segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5782: José Corceiro na CCAÇ 5 (3): A primeira saída para o mato (2ª parte)


1. O nosso Camarada José Corceiro* (ex-1.º Cabo TRMS, CCaç 5 - Gatos Pretos -, Canjadude, 1969/71), enviou-nos em 4 de Fevereiro de 2010, a 2ª parte das suas memórias da primeira saída para o mato, complementando assim a narração iniciada no poste P5745:
Camaradas,

É com agrado e estima que a vós me dirijo, com esta narrativa da “Primeira Saída Para o Mato, 2ª Parte”.

A todos os tertulianos, ou visitantes do “Blogue”, que se dão ao trabalho de ler este artigo, que o leiam com o espírito de quando, como nós, tinham 21 anos, se for possível.

Era a idade que eu tinha quando escrevi o substrato que deu origem a este relato, ao qual retirei algum colorido, ainda um miúdo (repito, com 21 anos), mas muito responsável, curioso e analítico, que amava valores muito distintos dos imbróglios belicistas.

Sentia que me estavam a mortificar e a ceifar os meus sonhos exequíveis, assistia ao desmoronar dos projectos que ordenadamente tinha idealizado e estava a construir, sentindo-me impotente para travar tamanha injustiça.

PRIMEIRA SAÍDA PARA O MATO - 2ª PARTE

Com tudo isto, ainda não disse nada na 1ª parte da minha primeira experiência de mato. Pois é, um belo dia devia ter saído às 07.00h para o mato, estava pronto a essa hora, mas não saí. Eu que estava impaciente de desejo e com ansiedade incontida, para vestir o meu camuflado novinho e descorá-lo no mato, para não me chamarem periquito e ficar todo catita. Não tive essa gratificação nesse dia. A “desculpa” que recebi (informação de caserna), foi que os padeiros se esqueceram de fazer o pão, para entregar com as rações de combate.

Mas, a excitação foi efémera, às 12.00h, o meu Furriel Martins, disse-me:
- Às 14.00h vai sair para o mato, pode ir levantar as rações de combate.

Toda a euforia da manhã, se desvaneceu, e às 14.00h, lá estava eu todo boneco, com camuflado sem mácula e sem engelhamentos, embaraçado, pois parecia ser a primeira vez doutros tempos, com postura algo estranha, que mais parecia estar com descoordenação de movimentos, as mãos desajeitadas e constrangidas, não comportavam tanta coisa como eu tinha para levar.

Era a sacola com coisas diversas (até ligadura de gaze hidrófila eu levava), a G3 que nem sabia ainda aconchegar, cartucheiras, cinturão, carregadores de munições, cantil da água, oleado para dormir, rede mosquiteira, rações de combate tipo E e a máquina fotográfica (a minha Olimpus Pen FT que levara da Metrópole), que ainda hoje guardo religiosamente. Tenho também uma Canon (que comprei na Guiné) e a minha inseparável agenda, para os registos de memorização imediata.

A máquina e a agenda eram as grandes prioridades e preocupação para mim, pois temia que a chuva as danificasse, embora estivessem protegidas com plásticos. Envolta em plástico ia também a folha A 4 (chave de autenticações), para validar comunicações de transmissões das diversas entidades e unidades envolvidas na operação.

Às 14.00h, ouvi o som do baquetear do “gongo”, o que achei estranho, pois julguei que fosse começar um filme. O “gongo” estava montado num tronco de palmeira espetado no chão, colocado junto à porta que fazia a ligação entre o aquartelamento e a Tabanca. Nada mais era do que um bidão cilíndrico, ao qual se extraiu uma das bases e que estava enfiado no topo de um tronco, que, por sua vez, estava espetado no chão. O som resultava de marteladas com uma baqueta, improvisada de um tubo metálico, no dito bidão.

Para mim tudo isto era inovação, pois não conhecia os sinais de chamamento, que se estavam a fazer ouvir: Booom, booom, booom, booom, booom, booom… intervalo… booom… intervalo… booom, booom… intervalo… booom, booom, booom… silêncio. Estas pancadas eram o código para chamar os 1º, 2º e 3º pelotões.

Não passaram dois minutos e já todos os militares que sabiam descodificar o sinal, acorreram apressados e desembaraçados, com os apetrechos necessários para cumprir a missão que lhes estava destinada. Vieram da Tabanca todos briosos, com aprumo e à vontade, e formaram, cada grupo no seu lugar, para os seus superiores os poderem contar. Depois foi dada a voz para as saltarem para as viaturas, e, logo de seguida, arrancamos.

Lá estava eu pronto, seguindo a orientação do Carvalho, tomei lugar na viatura de transmissões, que tinha um rádio instalado e na qual ia o Rogério.

As viaturas partiram intervaladas, na cabeça da coluna ia o capitão e em terceiro lugar ia a de transmissões, rumo a Oeste (para o lado da pista aérea).

Progredimos pelo meio da floresta (para mim tudo era flora estranha), com o terreno plano e o arvoredo frondoso que ladeava os trilhos e que existiam graças à “teimosia” dos pneus das viaturas. Embrenhamo-nos no matagal não mais de 5km. Junto a uma clareira as viaturas pararam e o nosso capitão, que como disse ia na frente, deu ordem para o pessoal se apear e tudo em uníssono saltou para o chão. Os transportes regressaram ao aquartelamento com a guarnição de segurança.

Os que íamos para a operação ordenamo-nos céleres, em fila espaçados uns dos outros, e começamos a avançar (três pelotões e os carregadores civis, pelas minhas contas seria uma centena de homens). Convenci-me, pelo que vi, que cada elemento sabia antecipadamente o lugar que devia ocupar e evidenciou-se tudo muito bem organizado e disciplinado. Começamos a caminhar no terreno, inflectindo para o lado esquerdo, obliquamente. O pessoal de transmissões ocupava as posições, entre o 10º e o 15º lugar da fila, juntamente com pessoal de enfermagem, que seguia atrás do Capitão. Á frente, abria caminho, um grupo constituído por 5 ou 6 militares, “comandos ou guarda-costas” do Capitão (todos eles nativos, com muita bravura, completo destemor, desembaraço na condução e todos eles usando lenços pretos de cetim ao pescoço).

Quando nos apeamos fiquei agradecido, por um lado, mas apreensivo e surpreendido, por outro (é a lei das ambiguidades, ninguém está contente com aquilo que tem, só desejamos uma coisa enquanto a não alcançamos), ao constatar, que haviam dois carregadores para transportar os aparelhos de transmissões, que mais não eram que dois rapazes (pela fisionomia aparentavam ter uns 14 ou 15 anos de idade) e, por isso, ainda crianças para andarem nestas lidas.

Quis dialogar com eles, para lhes agradecer o esforço, não sei se me entenderam, ou não? Haviam as evidentes dificuldade linguísticas, mas eu percebi, por meias palavras, que faziam aquele trabalho praticamente a troco de alimentação (gente humilde e sem rebeldias). Fiquei muito reconhecido, porque me deram a sua amizade e solidariedade. Sempre que me viam na Tabanca, vinham ter comigo, para me falar e dialogar. Foram-me muito prestáveis, enquanto estive na Guiné, logo que soubessem, que havia algum mimo na Tabanca, para vender (cachos de bananas, papaia, ananás, leite, galinha de mato ou doméstica, gazela ou javali) vinham-me comunicar. Esta preocupação deles nunca a consegui pagar.

Progredimos entranhados no mato, como disse num terreno plano, de quando em vez serpenteado de arvoredo cerrado e, a certa altura, atravessamos uma picada no sentido de Poente para Nascente, que tinha a orientação de Norte para Sul, disseram-me que ligava Canjadude ao Cheche.

Logo mais à frente, deparamo-nos com uma clareira, que intui, pelos indícios, que fosse em tempos uma Tabanca habitada, pois havia árvores de fruto, confirmei que era Fariná. Após termos caminhado, três horas, três e meia, chegamos a Fariná, onde o pessoal se instalou, formando um círculo, de segurança, em todo o perímetro da clareira.

Estávamos em Fariná e íamos ficar por aqui, pois o anoitecer não demoraria muito a chegar. O Sol declinava aceleradamente, querendo beijar com sofreguidão lasciva a linha do, aparentemente, não longínquo horizonte. Avizinhava-se o luar, que prometia serenidade e o firmamento apresentava um azul lívido estrelado, que eram sinais de prenúncio maus conselheiros para os amantes alucinados, que libertavam as suas musas inspiradoras e lhes
fertilizava a imaginação e os projectava do telúrico para o espacial.


Aqui chegados montamos arraiais para passar a noite e eu comer a minha primeira ração de combate no mato. O pessoal de transmissões, assim como o pessoal de saúde, onde se incluía o sargento enfermeiro, ficou muito próximo do Capitão Pacífico dos Reis, que pernoitou numa parte mais central rodeado de 4 ou 5 comandos. À ordem do Capitão, foi enviada mensagem para Canjadude, a dizer que estava tudo OK e que estávamos no ponto Delta.

Foi a minha primeira experiência de transmissões em operação, orientado pelo Silva com a supervisão do Carvalho. Montar antena de árvore a árvore, ligar equipamento, enviar a mensagem e retirar a antena.

Começou na Guiné para mim a missão deslocada, no espaço e no tempo, que à luz da minha razão, nunca compreendi. Como foi possível deixar arrastar os acontecimentos, até à via da irresolução (sem possibilidades de solução com dignidade), quando tinha havido tanta fonte histórica, para beber conhecimento e colher experiência, que poderiam ter servido de mote, inspiração, modelo e exemplo, para dar rumo diferente, de forma que trouxessem benefício a todos, colonizadores e colonizados, evitando a questão da problemática guerra do Ultramar.

Ainda que diferente, tínhamos mais um suporte, a lembrança do sucedido com o Brasil. Ou será que a teimosia da Guerra do Ultramar, foi uma inconsciência adormecida, ou uma dificultação birrenta para compensar o “facilitismo” concedido ao Brasil!?

Em Fariná andei, observei, acampei, dormi acordado, sonhei, imaginei e desejei, que a paz chegasse para todos fazer felizes e calmos. Emocionado não chorei, para não magoar os meus restantes Camaradas.

Dormi a minha primeira noite no mato em operações, de 14 para 15 (sábado para domingo) de Junho de 1969. Não me lembro do nome da operação…

Dia 15 de Junho de 1969, por volta das 06.00h ao lusco-fusco, quando surgiam os primeiros raios matinais de claridade, espairecendo e espreguiçando-se com raios der lassidão e envergonhados, já o pessoal estava todo activo. Numa mão a lata de leite achocolatado e, na outra, uma ”nacada” de pão com cheirinho a manteiga e triângulo de queijo flamengo.

Isto, pensava eu:
- Para matar as saudades de quem está lá longe, que bem poderá estar a observar a mesma estrela que eu via ali, nesse momento, e para que os meus desejos se fundissem telepaticamente, com os de alguém, e nos pudéssemos acarinhar deliciosamente, com enlevo e volúpia (um ao outro).

O naco do pão, serviu também para minimizar as amarguras e a dureza da vida, a crespidão e aspereza da cama, que não me deixou dormir, nem revigorar e descansar, nem sonhar, aqueles que bem poderiam ter sido sonhos libidinosos, para me confortar, deleitar e extasiar. Quiçá tais fantasias imaginativas de quem não conseguiu pregar olho, naquela noite, e viveu desejos lúdicos, que, obviamente, não conseguiu materializar.

Horas passadas em “branco”, ouvindo o sibilar da brisa húmida e refrescante, a afagar e a agitar o denso e desmaiado capim, que, ao ser apanhado e tocado, se torna crepitante exalando um odor muito diferente do cativante jasmim, só porque a água lhe falta e não estava vicejante, por aqui tão abundante.

O tempo urgia e não podíamos parar, eram 06.15h e o nosso comandante deu a ordem:
- Vamos avançar!
Ainda deu, para eu, num relance instantâneo, poder dar uma última olhadela e a minha retina registar, para poder melhor memorizar em todo o meu existir, aquele arejado e puro lugar, dizendo-lhe adeus e, talvez, um até nunca mais aqui voltar.

Em Fariná, tive o mais grato prazer porque me deu gozo ver, tocar e sentir, o perfume e o sabor acre de uma laranjeira, com os seus frutos esféricos e esverdeados ainda por amadurecer. Timidamente arranquei um dos seus frutos de aparência adocicado, apalpei a sua casca e rasguei-a, mas fiquei desolado e desconsolado quando provei um dos seus gomos!

Com a mesma disciplina e organização do dia anterior, progredimos em caminhada, segundo a minha percepção de orientação, para Sul, ora mais “enselvados” ora mais “encapinhados”. Entramos numa zona onde o capim era crescido e seco, formando uma flora muito uniforme, excluindo uma ou outra palmeira. O terreno começava a ser mais irregular, acidentado, com elevações, e, a determinada altura, surgiu como que uma montanha (não muito elevada).

Neste ponto, deu-se a separação do grupo, ficando um pelotão emboscado no morro a dar protecção à retaguarda e outro grupo que avançou. O Silva ficou a assegurar o serviço de transmissões e eu continuei, com o Carvalho, em direcção ao Cheche.

Mais à frente, depois de termos passado uns ribeiros, que deviam ser afluentes do Corubal e em cujas margens se via uma flora encantadora e viçosa, quais nichos ecológicos e fulgurantes, que deviam a sua exuberância, ao efeito benéfico dos regueiros de água que corriam debilmente nos seus leitos sinuosos. Mais o meu ego ficou grato, por terem os meus olhos sido prendados com tão deslumbrante e apavorante visão, dum jacaré aninhado (que outros diziam ser crocodilo).

Continuamos a avançar e eis que perante nossos olhos receosos, vislumbramos o tão falado rio Corubal. Caminhamos cerca de meia-hora, não muito longe da margem do rio e quase paralelo a este, atalhando os seus contornos, e, finalmente, chegamos ao prometido, enigmático e fantasmagórico Cheche, com o rio Corubal a nossos pés.

O rio caudaloso, tranquilo e imponente, apresentava-se sem complexos de culpa alguma do terrível e nefasto drama que ali ocorrera, pois as suas águas mais pareciam estagnadas a dizer que não estavam envergonhadas de nada, do que delas se dizia e que a ninguém intimidavam, estando prostradas em sinal de paz, sossego e aconchego, com todo o pudor.

Segundo os meus cálculos, a largura do rio, da margem direita onde estava até à outra margem, devia rondar pouco mais de 100m (tendo como referência o campo de futebol) e sabendo eu que o erro de paralaxe, numa superfície plana sobre água, tem outra variável de engano.

No Cheche, onde muito meditei, estive a ver e analisar o rio Corubal de águas que se diziam serem turvas, escabrosas e traiçoeiras, e que, a mim, se mostraram serenas, tranquilas, fiéis, silenciosas e calmas. Ali parei com muita dignidade, respeito e rezando em memória daqueles que dali partiram, e a Deus.

Pelos falecidos orei com fervor e dor, viajando pelo etéreo onde o meu pensamento se diluía, criando imagens do que em tempos por ali acontecera e partindo do pouco que sabia sobre o apocalíptico drama, tentei construir e consolidar os meus pensamentos, no meu infindável desejo de sempre mais saber e aprender em busca da verdade, para homogeneizar as minhas ideias e o meu criterioso juízo de obedecer a determinadas ordens.

Não comungo a opinião, dos que querendo culpar do acontecido a Natureza, declinam a responsabilidade do ser humano, no qual a culpa está com toda a certeza…

Foi com muita ingenuidade e devoção, que a todos lembrei que aqui pereceram, enviando-lhes a minha mensagem de oração e saudação, pedindo-lhes desculpa e perdão, por aqueles que na hora derradeira, nada por eles fizeram por se terem sentido impotentes.

A todas as vítimas dedico a minha nostalgia e delas me despeço com imensa gratidão, pois no meu íntimo serão lembrados sempre com glorificação.

É necessário atender ao meu estado de espírito, em que eu na época me encontrava, pois tinha tombado em combate em Fevereiro desse ano um tio meu, com 22 anos, e ainda não tinha sido realizado o seu funeral.

Com cautelas redobradas o grupo abraçou toda a área circundante do outrora Cheche, com honras de aquartelamento já abandonado. Reflexo da conversa há duas noites atrás, tive desejo de entrar no Cheche.

Curiosidades dum periquito, para encontrar alguns vestígios de presença humana, como que para auto-afirmação, teste e confirmação, de que o lugar tinha sido em tempos habitado.

Foram porém outros camaradas, os determinados para a missão a executar, eu fiquei à distância de 200 ou 300 metros, tendo-me sido dado observar que algo se ia minar, ou armadilhar, ou verificar o anteriormente “ardilado”.

Estivemos por ali, cerca de meia hora. Eu interrogava-me se não seria fácil um ataque, naqueles momentos, vindo da outra margem, onde a mata era muito cerrada!

Abandonamos o Cheche no sentido paralelo à picada, que ligava a Canjadude e caminhamos ao encontro do pelotão, que tinha ficado emboscado na montanha, que entretanto já tinha recebido comunicação, para se deslocar para sítio determinado.

Encontrámo-nos novamente e acampamos, onde eu comi a minha 2ª ração de combate no mato, algures entre Canjadude e Cheche. Entrámos em contacto com a base e pediram-se viaturas, para local e horas combinados.

Após estarmos acampados cerca de uma hora, encetamos novamente a caminhada com rumo a Norte, direcção a Canjadude, através de um tipo de paisagem praticamente idêntico, caracterizado pela planura no terreno.

Era desolador constatar o abandono a que aqueles terrenos, que me pareceram ser férteis, estavam há anos sem serem aproveitados.

Chegamos ao sítio previamente definido e tivemos que aguardar, pela vinda das viaturas, cerca de meia hora. Tudo foi feito com muito calculismo, mesmo nesta espera, só se notou descompressão (não descontracção ou laxismo), organizado com todo o rigor, o que me inspirou confiança e segurança.

Quando as viaturas aportaram, o pessoal ordeiramente ocupou os seus lugares nas viaturas, um pouco amontoados, cada um ciente das tarefas que lhe competiam e para a qual estava incumbido.

Atendendo aos meios disponíveis, em função do número de elementos envolvidos na operação, não se tomaram, de forma alguma, todas as condições ideais de segurança.

No entanto, pesando prós e contras, comecei a sentir uma ténue réstia de orgulho e esperança, por começar a ser um elemento deste grupo: OS GATOS PRETOS.

Chegámos a Canjadude ao fim da tarde e eu sentia que tinha desempenhado as minhas funções como me competia. Comecei a sentir que se estava a esvair a tibieza da minha primeira ida para o mato e exultei de alegria interior.

Depois desta operação, dezenas vieram, ou… centenas?

FOTO 1: O “Gongo”, vendo-se no chão, junto à base do tronco, a baqueta para o martelar. Em primeiro plano está o militar que tocou o “Gongo” nesse dia.

FOTO 2: Eu, todo equipado e pronto para partir para a aventura da 1ª operação no mato. Em 2º plano vê-se o Figueiredo.
FOTO 3: Eu, prestes a apear da viatura, tendo por trás, de costas, o Rogério. De frente, a olhar para a objectiva está o Marques (condutor e mecânico), muito competente (do velho fazia novo). Do lado direito está um maqueiro.


FOTO 4: Os dois jovens carregadores que transportaram o material de transmissões (foto tirada na Tabanca após a operação).

FOTO 5: Eu e o Silva, em Fariná, a enviar uma mensagem para Canjadude.

FOTO 6: A tabela elaborada mensalmente, por Entidade de Comando competente, que era distribuída às respectivas unidades do Território, via mensagem. Servia para validar mensagens de transmissões, pedindo às respectivas Entidades ou Unidades envolvidas, em teatros de acção, com os respectivos apelidos, a senha correspondente. A tabela tinha duração, mais ou menos mensal, sendo a validade das chaves semanal, ou quinzenal. O grau de segurança era, no mínimo, confidencial.

FOTO 7: Fariná, como eu o vi na despedida.

FOTO 8: O Rio Corobal uns 200 ou 300 metros a montante do Cheche. A margem à vista, pertencente à zona de Medina do Boé.

FOTO 9: O Rio Corubal visto de local próximo da foto anterior (com zoom diferente), notando-se as águas tranquilas, sem corrente, parecendo ter um açude a jusante, apresentando uma ténue ondulação.

FOTO 10: Regresso das viaturas a Canjadude. A picada é a que liga Canjadude ao Cheche e podemos ver os dois carregadores civis com o nosso equipamento à cabeça.


FOTO 11: Eu, com felicidade radiante e sorriso efusivo, depois do regresso da operação e já em Canjadude.
A todos, os tertulianos, o meu apreço, com um abraço e muita saúde para todos.

José Corceiro
1º Cabo Trms da CCaç 5

Fotos: © José Corceiro (2009). Direitos reservados.
____________

Nota de M.R.:

1 comentário:

Anónimo disse...

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