Foto (e legenda): © António Medina (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]
1. Camaradas e amigos/as:
Há um artigo do José Matos (historiador, membro da nossa Tabanca Grande, filho de um camarada nosso já falecido), sobre o início da guerra na Guiné, que não devem perder: cliquem aqui.
Em setembro de 1963, o Com-chefe Louro de Sousa fez uma exposição ao poder (político e militar) em Lisboa... Apontou uma série de problemas que na já altura se punham, dificultando a nossa resposta (militar e política) à "guerra subversiva"...
Estes pontos são um pretexto para o inquérito de opinião desta semana... Temos ideia que os problemas de 1963, com que se defrontava Louro de Sousa (1963/64), não eram muitos diferentes dos problemas dos anos seguintes, com Schulz (1964/1968), Spínola (1968/73) e Bettencourt Rodrigues (1973/74)...
1. Camaradas e amigos/as:
Há um artigo do José Matos (historiador, membro da nossa Tabanca Grande, filho de um camarada nosso já falecido), sobre o início da guerra na Guiné, que não devem perder: cliquem aqui.
Em setembro de 1963, o Com-chefe Louro de Sousa fez uma exposição ao poder (político e militar) em Lisboa... Apontou uma série de problemas que na já altura se punham, dificultando a nossa resposta (militar e política) à "guerra subversiva"...
Estes pontos são um pretexto para o inquérito de opinião desta semana... Temos ideia que os problemas de 1963, com que se defrontava Louro de Sousa (1963/64), não eram muitos diferentes dos problemas dos anos seguintes, com Schulz (1964/1968), Spínola (1968/73) e Bettencourt Rodrigues (1973/74)...
Vejam o questionário, podem dar mais do que uma resposta: No blogue, "on line", no canto superior esquerdo... Até sexta-feira, dia 4 de março, às 17h36.
Abraço dos editores
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2. "LISTA DE PROBLEMAS NO CTIG, LOGO EM 1963 (LOURO DE SOUSA)... VOTA NOS QUE CONCORDARES" [Resposta múltipla]
Resultados preliminares (n=23)
Abraço dos editores
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2. "LISTA DE PROBLEMAS NO CTIG, LOGO EM 1963 (LOURO DE SOUSA)... VOTA NOS QUE CONCORDARES" [Resposta múltipla]
Resultados preliminares (n=23)
1. Deficiente instrução das tropas e quadros > 18
(78%)
(78%)
6. Instalações inadequadas > 16
(69%)
(69%)
7. Cansaço das NT, sempre ansiosas por acabar a comissão e voltar para a metrópole >16 (69%)
2. Deficiente equipamento das unidades no terreno > 15
(65%)
4. Abastecimento (material, munições, víveres e água) > 9
(39%)
(39%)
3. Falta de pessoal / insuficiência de efetivos > 7
(28%)
(28%)
5. Falta de enquadramento / aproveitamento militar dos guineenses > 5
(21%)
(21%)
8. Outros problemas não referidos acima (pelo Com-chefe Louro de Sousa) > 4
(17%)
(17%)
Votos apurados: 23
Data e hora em que o fecha o inquérito: 4 de março de 2016, 17h36
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Nota do editor:
Último poste da série > 25 de fevereiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15794: Inquérito 'on line' (34): Sim, "também já passei por uma ou mais situações de doença grave", dizem 47% de um total de 88 respondentes
4 comentários:
Mario de Oliveira
27 fev 2016 10:52
1. Deficiente instrução das tropas e quadros - Concordo
2. Deficiente equipamento das unidades no terreno - Concordo
3. Falta de pessoal / insuficiência de efetivos - Discordo
4. Abastecimento (material, munições, víveres e água) - Concordo, com atenuante somente no meio de transporte, porque fartura existia.
5. Falta de enquadramento / aproveitamento militar dos guineenses - Concordo
6. Instalações inadequadas - Concordo
7. Cansaço das NT, sempre ansiosas por acabar a comissão e voltar para a metrópole - concordo
8. Outros problemas não referidos acima - Aproximação pedagógica mais respeitàvel, junto das populações.
Mario S. de Oliveira
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O meu lema é...."Protegendo a Natureza e os animais,
protege-se a si... e aos demais!"
João José de Lima Alves Martins
26 fev 2016 22:51
Resposta 8:
1 - falta conhecimento das necessidades das populações e falta de apoio no desenvolvimento económico e social;
2 - falta de aproveitamento e de promoção social dos quadros mais qualificados (ex: Amílcar Cabral);
3 - falta de aproveitamento político das estrutras tradicionais do poder (ex: régulos);
4 - militares de carreira com formação em guerra clássica, mas, sem preparação e conhecimentos em guerras de guerrilhas, que têm cariz muito mais político do que militar, sobretudo, ao mais alto nível das forças armada;
5 - poder político sem visão e sem carisma suficiente para enfrentar uma guerra com carácter mais político do que militar. Era fundamental encetarem-se conversações com muito mais acutilância e determinação:
6 - falta de suficiente capacidade de esclarecimento político e mobilizadora das tropas para enfrentarem e sofrerem grande desgaste psíquico.
Paulo Salgado
28 fev2016 10:24
Assunto - Problemas denunciados em 1963 / historiador
Caros tabanqueiros,
1. Os problemas ou assuntos colocados pelo oficial traduzem de forma excelente o que se vivia nessa época - 1963.
No entanto, outras circunstâncias ocorriam, já então, e ocorreriam posteriormente, que porventura não seria expectável que fossem denunciados: (i) o facto de o IN já se ir preparando para a guerra de forma segura, psicológica e belicamente segura, (ii) a manifesta incoerência de uma guerra, mal explicada e fora dos contextos internacionais que já em 1958, a França experimentara na Argélia de que nós, amargamente, não colhemos lição - o que veio depois a confirmar-se no Congo belga, em Angola e, antes, na Índia.
2. No que respeita ao historiador que aborda muito bem a sublevação das gentes da Guiné, recordo que, historicamente, as sublevações foram constantes ao longo dos séculos - basta compulsar diversas obras (algumas eu tenho na minha posse e dela faço uso em diversas reflexões) para se confirmarem estes factos históricos.
A todos os tabanqueiros, mantenhas.
Paulo Salgado
Domingos Gonçalves Gonçalves
29 fev 2016 09:01
Prezado Luís Graça:
O que mais faltou naquela guerra foi a vontade política para construir a paz.
Em termos materiais, desde a instrução aos equipamentos, e à própria alimentação
das tropas, tudo era escasso.
Só uma coisa não faltou, desde o princípio até ao fim da guerra: a carne para canhão,
que éramos todos nós.
Um abraço
Domingos Gonçalves
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