Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > 11 de setembro de 2021 > Lançamento do livro do António Carvalho, "Um caminho de quatro passos" > Ao centro, a filha, mais nova, Ana Carvalho, na mesa, falando com emoção do seu pai. (É doutoranda em ciências da educação pela Universidade do Porto, e fez-se acompanhar de uma série de colegas, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação.)
Foto: © Fernando Súcio (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Intervenção de Ana Carvalho, na sessão de apresentação do livro do seu pai, António Carvalho, "Um caminho de quatro passos", dia 11 de setembro de 2021, na Tabanca dos Melros (*)
Olá, a todas/os!
Sobre o dia 11 de setembro de 2021...
Duas semanas antes o meu pai perguntou-me se no dia 11 eu queria dizer algumas palavras sobre o livro e eu, tão entusiasmada com o grande dia, disse logo que sim. Nos dias anteriores percebi que nunca me tinha sentido tão insegura para falar em público. É que este não seria um discurso para apresentar uma pesquisa, seria o momento de me pronunciar sobre o livro mais bonito que eu já li, e, para dificultar, entre o público estavam os extraordinários amigos do meu pai.
Preparando-me, registei algumas ideias sobre cada um dos capítulos (4 ou 5 frases que não encontro agora) que depois da estrondosa apresentação feita pelo Luís Graça (**), perderam o propósito! Nada podia acrescentar valor àquele discurso. Então, com muita emoção, mudei o plano e falei sobre o que senti ao ler o livro e, do que me recordo, terei dito mais ou menos isto:
Fui lendo "Um Caminho de Quatro Passos" à medida que foi escrito e, tendo sempre ficado muito orgulhosa a cada história, a verdade é que não fiquei surpresa. Era esperado que quando o meu pai se sentasse para escrever um livro, seria um daqueles livros que nos permitem viver a história, sentir emoções, ficarmos tristes, revoltados, felizes e indignados.
13 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22540: Agenda cultural (783): Foi dia de festa na Tabanca dos Melros, em Fânzeres, Gondomar, o dia 11, em que o António Carvalho lançou ao mundo o seu livro - Parte I: mais de 80 presenças!
Olá, a todas/os!
Sobre o dia 11 de setembro de 2021...
Duas semanas antes o meu pai perguntou-me se no dia 11 eu queria dizer algumas palavras sobre o livro e eu, tão entusiasmada com o grande dia, disse logo que sim. Nos dias anteriores percebi que nunca me tinha sentido tão insegura para falar em público. É que este não seria um discurso para apresentar uma pesquisa, seria o momento de me pronunciar sobre o livro mais bonito que eu já li, e, para dificultar, entre o público estavam os extraordinários amigos do meu pai.
Preparando-me, registei algumas ideias sobre cada um dos capítulos (4 ou 5 frases que não encontro agora) que depois da estrondosa apresentação feita pelo Luís Graça (**), perderam o propósito! Nada podia acrescentar valor àquele discurso. Então, com muita emoção, mudei o plano e falei sobre o que senti ao ler o livro e, do que me recordo, terei dito mais ou menos isto:
Fui lendo "Um Caminho de Quatro Passos" à medida que foi escrito e, tendo sempre ficado muito orgulhosa a cada história, a verdade é que não fiquei surpresa. Era esperado que quando o meu pai se sentasse para escrever um livro, seria um daqueles livros que nos permitem viver a história, sentir emoções, ficarmos tristes, revoltados, felizes e indignados.
Não tendo ficado surpresa fiquei sempre muito emocionada porque os episódios relatados são histórias de vida, e, por isso, em muitos momentos quis entrar no livro e abraçar aquela criança curiosa e sonhadora, aqueles jovens despejados e abandonados pelo seu país na Guiné-Bissau, os fugitivos da guerra civil de Espanha, o padre excomungado e o presidente de junta que nunca desistiu.
A forma como o meu pai apresenta os seus quatro passos, desde a infância nas Medas, o caminho duro na Mealhada, a insanidade da Guerra do Ultramar e uma vida de dedicação ao progresso da nossa freguesia, permitiu-me reconhecer mais uma vez que ele é a pessoa com maior capacidade de introspeção e discernimento que eu conheço.
Começa-se a vida com um grande avanço quando pelos nossos pais só sentimos admiração, orgulho e amor, e por isso, o meu caminho e o da minha irmã Cláudia, é com toda a certeza mais fácil, mais leve e mais livre, com o seu exemplo.
E no fim acho que disse “Parabéns, pai!”... Se não disse, digo-o agora.(***)
A forma como o meu pai apresenta os seus quatro passos, desde a infância nas Medas, o caminho duro na Mealhada, a insanidade da Guerra do Ultramar e uma vida de dedicação ao progresso da nossa freguesia, permitiu-me reconhecer mais uma vez que ele é a pessoa com maior capacidade de introspeção e discernimento que eu conheço.
Começa-se a vida com um grande avanço quando pelos nossos pais só sentimos admiração, orgulho e amor, e por isso, o meu caminho e o da minha irmã Cláudia, é com toda a certeza mais fácil, mais leve e mais livre, com o seu exemplo.
E no fim acho que disse “Parabéns, pai!”... Se não disse, digo-o agora.(***)
________
Notas do editor:
(*) Vd. postes de:
19 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22554: Agenda cultural (784): Foi dia de festa na Tabanca dos Melros, em Fânzeres, Gondomar, o dia 11, em que o António Carvalho lançou ao mundo o seu livro - II (e última) Parte: registe-se com agrado o apoio que "O Bando do Café Progresso" deu ao nosso novel escritor
(**) Vd. poste de 11 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22533: Notas de leitura (1380): "Um caminho de quatro passos": temos um novo escritor, o António Carvalho passa o teste, e espero que seja com louvor por unanimidade e aclamação dos seus leitores (Luís Graça)
Sem comentários:
Enviar um comentário