terça-feira, 21 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19811: Memória dos lugares (392): Memoriais da zona de Buruntuma e Camajabá (Abel Santos, ex-Soldado At Art da CART 1742)

1. Mensagem do nosso camarada Abel Santos, (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), com data de 16 de Maio de 2019, falando-nos dos Memoriais da região de Nova Lamego:


Memoriais 

Os memoriais de Buruntuma e Camajabá testemunham a presença dos militares portugueses na região de Nova Lamego, sector onde a Companhia de Artilharia 1742 cumpriu a sua comissão de serviço nos idos de 1967, 1968 e 1969.

Mas o que é um memorial?
A palavra foi tomada de empréstimo do inglês pela Língua Portuguesa. Originalmente, por exemplo, memorial indicava um património de pedra, e que era erigido, e ainda é, em determinado local, simbolizando uma conquista ou alguma tragédia, como foi a guerra do ultramar Português, mas é vê-los espalhados por aí, cumprindo a missão para o qual foram construídos, não deixar cair no esquecimento os feitos que os Portugueses fizeram por cá e além-mar.

No que diz respeito ao memorial da CART 1742, à qual pertenci, o seu autor, arquiteto e construtor, foi o Soldado Condutor Auto, João Fernando Lemos, a quem envio um forte abraço.

Por agora é tudo, um grande abraço a toda a tertúlia.
Abel Santos.


Camajabá - Memorial da CCAÇ 1418

Buruntuma - Memorial da CCAÇ 2724

Buruntuma - Memorial da CART 2338

Ponte Caium - Memorial da CCAÇ 3546 - Foto: Eduardo Campos

Camajabá - Memorial da CCAÇ 1418 - Actualmente

Camajabá - Memorial da CCAÇ 1418 - Abel Santos

Buruntuma - Memorial da CART 1742

Buruntuma - Memorial da CART 1742 - O que resta

Buruntuma - Conjunto de Memoriais ainda existente

Buruntuma - Memorial da CCAÇ 1588

Com a devida vénia a Patrício Ribeiro, Eduardo Campos e eventuais autores das fotos, não referenciados.
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Nota do editor

Último poste da série de 10 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19664: Memória dos lugares (391): a velha ponte do rio Udunduma, na estrada Xime-Bambadinca, e os seus ninhos de andorinha (Jorge Araújo)

3 comentários:

ManuelLluís Lomba disse...

A CCav. 703 nomadizou em Buruntuma em 1965/666 e também marcou a sua peugada com um memorial, concebido e executado pelo furriel Manuel Simas, que já nos deixou.
Passei um mau bocado como comandante do Destacamento de Camajabá, em Abril e Maio de 1966. Foram três semanas em que dormi de pé.
Abr.º
Manuel Luís Lomba

Valdemar Silva disse...

Caro Abel Santos.
Sim senhor, grande ideia a tua.
Ao que sabemos e passados meio século, ainda lá estão os nossos Memoriais, alguns, calhando, em muito mau estado de conservação, mas ainda lá estão em pé.
Parece que a origem de termo memorial vem latim 'memoriale' «o que ajuda a memória» e quase todos os memoriais são monumentos erguidos para prestarem uma homenagem ou em memória dum acontecimento ou de pessoas.
É lamentável, que a maioria dos nossos Memoriais prestem homenagem a mortos na guerra.
Lembras-te do pequeno Memorial à entrada do Quartel de Baixo, em memória de um Alf. Mil. Rogério …? Julgo que terá sido erguido no teu tempo, pois já lá estava quando eu lá cheguei.

Julgo que por razões históricas, as autoridades da Guiné terão algum interesse em não destruir os nossos Memoriais.

Um abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz

(naquela tua foto até pareces um atleta olímpico)

Valdemar Silva disse...

Abel
Refiro-me ao Quartel de Baixo, em Nova Lamego.
Valdemar Queiroz