a intenção de, exultando as virtudes de alguma tropa, salientar-lhe algumas contradições, como se referiu ao AB, situação tão mais relevante, quanto a responsabilidade do cargo para preservar a coesão. Ora, se o MR criticou o AB, está do mesmo lado do MM. Mas o texto, demasiado longo e confuso, terá sido interpretado pelo MM como se lhe fosse dirigido.
E defendeu-se, como é natural, sem parcimónia. Estas espontaneidades têm o efeito de dividir a tropa, com emissão de juízos de sentido contrário.
Aproveito para fazer uma confissão: andei de candeias avessas com um camarada a propósito de um assunto tratado no blogue. Achei que devia dirigir-lhe uma mensagem, mas pareceu-me susceptivel de ferir susceptibilidades e gerar confusão nos restantes camaradas. Dirigi-lhe um mail, ao que ele respondeu. Depois fomos almoçar, e, convenhamos, foi uma bela oportunidade de nos conhecermos e desenvolvermos o que nos une. Tenho por ele um sentimento fraterno.
Tenho por ambos, o MR e o MM, a estima devida a dois camaradas. Um, voluntarioso, trabalhador e disponível, a quem já pedi para ser mais cauteloso na expressão; outro, de excelente capacidade criativa, com humor refinado e verve para a divulgar, a quem peço para rever a situação, de forma a desfazer o equívoco. Sem a necessidade dos pedidos de desculpas, nem a superioridade dos vencedores sobre os vencidos.
Por último, peço-vos, a todos, que releiam o comentário final ao P.4431, subscrito pelo Manuel Reis, singelo mas significativo.
Para a Tabanca, abraços fraternos
José Dinis

Anónimo disse...

Neste post 4440 li:
Pela minha parte, sem melindres aos profissionais da mesma, sempre me borrifei para a tropa, nunca senti o apelo, nunca vesti a tal farda de gala para tirar a fotografia com ar de policia, por isso essa carapuça, não enfio...
Sinceramente, não percebi, quem quer ofender, direi mesmo, achincalhar? O Magalhães Ribeiro reduzindo-o à figura de polícia? Mas ser-se polícia é uma profissão tão nobre quanto qualquer outra, com bons profissionais e aqueles menos bons, que, apesar das guerras passarem, continuam a arriscar o “pêlo” para que a segurança de todos seja assegurada. Se calhar quer “atacar a instituição” Polícia dizendo que eles fazem figura de M. R., será?
Será que quer ofender a instituição Militar? Aquela que ao longo dos tempos definiu as variadíssimas fardas incluído a tal “farda de gala”, leia-se farda nrº 1, fazendo os seus Oficiais e Sargentos terem ar de polícias? Se o tal A. B. ofendeu os militares da Guiné e não só, o senhor acaba de me ofender, bem como ofendeu milhares de camaradas seus, Oficiais e Sargentos que desde sempre e em especial de 1961 a 74, tiraram a tal fotografia com a farda nr. 1, a tal fotografia que o senhor não gosta, que não tirou e que por isso entende que ninguém terá tido o direito de a fazer. O senhor ofendeu aquelas centenas ou milhares de Oficiais e Sargentos que hoje, sem farda nr.1 e sem farda nr.3, se encontram expostos no memorial que se encontram em Belém. Por estes, que não se podem defender digo-lhe, não lhe perdoo.
Mais ainda, ofendeu os seus camaradas do Blog L.G. a saber:
Luís Sampaio Faria FM (Furriel Miliciano) Ccaç 2791
José Câmara FM Ccaç 3327
Júlio Pinto 2º Sargento Cart 1769
António Pires FM
Mário Beija Santos AM Pel. Caç. Nat. 52
Henrique Matos AM Pel. Caç. Nat. 52
Artur Soares FM Cart 3492
Carlos Vinhal FM Cart 2732
Fernando Barata AM Ccaç 2700
Idálio Reis AM Ccaç 2317
J. L. Mendes Gomes AM Ccaç 728
José Manuel Samouco FM Ccaç 2381
Manuel Lemos Santos 1º Ten RN NRP Orion
Paulo Raposo AM Ccaç 2405
Todos eles, aqui ou ali, encontram-se com ar de polícia, será de militar, ou de M.R.?

Para terminar queria agradece ao Luís Graça, os momentos de prazer que tive ao ler Posts e Posts publicados graças à sua iniciativa, alguns emocionaram-me até às lágrimas. Não tem preço. Por mim, dado as tropas estarem desorientadas ao ponto de cruzarem fogo de caserna para caserna, está na altura de ir fazer uma patrulha, está-se mais seguro.

A si, como lhe disse, pelos nosso Mortos, não lhe perdoo. Escusa de me responder pois não irei ler.

Aos antigos combatentes que aqui reencontrei, aqueles que de uma forma ou de outra travei conhecimento, o meu muito obrigado pela camaradagem recebida.

Ao Luís Graça, muita força, aos co-editores do Blog, continuem, muitas felicidades.

Um abraço,

António Brandão
Alf. Mil. Ccaç 2336 (Angola 68/70)