segunda-feira, 23 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13320: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (41): Passos à volta da mesa nº 15 (Piche), com reflexões sobre a vida e a morte: findo o IX, viva o X Encontro Nacional, já marcado para o dia 18/4/2015 (Hélder Sousa, ex-fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72)


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche) > Dois homnens que passaram por Piche;: João Moura (que mora em São Martinho do Porto, Alcobaça) e Hélder Sousa (Setúbal). Fica desde já aqui o convite para se sentar à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Ao centro, o Hélder Sousa; à esquerda,o Delfim Rodrigues, nosso grã-tabanqueiro de Coimbra (ex-1.º Cabo Auxiliar de Enfermagem, CCAV 3366/BCAV 3846, Suzana e Varela, 1971/73); e à direita, o Fernando Roque (que veio de Sesimbra: é um homem das transmissões que esteve em Bissau com o Hélder, e a quem convidamos para integra a nossa Tabanca Grande).

Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche):  Francisco Palma, João Moura e Hélder Sousa.  O Francisco Palma , à esquerda,foi Soldado Condutor Auto Rodas da CCAV 2748 / BCAV 2922, Canquelifá, 1970/72, e é DFA (deficiente das forças armadas).

Foto: © Francisco Palma  (2014). Todos os direitos reservados.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche): Hélder Sousa, Fernando Roque e José Manuel Matos Diniz,  ex-fur mil il da CCAÇ 2679 (Bajocunda, 1970/71)

Foto: © Miguel Pessoa  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Ainda a mesa nº 15 (Piche): os nossos grã-tabanqueiros Manuel Joaquim  (à esquerda) e Pedro Lomba (à direita). 

nosso camarada Manuel Luís Lomba era um especial destaque por que: (i) foi fur mil da CCAV 703/BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66; (ii) é autor de "Guerra da Guiné: A batalha de Cufar Nalu" (Terras de Faria Lda: Faria, Barcelos, 2012, 341 pp.); e (iii) veio ao nosso convívio, pela 2ª vez, se não erro e regressou a Barcelos ainda tempo de ir à festa de anos de uma filha.

Foto: © Miguel Pessoa  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Francisco Palma e J. Casimiro Carvalho.

Foto: © Francisco Palma  (2014). Todos os direitos reservados,


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Hélder, nos aperitivos,conversando com a esposa do Francisco Baptista, Fátima Anjos. O casal que vive Aldoar, Porto, veio pela primeira vez ao nosso ecnontro.  


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >   > Quatro grã-tabanqueiros de longa data e de épocas diferentes no TO da Guiné: Jorge Rosales, Virgínio Briote, Vasco da Gama e Hélder Sousa


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche): da esquerda para a direita, Hélder, Roque, Zé Dinis e Armando Pires


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche): da esquerda para a direita, Zé Dinis e Armando Pires


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche): da esquerda para a direita,   Armando Pires, Manuel Joaquim e Manuel Luís Lomba



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Mesa nº 15 (Piche): da esquerda para a direita,   Manuel Joaquim e Manuel Luís Lomba


Fotos: © Manuel Resende  (2014). Todos os direitos reservados, [Edição e legendagem: LG]


1. Mensagem do nosso colaborador permanente Hélder Sousa:


Data: 22 de Junho de 2014 às 22:31
Assunto: Ainda o IX Encontro da Tabanca Grande - Reflexões


Caros Editores

Em anexo junto um texto sobre o qual julgarão da sua oportunidade e da sua eventual publicação.

Inicialmente tinha pensado, logo no regresso do nosso IX Encontro, na viagem de volta, conversando com os parceiros de viagem, o Jorge Rosales, o Rogé Guerreiro e o Armando Pires, e ouvindo as suas opiniões e emoções sobre o que se viveu, elaborar um texto que pudesse servir para realçar tudo o que de bom tinha sucedido e apontar pistas para a melhor forma de aproveitar o tempo e as companhias.

Entretanto fui surpreendido pelo falecimento súbito de um amigo de juventude e a vontade ficou perturbada.

Contudo, como continuo a considerar que o IX Encontro foi um êxito, pelas razões que no texto adianto e porque, no plano pessoal, tive a alegria de, para além de rever e conversar com amigos já firmados que contacto menos, e que correndo o risco de cometer o pecado de omissão (de que antecipadamente peço desculpa), posso citar o Vinhal, o Mexia, o Luís Graça, o Juvenal, o António Santos, o C. Martins, o Delfim, o Eduardo Campos, o Ernestino Caniço, o Fernando Súcio, o Xico Allen, o Humberto Reis, o Idálio, o João Martins, o Peixoto, o "Alfero" Cabral, o Jorge Picado, o Barros Rocha, o Zé Carvalho, o Cancela, o "Josema", o Zé Saúde, o Reis, o Lima Santos, o Traquina, o Raul Albino, o Rui "Salpicos" Silva, o Simeão, o Briote e o Vítor Caseiro, valorizo bastante todo o Encontro.

E ainda, para além dos companheiros de mesa, também desenvolvi, com gosto, interessantes novos conhecimentos e conversas com o António Faneco, o Joaquim Luís Fernandes, o Francisco Baptista e o Mário Gaspar que, afinal, embora com mais idade que eu, andou antes por sítios pelos quais também caminhei.

Tudo isto me levou então a escrever o texto que anexo para o qual apenas envio uma foto do meu amigo falecido, sendo que já vi uma foto de grupo da "Mesa 15 - Piche", mas que não consegui localizar.

Saudações e um forte abraço para todos os camaradas.


Hélder Sousa

2. IX Encontro Nacional da Tabanca Grande  > Reflexões sobre a Vida e a Morte 

por Hélder Sousa


Caros camaradas, amigos e outros

Na sequência das emoções vividas no nosso IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, altamente motivador e enriquecedor, as quais me estavam a fervilhar na mente para as exteriorizar, eis que fui confrontado com (mais) uma triste notícia que me refreou as intenções.

Foi o caso de, pela hora do almoço de 2ª feira 16 de Abril,
Tito Baptista Pereira
 ter recebido um telefonema a comunicar-me o falecimento de um colega e amigo, vítima de um problema de coração. Esse amigo de infância foi meu colega em várias Turmas da Escola Industrial e Comercial de Vial Franca de Xira e fomos finalistas do Curso de Montador Electricista em 1964. Fomos também colegas na Machado de Castro, em Lisboa, em 64/65 e 65/66. Fomos depois novamente colegas, embora em cursos diferentes, no velhinho Instituto Industrial de Lisboa. E fomos, finalmente, incorporados ao mesmo tempo em Santarém. 

A partir daqui, com especialidades diferentes, as nossas vivências divergiram. No tempo, no espaço e até, também, no ‘entendimento’ sobre a resolução para os problemas do País e do Mundo. Manteve-se a amizade e a estima mas já não a ‘proximidade’. E foi preciso acontecer o “irremediável” para interiorizar o que, embora já sabendo, se tornou evidente e com sabor amargo: não se deve nunca deixar que as pequenas coisas se agigantem e venham tolher as vontades e se tornem mais importantes que os grandes valores da vida!

Esse amigo chamava-se Tito Baptista Pereira e, para quem é mais avançado na idade e se lembra da sua juventude, perceberá facilmente que era o filho mais novo desse incomparável nadador português, de Alhandra, Baptista Pereira [, 1921-1984], que fez e ganhou a travessia a nado do Canal da Mancha. O Baptista Pereira, pai, está também imortalizado na figura do “Gineto”, um miúdo crescido nos esteiros do Tejo, que Soeiro Pereira Gomes [1909-1949] retratou num  dos seus livros dedicado “aos filhos dos Homens que nunca foram meninos”.

A morte deste meu amigo deixou-me triste e pensativo mas também, agora que já ‘aceitei’ a nova realidade, me avivou a necessidade de dar vida à amizade, de insistir em privilegiar as coisas boas e ultrapassar, resolvendo ou ignorando, as coisas que geram inimizades.

Deste modo, posso voltar a referir o nosso Encontro.

Foi, quanto a mim, e pelo menos para mim, um grande evento. Grande porque, contra todas as expectativas, foi muito significativo o número de pessoas [, 145,] que se reuniram a pretexto dele. Grande também, porque tudo correu bastante bem. Grande ainda porque, mais uma vez, foi possível gerar encontros, conhecimentos e simpatias entre pessoas muito distintas nas suas origens e/ou vivências.

Dum modo geral, aqueles que de alguma maneira estiveram presentes no TO do CTIG, reúnem-se nos Encontros das suas Unidades, Companhias, Pelotões, Batalhões, etc. Nessas ocasiões revivem as suas comuns experiências, as suas recordações, as aventuras, os pesadelos, os risos, as lágrimas. O seu horizonte é o das suas próprias vivências. Vão para esses Encontros sabendo exactamente o que vai acontecer, os camaradas que conhecem e reconhecem e que vão reencontrar, vão reviver as histórias já conhecidas. E isso não tem nada de mal, é até uma forma de ‘contabilizar’ os que vão morrendo e fazer ‘prova de vida’. 

Sabe-se até que, por vezes, é difícil fazer Encontros do Batalhão, pois é frequente as diversas Companhias desse Batalhão terem tido apenas em comum o facto de se terem formado e constituído e, nalguns casos, as viagens de ida e de regresso. A minha experiência com o pessoal do BCAV 2922 mostrou-me que nem numa data “redonda”, os 40 anos da partida comum, foi possível juntar todas as suas Companhias (a CCS e as três operacionais) no mesmo evento. E, compreende-se, pois tirando o período de constituição do Batalhão não houve mais nada em comum.

Estes nossos Encontros são totalmente diferentes.

O que nos move, o que nos impele a estar presentes é apenas a nossa vontade de conhecer e conviver, confraternizar, interagir, com outros camaradas que, sabemos, estiveram naquelas paragens que conhecemos. Em tempos diferentes, em locais diferentes mas que ouvimos falar. Podemos trocar impressões com quem esteve nos mesmos locais que nós, antes, depois e até, por vezes com surpresa, ao mesmo tempo. Camaradas de Unidades e especialidades diversas, ver e falar ‘ao vivo’ com pessoas que tiveram desempenhos relevantes.

E tudo isto por nossa iniciativa. Aliás, será a nossa capacidade de quebrar a timidez que pode tornar o Encontro mais ou menos enriquecedor. Na minha “Mesa 15” tive a companhia do Francisco Palma, condutor vítima de mina e DFA. Já está ambientado a este tipo de ‘grupos’ pois já frequentou a Tabanca da Linha e há muito que é membro do Blogue mas sei que ficou encantado por ter estado à conversa com o José Casimiro Carvalho. Também quem é que consegue não ficar…

Estava também o João Moura, com quem estive em Piche, iniciado nestas ‘lides, com alguma timidez inicial mas que teve oportunidade de falar longamente, entre outros, com o Eduardo Campos e a Giselda Pessoa, sabendo eu que tais conversas ‘lhe encheram a alma’.

Revi também o meu amigo Fernando Roque, das Transmissões mas não TSF, claro, porque nem todos podiam ter tal distinção… vá lá, vá lá, reparar e manter centrais telefónicas e já está bem! Falámos das nossas experiências comuns, do que se passou durante os tempos em que as nossas comissões tiveram sobreposição, das viagens de moto que fizemos a Nhacra para visitar e conviver com outro amigo, do sucedido aquando da inauguração das instalações do Agrupamento de Transmissões, das visitas ao Cupilão, etc., enfim foi um recordar de coisas cheias de momentos notáveis.

Na minha “Mesa 15” estavam também o Manuel Luís Lomba, o Manuel Joaquim e o Zé Dinis que são já habituais e por isso não terão tido dificuldade em ambientar-se. Resta o meu conterrâneo (em termos de Distrito) Armando Pires que espero tenha conseguido obter mais elementos para futuros ‘posts’, pese embora a sua preocupação pela saúde de familiar que o estava a incomodar.

Tal como já foi referido, seriam necessárias várias horas para conversar 5 minutos com cada um dos outros participantes, pelo que tal não é prático nem sequer possível. Mas isso é o mesmo que se passa nos Encontros das Unidades funcionais e até de outra índole, como os encontros da malta da escola, do emprego, etc., pelo que, mais uma vez reafirmo, teremos que tomar a iniciativa, chegar junto de um camarada e perguntar “Onde estiveste? Por onde andaste? Quando foi?” (o nome está no crachá) e depois logo se vê o rumo que a conversa toma. Assim, desse modo, teremos garantidamente um ‘dia ganho’, em conhecimentos, em informação, em amizade.

Esta é a minha “receita” para todos aqueles que tenham a coragem de vir ao próximo, e já marcado para 18 de Abril de 2015, “X Encontro Nacional da Tabanca Grande”.

E agora perguntarão: “e o que é que isto tem a ver com Vida e Morte”, conforme puseste no subtítulo”?

Ora bem, a Vida é o que vivemos e ainda projectamos viver. É, também, a memória vivenciada que, no que diz respeito às nossas experiências militares, recordamos e partilhamos nestes nossos Encontros. A Morte é apenas quando nos resta a recordação, como sucede no caso do meu amigo Tito. Por isso, caros camaradas, abram alas à amizade, não incentivem divergências, resolvam-nas, alimentem este nosso espaço e tenham a coragem de aparecer no próximo ano, em 18 de Abril.

Isso, é Vida!

Um abraço para toda a Tabanca!

Hélder Sousa
Fur Mil. Transmissões TSF (Piche e Bissau, 1970/72)

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de junho de 2014 >  Guiné 63/74 - P13318: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (40): Tanto eu como o meu filho Richard e os meus cunhados Mateus e Florinda Oliveira que vieram da América, adorámos este convívio (Júlio da Costa Abreu, Amsterdão, Holanda)

19 comentários:

Luís Graça disse...

Obrigado, Hélder, pelas tuas preciosas e oportunas reflexões que não foram à volta do umbigo, nem sequer estritamente á volta da mesa nº 15 que te calhou (ou que escolheste, por afinidade com o topónimo Piche)...

Não, são reflexões dolorosas mas positivas sobre a grande questão da vida, que não é a morte... mas o milagre e a maravilha que são a vida... É por isso que temos muita dificuldade em lidar com a morte, a perda suprema, a partida definitiva das pessoas que amamos e de quem gostamos.,. Neste caso, o teu amigo Tito, cujo desaparecimento precoce lamentamos.

Obrigado também por acentuares, mais uma vez, a natureza do nosso blogue que tem por detrás uma imagem relativamente forte, poderosa e congregadora, a da Tabanca Grande "onde cabemos todos com tudo o que nos une mas também com aquilo que nos separa"...

Não devemos cair na tentação da "unicidade", do "unanimismo", em nome da amizade e da camaradagem... Pelo contrário, a riqueza do nosso blogue está também na sua diversidade e até na conflitualidade latente....

A genética da nossa população também é um exemplo da importãncia da diversidade...

Por exemplo, um estudo ainda recente (2008) vem revelar uma proporção relativamente elevada de berberes (mouros) e sefarditas (judeus) no nosso património genético: nesta "jangada de pedra" que é a península ibérica, os homens, em média, têm 69,6% de ascendência "nativa" (ibérica), 19,8% sefardita e 10,6% berbere.

Em Portugal, no Norte (entre o rio Mondego e o rio Minho) essa proporção é de 64,7%, 23,6% e 11,8%, respetivamente; a sul do rio Mondego, são mais acentuadas as marcas de uma origem não-ibérica: a proporção é, respetivamente, de 47,6%, 36,3% 1 16,1%... Tudo isto, apesar dos ciclos de intolerância étnica e religiosa que a nossa história regista...

Posso-te mandar, se quiseres, o artigo em inglês, em pdf... Mas está disponível, a título gratuito, na PubMed - USA National Library of Medicine, National Institutes of Health

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15280900

Luís Graça disse...

elder, boa sugestão para o início desta semana de início do verão, tristonho:

(...) "Ora bem, a Vida é o que vivemos e ainda projectamos viver. É, também, a memória vivenciada que, no que diz respeito às nossas experiências militares, recordamos e partilhamos nestes nossos Encontros. A Morte é apenas quando nos resta a recordação, como sucede no caso do meu amigo Tito. Por isso, caros camaradas, abram alas à amizade, não incentivem divergências, resolvam-nas, alimentem este nosso espaço e tenham a coragem de aparecer no próximo ano, em 18 de Abril." (...)

E eu atrever-me-ia a reforçar o teu apelo: malta, mandem as vossas "impressões"!... A malta está a ficar preguiçosa em matéria de escrita, ou então a vontade de comunicar-se está-se a passar paar o Facebook que é aparentemente mais amigável, instantâneo, flexível, gratificante, automático...do que o blogue!

Não se esqueçam,, de qualquer modo, que o exercício da escrita é uma boa forma de prevenir o Alzheimer!

Luís Graça disse...

... E a propósito da maldita doença do alemão (Alzheimer foi o médico alemão que a descreveu em 1907), quais são os sintomas ?

(...) "Nas fases iniciais, os sintomas da Doença de Alzheimer podem ser muito subtis. Todavia, começam frequentemente por lapsos de memória e dificuldade em encontrar as palavras certas para objetos do quotidiano.
Estes sintomas agravam-se à medida que as células cerebrais vão morrendo e a comunicação entre estas fica alterada.

Outros sintomas característicos:
• Dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes;
• Apresentar um discurso vago durante as conversações;
• Perder entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas;
• Demorar mais tempo na realização de atividades de rotina;
• Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos;
• Incapacidade para compreender questões e instruções;
• Deterioração de competências sociais;
• Imprevisibilidade emocional.

Consoante as pessoas e as áreas cerebrais afetadas, os sintomas variam e a doença progride a um ritmo diferente. As capacidades da pessoa podem variar de dia para dia ou mesmo dentro do próprio dia, podendo piorar em períodos de stress, fadiga e problemas de saúde. No entanto, o certo é que vai existir uma deterioração ao longo do tempo. A Doença de Alzheimer é progressiva e degenerativa e, atualmente,
irreversível." (...)

Ler mais aqui:

Alzheimer Portugal
http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-30-14-a-doenca-de-alzheimer

armando pires disse...

E ao quarto parágrafo saltaram-me as lágrimas.
Pelo que nele evocas do meu primeiro ídolo em criança, o Baptista Pereira, do meu primeiro livro de criança, os Esteiros, do meu primeiro escritor de infância, o Soeiro Pereira Gomes.
Em criança passei, várias vezes e vários meses, férias em Alverca. Com as crianças amigas de então também eu corri os esteiros daquele Tejo onde eu vi o "Gineto" já homem, a nadar de Alhanda à Ponte e vice versa, já em preparação da travessia do Canal da Mancha que ganhou, tinha eu nove anos de idade, tendo eu ido a Alhandra, na camioneta do Vinagre, levado pela mão do meu pai, assistir à grande festa recepção com que os seus conterrâneos o receberam.
Que pena o teu amigo Tito ter morrido.
Que pena o teu amigo Tito ter morrido sem saber esta parte da minha história.
De vez em quando ainda lhe dás uma palavrinha, não dás?
Olha, conta-lhe tu isto. Acho que o Tito vai gostar.
armando pires

Anónimo disse...

Porra Luís!

Tenho os sintomas todos...

Jorge Cabral

Luís Graça disse...

Armando, que ternura a tua evocação dos teus tempos de infãncia em Alverca,e do teu ídolo, o Baptista Pereira, cuja dura infância (a dele e de outos miúdos da beira rio em Alandra) inspirou o Soeiro Pereira Gomes (um homem no do norte, "meu vizinho" de Baião, nascido em Gestaçô, a "terra das bengalas"...) ao fazer dele um dos miúdos dos "Esteiros" (1941), o bravio Gineto....

Registo também a justiça que tu e o Hélder fazem ao hoje esquecido Soeiro Pereira Gomes, autor, entre outros, desse grande clássico da literatura infanto-juvenil portuguesa do séc. XX, os "Esteiros"...

É um incentivo para nós o lermos ou relermos...

Fica aqui um entrada Infopédia, com a devida vánia (LG)

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Esteiros

Depois de Gaibéus, de Alves Redol, Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, é considerada uma das primeiras obras romanescas filiadas numa estética neorrealista, numa primeira fase de afirmação deste movimento literário. Denunciando as duras condições de vida das crianças que trabalham nos telhais para sobreviver, Esteiros apresenta-nos um protagonista coletivo, os "filhos dos homens que nunca foram meninos", como Sagui, Maquineta, Guedelhas, Gaitinhas e Gineto, na sua luta trágica contra a miséria e contra a opressão desumana de uma sociedade submetida à exploração capitalista. O discurso narrativo é estruturado pela passagem das estações, o que remete para a dependência da atividade económica relativamente à Natureza, impondo à classe que vive do fabrico de tijolos o emprego ou o desemprego, mas também para uma circularidade temporal que aparentemente não é gérmen de mudança, sendo a Natureza espectadora impassível de uma história humana marcada pela gradação crescente de situações disfóricas. Com efeito, as crianças e algumas personagens individualizadas descrevem um pequeno percurso de vida, onde a desgraça se multiplica, sem esperança e sem remédio, capítulo após capítulo, culminando com situações de morte, prisão, embriaguez, loucura, fazendo eco de um conflito surdo de classes que se institui de forma hierarquizada: Zé Vicente, pequeno tiranete dos telhais, é, ele também, oprimido até à falência pelo proprietário dos terrenos, o Sr. Castro, sendo, como a gente dos esteiros, crianças e adultos, sugado por interesses económicos. As únicas notas de mudança que indiciam a possibilidade de tomada de consciência e consequente libertação da classe explorada, são, na opinião de Isabel Pires de Lima (prefácio à 5.a edição, 1981), a solidariedade que une os garotos e a partida de Gaitinhas, no fim do romance, símbolo da "busca dessa alvorada libertadora". No âmbito de uma estética romanesca neorrealista, Esteiros privilegia, numa tentativa de representação verosímil da dinâmica social e não perdendo de vista a acessibilidade da escrita, a objetividade, a frase simples e o discurso direto, dando, sempre que possível, a voz às próprias personagens.


Fonte:

Esteiros. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult. 2014-06-23].
Disponível na www: http://www.infopedia.pt/$esteiros

Luís Graça disse...

Não te alarmes, "alfero" Cabral... o ALzheimer é o preço que nós, pobres mortais, temos de pagar por aspirar à imortaliddae dos deuses...

Continua a blogar, que te faz bem...E a ir os encontros da(s) nossa(s) tabanca8s....

E, em princípio, as tuas memórias mais antigas, as do Geba, de Fá Mandinga, de Missirá, do Mato Cão, de Bambadinca... serão das últimas a desaperecer do teu disco rígido... Diz quem sabe... Há tempos o meu filho deu-me uma "aula" sobre o raio da doença... de que Deus nos livre!

Xico...ração! LG

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Ainda consegui acertar nas respostas certas a este questionário (em castelhano...) sobre o Alzheimer (que já afeta 24 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a OMS)

1.- ¿Qué es la enfermedad de Alzheimer?
a) Enfermedad caracterizada por presentar lentitud y ausencia de los movimientos voluntarios, rigidez muscular y temblor.
b) Enfermedad caracterizada por la pérdida progresiva e imparable de neuronas.
c) Enfermedad que afecta a la mielina o sustancia que rodea a las fibras nerviosas. Es crónica y no contagiosa del sistema nervioso central.

2.- ¿Cuáles son los síntomas de la enfermedad?
a) Rigidez muscular, temblor que puede ser de diferentes intensidades, dificultad al andar, depresión, ansiedad y atrofia muscular.
b) Deterioro intelectual, estreñimiento, enrojecimiento de los pies, vómito continuo y dolor abdominal.
c) En sus inicios el síntoma central es la pérdida de memoria. Luego aparecen alteraciones como dificultad para nombrar personas y lugares, para realizar gestos y movimientos habituales y para comprender o reconocer lo que lo rodea.

3.- ¿Cuáles son los factores de riesgo?
a) El principal es la edad. Ocurre aproximadamente a un 5% de las personas de 70 años, a un 15% de las de 80 años y a un 35% de las de más de 85 años.
b) Da con mayor frecuencia a los adultos jóvenes.
c) Los factores genéticos son fundamentales en el desarrollo de la enfermedad. Entre un 15 y un 25% de los pacientes tiene un familiar cercano que ha experimentado síntomas de Alzheimer.

4.- Cuál es el tratamiento no farmacológico que se recomienda?
a) Realizar actividades que resulten atractivas como caminar, bailar o hacer ejercicios.
b) Participar en juegos de cartas, dominó, palabras cruzadas o sudokus.
c) Mantenerse socialmente activo, participar en grupos de amigos, discusión o tertulias.
d) Todas las anteriores.

5.- ¿Qué alteraciones conductuales pueden presentarse en los pacientes con enfermedad de Alzheimer?
a) Las alteraciones conductuales son parte de la enfermedad desde etapas iniciales: depresión, apatía, ansiedad, hiperactividad, deambulación y conductas reiterativas, entre otros.
b) El Alzheimer no se relaciona con alteraciones de la conducta.
c) Solo se presentan alteraciones de la conducta en etapas avanzadas de la enfermedad.

6.- ¿Qué puede hacer la familia para evitar problemas de conducta en quienes padecen Alzheimer?
a) Identificar las causas: dolor, miedo, desconocimiento del medio, cambios en personas, espacios vitales o rutinas.
b) Mantener un ambiente estable, rutinario, ordenado y tranquilo, y darles un trato amable.
c) Tratar de controlar el ambiente, en la medida de lo posible, para que no haya estímulos muy irritantes, como música fuerte, gritos y mucha gente, entre otros.
d) Todas las anteriores.

Fonte:

http://www.alemana.cl/cuestionarios/cuestionarioAlzheimer.asp

Luís Graça disse...

Resultados do questionário, com a devida vénia...

Ver aqui:

http://www.alemana.cl/cuestionarios/cuestionarioAlzheimerResponse.asp

1.- ¿Qué es la enfermedad de Alzheimer?
Respuesta: B Correcta.
El Alzheimer se caracteriza por la pérdida progresiva e imparable de neuronas que se presenta a través de una pérdida progresiva de la memoria y de otras capacidades mentales que alteran la habilidad de las persona para realizar sus actividades habituales.

2.- ¿Cuáles son los síntomas de la enfermedad?
Respuesta: C Correcta.
Esta enfermedad, cuyo síntoma central es la pérdida de memoria, también provoca desorientación espacial, trastornos de personalidad y conducta, insomnio y falta de noción de la propia enfermedad.

A esto se agregan errores en actividades diarias como cocinar, llevar las finanzas y orientación espacial, entre otros.

3.- ¿Cuáles son los factores de riesgo?
Respuesta: A Correcta.
El principal factor de riesgo del Alzheimer es la edad. Afecta, aproximadamente, al 5% de las personas de 70 años, al 15% de las de 80 años y al 35% de las de más de 85 años.

4.- Cuál es el tratamiento no farmacológico que se recomienda?
Respuesta: D Correcta.
Dentro de los tratamientos no farmacológicos que se recomiendan para manejar esta enfermedad están realizar actividades físicas que resulten atractivas como caminar, bailar o hacer ejercicios.

Asimismo, es recomendable participar en juegos de cartas, dominó, palabras cruzadas o sudokus.

También es muy beneficioso mantenerse socialmente activo, participar en grupos de amigos, discusión o tertulias.

5.- ¿Qué alteraciones conductuales pueden presentarse en los pacientes con enfermedad de Alzheimer?
Respuesta: A Correcta.
Las alteraciones de la conducta son parte del Alzheimer, y son muy variables de un paciente a otro. Éstas se presentan como apatía de intensidad inconstante, intranquilidad psicomotora -cambiar permanentemente de postura, caminar en las noches- y ansiedad -angustia, llanto fácil, miedo y preocupación desmedida, entre otros-.

6.- ¿Qué puede hacer la familia para evitar problemas de conducta en quienes padecen Alzheimer?
Respuesta: D Correcta.
Es recomendable no contradecir al paciente -excepto que esté poniendo en riesgo su vida o la de otros-, dado que rebatirle suele desencadenar reacciones agresivas verbales o físicas.

Asimismo, se debe tratar de mantenerles una rutina de actividades de cuidado, alimentación, juegos, paseos, ambiente tranquilo, trato amable, comunicación precisa, y en frases cortas. Además de no hacerles elegir entre alternativas, porque de esta forma se sienten más seguros.


Este cuestionario se realizó con la colaboración de la doctora Pamela Chávez, geriatra de Clínica Alemana.

Unidad de Geriatría de Clínica Alemana

(...)

Carlos Vinhal disse...

Caro Hélder
Diz-se muitas vezes: nem pior nem melhor, diferente. Mas tu, meu amigo, és diferente para melhor.
Neste texto deixas passar uma certa amargura, porque maneira de pensar diferente beliscou uma amizade afinal intacta. Confirmaste isso mesmo com o falecimento do teu amigo. Este desabafo só te dignifica.
Há muito que te queria agradecer o esforço, que fazes com gosto, nos nossos convívios, em estares em permanente contacto com o maior número de camaradas possível. Sei que não te limitas à tua mesa e que não deixas ninguém, principalmente os que chegam de novo, sem uma palavra de simpatia e amizade, aquilo que todos nós procuramos, principalmente quando ainda não estamos inseridos no ambiente.
Fica aqui o meu agradecimento, porque eu e o Luís (este, no IX Encontro muito menos) não temos mãos a medir.
És merecedor do nosso apreço e da amizade que sabes temos por ti. Repito, não és melhor, nem pior, és diferente para melhor.
Abraço
Carlos V

José Botelho Colaço disse...

O Hélder é assim "diferente"
A primeira vez que o vi pessoalmente embora já se conhecesse-mos através do blogue foi creio num 10 de Junho de 2009 ou 2010.
Cumprimentei vários camaradas do blogue pois estávamos identificados com um pequeno cartão que colamos no peito.
Eu no meu modo reservado afastei-me um pouco o Hélder notou este gajo tem dificuldade em integrar-se no meio.
E no seu modo comunicativo diz ó Colaço vem para aqui para formarmos o Grupo do blogue, eis como o Hélder se destacou no meio dos camaradas.
Um abraço.
Colaço.
Nota: o comentário do Alfero infelizmente é uma realidade para a maioria de todos nós, mas a vida é assim como diz o provérbio popular quem não morre novo de velho não escapa.

José Botelho Colaço disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Jorge Rosales
22 jun 2014 20h43

Hélder

O teu "relato", é a pura realidade, do pulsar dos encontros dos ex.
combatentes da Guiné.
Só NÓS, sentimos essa emoção...
O meu forte abraço, , de agradecimento, pelas linhas que escreveste.
O "farda amarela".
Jorge Rosales

Luís Graça disse...

Carlos:

Assino por baixo. É justissimo o teu elogio ao "trabalho de sapa" do Hélder... Se isto fosse um exame, o nosso Helder merecia um 20, que é coisa rara um "professor" dar!

Ele sabe, como ninguém, desempenhar esse papel, discreto, de facilitador da comunicação no grupo... É uma pessoa dotada de inteligência emocional, que sabe ouvir, sabe escutar, mas também pôr os outros a falar... E depois tem um bom sentido de humor, daquele que não leva à crispação, pelo contrário ajudar a "tirar a máscara", a "baixar as guardas"... É um excelente elemento no grupo.. Tem, além disso, essa grande capacidade de juntar sensibilidades, fazer pontes, "oxigenar" o passado e o presenre...E é um camarado culto que exibe a sua erudição, o seu saber...

Em suma, Carlos e demais camaradas, é um "valor acrescentado" para a nossa Tabanca Grande.

Luís Graça disse...

... Porra, eu queria dizer: "E é um camarado culto que NÂO exibe (nem precisa de exibir9 a sua erudição, o seu saber"...

Peço desculpa pela gralha... LG

armando pires disse...

Luís Graça
Uma breve nota para te dizer que Alves Redol foi o segundo escritor da minha juventude.
Li praticamente toda a sua obra. Para além dos meus Pais, o Soeiro e ele foram "responsáveis" por muito do que fui, do que sou, merda!, como homem.
armando pires

Rui Silva disse...


Caro amigo Hélder:
Duas boas razões me levam a fazer aqui um comentário neste teu "post":
Uma, é aplaudir o teu sensibilizante texto e a outra é por me colocares no rol dos teus bons amigos, o que, também, já te tinha nesse conceito.
Foi bom conhecer-te, um grande prazer mesmo.
Nunca é tarde para conhecermos novos e bons amigos e o Blogue arranjou-me muitos, graças a Deus.

Recebe um grande abraço + votos de boa saúde.

Rui Silva

JD disse...

Camaradas,
O Helder é das pessoas que aqui deu provas de sensibilidade e bom senso. É um agregador e, por vezes, um talentoso comentador sobre diversas vertentes.
Também o tenho em elevada consideração, e é sempre com bom humor que ele me atende nas minhas nabices. Manifesta ainda preocupações sociais pela decência das relações, qualidade solidária bem diferente daquela caracteristica tão frequente nos indiferentes, e consagrada pelo adágio "pimenta no cú do outro, para mim é refresco", ou seja, o azar alheio não lhe fica indiferente. Outras qualidades já foram expressas.
Abraços fraternos
JD

Anónimo disse...



Entre muitas opiniões que podia subscrever, sem errar, de todos estes camaradas, subscrevo o penúltimo comentário do Luís Graça que como se depreende da leitura destes comentários tem opiniões incisivas e multifacetadas. O Carlos Vinhal, outra grande alma desta Tabanca, também reparou bem no esforço feito pelo Helder para receber bem os "periquitos" entre os quais estava eu.
Pessoalmente gostei muito da tua simpatia e dos conselhos que me deste pois eu por vezes sou demasiado expontânio e apressado.
Gostei do teu texto e da sensibilidade, que é já um timbre teu, que demonstras pela morte desse teu amigo, tu que aprecias tanto a amizade.
A minha mulher que é do litoral, Viana do Castelo, e teve um irmão que foi campeão (penso que regional de natação) lembra-se de ouvir falar do pai desse teu amigo. A propósito já disse à minha mulher que não voltava a ir aos nossos encontros pois foi apanhada em flagrante com um camarada mais novo e bem falante, por um fotógrafo de serviço, nada discreto, que ainda teve a lata de ma enviar

Um grande abraço a todos

Francisco Baptista

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Não me envergonhem, não exagerem.

Não fui sempre assim, "procurando estar COM, em vez de estar CONTRA".
No tempo da escola primária onde, lá na terra, quase todos tinham alcunha, chamavam-me "cafeteira" porque, diziam, "fervia em pouca água".
As circunstâncias da vida e o passar dos anos afastaram-me dessa posição. Mas ainda me irrito com certas posturas, acreditem! E até aqui no Blogue, principalmente quando me parecem ser fruto de casmurrice.

Concordo com o Luís quando defende que não se deve cair na tentação da "unicidade", do "unanimismo". Isso seria um erro, pois deixaria de reflectir a realidade da vida.

Quanto ao alzheimer, pois é uma grande porra! O meu padrinho Nelson, nosso camarada da Guiné e de quem eu já em tempos prestei homenagem através de um post, tem vindo a agravar o seu estado de tal modo que quando volto da visita ao Lar onde está venho sempre bastante 'abalado'.

Armando, a tua maneira de escrever, dialogando, é sempre envolvente e neste caso, para além do sorriso que provocaste, também me deixaste comovido. Descansa que sim, falarei com ele, com o Tito.

Jorge Cabral, teres os sintomas todos é capaz de ser 'bom sinal'. Afinal, o "alemão" deve desconfiar de tanta fartura e acaba por não se decidir a 'pegar' em ti.

Carlos Vinhal, agradeço as tuas palavras e registo, com agrado, que acabaste por 'entrar no jogo' e até já assinas por Carlos V...
Sei que és republicano, como eu, mas olha que, tendo em conta a dimensão das tuas tarefas, a analogia com o 'imperador' acho que até é apropriada.

Caro Colaço, as coisas de que te lembras! Já lá vão uns anos e, sinceramente, se não o recordasses não me lembrava.

Caros Rosales, Rui Silva e Zé Dinis, é bom tê-los como amigos. peço-vos que me 'ajudem a ajudar'.

Francisco, tal como te disse 'ao vivo', não precisamos de deixar de ser nós próprios para conviver aqui. Isso seria errado e contraproducente. A minha preocupação é para não nos desgastarmos em questões secundárias, e para isso a solução pode ser apresentar os nossos pontos de vista com toda a legitimidade, porque são os nossos, e não alimentar polémicas que não se pautem pela cordialidade.
Quanto às 'outras preocupações' não precisas de as ter. Tenho cunhados e sobrinhos em Viana...

Para terminar, quero aqui expressar o meu lamento por, apesar de antecipadamente ter acautelado a possibilidade de omitir referência a algum camarada, não posso deixar passar a falta da omissão do meu amigo e grande benfiquista, Vasco da Gama.

Hélder S.