Caro Cherno Baldé,
Gostei muito da tua explicação. Estive em Canquelifá durante 3 meses, em 1966, talvez de meados de Junho a meados de Setembro, com a Companhia do então Capitão Pita Alves, um porreiraço.
Foi a minha primeira experiência no mato. Fiz boas amizades com militares e civis. Aí conheci o Régulo do Pachisse e o filho, de quem era amigo.
Conheci também o Anso, chefe da milícia, que, segundo me disseram mais tarde, foi executado após a independência.
Ainda tenho a foto dos seus dois filhitos, bebés.
Um abraço
Adão Cruz
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Ainda Canquelifá, a minha primeira estadia no mato. Permaneci em Canquelifá durante o terceiro trimestre de 1966.
Muitas coisas boas e más aconteceram durante esse tempo.
Relatá-las levava um livro.
Canquelifá (à direita e em cima o nosso aquartelamento)
Na consulta
Gabinete de consulta
Novamente Fátima Demba, a companheirinha de todos os dias.
De novo os filhos do Anso
O Anso (que foi fuzilado após a independência, segundo me contaram), o alferes Duarte, o filho do Régulo e eu.
O Régulo do Pachisse (de óculos). Convidava-me muitas vezes para um wisky na sua palhota.
A Mesquita
O sino da Sé
A Sé Catedral
No mato, travessia de um charco
Fotos: © Adão Cruz ____________
Nota do editor
Último poste da série de 31 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16661: Memória dos lugares (350): Poucas terras fazem jus ao seu nome como Canquelifá, localidade guineense situada no seu extremo nordeste, e que em língua mandinga quer dizer "campo de batalha e de morte" (Cherno Baldé, Bissau)
2 comentários:
Whisky na Palhota do Regulo Muçulmano? J.Cabral
Já não me lembro se ele bebia. Penso que seria só para as visitas. Era um Régulo muito evoluído. Vinha por vezes a Portugal, nomeadamente ao oftalmologista.
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