Data: 1 de Julho de 2011 16:37
Assunto: Forcado! Circuncisão! Jeep GT
Já que falei em grupo de combate e em soldados africanos, disseram-me que um dos meus meninos era o "fanador" [, fanateca, em crioulo, ] lá do sítio.
Com a minha maluqueira, um dia, indo fazer uma circuncisão, intervenção que era feita, usualmente, na sala de pequena cirurgia, indiquei-o para me ajudar: ensinei-o a desinfectar-se, a pegar nos instrumentos, transmiti-lhe a proibição de fazer qualquer gesto antes de eu mandar e lá fomos.
A intervenção foi feita sem qualquer incidente e, no final, pedi-lhe um comentário:
- Assim dá muito trabalho, como eu faço é mais rápido!
Ora toma!!! E a malta cá fora, ria a bom rir.
Camarigo António Paiva, o teu substituto era doido por mecânica. O teu jipe passou a GT, com um cantar conhecido e que, com o pára-brisas sobre o capô, tinha o melhor ar condicionado do mundo. Podes estar tranquilo: o teu jipe ficou em boas mãos.
Alfa Bravo para o interessado.
José Pardete Ferreira
PS - Antes de acabar: o Helder Sousa é de Setúbal e ainda não dei por ele. Seria giro encontrarmo-nos e irmos cravar um copo ao Benjamin [Durães]. Valeu?
___________
Nota do editor:
Desculpa-me, caro camarigo, mas com o entusiasmo já não encontro o texto, que suponho ser do António Paiva.
Com efeito, no que eu chamava o meu Grupo de Combate, composto por três soldados/cabos europeus e dois africanos, eu tinha um que tinha sido forcado e foi talvez, quem lhe enfiou o tal supositório até ao pescoço. Tinha força que nem uma besta, cento e tal quilos de peso e os touros já lhe tinham fracturado nove costelas.
Uma noite, oiço um cagarim infernal... era sua excelência que estava a partir os vidros dos armários que estavam nas escadas e que continham o material para a sala de Pequena Cirurgia:
- Ah! Chefe!!! - Era a maneira como ele me chamava...Bêbado que nem um odre, mas com um sorriso de puto que fez uma burrice.
Bem, arranjamos as coisas como podemos e, em conjunto com o Sargento de Dia e mediante o pagamento dos vidros e a limpeza e arrumação daquela montureira, deixámos a coisa por ali. No Hospital, se tivesse havido participação, pelo menos uma ida para o Mato estava assegurada e para um local de "férias" asseguradas (porrada todos os dias!).
Com efeito, no que eu chamava o meu Grupo de Combate, composto por três soldados/cabos europeus e dois africanos, eu tinha um que tinha sido forcado e foi talvez, quem lhe enfiou o tal supositório até ao pescoço. Tinha força que nem uma besta, cento e tal quilos de peso e os touros já lhe tinham fracturado nove costelas.
Uma noite, oiço um cagarim infernal... era sua excelência que estava a partir os vidros dos armários que estavam nas escadas e que continham o material para a sala de Pequena Cirurgia:
- Ah! Chefe!!! - Era a maneira como ele me chamava...Bêbado que nem um odre, mas com um sorriso de puto que fez uma burrice.
Bem, arranjamos as coisas como podemos e, em conjunto com o Sargento de Dia e mediante o pagamento dos vidros e a limpeza e arrumação daquela montureira, deixámos a coisa por ali. No Hospital, se tivesse havido participação, pelo menos uma ida para o Mato estava assegurada e para um local de "férias" asseguradas (porrada todos os dias!).
Já que falei em grupo de combate e em soldados africanos, disseram-me que um dos meus meninos era o "fanador" [, fanateca, em crioulo, ] lá do sítio.
Com a minha maluqueira, um dia, indo fazer uma circuncisão, intervenção que era feita, usualmente, na sala de pequena cirurgia, indiquei-o para me ajudar: ensinei-o a desinfectar-se, a pegar nos instrumentos, transmiti-lhe a proibição de fazer qualquer gesto antes de eu mandar e lá fomos.
A intervenção foi feita sem qualquer incidente e, no final, pedi-lhe um comentário:
- Assim dá muito trabalho, como eu faço é mais rápido!
Ora toma!!! E a malta cá fora, ria a bom rir.
Camarigo António Paiva, o teu substituto era doido por mecânica. O teu jipe passou a GT, com um cantar conhecido e que, com o pára-brisas sobre o capô, tinha o melhor ar condicionado do mundo. Podes estar tranquilo: o teu jipe ficou em boas mãos.
Alfa Bravo para o interessado.
José Pardete Ferreira
PS - Antes de acabar: o Helder Sousa é de Setúbal e ainda não dei por ele. Seria giro encontrarmo-nos e irmos cravar um copo ao Benjamin [Durães]. Valeu?
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Nota do editor:
1 comentário:
Caro Pardete Ferreira
Não sei como soubes-te o jeep que eu tinha, só agora no dia 2 mandei uma História sobre ele para o Carlos Vinhal, mas posso-te dizer que era o mais claro e mais alto, nessa História elle vai ter vários nomes, de começar por Rolls Roice e acabar em besta, tudo lhe chamei.
Mas garanto-te que ele não era máquina para brincadeiras, quando arrancava... arrancava a sério.
Era de corno rijo, tão rijo, que foi o unico que consegui na Estrada de Santa Luzia, no crusamento com a Guerra Junqueiro,
dar uma marrada num táxi a atirá-lo a 17 metros, só parando na porta traseira da pensão Central.
Esse táxi era propriedade do Sr. António, dono do Restaurante que havia do lado direito da estrada, entre os Adidos e a Base, onde algumas vezes ia comer bacalhau assado.
Já agora te dou uma informação:
O Dr. Malicia, que era estomatologista, está vivo
e reside em Ovar.
Um abraço
António Paiva
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