Cada dia tem sua farda...
Cada dia a sua farda.
Umas vezes negra,
Outras fulgurante.
Varia o fardo.
Umas leve outras pesado.
É do sol a culpa
Que os fabrica.
Segundo um critério
Que não tem regra.
Parece ao calhas.
Que importa à gente
Fazer as contas,
Se quem as soma,
Tudo baralha
E não dá conta.
Foi sempre assim.
Ele não engana.
Tantas vezes, triste,
As mais, contente.
É o que vale...
Berlim, 11 de Novembro de 2016
8h34m
JLMG
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Gosto das cegonhas...
Quem não gosta delas?
Como são belas, graciosas,
de asas largas,
a navegar no ar como se fossem caravelas.
Na hora certa, se vão e voltam
das suas paragens.
Como são valentes, corajosas,
estas obreiras.
Independentes.
Não sobranceiras.
Juntam-se à gente,
pelas estradas,
sem estorvar.
Sorriem dos postes.
Com suas crias.
São bem pacíficas.
Ganham a vida
pelas lezírias.
Não se guerreiam,
Vivem em paz.
Berlim, 7 de Novembro de 2016
8h49m
JLMG
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Espanejo as minhas asas...
Na candura deste sol nascente,
espanejo minhas asas
e revejo ao fundo as fragas e as campinas verdes
onde corre um rio.
Banho minha alma em chama
na imensidão deste mar azul.
Saboreio as ondas que meu corpo banham
E entoo loas ao meu Criador.
Como é suave a vida sem as tempestades.
Como seria bela a terra
se nela houvesse paz...
Berlim, 13 de Novembro de 2016
8h8m
JLMG
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Nota do editor
Último poste da série de 6 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16689: Blogpoesia (479): "Quero lá saber..."; "Minhas trouxas..." e "Melodia dum piano e duma orquestra...", poemas de J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728
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