1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia). (*)
Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual à esquerda], membro da nossa Tabanca Grande [, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972 ]
2. Sobre a tragédia do Chão Manjaco (em que foram barbaramente assassinados pelo PAIGC, em Jolmete, em 20 de abril de 1970, três oficiais superiores, um alferes miliciano, dois condutores de jipe e um tradutor, nativos, todos desarmados), temos dezenas de referências no nosso blogue. Ver em especial:
Guiné > Região do Cacheu > Pelundo > CCAÇ 2585/BCAÇ 2884 (Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71). c. 1969/70 > Visita de Spinola (é o terceiro, de costas)... Em primeiro plano,o major inf Magalhães Osório, oficial de operações do CAOP, mais tarde CAOP1. Esta foto foi tirada pelo Manuel Resende na inauguração da célebre estrada alcatroada Có - Pelundo: ele nessa altura estava com baixa médica, no Pelundo, sendo o seu lugar era em Jolmete.
Foto gentilmente cedida pelo nosso camarada Manuel Resende (ex-alf mil da CCaç 2585/BCaç 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71), régulo da Magnífica Tabanca da Linha. (**)
Foto (e legenda): © Manuel Resende (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Notas do editor:
(*) Último poste da série > 1 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20402: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XXXI: Luís Filipe Rei Vilar (Cascais, 1941 - Susana, região de Cacheu, Guiné, 1970)
3 comentários:
É impressionante, um militar de carreira, aos 40 anos, já tinha 4 comissões de serviço no Ultramar: um na Índia, outra em Angola, duas na Guiné... Por muito que "a fábrica de oficiais" trabalhasse, não conseguia repor o "produto"... E, infelizmente, começou a escassear a "matéria-prima"... Porquê ? Atenção, Morais da Silva e tanto outros camaradas e amigos entraram já para a Academia Militar em plena guerra colonial (ou do Ultramar, como quiserem).
Vale a pena conhecer o número de admissões para o 1º ano da AM (no final do 1º ano ocorria a escolha do ramo e arma desejadas: inf,art,cav, eng civil, mecânica e electrotécnica, eng aeronautica, força aérea (pilotos), administração militar exército ou força aérea).
Admissão: 1961:257; 1962:266; 1963:180; 1964:137; 1965:129; 1966:90; 1967:90; 1968:58; 1969: 33; 1970:62.
Os cadetes das Armas e Pilotos entravam para os quadros, com o posto de alferes, 4 anos após a admissão. As engenharias terminavam os cursos 7 anos após a admissão já com o posto de tenente.
De 1962 a 1969 a quebra é brutal e deu origem à escassez de subalternos para a instrução, de tal modo, que em 1971 e 1972 não houve uma única promoção a capitão e, naturalmente, à queda do "stock" destes para o comando de companhias.
Não há estudos , que eu conheça, sobre o que animava estes jovens que, em plena guerra, acorriam à AM. Da minha parte sempre quis, desde menino, ser militar e em boa hora o consegui.
Morais Silva
artilheiro-infante
Caro Luís, só para ficar claro, no teu comentário à foto do Sr. Major Osório, dizes que pertenceu ao CAOP1. Não... ele e os outros Majores fundaram o CAOP. Com a morte deles é que foi constituído o CAOP1, onde pertenceu o António Graça de Abreu.
Esta foto foi tirada por mim na inauguração da célebre estrada alcatroada "Có - Pelundo", onde eu estava com baixa médica, pois o meu lugar era em Jolmete.
Manuel Resende
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