segunda-feira, 20 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19808: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LXX: Viagem, de regresso, do Gabu a Bissau, em 26/2/1968: no 'barco turra', a partir de Bambadinca (I)


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 2



Foto nº 7


Foto nº 6


 Foto nº 5
Foto nº 5A


Foto nº 8

Guiné > Comando e CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 26 de fevereiro de 1968 > Viagem de regresso a Bissau, atravessando as Regiões de Gabu e de Bafatá, em coluna militar, e depois de barco, a partir de Bambadinca. Até ao Xime e foz do rio Corubal ainda era região do Bafatá.  Jabadá já ficava na região de Quínara, na margem esquerda do rio Geba.


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde. (*)


CTIG/Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:


T046 – A VIAGEM DE REGRESSO DO GABÚ A BISSAU

1 - DE COLUNA MILITAR TERRESTRE, DE NOVA LAMEGO A BAMBADINCA

2 - DE COLUNA FLUVIAL, DE BAMBADINCA ATÉ BISSAU, NOS BARCOS TURRAS



REGRESSO DAS TROPAS EM 26FEV68  - O BATALHÃO DE CAÇADORES 1933  NO RIO GEBA (1)


I - Introdução do tema:


Continuação da série de Temas para Postes, relativos à chegada do Batalhão à Guiné, as viagens para Gabu pelo Rio Geba acima, as colunas militares por estrada, as festas de despedida no Gabu com batuques e roncos à mistura, o regresso pelo mesmo caminho, Bambadinca, até Bissau, antes de partir novamente para o novo destino, São Domingos, Rio Cacheu acima, sem fotos.

Após as despedidas no Gabu, chegou o dia do regresso, em colunas militares, por terra, até Bambadinca, e por via fluvial, no Geba, até Bissau.
A viagem correu normal, nada havendo a assinalar, excepto as más condições da viagem, e juntos com a população civil, que precisava também de boleia. 


II - Legendas das fotos: 


F01 – Saída da coluna militar de Nova Lamego, rumo a Bambadinca.  A bordo da viatura, de chapéu de abas, comendo um pouco da ração de combate. Foto captada na saída de Nova Lamego – Gabú – no dia 26 de Fevereiro de 1968. [Não de reproduz, em formato grande, por falta de qualidade... LG]

F02 – No barco turra, já em plena viagem no Rio Geba, alguns militares do meu batalhão.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F03 – Passagem da coluna fluvial pelo Mata Cão (?), empoleirado no barco, como se estivesse a fazer um cruzeiro de férias.  Acho que estamos na zona do Rio Geba Estreito, pois as margens estão perto, mas não sei.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.  

[Trata-se de Bambadinca, porto fluvial no Rio Geba Estreito, donde saiu a embarcação...No Mato Cão, o rio ainda era mais estreito, e metia mais "respeitinho"... LG]

F04 – Em plena viagem pelo Rio Geba, uma imagem do mastro com a bandeira nacional, e eu posando para mais uma recordação.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968. [Deve trata-se de Bambadinca, porto fluvial no Rio Geba Estreito, donde saiu a embarcação...A avaliar pela postura descontraída do Virgílio Teixeira....LG]

F05 – Passagem da ‘coluna fluvial’ por um aquartelamento algures no caminho de Bissau, [, na margem esquerda do rio Geba].  Está escrito no verso da fotografia que se trata de ´Jabadá’. Foi alguém que o disse.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F06 – Continuação da viagem Rio Geba a baixo, aproveitando o tempo para ‘tocar viola’.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F07 – Na hora da refeição, tomando o petisco, as rações de combate, nada mau.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.

F08 – Mais uma foto do aquartelamento de Jabadá, algures no nas margens do Rio Geba.  Foto captada no Rio Geba, no regresso de Gabu para Bissau, no dia 26 de Fevereiro de 1968.


Direitos de Autor:

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM.  Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ 1933 / RI 15, Tomar,  CTIG/Guiné de 21 Set 67 a 04Ago69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos,».

Acabadas de legendar, em  2019-03-19

Virgílio Teixeira

[Continua]

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Nota do editor:

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, a foto nº 3 só pode ter sido tirada, em Bambadinca, no 'barco turra', ancorado no rio... Reconheço aquela margem (, lado esquerdo)... Do lado direito era a bolanha de Finete...

No lado direito, havia o porto fluvial e o destacamento da Intendência... A foto nº 4 também deve ter sido tirada em Bambadinca... Ao passar pelo Mato Cão já não podias ir tão "descontraído"... A viagem só podia ter "surpresas" no Rio Geba Estreito,entre Bambadinca e o Xime...A partir daí, só a Ponta Varela podia causar calafrios... Era sítio donde podia partir uma canhoada ou rioquetada ou morteirada,e onde havia ataques a emnbarcações, sobretudo no sentido Bissau-Xime-Bambadinca... ("ó pra cima", como se diz no Norte)...

Muita malta vai recordar estes sítios... Jabadá está certo. Na margem direita, em frente, ficava Porto Gole...Mas aqui o rio era largo, era um estuário... Na passagem por Mato Cão, no Geba Estreito, logo à saída de Bambadinca, devia havar "segurança montada", por 1 Gr Comb... Fiz o Mato Cão muitas vezes, sempre chegavam ou partiam barcos...Só muito mais tarde, irá lá ser criado um destacamento...

Um abraço, Luís

Anónimo disse...

Caro Luís, restantes amigos e camaradas:
1 – O Poste:
Obrigado Luís por este Poste T046 – Rio Geba abaixo -, já nem me lembrava dele.
Fico a saber que passei por tantos sítios que desconhecia.
O meu ‘Léxico’ ficou mais rico com nomes como: Quinara, Rio Geba Estreito, Bolanha de Finete, o famoso Xime, Ponta Varela, Porto Gole, manga de sítios que não imaginava.
Mato Cão outro nome que me fascinava, por o nome ser estranho, talvez, mas quanto à minha descontração que releva nas fotos, é mais por ‘santa ignorância’ do que outra coisa, não fazia a mínima ideia dos perigos e da eventual existência de dos Grupos de Combate para a segurança da malta, por outro lado, via também as LDG, os Patrulhas, os T6, os Heli, por isso julgava que estava a salvo de tudo, mas também sabia que uma roquetada dos turras, e lá ia o pessoal todo borda fora, dar de comer aos Jacarés e Hipopótamos…
Essas fotos no mastro do barco, só podem ser mesmo no Porto Fluvial de Bambadinca.
2 – O Silêncio dos Inocentes:
O meu silêncio tem a ver também com a minha nova vida agitada que vou levando.
As fotos da Guiné, umas 1300 a 1500 estão todas digitalizadas, andei este tempo todo a organizar em Temas, e estão prontos 45 novos Temas, com uma média de 10 fotos, são pelo menos umas 450. Ainda tenho mais outras tantas e outros temas que nunca mais acabam. Acho que não vou viver tanto tempo para os ver postados.
Sei que tens o tempo esgotado, e só agradeço a oportunidade de ter pertencido a este Blogue, a minha vida nunca mais foi o que era, estes 18 meses, foram quase uma comissão na Guiné, no bom sentido do termo.
O teu blogue merecia bem umas quantas ‘comendas’ em vez de as darem a essa corja de gente que devia estar na prisão, e anda por aí a gozar com todos, à rédea solta, foi nisto que se transformou Portugal, um País sem autonomia, dependente dos ‘trocados’ da Europa para vivermos, e com a certeza de que nunca iremos pagar as dívidas que já fizemos.
Fiz no Blogue aquilo que soube, no principio, em finais de 2017, foi tudo à molhada, sem nenhum critério e com muitos erros e omissões, que motivaram tantos comentários que não seriam necessários. Por isso, nem sempre foi fácil engolir ‘A minha vida na Guiné’ e escrevi aquilo que me veio à cabeça, sei que não sou politicamente perfeito, nem quero ser, talvez tenha exagerado em algumas circunstâncias, mas cada um sabe da sua vida, nunca foi minha intensão atacar ninguém, até porque quase não conheço ninguém.

... continua ... VT/.

Anónimo disse...

3 – Os novos desafios:
Depois de uma curta paragem e reflexão, fui acabando o meu livro que já vai quase nas 1500 páginas, e que nunca será publicado.
Resolvi então, na sequência da minha atracção pela fotografia, de fazer uma reportagem completa, por todos os acontecimentos da minha vida, todos os locais por onde passei nestes 76 anos de vida, e isto move-se na maioria ‘Na grande área metropolitana do Porto’ e parte em Vila do Conde, e outras Praças adjacentes. Mas vai cobrir o País todo, assim tenha tempo.
Claro que os locais já não estão como eram, mas vou comentar cada fotografia, organizando também por Temas como estas da Guiné, e assim darei uma visão a mim próprio por onde tenho passado, e a minha história. Muitos locais já não existem como eram, mas faço as fotos na mesma e explico.
É o caso das ‘Bouças’ em que aos 6 ou 7 anos, de fisga na mão andava aos pardais, agora existe a VCI e o Viaduto do Amial, mas está lá o local.
Posso dizer que desde o dia 2 de Maio, já fiz umas 700 fotos, estou a numerar, legendar, explicar e organizar. Tenho uma cidade do Carago!
E ainda mal comecei, tenho muito que calcorrear por essas ruas do Porto e arredores, pois faço tudo a pé, como tem de ser. Estou obcecado por isso, tenho o apoio da minha família, coisa que já não tinha há muito quando falava no ‘nosso blogue’. Acho que eles se encheram e só pediam para deixar isso, estava a fazer-me mal, todos notavam isso, menos eu, que adorava o que fazia, até ao dia em que eu próprio caí em mim e disse ‘chega’, ou ‘Basta!’
Todos viam que eu só falava nisso e nada mais me interessava, chegamos a ficar azedos e passei a esconder de todos o que fazia e escrevia. Eu normalmente ia ao Blogue uma meia dúzia de vezes por dia, às escondidas…
Depois a legendagem das fotos ainda está longe de acabar, devo ter mais umas 500 para colocar tudo por temas, mais fáceis de consultar e de ler.
Depois chego à conclusão que não tenho ‘fotografias’ da guerra mesmo, e acho que a nossa malta deve gozar um pouco com as cenas que apresento, não há minas, emboscadas, picadas minadas, as bolanhas, o mato mesmo, isso também me retrai, mas é o que tenho para mostrar quando quiserem é só pedir e vou mandando aleatoriamente, por temas.
Acho que teria muito mais a dizer, mas fico por aqui agora.
Não é uma despedida, nem pensar, vou olhar todos os dias para o Blogue, e só vou comentar quando tiver algo a dizer, e deixar de contar estórias.
Espero tudo de bom para ti, Luís, o teu Blogue fez-me ver a vida de outra forma, mas muito em especial a nossa vivência na Guiné, que não vou esquecer como é natural.
Tudo de bom para os restantes camaradas que me têm apoiado com os seus comentários, e vou tentar esquecer o que de mau se passou aqui.
Gostaria de daqui a 10 anos ainda estar a escrever, que é o que gosto mais de fazer, sou pouco de diálogos, tenho uma personalidade muito esquisita, talvez tenha trazido o ‘bichinho da Guiné’ e seja ainda um ‘apanhado pelo clima’.
E peço desculpa a todos por alguma coisa que tenha saído menos bem, desagradável talvez, mas cada dia é um novo dia, com tudo de bom e mau que existe dentro de nós.Também tive de engolir alguns sapos!

Um abraço,
Virgilio Teixeira,
Aqui da ‘Morança’ de Vila do Conde.
Em, 2019-05-21

Anónimo disse...

Uma correcção:
Queria dizer quase nas 2500 páginas e não 1500.


3 – Os novos desafios:
Depois de uma curta paragem e reflexão, fui acabando o meu livro que já vai quase nas

1Um abraço,
Virgilio Teixeira,
Aqui da ‘Morança’ de Vila do Conde.
Em, 2019-05-21500, digo, 2500 páginas, e que nunca será publicado.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, fico feliz por ti, pelo teu novo projeto... e ainda quero, um dia, ir ao lançamento do teu livro ou dos teus livros... Ninguém publica um livro de 2500 páginas. Mas podes fazer um livro de 200 ou 300 pp, com fotos...E distribuir pela família e amigos. Fica-te barato. Se precisares de alguém para te escrever um préfácio ou posfácio, conta comnigo. Todos temos o "dever de memória". Não desistas.


A tua viagem pelo Geba abaixo ainda não acabou, tem continuação. Obrigado pelo empenho, dedicação e camaradagem. Luís

Anónimo disse...

Luis obrigado pela tua generosa oferta, do prefácio ou posfácio, para um eventual livro, que nunca vai acontecer! Como iria retirar 300 páginas de um conjunto de 2500? Já pensei nisso mas não é obra para ir por diante. Devia ter pensado nisso antes de começar, mas já lá vão 10 anos, só mesmo escrevendo tudo de novo. Como dizes e bem, ninguém publica um livro de 2500 páginas, e há coisas que não são para todos lerem.

Um Bom Dia 25 de Maio de 2019, para toda a rapaziada no vosso encontro.

Um abraço,
Virgilio