Guiné-Bissau > AD - Acção para o Desevolvimento > Foto da semana > Data de publicação: 17 de Outubro de 2010 > Data da foto: 18 de Setembro de 2010 > Título da foto: Cerimónia do UAMPANHE > Palavras-chave: História, cultura.
Legenda: "Na vila de Quebo [, antiga Aldeia Formosa, na Região de Tombali] realizou-se no mês de Setembro de 2010 a Cerimónia tradicional de Uampanhe, cerca de 40 anos depois da última (1973) promovida então por Tcherno Rachid, juntando os agricultores e população dos regulados de Foréa e Corubal, convocados pelo seu filho Aladje Tcherno Aliu Djaló. Trata-se de uma actividade tradicional dos Fulas, em que todos (homens, mulheres, idosos e jovens) fazem colectivamente a lavoura utilizando um instrumento de trabalho, o Féfé, que é uma espécie de arado de forma mais curta, feito de madeira com uma lâmina metálica e amarrado com rotim. Os lavradores organizam-se em fila e combinam os movimentos (djaracici) sendo na ocasião sacrificado um boi para a alimentação de todos os participantes".
Foto (e legenda): © AD - Acção para o Desenvolvimento (2010) (Reprodução com a devida vénia...)
1. Comentário do Pepito [, à esquerda com a nossa amiga Domingas, enfermeira, em dia de festa, em Cabedú, foto de Zé Teixeira], a pedido dos editores, ao poste P7640 (*)
Olá, Luís.
Trata-se de um livro antigo [, Intervenção Rural Integrada, a experiência do norte da Guiné-Bissau, do antropólogo Mamadu Jao, Bissau, INEP (**), 1999, 202 pp.] que retrata um projecto dirigido na realidade pela agência de cooperação sueca. Meteram cerca de 1 milhão e meio de USD por ano no projecto cujo plano era estabelecido em Estocolmo!!!!
Não se deve generalizar aos outros projectos integrados. A cooperação clássica, incluindo a portuguesa, está ainda hoje cheia de exemplos desses. Somos nós, cá em baixo, a apanhar com a paulada da incompetência, mas se leres os relatórios da AD compreendes melhor porque me "amando" a eles.
Seria interessante que essas agências de cooperação fossem avaliadas em vez de passarem a vida a avaliar os outros e a desviar as culpas dos erros cometidos.
abraço
pepito (**)
Trata-se de um livro antigo [, Intervenção Rural Integrada, a experiência do norte da Guiné-Bissau, do antropólogo Mamadu Jao, Bissau, INEP (**), 1999, 202 pp.] que retrata um projecto dirigido na realidade pela agência de cooperação sueca. Meteram cerca de 1 milhão e meio de USD por ano no projecto cujo plano era estabelecido em Estocolmo!!!!
Não se deve generalizar aos outros projectos integrados. A cooperação clássica, incluindo a portuguesa, está ainda hoje cheia de exemplos desses. Somos nós, cá em baixo, a apanhar com a paulada da incompetência, mas se leres os relatórios da AD compreendes melhor porque me "amando" a eles.
Seria interessante que essas agências de cooperação fossem avaliadas em vez de passarem a vida a avaliar os outros e a desviar as culpas dos erros cometidos.
abraço
pepito (**)
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Notas de L.G.:
(*) 19 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7640: Notas de leitura (191): Intervenção Rural Integrada, a experiência do norte da Guiné-Bissau, de Mamadu Jao (Mário Beja Santos)
(...) Moral da história: é melhor ouvir as pessoas, conhecê-las e saber gerir as suas aspirações e não substitui-las. A ajuda ao desenvolvimento tem que mudar sob pena de agravar o descontentamento dos chamados países em vias de desenvolvimento. E a Guiné-Bissau não é excepção, bem pelo contrário. (...)
(**) Do sítio do INEP:
(...) Fundado em 1984, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) tem como objectivos principais promover os estudos e pesquisas no domínio das ciências sociais e naturais relacionados com os problemas de desenvolvimento do país e contribuir para a valorização dos recursos humanos locais.
A actividade principal do INEP consiste na realização de investigação fundamental e na elaboração de estudos, sendo constituído por um corpo de investigadores nacionais permanentes e uma rede de investigadores associados nacionais e estrangeiros. Leva igualmente a cabo actividades académicas que incluem conferências, colóquios, seminários, jornadas de reflexão, que visam a difusão dos resultados das investigações científicas e o desenvolvimento do próprio Instituto.
Em poucos anos o INEP tornou-se um ponto de referência nacional e internacional de reflexão científica sobre a África Ocidental em geral e a Guiné-Bissau em particular. Dezenas de trabalhos sobre a realidade social guineense, uma centena de artigos e publicações periódicas permanentes confirmam a validade desde Instituto. (...)
(***) Último poste desta série > 22 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7652: (In)citações (28): Bemba di vida [O celeiro da vida], documentário sobre a biodiversidade e as áreas protegidas da Guiné-Bissau, produzido pelo IBAP (2009) (com a colaboração da AD - Acção para o Desenvolvimento)
3 comentários:
BS
Belarmino Sardinha
O Juno e a Nuvem.
Lê estes "postes". Podes entrar melhor nas ONG's se falares com quem esteve lá e a elas não esteve ligado.
Lá como sinónimo de África e não só.
OU,
Estando conhecia o "terreno"....
#Há dar e dar...á ir e voltar#....
Abraço amigo BS do T
Estes tipos de auxílios envoltos em generosidades em que ideais escondem negócios,interesses,agendas políticas,sejam estas oficiais,religiosas ou privadas,näo deveräo ser subestimados nas suas aparentes (e convenientes)ingenuidades. ---Generosos auxílios acabam sempre por criar dividendos ainda mais generosos---.Muitas das vezes em zonas de convenientes penumbras para dadores e, näo menos,para alguns dos recebedores. Mas,aceitar receber auxílios,ou mais especificamente,TER QUE RECEBER(!)...obriga sempre ás tais dependências exteriores, com tudo o que isso acarreta. E pouco adiantará,para além de um sempre saudável patriotismo,o desejo que :-"Essas agências de cooperacäo fossem avaliadas em vez de passar a vida a avaliar os outros",como escreveu(e bem),o Sr.Eng.Schwarz.As avaliacöes entre "dadores" e "recebedores,estäo,(à partida)....sempre viciadas. O nosso querido Portugal está a tornar-se um bom exemplo de estudo para países recentes como a Guiné. Um sincero abraco.
"O nosso querido Portugal está a tornar-se um bom exemplo de estudo para países recentes como a Guiné"
O José Belo diz assim porque vê de fora, que é de onde se vê melhor.
Quando estamos cá no barulho, nem nos apercebemos como estamos embrulhados.
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