quarta-feira, 1 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16156: Álbum fotográfico de António José Pereira da Costa, Coronel de Art.ª Ref (ex-Alferes de Art.ª na CART 1692; ex-Capitão de Art.ª e CMDT das CART 3494 e CART 3567 (4): Arte guineense

1. Mensagem do nosso camarada António José Pereira da Costa, Coronel de Art.ª Ref (ex-Alferes de Art.ª na CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-Capitão de Art.ª e CMDT das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74), com data de 1 de Abril de 2016, reencaminhada a 8 de Maio, com mais algumas fotos sobre a arte da Guiné para o seu Álbum fotográfico:

Olá Camaradas
Desta vez vai arte bijagó.
A terrina com a história do homem a ser engolido por uma cobra enorme. Julgo que deve ser uma lenda comum a vários povos de África e do Brasil. Deve ter uma base qualquer - luta contra a Natureza, contra o predomínio da mulher ou revivalismos do pecado "original" - que eu não conheço e é difícil de determinar.
A outra peça de madeira, o pilão, tem um toque de pirógrafo.
Os antrópologs que se cheguem à frente.

As bases de copos e a base da travessa são trabalho fula com linha ou com palha mais ou menos colorida. O interior da helicoidal é de palha, capim bem seco, julgo eu.

Um Ab.
António J. P. Costa



Terrina

Pilão miniatura


Bases para copos

Base para travessa
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Nota do editor

Poste anterior de 31 de março de 2016 Guiné 63/74 - P15919: Álbum fotográfico de António José Pereira da Costa, Coronel de Art.ª Ref (ex-Alferes de Art.ª na CART 1692; ex-Capitão de Art.ª e CMDT das CART 3494 e CART 3567 (3): Arte guineense

3 comentários:

Unknown disse...

Parabéns!!!
Belas peças.
Forte abraço.
VP

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Parabéns pela tua coleção!... E pela tua sensibilidade sociocultural... Infelizmente nunca fui aos Bijagós e sei pouco da sua história e cultura... A terrina bijagó é uma peça lindíssima. H+aq fundo comum nos mitos criados pelas diferentes sociedades humanas...

Na Net ecnontreo este síio (Guiné-Bissau: Banatabá) onde se pdoe ler o seguinte (excerto):

http://www.guine-bissau.fi/arte_cultura/1.html



A ARTE DOS BIJAGÓS

Segundo uma lenda antiga, a vida nos Bijagós teria começado assim: Deus, o Criador existia.
No início, a ilha de Orango era o mundo. Foi a primeira ilha a existir. Mais tarde, chegou um homem com a sua mulher Akapakama. Tiveram quatro filhas: Orakuma, Ominka, Ogubane e Oraga. A seguir vieram os animais e as plantas.
Cada uma das filhas teve várias crianças que, por sua vez, receberam um direito especial do avô:

(i) Orakuma, recebeu a terra e fez a primeira estátua do Irã conforme a imagem de Deu; eEla era responsável pelas cerimónias a realizar na terra. Deu também às suas irmãs o direito de fazerem as cerimónias nas balobas(santuários);

(ii) Ominka, recebeu o mar e os seus descendentes ocuparam-se da pesca;

(iii) Oraga, recebeu a natureza com as bolanhas e as palmeiras que a tornaram rica;

(iv) Ogubane, recebeu o poder da chuva, do vento e o controlo do tempo da chuva.

As quatro faziam o seu trabalho, cada uma da sua maneira. Elas eram diferentes e ao mesmo tempo iguais. Na sociedade Bijagó, as mulheres desempenham um papel muito importante. Têm direitos especiais, constroem casas, fazem as suas típicas saias e têm as suas próprias cerimónias. As raparigas, segundo esta etnia, são encarnações das pessoas mortas da família ou do clã. (...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Tó Zé, as bases para copos, arte fula, também são lindíssimas. Já vi que tens um pequeno museu em casa!... LG