terça-feira, 23 de abril de 2024

Guiné 61/74 - P25427: 20.º aniversário do nosso blogue (7): 20 anos a blogar são, pelo menos, "10 comissões de serviço na Guiné"... Obrigado a todos/as aqueles/as que nos ajudam, todos os dias, a manter vivo este espaço de partilha de memórias (e de afetos)

Infografia: Miguel Pessoa (2024)


20 ANOS A BLOGAR,

C. 25,5 MIL POSTES PUBLICADOS,

MAIS DE 100 MIL COMENTÁRIOS,

15 MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES  
(c. 400 MIL NOS ÚLTIMOS 3 MESES),

C. 900 TABANQUEIROS...


Amigos e camaradas da Guiné:
não haverá hoje, dia 23/4/2024,"rancho melhorado",
mas podem mandar uma "prendinha":
não, não mandem "patacão", 
nem flores, muito menos de plástico...

Mandem um olá, um chicoração, um alfabravo,
uma foto com legenda, 
duas linhas de parabéns,
um aerograma,
uma história, 
um poema,
um "cartoon",
e até, de preferência, 
um "periquito" para se juntar aos quase 900 membros 
da Tabanca Grande
e se sentar à sombra do nosso poilão...

Também podem dizer mal...
Mas, por favor, façam a "prova de vida",
apareçam, digam, que ainda estão vivos, 
mesmo que há muito já não venham aqui!...

20 anos a blogar são, pelo menos, "10 comissões de serviço na Guiné",
a andar por aquelas bolanhas, matos e picadas
cheias de minas & armadilhas,
de "turras" emboscados apontando os RPG à vossa cabeça
ou foguetes de 122 mm ao prato de mancarrão 
com cavalas de conserva!...

20 anos a blogar, dezenas de milhares
de mensagens recebidas e expedidas,
mais de 100 mil imagens,
vários PC, de secretária e portáteis, "estafados"...
E sobretudo a oportunidade de nos conhecermos, 
convivermos, partilharmos histórias e memórias...
independentemente do que fomos (ontem), 
e do que somos (hoje), 
e do que seremos (amanhã),
sabendo dosear, com bom senso e com bom gosto, 
tolerância e "fair play",
amizade e camaradagem,
paciência e humor de caserna q. b., 
tudo aquilo que nos une e até aquilo que nos separa...

Enquanto a saúde, a lucidez, a santa paciência....
e a vontade de todos nós o permitirem,
vamos continuar a blogar, 
e a prosseguir, juntos, a caminhada pela picada da vida,
agora cada vez mais repleta de outras "minas & armadilhas".

O apelo continua a ser o mesmo de há 20 anos atrás:
não deixem que sejam os outros, os de fora,
a contar as vossas histórias!...
Temos o direito e o dever de memória,
incluindo o de explicar aos nossos filhos e netos
onde ficava a Guiné, "longe do Vietname"...

Nestes 20 anos a blogar, também há lugar para agradecimentos
a todos/as aqueles/as que nos ajudam 
a fazer todos os dias o nosso blogue,
a manter vivo este espaço 
de partilha de memórias (e de afetos),
autores, comentadores, leitores, 
colaboradores permanentes e, claro, editores.
(Feliz ou infelizmente não temos patrocinadores.)

15 comentários:

Eduardo Estrela disse...

Amigos, camaradas e companheiros!!
Metam " o Chico " vitaliciamente.
Só assim se poderá continuar a obra em boa hora começada pelo Luís com o apoio de todo o seu Estado Maior.
Este mosaico de afectos onde contamos episódios duma guerra que nunca devia ter começado e que contribuem para o enriquecimento da nossa memória colectiva.
Bem hajam!
Marchemos ao encontro do futuro.
Abraço fraterno
Eduardo Estrela

Tabanca Grande Luís Graça disse...

"Meter o chico"?... Então não metemos já, pelo menos eu e o Carlos Vinhal... Sem esquecer o Beja Santos...

Agora duvido é que haja alguém que possa jurar que nos acompanha todos os dias, desde há 20 anos... Mesmo o Valdemar Queiroz, que é nosso fiel leitor nos últimos anos, e que está trancado em casa com a sua DPOC de "estimação"...

Tenho com o Carlos Vinhal um pacto: quer faça sol ou chuva, quer haja peste ou diarreia, todos os dias saímos para o "mato, isto é, eu ou ele temos de publicar sempre pelo menos um poste por dia... Em média, são 3 ou mais.

Ab, Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Levantei-me hoje às 4 da manhã... Estava sem sono. Até às 8 horas editei três +ostes, dois já estão publicados, um terceiro, do Luís Gonçalves Vaz, sairá às 12h00...

Quatro horas de edição... Quem nos lê, não imagina o trabalho que é editar um poste (ou "postagem", como gosta de dizer o Carlos Vinhal, que está a 300 km daqui, em Matosinhos, Leça da Palmeira, comunicamos por telefone e mail, já o não vejo há anos...).

João Rodrigues Lobo disse...

Parabéns fundadores e editores. Parabéns tabanqueiros. Desde que o descobri há alguns anos, (pena não ter sido há mais), os seus posts têm sido a minha leitura da manhã (mesmo antes das noticias.Muito tenho recordado e muito tenho aprendido. Grande abraço.

Eduardo Estrela disse...

Eu sei e reconheço que o vosso esforço é hercúleo.
Aquela chamada era mais para os companheiros que por uma ou outra razão têm deixado de aparecer, mesmo nos comentários, entre os quais eu próprio me incluo.
Bastas vezes me interrogo relativamente à vossa resiliência e entrega à causa nobre que idealizaram e puseram em prática.
Tenho por todos uma grande admiração.
Abraço
Eduardo Estrela

Anónimo disse...

Luís Vaz (by email(
23 br 2024 09:37

Olá Luís, bom Dia

Parabéns ao Blog, parabéns a Ti 😝👌 e Parabéns a todos nós, os Tabanqueiros 👏👏👏

Abraço

Luís Gonçalves Vaz

Anónimo disse...

Bom dia Luís com 10 comissões mereces no mínimo uma torre espada. Não, engano meu. Esse é muito raro num furriel, ficas com uma cruz de guerra da resiliência e da coragem e determibação.
Um abraço para ti e para todos aqueles que colaboram contigo, nesta missão que nunca scabará.
António Duarte
Cart 3493 e Ccaç 12
Dez 71 a Jan 74

Victor Costa disse...

OBRIGADO LUÍS,

Depois de mais de três meses de "férias" forçadas já consigo mexer os dedos e as mãos. Aí segue a resposta ao desafio.
Assunto: A herança do MFA.
Durante mais de 30 anos estive ligado ao movimento Associativo em cargos de Direção e fui durante quatro anos (1986 a 1990) Secretário da Mesa da Assembleia de Freguesia de Lavos em representação do PRD. Quando terminou o meu mandato, já estava curado daquela doença e não voltei mais à política.
Entendo que todas as opiniões são importantes mas estão sujeitas a opiniões políticas divergentes. Esta minha opinião nada tem a ver com qualquer questão pessoal, é a Democracia a funcionar.
Uma das coisas que aprendi no Exército foi a importância da disciplina e o respeito pelos nossos superiores. Na Guiné adquiri também a resistência e a capacidade de encaixe mas há limites para tudo .
No dia 9 de Abril de 2024 às 20H e 33 min a Estação de Televisão CM mostrou o seguinte Post: Iniciativas que assinalam os cinquenta anos do 25 de Abril.
Frase da semana, Carlos Matos Gomes.
Nunca vivemos uma Democracia tão alargada como a que existiu entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro.
Seguiu-se o comentário do Camilo Lourenço (a cor do dinheiro) que faz análise económica na dita Estação. As datas de 25 de Abril e 25 Novembro acima citadas fizeram-me recordar o passado e os "TRÊS DÊS" do MFA.
A primeira vez que entrei no gabinete do Sr. Cap. Dias Silva da C.Caç. 4541/72 para receber uma ordem, vi o seu relógio de pulso exposto na parede por cima da sua cabeça com a marca de uma bala.
No dia seguinte perguntei aos militares da minha secção, qual o significado e o porquê da exposição do relógio, o que ouvi foi raiva e lamentos dos militares e manifestações desagrado sobre a condução da Operação na Mata do Choquemone no dia 25 de Novembro de 1972, conduzida pelo Sr. Cap. Dias Silva.

(continua)

Victor Costa disse...

(continuação)

Desta Operação resultaram 5 mortos e 12 feridos, entre eles o Sr. Cap. Dias Silva. A evacuação contou com a intervenção do Heli-canhão e do Heli-socorro. Dos relatos dos Soldados fiquei com a ideia que este desaire se deveu à falta de experiência militar que atingia todos os "piriquitos" no início de Comissão incluindo Oficiais, Sargentos e Praças.
Soube do Golpe de Estado do 25 de Abril de 1974 às 23 horas desse mesmo dia quando realizava uma patrulha no Impernal 14. Paramos num campo de coqueiros, sintonizamos o rádio de pilhas na Estação da BBC e ouvimos a notícia.

Passados uns dias foi constituída a Delegação do MFA da C.Cac. 4541/72, eu fui um dos eleitos. A partir daí ficamos a aguardar, ordens, sobre a postura que devíamos assumir a partir daí.
Passados mais de dois meses a C.Caç.4541/72, não possuía qualquer informação escrita ou oral sobre o MFA ou as ações que devíamos executar.
Assim decidi mostrar o meu desagrado ao Alferes Xavier, também membro da nossa Delegação do MFA. Este ouviu a minha reclamação, mostrou também o seu desagrado e concordou comigo em fazer uso do Artº 148º do RDM.

Até aquela data nunca tinha exigido nada a um superior e muito menos utilizar o RDM. A parte de trás da folha de papel onde consta o Art. 148º já foi aqui publicada. A  parte da frente da folha que, (junto em anexo) mostra como foi iniciado este processo.
Os Documentos do C.E.M.F.A, os Boletins Informativos do MFA nº1 e nº2 e o Comunicado do Núcleo do MFA da Guiné, acima citados chegaram uns dias depois, com destaque para a ordem do Sr. Cap. Dias Silva da C.Cac.4541/72 escrita a vermelho:  
DEVE A DELEGAÇÃO DO MFA DESTA DAR CUMPRIMENTO RIGOROSO  EXPLICANDO A TODO O PESSOAL EM 25/7/74, assina, Cap. Dias Silva.

As Circulares são de 27/5/74 e 28/5/74 e chegaram DOIS MESES DEPOIS em 25/7/74 , foram aqui publicados e são os seguintes:
- 2ª Repartição - Circular nº 67/GB de 27/5/74 e Circular 1703/NP de 28/5/74.
-  5ª Repartição  -  Circular nº 2736/AP/74.
- Boletins Informativos nº 1 e 2 do MFA.
-  Dia 16 de Julho de 1974 (Comunicado às Delegações do MFA em Bissau) Cap. Jorge Couto.
- Não tive qualquer participação nem conheci o dito "movimento alargado de Oficiais Sargentos e Praças na Guiné" do Núcleo do MFA da Guiné.

- Como mostra a Ordem do Sr. Cap. Dias Silva, a primeira e única informação recebida na C.Cac. 4541/72 da parte do Núcleo do MFA da Guiné aconteceu dois meses depois da constituição da nossa Delegação do MFA.
- Foi necessário recorrer à utilização do Artº 148º do RDM para receber os documentos citados.
- Já quanto aos Bol. Informativos nº 1 e 2 e o Comunicado de 16 de Julho de 1974 foram recebidos na mesma data.

(continua)

Victor Costa disse...

(continuação)

TODOS ESTES DOCUMENTOS FORAM AQUI PUBLICADOS EM 20 DE JANEIRO DE 2022
As Ordens de natureza Militar foram executadas, mas a nossa Delegação do MFA nunca realizou quaisquer acções de natureza política dentro ou fora da nossa Unidade e havia razões para isso.
A linha política do Comunicado do MFA da Guiné era clara e apelava ao nosso envolvimento numa dada orientação política e eu concordo com a actuação do nosso Comandante.
A relação próxima da C.Cac. 4541/72 com o BCP 12 e a ligação das pontas soltas permite compreender melhor a história e os reflexos do Golpe Militar de Bissau.

Júlio César disse há pouco mais de 2000 mil anos o seguinte: "Há uma civilização nos confins  da Ibéria que não se governa nem se deixa governar.", Júlio César referia-se à Lusitânia.
Esta visão do Imperador Romano não correspondia aos lusitanos. Eu acredito que os Lusitanos são guerreiros extraordinários mas só respeitam Líderes fortes.
Marcelo Caetano foi um líder fraco, que não estava à altura para resolver o problema da Guerra Colonial. Não teve coragem de apertar com o Chefe de Estado Américo Tomaz e acabou por ser o bode expiatório.

Soube do livro Portugal e o Futuro do General Spínola em Fevereiro 74 por um vizinho marinheiro da Marinha Mercante chamado João Lérias ainda vivo. Adquiri posteriormente esta obra Edição 566 (composto e impresso para a Editora Arcádia, S.A.R.L. na Safil em Fevereiro de 1974).
Na pág. 15 o Sr. Gen. Spinola refere que: O espírito que persistiu à elaboração deste livro,que pretende ser uma resposta a quantos receiam qualquer fórmula de evolução; resposta ainda a quantos, agitando a bandeira de princípios que fizeram História, mas que o tempo arquivou e o mundo de hoje não aceita, acabarão por conduzir o País à desintegração pela via revolucionária; resposta aos intolerantes, afinal destruidores da unidade Nacional que pretendem defender; resposta enfim aos que, cegos à potencialidade do espírito lusíada, (e continua).
As minhas divergências com o pensamento político do Sr. General começa na pág. 179 com o Subtítulo UMA HIPÓTESE DE ESTRUTURAÇÃO POLÍTICA DA NAÇÃO, ou seja quando defende a tese Federalista.
O Golpe falhado do 16 de Março no RI 5 das Caldas onde fui Incorporado, vem no seguimento deste livro e o 25 de Abril ou outra data qualquer, teria de acontecer era uma questão de tempo.
Depois de regressar da Guiné fiz parte da 1ª Comissão de Recenseamento Eleitoral e quando esta missão terminou foi necessário começar a trabalhar porque o dinheiro não dura para sempre.
A empresa SEPSA na montagem da Refinaria Petrosul de Sines foi o local possível. Vivi intensamente o PREC, nomeadamente o 11 de Março, o Serviço Cívico, o dia de trabalho para a Nação e o "Verão Quente de 75". Desde o início de Março ao fim de Novembro de 1975 vi excessos de violência em Santiago do Cacém, Sines, Ermidas do Sado e Alvalade do Sado e na própria Refinaria de Sines.
O Gabinete da Área de Sines tinha já ultrapassado os seis mil trabalhadores, quando da Greve Geral dos Trabalhadores da Construção Civil que marchou para Lisboa em Julho de 75. Na Comissão Central de Trabalhadores da Petrosul que representava todas as todas empresas, o Partido Comunista dominava e eu precisava de ler as obras dos seus ídolos como (Marx, Engels e Lenine) para poder combater estes novos adversários, vem deste  período do PREC o meu conhecimento sobre estas obras, até aí nunca me tinha aventurado ir tão longe neste tipo de leitura.
Os acontecimentos do PREC são parecidos com o descrito na obra de Lenine "Catástrofe iminente e os meios de a conjurar", nomeadamente:  A nacionalização dos Bancos consta da pág 23 - A ruína financeira e os meios de a conjurar consta da pág 67 - O Serviço de trabalho obrigatório instituído, regulado e dirigido pelos Sovietes de Deputados, Operários, Soldados e Camponeses, não é ainda Socialismo mas não é mais Capitalismo consta da pág. 78.

(continua)

Victor Costa disse...

(continuação)

Esta obra escrita entre 10 e 14 de Setembro de 1917 esteve na origem da Revolução de Outubro de 1917 e da implantação da Ditadura Bolchevique na Rússia. Os acontecimentos do PREC mostram que esta obra foi utilizada como um manual durante o PREC.
A nacionalização da Banca, o assalto à propriedade privada e a ruína financeira não constituem um exercício de Democracia alargada.

Em Lisboa a concentração da Fonte Luminosa foi uma ação de resistência. O Jornal Novo publicou em 19 de Novembro de 1975 uma fotomontagem com figuras militares conhecidas que eram cabeça de Cartaz no Teatro Variedades onde podia ler-se em letras garrafais " HOJE HÁ GOLPE " e no canto superior direito a seguinte legenda  " O golpe de Estado começa às nove e trinta em ponto".
Os militantes da linha Bolchevique  que aderiram posteriormente aos Partidos do Poder foram benzidos mas não foram batizados, dominam a manipulação e apresentam-se agora como grandes democratas.
Uma acção provoca sempre uma reacção, por este andar o Zé Povinho se encarregará de apagar também o 25 de Abril, restando apenas os registos que irão ficar na História.
Não ponho em causa o currículo militar dos Capitães de Abril e não me interessa saber se foram ou não apoiantes do Estado Novo, mas os  Chefes devem ser os primeiros a dar o exemplo. Houveram Militares do MFA que promoveram e apoiaram ações para instaurar uma Ditadura Comunista em Portugal, fizeram-no por opção e não por espírito de missão.
O prefácio do Sr. Cor. Carlos M. Gomes na obra "SPINOLA, SENHOR DA GUERRA", refere que ele é um apreciador de biografias e continua "quantas mais leio mais me interrogo sobre o que é uma biografia" (...).

E mais à frente, referindo-se a o Gen. Spinola diz (...). É na essência um chefe. Alimenta-se da lealdade e do sacrifício dos seus homens. É um militar, define objetivos. Entre ele e o objectivo existe uma recta, um eixo directo e não um espaço de manobra, uma área de indefinição. Deve ser seguido e não empurrado. Pode ser questionado, mas tem de ser obedecido (...).
Estas declarações são interessantes, mas mais à frente ele refere, a organização do Estado em torno do povo, os operários, os camponeses, os capitalistas, os empresários , os burgueses, os aristocratas, os trabalhadores, os emigrantes, os marinheiros (...).
A terminar este prefácio o Sr. Cor. Carlos M. Gomes define o Sr Gen. Spínola com "Um General que fomentou lealdades", mas que tem dificuldade em distinguir os cidadãos dos soldados (...) e que: Tomou divergências políticas como traições a um chefe.

O prefácio do Sr. Coronel mostra a diferença entre um líder forte admirado e respeitado ao estilo lusitano que foi o Sr. Gen. Spinola e o representante da facção minoritária Bolchevique chamado Lenine que habilmente através duma conjura tomou o poder e instaurou uma Ditadura Comunista na Rússia.
A história dos "Oficiais democratas do MFA" é de facto muito interessante porque parte destes ditos democratas  tornaram-se revolucionários durante o PREC e já tinham mais de 28 anos.

O PAIGC, que é um Partido de extraordinária implantação(...) fuzilou e enterrou dezenas e dezenas de contra-revolucionários (...) E não houve uma única linha nos jornais (Domingo, 15 junho) OTELO e as paredes do Campo Pequeno pág 162 (Os dias loucos do PREC). Nunca vivemos uma  Democracia tão alargada disse o Sr. Coronel Carlos M. Gomes, acima citado.

(continua)

Victor Costa disse...

(continuação)

Os Militares não deviam ter saído da sua esfera de Poder que é a Instituição Militar. Estes últimos 50 anos  mostraram que a política é porca por natureza e os Militares devem deixar a política para os políticos porque estes sabem lidar melhor com ela.
Militares como Ramalho Eanes, Jaime Neves, Salgueiro e outros da facção moderada do MFA souberam estar do lado certo da História até ao fim, se não fossem eles teríamos entrado numa guerra civil, eu tinha consciência disso antes do 25 de Novembro.
O General Ramalho Eanes assumiu claramente que foi Militar por opção, que não percebia nada de política, que foi político por obrigação, precisava de ouvir para decidir e foi o que fez. Para mim continua a ser uma referência moral.

"Os três D's" do MFA referiam-se a Descolonizar, Democratizar e Desenvolver. O "D" de Descolonizar foi um desastre, o "D" de democracia conseguimos manter até hoje, o "D" de Desenvolvimento é fraco e não podemos culpar o 25 de Abril disso, mas CINQUENTA ANOS A MARCAR PASSO É MUITO TEMPO.
Os Partidos que fizeram o Pacto com o MFA conduziram-nos ao "Estado a que isto chegou". Portugal é hoje uma república das bananas. Os portugueses que trabalham, são mulas de carga carregados de impostos e estão a ficar zangados. Os políticos que mandam nisto tudo não defendem os valores da família, insistem num modelo económico falido e vamos sendo ultrapassados pelos países de Leste do antigo Pacto de Varsóvia .
Sei o que é produzir riqueza e continuo a trabalhar, conheço o DEVE e o HAVER de uma empresa, preocupa-me haver cada vez mais automóveis topo de gama a transitar nas nossas estradas, usados com vaidade e ostentação.

A maioria das pessoas fazem ginástica para pagar a casa e manter a família e precisamos de trabalhar um ano de borla para o Estado para pagar a dívida e já ouvimos dizer a alguns que é preciso outro 25 de Abril.
Não sabia que havia tantos democratas em Portugal antes do 25 de Abril, as comemorações valem o que valem e não pagam as contas nem alimentam o Zé-Povinho, mas festa é festa. A manipulação dos factos é também um acto de censura.
Há cada vez mais pessoas a recordar o passado e os mais novos procuram saber quem são, de onde vieram e o que fizeram os seus antepassados é a História a impor a verdade. Independentemente da merda que alguns Militares fizeram no PREC, a Guerra Colonial mostrou que a Lusitânia continua a ter guerreiros extraordinários.

Nos passados dias 23 e 24 de Março de 2024 visitei SOURE e as comemorações dos 896 anos da  doação do seu Castelo e terrenos circundantes do Condado Portucalense à Ordem do Templo para a defesa da linha do Mondego e combate aos infiéis.
Vi arcos e flechas, espadas e cotas de malha para proteção dos nossos guerreiros, ouvi música e vi danças da idade Média, vi vestes com a Cruz Templária e recordei-me da citação de Júlio César sobre a LUSITÂNIA e vi que o espírito lusitano continua vivo.
Um Abraço a toda a equipa,

Victor Costa,
Ex.Fur.Mil.At.Inf.C.Cac. 4541/72

RIBEIRO AGOSTINHO disse...

Bom dia amigos, parabéns aos Editores deste Blogue, que no dia a dia nos vai alimentando as saudades doutros tempos. Acho que todos mereciamos um forte convívio em Monte Real, para comemorar estes 20 anos.
Grande abraço para todos.

Ribeiro Agostinho.

Valdemar Silva disse...

Uff!! Costa, a vida custa.

Saúde da boa e Viva o 25 de Abril
Valdemar Queiroz

A. Murta disse...

PARABÉNS ao nosso meritíssimo Blogue.
PARABÉNS ao seu timoneiro de boa fibra, Luís Graça.
PARABÉNS ao incansável e dedicado Carlos Vinhal.
Parabéns aos restantes editores e demais colaboradores.
Parabéns a todos os camaradas que, pela sua participação activa e pelo interesse vivo ao longo destes anos, permitiram manter à tona e com grande fôlego o nosso Blogue.
Sem o nosso Blogue, sustentado por todos vós, muitos ainda manteríamos enterradas no negrume do esquecimento, as memórias (boas e más) da Guiné, da sua gente, dos antigos companheiros e, ainda mais importante, as vivências que foram decisivas na nossa formação de jovens homens.

Obrigado a todos.
A. Murta.