quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18058: Em busca de... (283): 2º grumete fuzileiro Fernando Eduardo Pereira, natural de Lamego, e morto no CTIG c. 1963/64, deixando uma filha de meses que nunca chegará a conhecer o pai (Mário da Conceição Fernandes)


Infogravura: Portal UTW (Ultramar TerraWeb) (com a devida vénia...)


1. Mensagem do nosso leitor Mário da Conceição Fernandes


Data - 5/12/2017


Assunto - Pedido de colaboração


Exmº. Senhor
Luís Graça

Sirvo-me do presente e pelo recurso ao seu blogue – blogueforanadaevaotres.blogspot.pt, para lhe solicitar a possível colaboração, na recolha de informação, relativa ao [grumete] fuzileiro Fernando Eduardo Pereira, natural de Lamego e morto em combate na então Província Portuguesa da Guiné, nos anos de 1963/64.

Este militar, aquando da sua morte, deixou com poucos meses de idade uma filha, que não conheceu o seu pai. Pois, nasceu já depois da sua partida para a Guiné.

Esta sua filha, chora com grande regularidade a perda do pai que não conheceu e muito gostaria de contar com alguma informação, sobretudo, acerca dos factos que motivaram a sua morte.

O signatário é casado com a filha do falecido militar e muito gostaria de, nesta quadra natalícia, lhe proporcionar alguma informação respeitante ao pai. O que tanto enseja.

Com os meus agradecimentos

Aguardo a sua ajuda

Aceite os meus cumprimentos

Mário Fernandes

2. Comentário do nosso editor:

Ontem, dia 6, 4ª feira, pedi ao nosso colaborador permanente, amigo e camarada, José Martins, para se "encarregar" deste caso... Ele é o "Sherlock Holmes" do nosso blogue, e tem sempre uma pista, um indício, ou uma resposta para os "problemas" que  submetemos ao seu "consultório militar" (que é um verdadeiro serviço público, inteiramente gratuito para os  nossos "utentes"):

Zé: agora vais ser, mais uma vez, o "Pai Natal"...Vê se sabes algo sobre as circunstâncias da morte deste camarada, soldado Fuzileiro Fernando Eduardo Pereira, natural de Lamego e morto em combate na então Província Portuguesa da Guiné, nos anos de 1963/64.

Ab, Luis

O Zé, que mora em Odivelas, lá se pôs nas suas "tamanquinhas" (leia-se: o metro) e logo me/nos deu a resposta, depois de consultar as suas fontes (Arquivo Histórico-Militar, Biblioteca Nacional, etc.)... 

O Mário e a sua esposa, filha do nosso infortunado camarada, já sabem desde hoje de manhã as circunstâncias em que faleceu, em 14 de abril de 1964, o Fernando  Eduardo Pereira,  2º Grumete Fuzileiro nº 9845, Companhia de Fuzileiros nº 3 (Guiné, 1963/65). E esperemos que isso lhes traga algum conforto espiritual, neste Natal de 2017, cinquenta e três anos depois do infausto acontecimento.

Publicaremos essa informação num próximo poste. De qualquer modo, se algum leitor (amigo ou camarada da Companhia de Fuzileiros nº 3, ou de outras subunidades da Marinha) tiver alguma informação concreta sobre este caso, contacte-nos por favor. 

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Nota do editor:

2 comentários:

Valdemar Silva disse...

O mundo é pequeno....mas a nossa Tabanca é grande.
Nada fica perdido no tempo... tudo se encontra, até notícias sobre
os vivos e infelizmente sobre os mortos em combate na guerra da Guiné.

Boas Festas

Valdemar Queiroz

Hélder Valério disse...

Caros amigos e camaradas

Este caso (mais um) de busca de conhecimento das circunstâncias do falecimento de familiares (neste caso o do Pai) dá que pensar.
Porque, e logo à partida, representa a necessidade de "fazer a paz com o passado". Talvez!
O Mário, que tomou a iniciativa (louvável) de procurar respostas para as angústias da sua esposa, fez muito bem.
Pode não ser possível ultrapassar o que tanto ainda emociona a filha do nosso camarada caído em combate.
Pode ser que ao conhecer as circunstâncias do acontecimento, em vez de fazer a catarse, acabe por exacerbar o estado de revolta por ter sido privada do convívio com o pai.
Sim, tudo isso pode acontecer mas, sem tentar resolver a situação e ultrapassá-la é que não será possível encontrar a paz interior que se persegue.

O mais importante é que a Filha honre a memória do Pai.
Assim perdurará por mais tempo os laços que, afinal, foram ténues mas que se revelam muito fortes!

Hélder Sousa