quarta-feira, 1 de junho de 2016

Guiné 63/74 - P16154: Revisitando o "chão fula", e ligando o passado com o futuro (Patrício Ribeiro, Impar Lda) - Parte III: Canquelifá


Foto nº 1 > > Energia fotovoltaica e água potável, ou seja, o futuro, que chega a Canquelifá, uma terra mártir no final da guerra de libertação, quando o PAIGC a reduziu a cinzas.


Foto n º 2 >  Saltando do passado para o futuro...


Foto nº 3A > Restos do passado... Memorial aos mortos da CCAV 2748 / BCAV 2922 (*)


Foto nº 3 > Restos do passado... Memorial aos mortos da CCAV 2748 / BCAV 2922. Não sabemos se o edifício atrás era de uso militar ou civil (escola, capela,  posto administrativo...).


Foto nº 4 > Memorial da CCAÇ 1623 (1966/68), cujo lema era "Vontade e Valor"


 Foto nº 5 > Memorial da CCAV 2748 /BCAV 2922 (1970-72), visto lateralmente


Foto nº 6 > Memorial ao Soldado Manuel dos Santos Ferreira Reis, da CCAÇ 1623 (**)


Foto nº 7 > Restos do antigo aquartelamento (1)


Foto nº 8 > Restos do antigo aquartelamento (2)


Foto nº 9 > Restos do antigo aquartelamento (3)

Guiné-Bissau > Região de Gabu > Canquelifá > Maio de 2016

Fotos: © Patrício Ribeiro (2016). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Terceira e última parte da fotorreportagem do Patrício Ribeiro, nas suas andanças pelo "chão fula", levando às populações do leste a energia fotovoltaica que simboliza o futuro...

Patrício Ribeiro, foto à esquerda, é um português de lei e de grei, natural de Águeda, criado desde terra idade em Angola, no Humabo (antiga Nova Lisboa)... Por lá casou e fez a  tropa e a guerra. Foi fuzileiro em Angola durante a guerra colonial, regressou ao "Puto" como retornado, mas teve saudades de África, decidindo montar a sua "morança" na Guiné-Bissau em 1984.

De cooperante passou a empresário, no início dos anos 90, sendo fundador, sócio-gerente e director técnico da firma Impar, Lda, especializada hoje em energias alternativas, com um portefólio impressionante com mais de 400 instalações. Neste momento a sua empresa leva a energia eléctrica e a água potável (um dos mais elementares direitos humanos!) a quase uma centena de tabancas do chão fula, no leste.

Tem o seu filho a trabalhar com ele e dá trabalho a muita gente. É também conhecido carinhosamente como "pai dos tugas", pelo apoio que tem dado aos jovens portugueses que demandam as terras da Guiné-Bissau. Vive temporariamente em Bafatá, e de vez em quando lembra-se de nós e das suas obrigações como grã-tabanqueiro. Há dias mandou-nos fotos de Bafatá, Piche e Canquelifá. São de Canquelifá as que publicamos hoje.(****)

Um abraço fraterno para ele.
Os editores


2. Legendas complementares (com a preciosa ajuda dos portais Liga dos Combatentes e  Ultramar Terraweb):

(*) Mortos da CCAV 2748 / BCAV 2922 (1970-72)

Guido Ponte Brazão da Silva,  alf mil cav op esp, natural de São Vicente, Madeira, "morto por acidente" [um engenho IN!]  em 22/10/1970: (***)

Alfredo da Silva Amaral, soldado, natural de Ílhavo, morto em combate em 7/08/1970;

Manuel da Conceição Gonçalves, soldado, natural de Vendas Novas, morto por acidente em 5/10/1970

Sajo Baldé, soldado milícia
 
(**) Mortos da CCAÇ 1623 / BCAÇ 1856 (1966-68)

Manuel dos Santos Ferreira Reis, soldado, natural de Vila Nova de Gaia, morto em combate, em 21/12/1966
.


.Guiné > Zona Leste > Canquelifá > CCAV 2748 (1970/72) > O nosso grã-tabanqueiro Francisco Palma, posando junto ao brazão da CCAÇ 1623 (1966/68), na altura em belíssimo estado de conservação. O lema da CCAÇ 1623 era Vontade e Valor, como se pode ler. Confronte-se esta foto com a n.º 4.

A CCAÇ 1623 foi mobilizada pelo  RI 2 - Abrantes, desembarcou em Bissau a 18 de Novembro de 1966 e foi colocada em Nova Lamego a fim de efetuar treino operacional e intervir na zona leste. A 29 de janeiro de 1967 assumiu a responsabilidade do subsetor de Canquelifâ com um pelotão destacado em Dunane. Permaneceu transitoriamente em Fá Mandinga de onde marchou para Bissau para aguardar o regresso, embarcando a 18 de Agosto de 1968

Foto (e legenda): © Francisco Palma (2007). Todos os direitos reservados

1 comentário:

Antº Rosinha disse...

Com telelemóvel, energia solar, água na torneira, tchoca à cafriela, churrasco de javali...assim qualquer um, até nos cús de judas, quanto mais em Canquelifá.

Patrício, vai para as coutadas do Zimbabué, fornecer água, estão a abater e a vender girafas, crocodilos e rinocerontes, por falta de água, juntas o útil ao agradável.

Cumprimentos