Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Guiné 63/74 - P5004: Notícias dos nossos amigos da AD - Bissau (8): A viúva do Cap José Neto estará na inauguração da Capela de Guileje (Pepito)
Guiné-Bissau > Bissau > AD -Acção para o Desenvolvimento > Setembro de 2009 > O Domingos Fonseca, técnico do Programa Integrado de Cubucaré (PIC), e heróico sobrevivente da comissão organizadora do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de Março de 2008), ostentando uma garrafa de vinho tinto, vinho de mesa, 12º, produzido e engarrafado em Portugal... Rótulo (surpreendente): Encosta de Guilege...
Texto e fotos do nosso amigo Pepito/AD - Bissau:
Amigo Luís:
As chuvas estão a chegar ao fim e aceleram-se os trabalhos de finalização do Museu (o edifício está concluído e agora trata-se de instalar a iluminação, montar o diorama do Nuno Rubim, expor as fotos e organizar o centro de documentação).
Quanto à Capela tudo a andar pelo melhor, como viste nas fotos que te mandei (**).
O meu amigo, antigo colega de Liceu em Bissau e companheiro de primeira hora desta Iniciativa de Guiledje, conseguiu entrar em contacto com a esposa do saudoso Capitão Neto que aceitou vir a Guiledje para a inauguração da Capela construída pelo marido. Foi uma alegria enorme. Não imaginas como eu gostaria de ter ao nosso lado o Capitão Neto que tanto contribuiu para a história de Guiledje. É um pouco o pagamento de uma dívida moral que tenho para com ele. Tudo indica que a inauguração seja no dia 20 de Janeiro de 2010.
Vamos reconstruir a porta de armas recolocando a parte de cima referente aos Gringos.
O Teko pediu-me que distribuisse fotos que ele tirou em 1966 em Medjo, Mampatá e Quebo (Aldeia Formosa). Foi um sucesso redescobrir as pessoas 40 anos depois. Alguns faleceram entretanto, mas lá estavam os filhos orgulhosos de terem uma foto dos pais. Um alegria comovente.
Uma curiosidade: apareceu aqui à venda um tintol com o rótulo Encosta de Guilege que está a ter muita saída. Vou-me informar, mas parece estar a ser promovido por um grupo de ex-militares de Guiledje. Olha para a foto com um exemplar encostado ao nosso Domingos Fonseca...
E são as notícias que tenho para te dar.
abraço
pepito
________
Notas de L.G.:
(*) Vd. poste de 13 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4945: Notícias dos nossos amigos da AD - Bissau (7): Recuperando bolanhas em Ingoré, região do Cacheu
(**) Vd. poste de 3 de Agosto de 2009 >Guiné 63/74 - P4772: Notícias dos nossos amigos da AD - Bissau (6): Sinalização de sítios históricos no Parque Nacional do Cantanhez
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2 comentários:
Parabens Pepito
Pela tua obra de preservação da nossa memória colectiva, bem podemos dizer que és
" A NOSSA LANÇA EM ÁFRICA"
Um forte abraço
José Martins
Não sei se ainda vai a horas, mas a prepósito de "materiais de artilharia de Guileje", Informo o seguinte: Os 5º e 6º pelotões de artilharia ( quatro bocas de fogo 8,8 cms)chegaram a Mejo a 24 de Maio de 1967, idos de Cufar.
Ao tempo estava em Mejo a CCaç 1591 (Cap. Cadete), pouco depois substituída pela CCaç 1622 (Cap. Mil. Loja.
Os obuses terão sido deslocados para Guileje em Maio/Junho de 1968, altura em que o material 8,8 cm foi substiuido por material 10,5 cm.
Estive em Mejo (Cte de uma das secções Secções do 6º pelotão) desde a chegada dos obuses até Abril de 1968, onde fui substitído pelo Furriel Batista,referido em "Estórias de Guileje - o irmão artilheiro) que viria a morrer em Guileje, creio que a 14 de Fevereiro de 1969, dia em que embarquei de regresso à "Metrópole" por ter terminado a "comissão"
De salientar que durante todo o tempo que permaneci em Mejo o aquartelamento de Guileje nunca sofreu qualquer ataque da guerrilha, diferentemente do que aconteceu em Mejo. Guileje passou a ser um alvo preferencial da guerrilha a partir dos abandonos de Mejo, Gandembel e, creio, também na mesma altura Sangonhá.
António Ribeiro
ex-Furriel Mil. (artilharia)
Talvez esta informação tenha interesse para o Cor. Robim
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