Lisboa > Belém > Forte do Bom Sucesso > Monumento aos Combatentes do Ultramar > 2014 > À esquerda, o Virgílio Teixeira, à direita o José Lapa, camaradas da CCS/ BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)
[Obra do escultor João Antero de Almeida e de um conjunto de arquitectos, Francisco José Ferreira Guedes de Carvalho, Helena Albuquerque e Sidónio Costa Cabral, este memorial "Aos Combatentes do Ultramar" viu lançada a sua primeira pedra em 12 de Maio de 1993, tendo sido inaugurado em 15 de Janeiro de 1994. "Realizar um acto de justiça aos Combatentes que serviram a Pátria no Ultramar", "exercer uma acção cultural, patriótica e pedagógica na defesa de Portugal", "favorecer uma função nacional, de prestação de honras solenes à memória dos Combatentes, em datas históricas consagradas ou na ocasião de visitas de Estado ao nosso País" são os objectivos patentes na sua memória descritiva e que presidiram à construção deste elemento.
Bem integrado no Forte do Bom Sucesso, a sua concepção abstracta, de grande sobriedade e fortemente geométrica, baseada numa ideia de grande pureza formal e simbólica, é traduzida através de um pórtico monumental, cuja forma triangular de linhas simples, exibe uma verticalidade acentuada. Trata-se de uma escultura de pedra, incluindo metal e uma zona espelhada, inserida num lago, cuja água simboliza o afastamento ou a distância a que os combatentes se encontravam, exibindo no centro do monumento a "Chama da Pátria".] [Fonte: Câmara Municipal de Lisboa > Equipamentos > Lago do Monumento aos Combatentes do Ultramar]
Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem compçlementar: Blogue Luís Graça & Caramadas da Guiné]
Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem compçlementar: Blogue Luís Graça & Caramadas da Guiné]
1. Mensagem, com data de 20 do correntem, do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) [natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 7 dezenas de referências no nosso blogue]:
Luis, só mais esta foto, do meu álbum, tenho tantas, andam por aí espalhadas sem ter um tema para as meter. (*)
No dia em que estive com o Batalhão na Moita [, almoço-convívio da CCS&BCQAÇ 1933, em 2014, na Baixa da Banheira] (**), este camarada, o Lapa, era condutor auto do grupo dos meus amigos, e também estofador.
Montou em Lisboa uma empresa de sucesso de decorações e ainda continua com o negócio, e vive bem.
Foi ele que me foi buscar ao comboio, levou-nos e trouxe-nos para Lisboa, e antes de embarcar em Santa Apolónia fez o favor de me ir mostrar este Monumento que parece uma tumba, gélida, arrepia os cabelos da cara e dos braços.
Devo-lhe muito este favor, e aqui ficou a imagem de novos tempos. Infelizmente está um pouco abandonada. Ainda consegui ver alguns nomes conhecidos, gravados naquelas paredes, por exemplo o Gamboa.
O José Lapa disse que só por amizade me fez isto, porque normalmente não vai lá, porque também fica transtornado, como eu fiquei. Até a minha mulher não ficou indiferente.
É para quando houver lugar.
Mais um abraço e bom fim de semana.
Virgilio
____________
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 7 de julho de 2018 > Guiné 61/74 - P18820: Fotos à procura de...uma legenda (106): O milagre do vinho, ontem, do Cartaxo (que chegava ao Cacheu...), hoje de... Pias, que entope as prateleiras das nossas superfícies comerciais, em caixas de cartão... (Virgílio Teixeira / Luís Graça)
(**) Vd. poste de 20 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18543: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXVII: o almoço-convívio da CCS/BCAÇ 1933, na Baixa da Banheira, Moita, em 2014: esteve fraco por ser longe e fora do contexto da malta do Norte.
5 comentários:
Virgílio
Arrepiante. Nunca lá fui.
Tantos nomes, tantos mortos, também lá está o nome de Aladje Silá, soldado da minha CART.11.
Ab.
Valdemar Queiroz
Sim, camaradas, é um lugar "sagrado"... É preciso lá ir e encontrar e dar um sentido para tantas vidas, de camaradas nossos, que a morte ceifou em plenos "verdes anos" (na maior parte dos casos)...
Na minha modesta opinião, NÓS não devíamos lá ir, pois é uma mensagem muito forte. Fica para os nossos vindouros, turistas, Chefes de Estado e coisas de cerimónias. Fui, não sei se fiz bem ou não, levaram-me lá, não fui pelos meus pés. Mas não volto, eu que até não me impressiono muito, arrepiou-me e quando vejo nomes....
Estão lá todos sim Valdemar, não conheço o Silá, mas vi muitos nomes dos nossos aliados e camaradas guineenses.
Isto é para o Sr. Luís Cabral, (assassino de povos), se lá colocassem os nomes dos nossos ex-comandos africanos barbaramente assassinados por aquele ditador (que anda agora aqui a comer à nossa custa), seria preciso aumentar consideravelmente o espaço para colocar todos os nomes dos mortos da guerra do Ultramar, a cujo espaço têm o pleno direito, porque são Portugueses mortos na guerra ou na consequência da mesma.
Virgilio Teixeira
Infelizmente o nosso governo nao reconhece nem reconhecera os nossos sacrificios. Para oa actuais governos so OS TRAIDORES E DESERTORES, serao bem reconhecidos neste Portugal
Julio Abreu
Grupo de Comandos Centurioes
Ex- Guine Portuguesa
Eu diria mais, não é só o Governo, estou-me nas tintas para os governos, sejam eles quais forem, é tudo a mesma M...
Quem não nos reconhece, nem quer saber de NÓS, é a Nação, a Pátria, o ESTADO, e este sim, que podemos meter lá, tudo, os governos todos, as assembleias da republica todas, os chefes de estado todos, os órgãos da justiça todos, e até para ir mais longe, todos nós, que fazemos também parte do Estado, embora sem direito a gamela. Esta sim, só para os traidores, desertores e os ladrões todos - de topo.
Gosto do ler estas coisas, porque isto puxa por mim.
Virgilio Teixeira
Enviar um comentário