quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Guiné 61/74 - P21426: Notas de leitura (1313): "O Cântico das Costureiras", de Gonçalo Inocentes (Matheos) - Parte IV (Luís Graça): as primeiras minas e fornilhos A/C



Guiné > Região de Quínara > São João > CCAÇ 423 (1963/65) > Os efeitos devastadores das primeiras minas e fornilhos A/C no CTIG, na estrada Nova Sintra-Fulacunda.


Fotos (e legenda): © Gonçalo Inocentes (2020) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Capa do livro

1. Continuação da apresentação do último livro do Gonçalo Inocentes (Matheos),  "O Cântico das Costureiras: crónicas de uma vida adiada, Guiné, 1964/65" (Vila Franca de Xira, ModoCromia, 2020, 126 pp, ilustrado).

Recorde-se que o autor do livro, de que já publicámos três notas de leitura (*),  Gonçalo Inocentes (Matheos), membro nº 810 da nossa Tabanca Grande, foi fur mil, CCAÇ 423 e dpois da CCAV 488 / BCAV 490, de rendição individual, tendo passado por Bissau, Bolama, S.João, Jabadá e Jumbembem, entre 8 de abril de 1964 e 14 de agosto e 1965... 
 
Nasceu em 1940, em Nova Lisboa (hoje, Huambo, Angola). Está reformado da TAP e vive em Faro.

Esta CCAÇ 423, "independente",  é uma das primeiras subunidades a ser mobilizada para a Guiné: pertencia ao RI 15, partiu em 16/4/1963 e regressou, dois anos depois,  em 29/4/1965. Esteve em São João e em Tite, mas também em Jabadá (1 grupo de combate). O comandante era o cap inf Nuno Gonçalves dos Santos Basto Machado.

Segundo o nosso autor, terá sido a primeira a conhecer o pesadelo das minas A/C e dos fornilhos:

"As minas form um pesadelo desde os primeiros dias da companhia. Quase todas as baixas resultaram  do rebentamento destes engenhos" (...) "O IN percebeu cedo de sua eficiência e começaram até a juntar aos fornilhos bombas que a nossa força aérea lançava e não rebentavam" (p. 60).

A nossa  historiografia militar (por ex., Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes) aponta para a segunda metade do mês de outubro de 1964 para o início do emprego generalizado de minas e fornilhas anticarro.

 No Leste, na região de Bafatá, o primeiro engenho a explodir acontece na estrada Bambadinca-Xitole. É desta época a debandada de várias tabancas fulas e futa-fulas, nomeadamenet do regulado do Corubal e Xime, que se refugiam em Bambadinca. Intensifica-se a atuação do PAIGC nas margens, esquerda e direita do rio Geba, nas áreas de Jabadá, Porto Gole, Enxalé, Xime, Bambadinca.

Os fornilhos, permitindo atuar à distância através de um fio ou arame, e selecionar a viatura (, em geral a do meio) cujo rebentamento provocaria mais estragos.  resposta das NT foi deixar de  de fazer colunas auto, deixando as viaturas no quartel e optando por operações a pé. Os picadores começaram a detetar minas antigas e criou-se então o "vício" de as levantar por causa do "ronco" e do prémio monetário.

Tudo indica que nos primeiros fornilhos e minas  A/C, a provocar baixas mortais entre as NT, tenham sido postos na estrada Nova Sintra-Fulacunda. E que as primeiras vítimas tenham sido os nossos camaradas da CCAÇ 423. 

Veja-se a lista, publicada pelo nosso camarada A. Marques Lopes sobre os militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (**)





Guiné > Região de Quínara > CCAÇ 423 > c. 1964 > S/l> O fur mil Arménio Dias de Almeida a levantar uma mina A/C... Será morto, por ferimentos em combate, na zona de São Jioão- Nova Sintra, em 9 de janeiro de 1964. Estas podem ser das últimas fotos dele.

Fotos (e legenda): © Gonçalo Inocentes (2020) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Na pág. 61 do seu livro, o autor publica três fotos do furriel [Arménio Dias de] Almeida a levantar uma mina A/C. Será mais tarde abatido pelo IN, em 9/1/1964, sendo o seu corpo ficado inumado em Bolama, conforme lista que se reproduz a seguir, com os mortos da CCAÇ 423, de 3/7/1963, 18/7/1963 e 9/1/1964.


NOME e POSTO / UNIDADE / DATA DA MORTE / LOCAL DA MORTE / CAUSA D MORTE NATURALIDADE / LOCAL DA SEPULTURA (**)

António Augusto Esteves Magalhães, 1.º Cabo / CCaç 423 / 03.07.63 / Estrada Nova Sintra-Fulacunda, HM241 / Ferimentos em combate / Amares / Cemitério de Bissau, Campa 291, Guiné.

Alberto dos Santos Monteiro, Soldado / CCaç 423 / 03.07.63 / Estrada Nova Sintra-Fulacunda / Ferimentos em combate / Rio Tinto, Gondomar / Cemitério de Fulacunda, Guiné.

José Rato Casaleiro, Soldado / CCaç 423 / 18.07.63 / Estrada Tite-Nova Sintra / Ferimentos em combate / Freiria, Torres Vedras / Cemitério de Bissau, Campa 360, Guiné.

Arménio Dias de Almeida, Furriel / CCaç 423 / 09.01.64 / São João, Nova Sintra / Ferimentos em combate / Vila Cova de Perrinho, Vale de Cambra / Cemitério de Bolama, Campa 3/64, Guiné.


De qualquer modo, a situação nas estradas e picadas de Quínara tornaram-se um terror para as NT, ao ponto da "Maria Turra" , na "Rádio Libertação", em Conacri, considerá-las já como "áreas libertadas"... 

Daí ter sido decido, por ordem de Bissau, já no tempo de Schulz, fazer uma "demonstração de força", em 13 de outubro de 1964, realizando-se para o efeito de uma coluna de carros que fizeram o percurso Nova Sintra-Serra Leoa, ida e volta. 

O moral do pessoal estava em baixo, Mas a operação realizou-se,  com detetores de minas na frente e levando as viaturas  troncos de palmeira e sacos de areia para amortecer o impacto dos fornilhos e minas A/C (p. 171).

Felimente nenhum  engenho explosivo foi accionado desta vez. Mas no regresso a São João, via Nova Sintra, , o pessoal da CCAÇ 423 foi surpreendido com fogo cerrado de "costureirinha" e "kalash". 

Regressou-se a São João, com o moral mais em alta, apesar de um Unimog ter capotado e ter havido feridos cuja gravidade obrigou a helievacuação.

(Continua)

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PS - O livro pode ser adquirido pelo correio, com pagamento por transferência bancária. Preço de capa com portes incluidos: 15 (quinze) euros.


Email do autor: Goncalo Inocentes <rpeixoto.inocentes@gmail.com>


NIB - 0018 0000 0160 5800 0013 9

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Notas do editor:

(**) Vd. poste de 28 de abril  de 2008 > Guiné 63/74 - P2799: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (1): De 1963 a 1964 (A. Marques Lopes)

15 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Seria interessante saber quando é que trocámos os "detetores de minas" pelos "picadores": os guineenses eram os melhores do mundo... Apenas armados de "pau e pica", uma vara com uma ponta com um prego afiado...

Até ao dia em que o PAIGC substituiu as tradicionais minas A/C por "minas eletrónicas" que rebentavam ao mino toque... Isto foi em 1973, Guidaje...

É preciso contar essa(s) história(s)...

Valdemar Silva disse...

E verdade Luís.
Num pau de vassoura e com um prego na ponta, tinha-mos um detector de minas 'altamente sofisticado'.
Lembro-me por duas vezes na estrada Nova Lamego-Cabuca, a rapaziada de picadores da milícia, que saiam alguns minutos à nossa frente, ter detectado minas A/C, com o 'pau e pica', que depois era retirada por um especialista (não me recordo quem), não um modelo circular metálico conhecido, mas sim um pequeno caixote com um bocado de trotil e um detonador com um disparador de pressão, parecido com a embalagem da ração de combate. Evidentemente, o aparelho detector de minas não detectava estas A/C também 'altamente sofisticadas'.
E cá temos mais uma para o glossário do desenrascanço.

Abracelos e paciência prás canadianas.
Valdemar Queiroz

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Isto é um bocado o jogo do gato e do rato. Só as minas metálicas, como é o caso da que figura nas fotos é detectável com o detector. Ouve-se um ruído constante nos ouvidos que aumenta logo que surja o campo magnético criado pela mina.
As minas de madeira de fabrico soviético ou as de plástico de fabrico na Itália ou nos "países de Leste" não são detectáveis pelo detector.
O método da "pica" passou a ser o único que funcionava quer fossem minas A/P ou A/C e era necessário que não se fizesse muita força ao carregar no solo. Ouvia-se também um som cavo e o terreno era "mais dura" uma vez que não permitia a penetração da ponta da pica.
Chamo a atenção para a utilização de uma pá para afastar a terra à volta da mina. É um erro técnico uma vez que algumas (todas as) minas era armadilháveis e funcionariam logo que removidas - lembro o caso do Cap. Guimarães (CArt 1690(?))- e podiam matar quem estivesse próximo. Os ingleses sempre defenderam o princípio "uma mina, um homem" para evitar que a explosão atingisse mais de um combatente, pois nesse caso a mina não seria mais eficaz do que um simples tiro de espingarda...
Por fim, lembro que as minas A/C de madeira também podiam ser postas a funcionar como A/P, com umas pequenas alterações que qualquer sapador conhece.

Um Ab.
António J. P. Costa

António J. P. Costa disse...

PS: Há mais dois erros técnicos na acção do sapador: tem as mangas para baixo e não parece estar numa posição estável.
As mangas bem arregaçadas destinam-se a sentir um eventual arame de tropeçar que o "insidioso" ali tenha colocado.
A posição do sapador tem de ser estável para que, inadvertidamente, não se desequilibre e faça um movimento errado para com a própria mina ou nas suas proximidades que também podem estar armadilhadas. Agachado, nunca! Magoou-se assim um M/A na CArt 1692.
Aconselha-se a trabalhar apoiado no quadrilátero definido pelos pés e joelhos.
A sapador só se engana 3 vezes: a primeira, a única e a última.
Claro que estamos a falar do início da guerra em que a malha das unidades era pouco densa e a nossa experiência no assunto não era grande. Estávamos a aprender por dedução e experiência e isso é sempre um período muito doloroso.

Um Ab.
António J. P. Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Sim, o infortunado cap art Manuel Carlos Conceição Guimarães era da CART 1690:


10 DE MAIO DE 2007
Guiné 63/74 - P1745: Eu e o meu capitão e amigo Guimarães, morto aos 29 anos, na estrada de Geba para Banjara (A. Marques Lopes, CART 1690)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Tó Zé, as tuas duas mensagens são um tratado sobre minas e armadilhas... Fizeste bem em comentar as fotos...Pessoalmente nunca tinha instrução de minas e armadilhas... Todos devíamos ter tido alguma preparação nesta matéria... Mas a pressa era tanta em mandar-nos para a guerra, que só depois lá, no TO da Guiné, é que aprendemos o essencial para nos "desenrascarmos"...

Perderam-se infelizmente demasiadas e preciosas vidas por causa destes engenhos... Outros camaradas ficaram cegos ou com outras graves deficiências para o resto da vida.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar sempre admirei a coragem, o sangue frio, o autocontrolo e a destreza dos nossos picadores, metropolitanos ou do recrutamento local, muitas vezes milícias ou civis, como o Seco Camará, que tem meia dúzia de referências no nosso blogue...

Fui um dos que recolhi os seus restos mortais na sequência da violenta emboscada que apanhámos em 26/11/1070, no subsetor do Xime... Fizemos, a CCAÇ 12, muitas saídas com ele...

E apoveito aqui para lembrar o saudoso capitão miliciano António Vaz (1936-2015), cmdt da CART 1746, Bissorã e Xime, 1967/69):


29 DE NOVEMBRO DE 2016
Guiné 63/74 - P16772: (De)Caras (63): Em homenagem ao António Vaz (1936-2015), que nos deixou há um ano na véspera de natal: "os guias e picadores do Xime: Seco Camará 'versus' Mancaman Biai"

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não me lembro de ver detetores de minas no meu tempo... Já estávamos todos rendidos às "picas" e aos "picadores"... Além disso, dizia-se que a terra na Guiné era muito ferrosa... a avaliar pela água das "torneiras"...

Valdemar Silva disse...

Continuando com as minas A/C detectadas pela rapaziada da milícia na estrada Nova Lamego-Cabuca.
Tratava-se de uma das várias colunas de reabastecimento â NT em Cabuca, e quando a coluna parou devido à indicação da detecção da mina fomos todos de imediato para o interior da mata montar a segurança, não ficando ninguém na estrada excepto as viaturas.
Vi perfeitamente o especialista sozinho com uma faca de mato a escavar à volta do local a retirar a terra até conseguir meter a mão por baixo do objecto para se certificar não estar armadilhada, depois foi sacar o 'caixote' tirar o detonador e separar o disparador. E pronto, estava o trabalho feito podíamos seguir.
Naquela estrada era frequente haver minas. No rebentamento dumas delas com mortes e feridos, accionada pelo rodado traseiro da GMC da frente da coluna, que transportava civis veio também a ser atingida a segunda viatura em que ficou ferido o Pais, das trms. da nossa CART11.
Por estas e outras vezes, constou-se que seriam os próprios milícias, que saiam muito cedo para a picagem, a colocar as minas que despois de detectadas e levantadas eram entregues no Cmd. do Batalhão, para lhes ser pago como material apreendido ao inimigo. Mas apenas se constava e eram sempre os mesmos nas picagens.

Valdemar Queiroz

Carlos Vinhal disse...

Caro Valdemar
Esta de serem os próprios milícias a instalarem as minas IN para daí tirarem proveitos, não me convence. Pensemos.
Se O IN lhes fornecia as minas era para serem instaladas e accionadas a fim causarem estragos às NT, e não para fonte de receita da milícia. Por outro lado, os milícias tinham que ter um stock razoável ou não havia continuidade da acção, já que qualquer mina levantada e neutralizada era entregue no Comando e nunca mais ninguém a via, o destino era Bissau.
Se eram os milícias que iam fazer a picagem sozinhos, nem precisavam de as enterrar, bastava levarem-nas debaixo do braço e, quando chegassem ao quartel, entregá-las, e estava feito.
Cumpre-me aqui realçar o Pel Mil 253 que estava em Mansabá, composta por homens dedicados, competentes e leais às NT, daí que o Mamadu, seu comandante, mais alguns dos seus companheiros, serem fuzilados a seguir à independência.
Abraço
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Esta da detecção/colocação das minas tem que se lhe diga. Admito que nas estradas ou trilhos muito batidos fosse o In a colocar as minas e a picagem a detectá-las. Mas fiquei sempre desconfiado com uma cena que me aconteceu no Xime. Saímos habitualmente, a pé, em direcção ao Sul, mas, ao fim de pouco mais de 1 Km, deixávamos a estrada ou o que restava dela e metíamos a todo-o-terreno. De viaturas nada. Assim não se justificava o uso de minas A/C. Contudo, um dia o "guia" detectou uma A/P (PMD - 6).
Levantei-a e ainda hoje penso no "faro apuradíssimo" que ele tinha que lhe permitiu conduzir-nos a uma mina colocada no mato, num sítio onde passaríamos ou poderíamos atá nunca passar. Bastava que a bicha (do pirilau) de desviasse um metro à direita ou à esquerda.
Hoje, assente a poeira, creio que a tabanca estava infiltrada e que a colaboração com o "ardiloso" era uma realidade...
Mas, na altura, partia do princípio de que não se atreveria a tanto.

Um Ab.
António J. P. Costa

Valdemar Silva disse...

Carlos Vinhal
Esse teu raciocínio está correcto.
Mas, de facto havia conversa sobre o assunto das minas A/C e os picadores da milícia de Nova Lamego. Constava o que anteriormente informei.
Os soldados africanos da nossa CART11, quando lhes era perguntado sobre o assunto a resposta era sempre a mesma: 'cá sibe'. E ficava sempre a suspeita ou da inveja do prémio da detecção e levantamento das minas.
Outros camaradas que passaram por Nova Lamego e constataram esta situação podem dar, também, o seu ponto de vista ou mais pormenores sobre o assunto.

Ab. e cuidado com o cornodovirus
Valdemar Queiroz

Carlos Vinhal disse...

Caro Valdemar, tu que fizeste parte de uma companhia de guineenses, terás vivido situações diferentes das minhas. Como disse antes, os camaradas guineenses que nos acompanhavam no mato, a maior parte das vezes só a nível de secção, eram do Pelotão de Milícias 253, estacionados em Mansabá, que julgo nunca nos terem causado problemas. Nas companhias africanas, com muito mais pessoal, podia acontecer haver alguém que "jogasse" para os dois lados. No caso que contas, não haveria fumo sem fogo...
Saúde da melhor...
Carlos Vinhal
Leça city

Valdemar Silva disse...

Caro Carlos Vinhal.
Julgo que não percebeste a minha explicação.
A rapaziada de picadores eram milícias, dependentes do Comando do Batalhão de Nova Lamego.
A minha CART11, de soldados fulas, era uma Comp. independente instalada num Quartel diferente e noutro local do resto tropa metropolitano do Batalhão, não tínhamos nada com os homens da picagem que era feita de manhã cedo nas estradas mais perigosas que saiam próximo de Nova Lamego, quando haviam colunas principalmente para o Xime, Cabuca e Canjadude. Nós fazíamos a segurança às colunas.
A questão das suspeitas ou invejas não era da parte dos nossos soldados, que quando se falava com eles sobre o assunto apenas comentavam 'cá sibe'.

Um abraço
Valdemar Queiroz

Carlos Vinhal disse...

Caro Valdemar, na verdade não tinha percebido que se tratava de destacamentos e forças diferentes. Estou esclarecido.
Abraço
Carlos Vinhal