terça-feira, 5 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8513: Massacre do Chão Manjaco: Guiné, 20 de Abril de 1970 - Estrada do Pelundo a Jolmete - A morte dos Majores Pereira da Silva, Passos Ramos, Magalhães Osório e Alferes Joaquim Mosca (Albino Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva* (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 2 de Julho de 2011:

Carlos Vinhal,
Estive a preparar este trabalho sobre o massacre dos três Majores ocorrido no dia de 20 de Abril de 1970, no entanto se acharem que não vale apena ser editado, porque já se falou muito disto, eu não levarei a mal.

Entendo que está aqui bem esclarecido esse massacre, pela CCAÇ 2686/BCAÇ 2884 que estava no Pelundo, a mesma que rendeu a CCaç 2367 do meu Batalhão, tal como a CCaç 2585 que rendeu a CCaç 2366 em Jolmete, no Dia 17 de Maio de 1969, também do meu Batalhão, e da qual eu participei na Escolta para a rendição 15 dias depois.

Recentemente, mais propriamente na última semana de Abril, estiveram no local do massacre elementos da CCAÇ 2366 (Periquito Atrevido) e CCAÇ 2368 (Feras) do meu Batalhão.

Na foto recente e junto de habitantes da zona, está o Dr. Moutinho dos Santos que era Alferes da 2366 em Jolmete, mais tarde transferido para outra Companhia com o posto de Capitão.

Sem mais assunto de momento deixo um abraço a toda a Tabanca Grande.
Albino Silva




Nota do Editor: Nesta foto, o Alferes identificado como Joaquim Mosca, é na realidade o Alf Mil Fernando Giesteira Gonçalves. (ver Poste 4653)














Imagens retiradas de "Os Anos da Guerra Colonial"
As devidas vénias a Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes

(Clicar nas imagens para ampliar e permitir a sua leitura)
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 1 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8495: Os nossos médicos (32): Fotos do Serviço de Saúde do BCAÇ 2845 (Albino Silva)

Vd. postes de:

1 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2320: Relatórios Secretos (1): Massacre do Chão Manjaco: O resgate dos corpos (Virgínio Briote)
e
3 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2325: Massacre do Chão Manjaco: Todos iguais na morte, mas nos relatórios uns mais iguais do que outros (João Tunes)

14 comentários:

Anónimo disse...

amigo albino tens razao muito se tem escrito sobre o massacre mas havera muita coisa por dizer? o que eu queria dizer e que continua-se a mostrar uma foto que nada tem a ver com o alferes Qim ze mais conhecido por alferes mosca porque o alferes que esta e da mesma escola mas chama-se se nao estou em erro giesteira ANTONIO FANECO PELUNDO 72-74

Luís Graça disse...

1.Mensagem enviada pelo J. Pardete Ferreira, hoje, 6 de Julho, às 00h10:

Camarigo [L.G.],

Por alguma razão Flaubert fazia 15 manuscritos antes de entregar uma obra.

Por experiência pessoal e conversas com amigos, agora que utilizamos os infoscritos, mesmo quando em certos casos fazemos o print, passa-se por determinadas palavras, quando não frases completas, de um texto e lê-mo-lo sempre de forma errada ou deformada.

Sem que este argumento, bem estudado, queira significar desculpa, apesar de várias leituras, quase diárias, só ao fim de três semanas é que notei que, se bem que seja o Major Pereira da Silva quem está na fotografia publicada, pelo menos duas vezes, quem veio com a urna com uma abertura foi o Major Passos Ramos, que eu vi com o Azevedo Franco e, depois, a sua digníssima esposa e os filhos!

Quase que foi uma alucinação colectiva, pois ninguém se apercebeu do meu erro. Não gostaria que a história contasse uma mentira.

Tentei corrigir directamente no blogue. Penso que, por insuficiência técnica, não o consegui fazer.

Mea culpa

José Pardete Ferreira

2. Meu camarada J. Pardete: Lamentavelmente o erro é do editor... Nunca foi teu. Quem tem de dar a mão à palmatória sou eu. Foi já feita a correcção do título do poste P8481. Um Alfa Bravo. Luís

Luís Graça disse...

Acabo de mandar o meu pedido de desculpas ao JPF:

Meu caro José: Nada de aflições. Grande "olho clínico", o teu. Mas o erro foi meu. Peço mil perdões. Já está corrigido o título e dada uma pequena explicação.

Um abraço. Luís

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2011/06/guine-6374-p8481-os-nossos-medicos-27.html

Albino Silva disse...

Quero deixar aqui bem claro que,em referência ao Massacre do Chão Manjaco, que recentemente publiquei,que algum conteudo foi tirado do Livro "OS Anos da Guerra Colonial" de,Carlos Matos Gomes e Aniceto Afonso,com a Devida Venia,
excepto as imagens de Satélite, PELUNDO, Estrada Pelundo Jolmete,Teixeira Pinto, e por fim e conforme se vê na data a foto do local,com habitantes da zona e entre eles o Dr. Moutinho"2366"
Quanto ao Alferes em questão nada posso dizer,mas já dos Malogrados Majores sim, pois com eles lidei enquanto não deixei Teixeira Pinto,seja nos ultimos dias de Março de 70, quando fui para Bissau.
Até aqui me recordo bem das vezes que vieram á Enfermaria para levarem com eles Mésinho para darem nas Tabancas.
Deixo um pedido de Desculpas ao "Carlos Matos e Aniceto Afonso"
por ter extraido esta Matéria do Livro,OS ANOS DA GUERRA COLONIAL,pois não é minha intenção usar aquilo que não me pertence.
Albino Silva

José Marcelino Martins disse...

Caro Albino Silva

Fui eu, José Martins, que levantei o "problema duma das fotos" constantes no texto.

Primeiro porque a foto do Alferes não é a correcta. Assim pedi ao Manuel Rezende, que em tempos levantou essa questão, com conhecimento ao Carlos Vinhal, para que fosse feito um comentário a chamar a atenção para o facto.

Depois, e bem, foi levantada a questão dos direitos de autor, que poderiam vir a recair sobre o autor e, possivelmento do blogue.

Segundo pesquisa que efectuei nos meus livros, detectei:

«O texto em questão faz parte da colecção "As Grandes Operações da Guerra Colonial" fasciculo IX, com textos da autoria do jornalista Manuel Catarino e grafismo de Rogério Bastos e edição do Correio da Manhã.
Este texto foi reeditado na nova série com o mesmo nomé, acrescido de "Novos Arquivos, dos mesmos autores, no livro nº 5. desta edição.»

O trabalho que escreveste está perfeito, até porque tem muito do seu saber e sentir.

O mail inicial não foi ao teu conhecimento, porque não o tinha presente no momento em que o enviei. De qualquer forma, temos que evitar factos que possam vir a "virar-se contra nós". Nós escrevemos o que vimos, enquanto muitos escrevem o que ouviram.

Nós, os que por lá andamos,vimos o que contamos ou, beseamo-nos en factos que, por principio, validamos, sempre que temos dúvidas, com os nossos camaradas.

Continua com as tuas produções e, recebe um abraço.

JOAQUIM AUGUSTO GALVAO PINTO disse...

O MAJOR PASSOS RAMOS NAO MORREU EM CHAO MANJACO!NAO MORREU NA GUINE EM 1970!FOI UMA MENTIRA E UMA GRANDE ALDRABICE DO ANTIGO REGIME, NEM SEI A QUE PROPOSITO ELES INVENTARAM ISSO.EU SOU TESTEMUNHA QUE ISSO E MENTIRA,EU CONHECI -O NO COMANDO ZIL EM 72 E 73 NO LESTE DE ANGOLA, TANTO EU COMO A MAIORIA DOS MEUS COLEGAS SABIAMOS DESSA HISTORIA DA GUINE POIR ISSO LHE CHAMAVA-MOS O MORTO VIVO.

Moura Ferreira disse...

Certamente o Carlos ou o Luís irão responder a contento ao Sr. Joaquim Galvão Pinto.
No entanto a mim só me ocorrem três questões:
1 - Possivelmente este Sr. estará a sentir algo parecido como a "Teoria da Conspiração";
2 - Depois, se os camaradas dele conheceram o Maj. Passos Gomes, em Angola-72/73, não será que os que com ele estiveram em 70, na Guiné, também o conheciam?
3 - Por esta teoria, então o mesmo teria acontecido aos outros intervenientes do "Massacre". Ou andaram todos a passear por aí, sem que tivesse acontecido fosse o que fosse.
Tal como o Sr. Pinto nos quer fazer crer, o antigo regime era mesmo execrável, com ocorrências dignas de um filme "holywoodesco".
POR FAVOR... comentários destes são anedóticos e fazem-nos perder tempo. E se o Senhor fizesse comentários nos blogues sobre Angola? Não seria má ideia.
Para terminar, ainda pergunto se não seria outro Passos Ramos???

Moura Ferreira disse...

Ah! Ou então que apresente provas!

Anónimo disse...

O de Angola foi o TenCor Fernando Passos Ramos, que, aliás, integrava o MFA. Era oficial de informações da Zona Militar Leste. Pertenceu à Comissão de Descolonização. O assassinado pelo PAIGC chamava-se Raul Passos Ramos.
Cordiais saudações,
Carlos Cordeiro

David Guimarães disse...

Desculpem meus amigos....

em 2014 descobre-se coisas que em seu devido tempo foi testemunhado.... Se há documentos e provas do sucedido de então só há uma verdade e nunca duas... Quem conheceu os mortos são as melhores testemunhas... PONTO FINAL...
Creio então, que se um morto na Guiné aparece em Angola vivo...

Coisas mais que confirmadas para que discutir. E se não fora assim o próprio "malogrado" major seria o primeiro a desmentir a sua morte ou então era maluco!!!

que ninguém veja essa ficção de filmes de TV onde uma pistola é capaz de estar uma noite inteira a disparar sozinha. A seriedade deste blogue não me permite a dar crédito ao que me parece evidente... Ou então quem sabe? Será que eu não estive na guerra?

Um abraço e continuemos o que está certo.... ISTO QUE AGORA VEIO ESCRITO NÃO FAZ JEITO NENHUM E A NINGUÉM e eu mediante os factos nem publicaria - um abraço David

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

A curta, mas perfeitamente esclarecedora informação do Carlos Cordeiro, anula qualquer palermice que, vá lá saber-se porquê e para quê, apareceu por aqui, assim, inopinadamente.

Com tanta documentação, com tantos testemunhos e testemunhas sobre os acontecimentos, não é crível que o comentário tenha sido produzido de boa fé.

Para além da falta de conteúdo nem sequer tinha 'forma'. É escrito todo ele em maiúsculas, como quando se quer gritar, para impor a 'sua' verdade.

Considerando a possibilidade de as primeiras 5 secções de armazenamento estarem cheias, é colocar isto na cesta...

Hélder S.

José Pardete Ferreira disse...

Eu vi o Major Passos Ramos morto, dentro da urna cujo tampo mostrava a cara, por vontade expressa da esposa que queria mostrá-lo aos filhos! Fui ao Dakota que o transportou para Bissau, com O Dr. João Carlos Azevedo Franco! Conheci muito bem o Major porque estive com ele no CAOP!
Vinha de camuflado e galões normais. Foi ele que fez questão de me apOr os galões!!!

José Pardete Ferreira disse...

...*urna...















http://africadoourobranco.blogspot.pt/ disse...

Com o comentário do camarada Pardete Ferreira esta questão absurda, penso, fica bem esclarecida.
Estive no funeral do Major Pereira da Silva no mosteiro da Serra do Pilar,onde a família pode ver a cara através do quadrado transparente na tampa, e acompanhei a urna até Galegos Penafiel.
Mais tarde de Out 1971- Dez 1973, estive eu em Teixeira Pinto BCaç 3863 e CAOP com o Coronel Rafael Durão, onde contactamos com gente que acompanhou o terrível massacre e não havia nenhuma dúvida à cerca dos camardas mortos. Fomos ao local-> Pelundo-Jolmete onde rendi homenagem aos nossos mortos e em particular ao major Pereira da Silva que conhecia bem.
Paz às suas Almas
José Sousa Pinto