1. Em 25 de Agosto de 1973 foi nomeado para os cargos de Cmdt-Chefe das Forças Armadas da Guiné e de Governador da Guiné, o general José Manuel Bettencourt (ou Bethencourt) Conceição Rodrigues (1918-2011), oriundo da arma de infantaria, em substituição do general António Sebastião Ribeiro de Spínola (1910-1992), oriundo da arma de cavalariam que terminou a sua comissão de serviço nesse data. (Já estava, de resto, de licença de férias no Continente desde o dia 6 de agosto.).
Transcreve-se a "Execução":
"a. Com vista ao cumprimento desta missão impõe-se:
(1) preparar as Unidades, a todos os níveis de Comando, para, face às possibilidades lN esboçadas, conseguir uma "diminuição de vulnerabilidades";
(2) estudar e adoptar, a todos os níveis de Comando, as medidas mais adequadas e velar exaustivamente pelo seu rigoroso cumprimento;
(3) responsabilizar todos os escalões de comando pelo estabelecimento de medidas convenientes, pela orientação das Unidades e pela fiscalização da execução, com vigor e com rigor;
(4) não aceitar desculpas como o calor, o cansaço do pessoal, o tempo de comissão, o desembaraço criado pela veterania e a incomodidade do esforço físico porque está em causa "a troca de sangue por suor".
b. Os Comandos do TO, a todos os níveis, adoptam todas as medidas convenientes, de entre as quais se indicam aquelas cuja adopção se considera imprescindível:
(1) Manter abertos os itinerários da respectiva ZA que permitam a ligação a Unidades vizinhas e, através dos quais, se possam executar reabastecimentos normais e de emergência e deslocamentos de forças para apoio mútuo e reforço de localidades ameaçadas.
Com esta finalidade, toma-se necessário:
- a desmatação de itinerários de molde a dificultar a montagem de emboscadas lN;
- a realização de patrulhamentos frequentes para impedir a implantação de minas e para detectar e neutralizar as existentes;
- a montagem de emboscadas e de minas e armadilhas nos trilhos de acesso às vias de comunicação e nos locais mais propícios a emboscadas lN.
(2) Treinar as tropas na reacção a emboscadas lN.
(3) Assegurar a defesa e segurança das pistas e heliportos de molde a mantê-las em permanente estado de utilização.
(4) Executar acções dinâmicas que criem insegurança e intranquilidade ao lN.
(5) Eliminar todas as rotinas que possam dar vantagens ao lN.
(6) Verificar a instrução de tiro do pessoal (1 cartucho por homem serve para detectar maus atiradores) e treinar os menos aptos.
(7) Mentalizar permanentemente o pessoal quanto à necessidade de disciplina de fogo. O consumo exagerado de munições denuncia nervosismo, baixo moral e deficiente nível de instrução e pode colocar as tropas perante a necessidade dum reabastecimento urgente, nem sempre possível.
(8) Estudar e ensaiar medidas de reacção dinâmica que devem ser procuradas com o maior interesse e executadas com a máxima agressividade.
(9) Aperfeiçoar todos os procedimentos para pedidos de apoio, de molde a que estes possam ser feitos de maneira eficiente e em tempo útil. Salientam-se os referentes a apoio de fogos da Força Aérea e de Artilharia e aos transportes de evacuação (TEV).
(10) Rever os "planos de defesa" de aquartelamentos e localidades, de forma a aperfeiçoar os dispositivos de defesa imediata, bem como os sistemas de apoio mútuo, quer pelo fogo quer pela
manobra.
(11) Melhorar a organização do terreno quer em abrigos, quer em trincheiras ou locais de combate, para fazer face à hipótese de tentativas de abordagem e assalto.
(12) Assegurar a defesa afastada dos aquartelamentos e localidades por meio de:
- patrulhamentos e emboscadas frequentes nas possíveis bases de fogo lN e nos itinerários que a elas dão acesso;
- implantação de minas e armadilhas nas bases de fogos lN e nos itinerários que a elas dão acesso;
- elaboração de planos de fogos perfeitamente adaptados às realidades.
(13) Treinar os "planos de defesa" de aquartelamentos e localidades, pela execução de frequentes "exercícios de alarme", de dia e de noite, promovendo imediatamente as necessárias correcções.
(14) Proteger as populações.
(15) Intensificar o serviço de informações e o rigor de medidas de contra- informação.
(16) Assegurar uma efectiva e eficiente acção de comando, em todas as situações de modo que a tropa se encontre sempre convenientemente enquadrada.
(17) Dispor de uma reserva pronta a sair com prévio alerta, com vista a actuar contra grupo lN detectado ou a socorrer uma Unidade vizinha. [... ]"
Foto: © Arlindo T. Roda (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
"1. SITUAÇÃO
a. A utilização pelo lN, no TO da Guiné, de mísseis terra-ar [Strela, de fabrico russo], impôs alterações no emprego da Força Aérea, com reflexos na doutrina operacional, não só da Força Aérea, como ainda das Forças de Segurança (lapso, deve ser Forças de Superfície) (FS).
b. Aquelas alterações traduzem-se por:
(1) Cancelamento de algumas acções operacionais da Força Aérea.
(2) Modificação de procedimentos de voo, de carácter geral e específico, para cada tipo de aeronaves.
(3) Modificação de procedimentos na execução de acções de apoio pelo fogo em proveito das FS.
"2. ACÇÕES OPERACIONAIS DA FORÇA AÉREA CANCELADAS
São canceladas as seguintes acções operacionais da Força Aérea:
a. DCON [Direcção de Controlo D Delta - ponto trigonométrico... ] ("DO-27" - armado, a baixa altitude). [... ]
b. DACO [Direcção de Apoio de Comunicações de Operações] ("T-6" - armado). [...]
c. ATAP [ Ataque de Apoio] ("T-6" - armado). [ ]
d. ATAP [ Ataque de Apoio] ("FIAT G-91" armado com foguetes e metralhadoras). [ ]
e. ATIR [Ataque Independente em Reconhecimento; ] - ATID [Ataque Individual Ririgido] ("FIAT G-91" com foguetes e metralhadoras). [ ]
f. RVIS [Reconhecimento Visual ] ("DO-27" a baixa altitude). Substituída por RFOT [Reconhecimento Fotográfico ].
"3. PROCEDIMENTOS DE VOO DE CARÁCTER GERAL
São estabelecidos os seguintes procedimentos de voo, aplicáveis a todas as aeronaves e em todos os tipos de missões:
a. Altitudes de voo - acima de 6.000 pés e abaixo de 200 pés. [1 pé=30,48 centímetros. ]
b. Entre aquelas altitudes, todas as aeronaves manobram constantemente (mudanças bruscas de rumo e altitude).
c. Todas as subidas e descidas sobre as pistas do interior do TO são executadas em espiral, com inversões frequentes de sentido.
d. As rotas são variadas de modo a que as aeronaves, sempre que possível não sobrevoem os mesmos pontos, pelo menos dentro de períodos curtos de tempo.
e. Todas as aeronaves actuam, no mínimo, em parelhas.
f. As subidas e descidas nas pistas do interior do TO são executadas dentro da área de manobra cuja segurança é garantida pela FS:
(1) Nas pistas de escala de aviões de transporte médio (Nova Lamego, Bafatá, Aldeia Formosa e Cufar) - de acordo com o procedimento anteriormente estabelecido.
(2) Nas pistas de escala de aviões de transporte ligeiro - 2.000 metros a partir da pista, quer lateralmente, quer nos topos (4.000 x 6.000 metros).
g. A proximidade da fronteira, as áreas de reacção antiaérea com misseis terra-ar e as áreas de maior actividade do lB onde, segundo notícias recebidas, se presume a existência de mísseis
terra-ar, levaram a considerar operativas para "DO-27" apenas as pistas constantes do Anexo A [omisso, não disponibilizado pela CECA, 2015 ].
h. Atendendo aos condicionamentos expressos em 3.g. são considerados heliportos de utilização normal apenas os indicados no Anexo A [omisso, não disponibilizado pela CECA, 2015 ].
"4. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS E RESTRIÇÕES NA UTILIZAÇÃO DAS AERONAVES
a. TGER médio ("NORDATLAS" e "C-47").
(1) São normalmente utilizadas as pistas de Nova Lamego, Bafatá, Aldeia Formosa e Cufar. A pista de Farim é utilizada apenas em casos especiais.
(2) A execução das missões tem carácter inopinado; os dias e horas são acordados de véspera até às 17h00 entre o COAT e a Repartição PessLog do Comando-Chefe. Esta Repartição
informará a Chefia dos Transportes e a Unidade destinatária com a antecedência conveniente para efeitos de aviso aos passageiros, preparação da carga e transportar e montagem
da segurança da área de manobra. [... ]
b. TGER [Transportes Gerais ] ligeiro. Condicionado por condições meteoreológicas.
(1) "DO-27"
(a) As disponibilidades de carga a transportar são:
- Descolagem de Bissau 300 Kg
- Descolagem de outras pistas 200 Kg
(b) O número de descolagens por missão é reduzido para 4 (incluindo a descolagem de Bissau), excepto para o sector de Tite/Bolama em que se admitem 6. [... ]
(i) O pedido de uma acção TEVS [ Transporte de Evacuação Sanitária] é elaborado de acordo com o Anexo B [omisso, não disponibilizado pela CECA, 2015 ].
(2) Helicóptero - "ALIII"
Adoptam-se os procedimentos estabelecidos para "DO-27" no que se refere a TGER e TEVS.
c. PCV [Posto de Comando Volante ] ("DO-27")
Realizado acima de 6.000 pés, destina-se a fazer trânsito de comunicações, e conduzir grupos empenhados em operações e a referenciar posições para apoio de fogo, desde que as FS tenham possibilidades de sinalizar as posições próprias utilizando fumígenos.
d. Ataque ao solo (Anexo C) [omisso, não disponibilizado pela CECA, 2015 ].
(1) "FIAT G-91". [... ]
e. TMAN [Transporte de Manobra] (Helicóptero "AL-III")
(1) As colocações e recuperações de pessoal devem efectuar-se, sempre que praticável, em locais distintos e afastados.
(2) O número de vagas deve ser o menor possível.
(3) As recuperações devem ser reduzidas ao mínimo indispensável.
(4) As evacuações de feridos da zona de operações e as recuperações devem ser efectuadas de pontos afastados de locais de contacto com o lN.
(5) As aproximações aos pontos de colocação e recuperação são sempre efectuadas à altitude mínima possível.
f. RFOT [Reconhecimento Fotográfico ]
(1) A baixa altitude, para objectivos pontuais.
(2) A 10.000 pés, na escala de 1/30.000, com possibilidades de ampliação até à escala de 1/7.500.
g. AESC [ Ataque em Escolta ] (Helicóptero "AL-III")
(1) A escolta a formações de helicópteros é executada por dois helicópteros armados.
(2) A escolta a um helicóptero é efectuada por um helicóptero armado.
h. DACO [Direcção de Apoio de Comunicações de Operações]
O avião mantém-se a uma altitude de segurança e destina-se a fazer trânsito de comunicações entre as FS e o COAT [Comando Operacional Aero Terrestre ] e a indicar aos pilotos dos "FIAT G-91" a base de fogos lN, no caso de se verificar um ataque e ser pedido apoio de fogo.
i. DLIG [Missão Diversa de Ligação]
Acompanhamento de aviões "DO-27" empenhados em acções de transporte (TGER, TMAN ou TEVS) e a helicópteros que efectuem percursos a muito baixa altitude.
"5. PROCEDIMENTOS A SEGUIR PELAS FS NA EXECUÇÃO DE ACÇÕES DE APOIO PELO FOGO
a. As restrições impostas à Força Aérea nas actuais circunstâncias condicionam, de forma muito particular, as acções de apoio pelo fogo, não só pelas consequências desastrosas que podem advir de um erro de localização das NF, como ainda pela necessidade de se
introduzirem distâncias de segurança.
b. (1) Até ao aparecimento do míssil, as posições ocupadas pelas NF e pelo lN eram identificadas visualmente pelos pilotos. Este procedimento já não é realizável, em virtude de a 6.000 pés de altitude ou acima não ser possível identificar pela vista as posições ocupadas pelas NT e pelo lN. As posições ocupadas pelas NT terão de ser identificadas por forma (de preferência coloridos, exceptuando a cor verde). A posição do lN a atacar terá de ser definida por azimute magnético e distância a partir das posições das NT ou por granadas de fumos de morteiro (de preferência coloridos exceptuando a cor verde).
(2) Quando as NT fazem um pedido de apoio de fogo urgente devem informar:
- Se houve flagelação a redutos defensivos (aquartelamento, bivaques, etc), meios móveis (navios, viaturas, etc) ou contacto lN no mato.
- Qual o armamento utilizado pelo lN.
- Se, à altura do pedido, ainda está em curso o fogo lN ou há quanto tempo teve lugar.
- As condições meteorológicas na zona (nebulosidade e visibilidade), quando possível.
"6. PREMISSAS A CONSIDERAR PELO CZACVG [Comando da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné] NA DECISÃO - PROCESSO ACEITAÇÃO / RECUSA DUM PEDIDO DE APOIO DE FOGO
a. Possibilidades da artilharia e das armas terrestres da dotação normal das NT.
b. Possibilidades de apoio aéreo e oportunidade de intervenção.
c. Meios existentes em voo e no solo e capacidade dos diversos sistemas de armas.
d. Condições meteorológicas (aeródromo de partida, trânsito e zona de acção) e evolução prevista.
e. Rendimento a esperar em face dos elementos conhecidos.
f. Situação no local em face do armamento a utilizar e a reacção antiaérea previsível ou provável na zona e nos trânsitos. [... ]"
A área de Bissau, com toda a sua infraestrutura civil e militar, constitui o objectivo principal do lN.
- as instalações da SACOR;
- a Central Elevatória da Mãe de Água;
- o Centro Emissor de Brá; e
- a Central Eléctrica (Av. Brasil).
A PSP tem tido o encargo da defesa dos pontos sensíveis referidos. Porém, a partir de Novembro de 1973, os guardas europeus da 7ª CMP - Companhia Móvel de Polícia são, na sua quase totalidade, soldados no cumprimento do serviço militar obrigatório, com pouca idade, experiência e prática de serviço.
Este facto, aliado à fraca capacidade de enquadramento, tornam impossível à PSP continuar a garantir satisfatoriamente a segurança e defesa de todos os pontos sensíveis.
c. Reforços e cedências
(1) Reforços
a. Conceito da Manobra
Tendo em consideração a localização dos referidos pontos sensíveis em relação às áreas de responsabilidade do COMBIS, é minha intenção defender a central Eléctrica (Av. Brasil), a Central Elevatória da Mãe de Água e o Centro Emissor de Brá, com meios do COMBIS reforçados com a Companhia de Milícias Urbana.
b. COMBIS (Comando de Agrupamento de Bissau)
- Garante a segurança imediata da Central Eléctrica (Av. Brasil);
- Garante a segurança imediata da central Elevatória da Mãe de Água;
- Garante a segurança imediata do Centro Emissor de Brá. [... ]"
[ Seleção / adaptação / revisão / fixação de texto / negritos, para efeitos de publicação deste poste no blogue: L.G.]
(...) Ultrapassada a fase de surpresa inicial, realizada a análise das perdas sofridas e deduzindo, ainda que empiricamente, o funcionamento da nova arma, dada a escassez de informação, o Comando da Zona Aérea introduz uma série de condicionamentos nas missões realizadas pelas diversas aeronaves. As primeiras medidas cautelares são adoptadas em meados do mês de abril e são as seguintes:
- T-6G – Cancelamento das missões de apoio próximo às forças terrestres e de ataque ao solo de natureza independente;
- Fiat G.91 – Execução apenas de missões de bombardeamento a picar (BOP) e de metralhamento a picar (MAP), com entrada a 10 000 pés (3300 m) e saída a 3000 pés (990 m);
- DO-27 – Cancelamento das missões de Reconhecimento Visual (RVIS) e de Posto de Controlo Volante (PCV); redução das missões de TGER e de TEVS (Transportes Gerais e Evacuação);
- Noratlas – Execução de missões de transporte limitado a 3000 kg de carga, a fim de assegurar a maior razão de subida das aeronaves dentro da zona de segurança garantida pelas forças terrestres; canceladas as missões de lançamento de cargas aéreas;
- C-47 Dakota – Execução de missões de transporte aéreo limitado a 1500 kg de carga;
- Alouette III – Execução de missões de TGER e TEVS por duas aeronaves, a baixa altitude, uma limpa e a outra armada para protecção do conjunto e de apoio de fogo das tropas e do meio aéreo de TEVS, na zona de operações das forças terrestres; execução de missões de TGER apenas para pistas interditas ao DO-27. (...)
Por último, podemos analisar a exploração operacional das várias aeronaves da ZACVG, através do gráfico 6. O efeito do míssil é evidente, principalmente, nos aviões de hélice e menos significativo no Alouette III e no Fiat G.91. O caça italiano é mesmo o único meio aéreo que aumenta a sua actividade operacional ao longo do ano em análise.
6 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15336: FAP (93): O impacto do Strela na actividade aérea na Guiné - III e última Parte (José Matos, historiador e... astrónomo)
Desde finais de abril até dezembro de 1973, são referenciados 15 disparos contra aviões Fiat, mas nenhum avião é atingido (...). Este indicador mostra que os pilotos da BA12 conseguiram, ao longo do resto do ano, contornar a ameaça antiaérea e recuperar o controlo sobre a generalidade das acções de apoio que prestavam às forças terrestres.
O único abate acontece em 31 de janeiro de 1974, quando o G.91 5437, pilotado pelo Tenente Castro Gil, é atingido por um míssil perto da fronteira com o Senegal, numa missão de apoio a Canquelifá. O piloto consegue ejectar-se e escapar à guerrilha, regressando no dia seguinte ao quartel de Piche, à boleia numa bicicleta de um habitante local. (...)
[ Seleção / adaptação / revisão / fixação de texto / negritos e itálicos, para efeitos de publicação deste poste no blogue: L.G.]
8 comentários:
Revendo está foto aerea da BA 12 não é difícil concluir que era um alvo fácil e rendoso para a próxima escalada da guerra...
Vamos lá à "redução das vulnerabilidades"... (que não eram poucas: o calor, o cansaço do pessoal, o tempo de comissão, o desembaraço criado pela veterania, a incomodidade do esforço físico, a casa a 4 mil quilómetros de distância, a argamassa com conservas de cavala para o jantar, as abelhas, as formigas, o mosquito, o clima, o IN e os seus amigos (incluindo as suecas, loiras, de olhos azuis...), a bolanha, o tarrafo, a matacanha, o mosquito, o strela, o foguete 122 mm, o morteiro 120 mm, a peça de artilhatria 130 mm, as novas minas A/C e A/P, o Marcelo Caetano, o Tomás, os 50 anos de ditadura, etc...)
Desmatar... o quê, senhor general ? Quando, como, porquè ? Alargava o campo de visão do IN, que ficava na orla da floresta, emboscado, â espera das NT, sentado em cadeirinha de praia, mascando noz de cola e beberricando "vinho de palma"... ou orando a Alá...e vendo a "banda passar"...
Como ? Com quê ? Máquinas do BENG 447 (ou da TECNIL) "cá tem", nãpo chegavam para as encomendas... As companhias de quadrícula não tinha orçamento para estes "luxos"... Nem mão de obra...
população local, agora consciente dos seus direitos, com a política spinolitsa "Por uma Guiné Melhor", já não vai na "cantiga do bandido" do régulo, do chefe de posto, do administrador ou do tenente-coronel do batalhão...
Catana já não é para capinar, capitron... Capinar "manga de canseira", mi afero... Agora só sentado, furi~e... Escravatura acabou há muito, nosso cabo... E trabalho forçado acabou pelo menos desde 1961... Pelo menos, "teoricamente!", patrão!
Bettencourt Rodrigues, que não sabia distinguiruma "sanzala" duma "tabanca", nãpo teve tempo de beber a água do Geba...
Vamos lá então, senghor general, à "redução das vulnerabilidades"... Que não eram poucas: o calor, o cansaço do pessoal, o tempo de comissão, o desembaraço criado pela veterania, a incomodidade do esforço físico, etc... Acrescente aí mais estas, que me ocorrem de rajada: a casa, a 4 mil quilómetros de distância, a argamassa com conservas de cavala para o jantar, as abelhas, as formigas, o mosquito, o clima, a água "impotável", o IN e os seus amigos (incluindo as suecas, loiras, de olhos azuis...), a bolanha, o tarrafo, a matacanha, o mosquito, o strela, o foguete 122 mm, o morteiro 120 mm, a peça de artilhatria 130 mm, as novas minas A/C e A/P, o Marcelo Caetano, o Tomás, os 50 anos de ditadura, etc...
Desmatar... o quê, senhor general ?! Quando, como, porquè ?... Alargava o campo de visão do IN, que ficava na orla da floresta, emboscado, â espera das NT, sentado em cadeirinha de praia, mascando noz de cola e beberricando "vinho de palma"... ou orando a Alá...e vendo a "banda passar"...
Como ? Com quê ? Máquinas do BENG 447 (ou da TECNIL) "cá tem", não chegavam para as encomendas (andava a abrdir estradas, alcatroar, construir escolas, mesquitas, centros de saúde, mercados)...
As pobres companhias de quadrícula não tinham orçamento para estes "luxos"... Nem mão de obra... Bem capitães nem engenheiros...
A população local, agora consciente dos seus direitos, com a política spinolitsa "Por uma Guiné Melhor", já não ia na "cantiga do bandido" do régulo, do chefe de posto, do administrador ou do tenente-coronel do batalhão...
Catana já não é para capinar, capiton... Capinar, "manga de canseira", mi alfero... Agora só sentado, furié, "manga de bom pessoal"... Escravatura acabou há muito, nosso cabo... E trabalho forçado acabou pelo menos desde 1961... Pelo menos, "teoricamente!", patrão Rendeiro, Zé Maria, Nasser!...
General Spínola,"pai di nós!"... Agora, "pai cá tem"...
(...) "Verificar a instrução de tiro do pessoal (1 cartucho por homem serve para detectar maus atiradores) e treinar os menos aptos." (...)
Na minha comissão, numa companhia africana, como a minha, sempre na porrada, a "carreira de tiro era no mato"... E os graduados ("tugas") só tinham que se preocupara com o gasto de munições, em caso de "embrulhanço"... Era sempre conveniente lembrar à malta que no regresso ao quartel mais próximo ainda podia haver mais "emberulhanço"... E que a G3 tinha 3 posições de cadência de tiro: rajada, tiro semi-automático e tiro a tiro...
Carreira de tiro ? Havia-as nos CIM (Centro de Instrução Militar)... Até nas munições éramos poupadinhos.
Olá Camaradas
Li o texto supra e não consigo o que pretendia o Gen. com ele. Tudo o que lá vem escrito é intuitivo e não traz nada novo nem indicia a possibilidade de se haver alguma melhoria na situação.
Um Ab.
António J. P. Costa
Pois é. Tó Zé, há coisas que não se inventam, sobretudo depois de Spínola, só em três anios ter publicado setenta e tal directivas... Havia ali massa cinzenta, liderança, trabalho em equipa,. gente que fazia o aseu TPC...Não chefa ser o nº di curso da Academia... É preciso depois passar no teste do "saber-saber", "saber-fazer" e "saber-ser" e "saber-estar"...
E a propósito que eram o teu homónino, major de artilharia Pereira da Costa que, segundo o marechal Costa Gomes (maiuzinho...) teria escrito o livro ou grande parte do livro "Portugal e o Futuro"... Um "crànio", formadfo em Económicas, que lhe escreveria também os discursos)... "Um rapaz muioto inteligente masd um mnilitar absolutamente inadequado"...
Já ouvi tanta parvoíce, mas esta do major de artilhara Pereira da Costa... Teu sósia!... Deves tè-conhecido!...
Olá Camarada
O Major Pereira da Costa foi um homem muito competente que fez grande parte da sua tropa na EPA. Éramos 3, nessa altura: um ten-cor. professor de táctica de artilharia na AM, este teu criado que era capitão (jovem) e o tal major que era realmente um portento reconhecido por todos. O da AM ainda o reencontrei na área de Coimbra, nos tempos da Revolução. O major não sei que foi feito dele. É provável que tenha sido "comido" pela Revolução.
Um Ab. e vai votar. Põe a cruzinha no quadradinho como deve ser e boa sorte para os políticos do teu clube.
António J. P. Costa
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