quarta-feira, 10 de março de 2010

Guiné 63/74 - P5967: Agenda Cultural (65): O Abílio Machado (ex-Alf Mil, CCS / BART 2917, Bambadinca, 1970/72) a Toque de Caixa, na FNAC Colombo, Lisboa, 5ª feira, 11, às 18h00


1. Mensagem que o Abílio Machado [ na foto acima, o homem do adufe, na ponta direita,] mandou aos seus amigos do sul (Luís Graça, Humberto Reis, Gabriel Gonçaves, Tony Levezinho, que outrora fizeram parte da CCAÇ 12, e que estiveram em Bambadinca juntos com ele pelo menos 9 meses, entre Maio de 1970 e Março de 1971, bem como ao seu camarada da CCS, o ex-Alf Mil Capelão Arsénio Puim, natural dos Açores, membro igualmente da nossa Tabanca Grande):

Meus caros :

Um abraço a todos.

Tinha prometido que avisaria e aí vai : o Toque de Caixa estará no próximo dia 11 do corrente em Lisboa . Às 15 horas participará no programa Viva a música, de Armando Carvalheda, na Antena 1, transmitido do Teatro da Luz; às 18 horas, estaremos na FNAC, do Colombo, para um pequeno concerto de promoção do novo CD [, Cruzes Canhoto].

Espero que estejam todos bem.

Um abraço, Abilio Machado



2. Em 22 de Janeiro último, já nos tinha enviado um exemplar do CD[, imagem da capa, à esquerda]:

Caros amigos :

Enviei-vos o último CD do Toque de Caixa.  Fresco como um naco de boroa, a rescender a fumo e odor do forno .

Espero que o tenham recebido em boas condições. Depois de meses de trabalho, intenso às vezes ,ele aí está .

Não sei ainda a data de apresentação em Lisboa, mas sei que estaremos no programa Viva a Música,da RDP Antena 1, no dia 11 de Março, no Teatro da Luz .

No mesmo dia estaremos na FNAC,às 18,30 h .

Se houver concertos na zona de Lisboa, avisarei com tempo .

Um abraço a todos
Abilio Machado

3. Comentário de L.G.:

Bilocas: o teu/vosso novo trabalho, Cruzes Canhoto, já anda há mês e meio a fazer a 2ª circular, de casa para o trabalho e do trabalho para casa, bem como as viagens à Lourinhã, ao Porto, a Candoz, e por aí fora... Já lá está na caixinha de música, tal como o primeiro que me ofereceste em tempos (*)...

Parabéns pelo vosso profissionalismo, talento, dedicação e amor à nossa música, à nossa cultura, à nossa gente, às nossas raízes... Não, não é a estafada e requentada música folclórica do antigamente, é criação e recriação do melhor que o novo povo nos deixou em termos de patrimonónio musicográfico. Faço minhas as vossas palavras de auto-apresentação, no vosso sítio:

  "O Toque-de-Caixa nasceu com os cantares de janeiras, no Natal de 1985. O gosto comum pela música tradicional fez com que os seus músicos, um grupo de amigos, prosseguissem a recriação de novos ambientes sonoros. O moderno e o antigo, são elementos de fusão para uma nova música tradicional."...

Nova música tradicional: eis talvez o termo apropriado... Em tempo farei a minha recensão crítica do CD... Para já convido todos os amigos e camaradas da Guiné a comparacer, amanhã, na loja da FNAC - Colombo, em Lisboa, às 18h00 em ponto, para dar um abraço ao Abílio e conhecer os seus amigos do Toque de Caixa, gente de múltiplos talentos que nos traz os sons, únicos, ora alegres ora intimistas, vocais e intrumentais, da nossa música... Os sons da folia, da festa, do adufe à gaita de foles, da rebeca ao cavaquinho, os sons das fabulosas vozes humanas com sotaque nortenho, os sons da saudade,  da brincadeira, do amor, da poesia... Os sons do profano, do sagrado, do colectivo, do individual...

E porquê este título,  Cruzes, Canhoto!,  ? O próprio grupo dá a resposta: "Juravam-nos mortos, vejam só! Leram responsos, vieram os óleos santos, a vala já aberta. Até nós nos divertíamos a compor o epitáfio.... Cruzes, canhoto! Cá estamos a esconjurar o mafarrico... Porque isto da música é obra daquilo que nos apraz. A música eleva-nos, enleva-nos, transporta-nos, transforma-nos. Só ela nos sustém o ânimo. E a teimosia, velha como a vida. Somos a erva daninha....e a fénix! Na adversidade, mergulhámos fundo as raízes e apegámo-nos à terra. Das músicas tradicionais, cantadas por vozes deste tempo, passando pelo fado, sem esquecer as continuas influências de outras paragens. Incorporamos sons e criamos sotaques musicais. Aqui deleitamo-nos com os nossos sonhos, os nossos ambientes plenos de sentimentos, de fantasia. Amizades que recheiam melodias. Nada se faz sozinho. Tudo é para ser complementado...daí contarmos convosco! Começa o sonho...como quem conseguiu encontrar o que andava perdido. Se uma só nota deste trabalho vos provocar um arrepio de alma, diremos que valeu a pena voltar!" (...)
____________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 7 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3579: Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres (7): A Toque de Caixa, com o Abílio Machado, ex-baladeiro de Bambadinca (Luís Graça)

(...) O Toque de Caixa surge em 85/86, quando, tendo mudado a minha morada para a Maia, encontrei um grupo de jovens com potencialidades que me pareceu de aproveitar. Criou-se um grupo base, no início ainda demasiado numeroso, que se foi depurando ao longo dos meses de elementos com menos qualidades. Os inevitáveis contactos com outros grupos da zona do Porto permitiram que, por alturas de 90, se desse uma espécie de fusão com outro grupo em desagregação.

Um outro processo de decantação ao longo do tempo permitiu que rapidamente o Toque de Caixa adquirisse uma qualidade que manifestamente não tinha nos seus primeiros tempos. Era a altura do director musical (era eu) ceder o lugar a quem mais sabia da marinhagem em tais ondas. Em boa hora o fiz, pois corríamos o risco de afogamento por cansaço ou inanição. (...)

2 comentários:

Anónimo disse...

Machado

Parabens pelo lançamento de um novo trbalho do Toque de Caixa, eu que assisti a este "parto" jamais me passaria pela cabeça que a longevidade e a qualidade chegasse até aos dias de hoje.

Um Abraço Amigo
Eduardo Campos (Norteccope)

Joaquim Mexia Alves disse...

Enquanto fui buscar o meu filho mais novo ao colégio, tive o prazer de os ouvir na Antena 1.

Parabéns e um abraço camarigo para todos