Do sítio da Assembleia da República, com a devida vénia...
A evocação deste período histórico, pelo Parlamento, começou no dia 7 de outubro, incluindo:
(i) realização do Colóquio Portugal e a I Guerra Mundial (1914-1918);
(ii) inauguração da exposição "Portugal e a Grande Guerra" ;
(iii) e, nos dias 17 a 19 do corrente, a realização Os Dias da Memória (, "uma iniciatiiva inédita em Portugal", ou talvez não: os combatentes da guerra colonial estão a fazê-lo há anos, sem qualquer apoio institucional, nem cobertura mediática, discretamente, por imperativo de "dever de memória", e justamente por que sabem que são uma geração que vai desaparecer, como já desapareceu toda a geração que integrou o corpo expedicionário português da I Guerra Mundial, ou como está já praticamente extinta a geração dos nossos pais, que estiveram em missões de soberania na II Guerra Mundial, na Madeira, Açores, Cabo Verde, etc.)
Lisboa > 1917 > Joshua Benoliel (1873-1932) > "A caminho do dever: um adeus carinhoso". Publicada na época, na "Ilustração Portugueza". Imagem do domínio público. Cortesia do blogue Citizen Grave > quarta-feira, 31 de Outubro de 2012 > Joshua Benoliel e a Ilustração Portugueza... É uma das obras-primas deste pai do fotojornalismo português, umna verdadeira "foto falante". [Editada por L.G.]
2. Os Dias da Memória, a decorrer entre de 17 a 19 de outubro, têm "como objetivo incentivar a participação dos cidadãos no estudo e divulgação da memória da presença portuguesa no conflito de 1914-1918."
Como de resto tem sido noticiado pela comunicação social, o Parlamento esteve e está hoje, domingo, "aberto para a recolha de documentos e objetos de natureza diversa que os cidadãos tenham na sua posse, tais como diários, cartas, fotografias, mapas ou outros objetos oriundos da participação de Portugal na I Guerra Mundial".
A organização destas evocações é da responsabilidade conjunta de: (i) Assembleia da República; (ii) Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da Primeira Grande Guerra; e (iii) Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Contam com o apoio da RTP - Rádio e Televisão de Portugal.
O leitor pode também consultar, de acordo com o sítio da AR:
Portugal 1914 - 1918
100 anos - Grande Guerra
Diário da Grande Guerra - Testemunhos Portugueses
Dias da MemóriaA organização destas evocações é da responsabilidade conjunta de: (i) Assembleia da República; (ii) Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da Primeira Grande Guerra; e (iii) Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Contam com o apoio da RTP - Rádio e Televisão de Portugal.
O leitor pode também consultar, de acordo com o sítio da AR:
Portugal 1914 - 1918
100 anos - Grande Guerra
Diário da Grande Guerra - Testemunhos Portugueses
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Nota do editor:
4 comentários:
Vd. sítio da BNP - Biblioteca Nacional de Portugal... Reproduzido com a devida vénia... LG
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http://www.bnportugal.pt/
Dias da Memória
Recolha de memórias portuguesas da Grande Guerra
17 - 19 out. | Assembleia da República | Entrada livre
...
No ano em que se cumprem 100 anos sobre o início da 1ª Guerra Mundial, a iniciativa Dias da Memória reúne recordações do confronto que levou 100 mil soldados portugueses à frente de batalha.
Lançado em 2011 pela Europeana, no âmbito do projeto 1914-1918, o evento, que desde então se realizou em mais de 20 países da Europa (Collection Days), pretende recolher histórias familiares das frentes interna e de combate da Grande Guerra e já originou o registo de quase 100.000 imagens digitais.
Em Portugal, durante três dias, a Assembleia da República abre as portas a todos os cidadãos que queiram partilhar histórias de família, postais, cartas, objetos ou quaisquer registos que ajudem a perpetuar a memória da Grande Guerra. O resultado será digitalizado e ficará acessível ao Mundo através da Internet, nos sites europeana1914-1918.eu e Portugal1914.org.
Tal como outros países, Portugal foi profundamente afetado pela Primeira Guerra. Inicialmente neutral, beligerante a partir de 1916, Portugal participou na Grande Guerra, tendo mobilizado mais de cem mil homens. Entre estes, cerca de oito mil perderam a vida nas trincheiras da Flandres ou nos campos de batalha de África, em Angola e Moçambique.
A Grande Guerra teve um impacto profundo no campo económico, social, cultural e artístico, fazendo-se sentir em todos os aspetos do quotidiano dos portugueses. Os seus efeitos políticos foram determinantes. A Guerra eclodiu pouco depois da transição de regime político que colocou Portugal ao lado da França e da Suíça como únicas repúblicas no quadro europeu, acabando por condicionar o seu percurso.
O projeto 1914-1918, liderado em Portugal pelo Instituto de História Contemporânea, visa constituir um arquivo pan-europeu virtual da Primeira Guerra Mundial, para o qual a BNP também contribui enquanto parceiro nacional da Europeana.
Traga as suas recordações, memórias, objetos aos Dias da Memória.
Será recebido por especialistas disponíveis para digitalizar ou fotografar os seus materiais e para registar a informação e disponibilizá-la no portal do projeto.
A equipa do projeto quer conhecer e registar as suas histórias.
Dias 17 a 19 de Outubro
Assembleia da República, Rua de São Bento, 1249-068 Lisboa
Num "país sem memória", ou de memória curta, é bom que haja os "dias da
memória"...
O português adora, sempre adorou, a apanhar o comboio do "estrangeiro"... (desde que há comboios...). Mas ainda bem que há uma iniciativa destas, mesmo que a ideia venha de fora, do estrangeiro de fora... E ainda bem que se reunirem boas vontades, parcerias, apoios... e algum patacão...
Infelizmente já só há netos (poucos) e bisnetos dos nossos camaradas que, na Flandres, em Angola e Moçambique, há 100 anos atrás, lutaram e deram a vida pela Pátria e pela República. Quantas cartas, fotografias, artigos pessoais e outros documentos não se perderam nestes últimos 100 anos ? Já passaram 4 gerações... E sobretudo as histórias contadas na 1ª pessoa do singular...
Mesmo assim é de louvar a iniciativa... Só espero é que que os nossos polítcios e os senhores historiadores da nossa República não se esqueçam das gerações seguintes, que fizeram a II Guerra Mundial e, depois, a guerra colonial (Índia, Angola, Guiné, Moçambique, Timor...).
Daqui a 50 anos nenhum de nós, ex-combatentes, estará cá e os nossos aerogramas, cartas, fotos, diários, objetos pessoais, etc., já foram para o lixo... E seguramente os nossos blogues e demais páginas que temos vindo a construir e a alimentar, já estarão calados há muito...
Parece-me uma boa iniciativa.
Tudo o que se fizer para 'recuperar a memória' é apreciável.
Pode-se depois contestar o 'sentido' ou a 'orientação' que se siga mas, perante o véu de silêncio com que esses tempos costumam ser cobertos (e os nossos tempos, também), é de louvar esta iniciativa.
Hélder S.
E aos prisioneiros da Índia, fez-se justiça ?
Foram humilhados e ofendidos, foram tratados como cobardes, fracos, quiça traidores, quando cinco meses depois regressaram das prisões indianas... Desembarcaram às escondidas... Dizem que Salazar tê-los ido preferido mártires: os "heróis mortos! são sempre politicamente mais valiosos do que os "conardes vivos"...
Por outro lado, a seguir ao 25 de abril, fomos todos muito céleres a passar com uma esponja o nosso triste passado recente...
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