sábado, 20 de março de 2010

Guiné 63/74 - P6027: Os Marados de Gadamael (Daniel Matos) (3): Os dias da batalha de Guidaje - Antecedentes à nossa chegada

1. Terceira parte do relato da Batalha de Guidaje, de autoria do nosso camarada Daniel Matos (ex-Fur Mil da CCaç 3518, Gadamael, 1972/74), enviado ao nosso Blogue em 6 de Março de 2010:



Os Marados de Gadamael
e os dias da
Batalha de Guidaje



Parte III


Daniel de Matos


Os Dias da Batalha


Antecedentes à nossa chegada


Realmente, o cenário não é dado a optimismos. Sabemos que a 8 de Maio o PAICG começou o cerco. Logo nesse dia Guidaje esteve cinco vezes debaixo de fogo (num total de duas horas de fogacho). Uma coluna escoltada por uma companhia do exército (BCaç 4512) e por Fuzileiros, que também partira de Farim, accionou um mina anticarro. Pelo menos um “fuzo” da DFE-7, que estava a socorrer um camarada, perdeu uma perna. Sofreram uma dúzia de feridos na emboscada que os encurralou e obrigou a recuar. Dizem-nos que o PAIGC dispõe de um forte e bem treinado efectivo a muito poucos quilómetros dali, dentro do Senegal, estimado em seis a sete centenas de guerrilheiros com grande formação e treino militares. Conhecendo a estratégia do IN para isolar/envolver a região, o tenente-coronel António Valadares Correia de Campos, transfere-se neste dia, conjuntamente com todo o comando do COP3, de Bigene para Guidaje.

Reforçados com duas esquadras do DFE-4, vindas de Ganturé, os mesmos homens voltaram no dia seguinte (9 de Maio) e foram sobressaltados com nova emboscada, ainda de maior envergadura! Os camaradas milicianos que em Farim me alojaram no seu quarto (e, creio, que também aos furriéis Machado e Ângelo Silva), contaram durante a noite que o pessoal só tinha aguentado as quatro a cinco horas que esteve debaixo de fogo por ser portador de um abastecimento extraordinário de granadas para morteiretes. Assim, enquanto os pequenos prato-base não se enterraram no solo e os canos dos morteiros não se derreteram nem lhes derreteram as mãos, foram-se aguentando e respondendo ao fogo. Mas não conseguiram evitar pesadas baixas, entre as quais, quatro mortes, uma vintena de feridos, oito deles com gravidade, deixando também pelo caminho quatro viaturas destruídas e não conseguindo, mais uma vez, chegar ao destino. De notar que, no mesmo dia e quase em simultâneo, Guidaje “lerpou” mais quatro vezes, o que demonstra a grande concentração de guerrilheiros que o IN tem na região…

Mais três flagelações se abateram sobre o casario de Guidaje a 10 de Maio. No mesmo dia tenta-se romper o cerco. Uma avultada força, dirigida pelo tenente-coronel António Vaz Antunes (comandante do batalhão de Farim) inicia nova operação que envolve distintas unidades: dois grupos da CCaç 14, dois grupos de combate da 38.ª de Comandos, uma secção do pelotão de Morteiros 4247, um grupo da companhia eventual de Cuntima, três grupos do BCaç 4512, dois deles de Nema e o terceiro de Jumbembém. Mas a coluna também consente um morto (o soldado Manuel Geraldes, precisamente de Jumbembém, cujo corpo foi dilacerado por efeito do rebentamento da mina em que caiu), e dois feridos, que seguiam atrás dele. Impedidos por dezenas de abatises, (árvores de bom porte serradas, de troncos tombados, atravessando a picada, escassos quilómetros depois de Binta), mais uma vez não chegaram ao objectivo.

(Muitos anos depois, em conversa com o primeiro-cabo guineense Fati, atirador do lança-granadas foguete Instalaza de 8,9cm, (mais conhecido por bazuca), e que ficou ferido neste combate, tive a oportunidade de aquilatar o volume do fogo inimigo e a incapacidade de reacção ofensiva do pessoal da sua unidade para sair por cima neste combate).

Ao mesmo tempo, vindos no sentido inverso com a intenção de proteger o itinerário a norte, um efectivo da CCaç 19 saiu de Guidaje e a curta distância do mesmo local experimentou cinco contactos com o IN, de que resultaram mais oito mortos e nove feridos para as NT. A situação aqui foi mais grave porque, rareando as munições para ripostar ao fogo, tiveram de bater em retirada e deixar no mato os corpos de três mortos, não os conseguindo recuperar.

Guidaje > Maio de 1973 > Cadáveres de soldados africanos da CCAÇ 19, abandonados no campo de batalha.
Foto: © Amilcar Mendes (2006). Direitos reservados


No relatório desta acção, o seu comandante descreve assim a violência do contacto de fogo: "...em relação às NT, o IN estava de frente, dos dois lados da picada, e foi impossível fazer uma reacção conveniente pelo fogo. A primeira sessão pelo fogo causou-nos imediatamente três mortos (...) o IN voltou à carga com maior ímpeto, mas as NT já estavam preparadas para o receber e aqui teve as primeiras baixas. Estando um cabo gravemente ferido com um estilhaço no pescoço, o soldado auxiliar de enfermeiro correu para junto dele a fim de o socorrer. Estando ajoelhado a seu lado foi atingido por uma rajada que lhe provocou a morte. Começavam a escassear as munições e foi dada ordem para fazer fogo de precisão, tanto quanto possível. Quando o fogo parou por escassos segundos um dos furriéis tentou chegar junto dos mortos para recuperar os corpos. Quando se levantava para realizar esta acção, pela terceira vez o IN atacou as nossas posições. Notando a impossibilidade de recuperar os corpos dos mortos e porque a falta de munições era quase total, o comandante viu-se coagido a ordenar a retirada... " (in sítio do BCaç 4512).

A 11 de Maio, os 2.º e 4.º grupos da 38.ª companhia de comandos, que no dia 9 se tinha deslocado de Mansoa para Farim integrando uma coluna de abastecimento, avança com a mesma coluna e um pelotão da guarnição de Binta em direcção a Guidaje, levando na frente sapadores que vão analisar as crateras abertas pelas minas rebentadas anteriormente e orientar a picagem a efectuar durante o percurso. A marcha é, por isso, extremamente lenta (cada dois quilómetros demoram cerca de uma hora a percorrer), esperando-se que as minas que vão sendo detectadas na frente da coluna sejam feitas explodir. Deparam-se com um grupo de viaturas desventradas e há também diversos cadáveres pelo chão, muitos já “bicados” por djugudés (abutres, também “jagudis”). Há novas abatises espalhadas a dificultar a progressão. A CCaç 19 sai de Guidaje e vem ao encontro destes homens, mas ao passar por uma ponte é atacada. Não tem grandes condições de reagir e pede apoio aéreo. Passados quarenta minutos chegam dois Fiat G-91 que, no entanto, e apesar dos apelos constantes via rádio, se recusam a abrir fogo porque as forças em presença estarão demasiado próximas. Contam-se muitas baixas neste confronto. Também entre os comandos as coisas não correm bem: ao ouvirem os rebentamentos e o tiroteio da emboscada os homens saltam das viaturas. Um deles, – o primeiro-cabo Filipe, – acciona uma mina A/P e perde um pé. Mais adiante apanham do chão o cadáver dum soldado que também caíra numa mina e ficou irreconhecível, embrulham-no num poncho e levam-no sobre o estrado de um Unimog. No local da emboscada da CCaç 19 o cenário é dantesco, com inúmeros cadáveres espalhados pela picada fora e nas imediações. Ao cabo de mais de 10 horas de marcha, esgotados, atingem Guidaje já no lusco-fusco, refugiam-se nas valas, agachados, e pouco depois o quartel é flagelado, o que aconteceu mais algumas vezes durante essa noite. Já nos primeiros raios solares de 12 de Maio, durante uma flagelação de foguetes 122 e morteiros 82, o soldado comando José Luís Inácio Raimundo é atingido nas valas e morre nesse instante. Finalmente, uma coluna de reabastecimento constituída pelos Destacamentos de Fuzileiros Especiais n.º 3 e n.º 4 logrou chegar a Guidaje.

Comandados pelo capitão Alves Jesus, os fuzileiros do DFE-4 tentam caminhar para Farim, e daí regressar a Ganturé no dia 13. Levam consigo viaturas carregadas de populares. Morre o soldado condutor Ludgero Rodrigues da Silva, da CCS do BCaç 4512. Sofrem uma emboscada, permanecem uma hora debaixo de fogo e são obrigados a regressar. No sentido contrário também uma coluna de reabastecimento tinha saído de Farim, mas não logrou avançar além do Cufeu. Passa mais uma noite e, a 14 de Maio, um forte rebentamento atinge com um estilhaço fatal um grumete do DFE-7. Esta manhã poisa no canto mais recuado da parada um “héli”. Transporta um caixão para levar o corpo do infeliz fuzileiro.

Cópia do título de caixa alta do jornal Público, "O inferno de Guidje", 5 de Novembro de 1995

Estiveram na Guiné, nos anos da guerra, vinte e seis destacamentos de fuzileiros especiais (dois dos quais, africanos) e onze companhias de fuzileiros navais. No total, estas unidades sofreram oitenta e seis mortos, cinquenta e cinco deles, em combate.

A alvorada seguinte, de terça-feira, começa a clarear. Em abono da verdade, neste tempo, pouco ou nada nos importa saber em que dia da semana estamos! Para quê, se os dias correm todos enjoativa e implacavelmente iguais?

Talvez só os domingos de futebol se safassem, caso pudéssemos ouvir os relatos que a Emissora Oficial da Guiné transmitia em directo: “atenção amigo ouvinte, constituição da equipa do Benfica: José Henrique; Artur, Humberto, Messias e Adolfo; Jaime Graça e Toni; e na linha avançada temos Nené, Jordão, Eusébio e Simões”. E quando o locutor se esganiçava e gritava «golo!» as casernas também explodiam, mas de alegria! De certa vez o escritor António Lobo Antunes (autor que começou a sua carreira literária publicando grandes livros sobre a guerra colonial) contou mais ou menos isto: um golo do Benfica fazia parar a guerra, interrompia os combates, pois de um lado e de outro das trincheiras, à mesma hora, estava toda a gente a vibrar.

Com efeito, muitas pessoas que admirávamos eram oposicionistas do regime e mesmo, encapotada ou clandestinamente, simpatizantes e militantes dos movimentos de libertação nacional. Já se falava de Hilário, um dos melhores defesas de sempre do futebol do Sporting como provável simpatizante da FRELIMO, e, como ele, os benfiquistas Coluna, e até de Eusébio, (figura, no entanto, cujo prestígio foi aproveitado pela propaganda do salazarismo e do marcelismo) e havia outros, por exemplo, no atletismo do SLB, como Barceló de Carvalho (que é o cantor angolano Bonga) velocista e recordista nacional durante vários anos, ou o também recordista nacional e cantor angolano Rui Mingas, cujas cantigas (dois LP’s e vários “singles” gravados desde 1969) não enganavam ninguém nem escondiam a óbvia simpatia pelo MPLA e pelas suas causas. Antes da incorporação no serviço militar obrigatório assisti, com o meu amigo de infância Cipriano Simões, ao lançamento de um dos seus discos, no estúdio da Rádio Renascença, em directo. Suponho que era o “long-play” que incluía o extraordinário tema Monangamba, da autoria do poeta e intelectual António Jacinto, um branco angolano que não regateava as origens do musseque luandense, e que por se meter em “aventuras” apanhou muito mais do que uma dúzia de anos de Tarrafal. Nessa noite (programa “Tempo ZIP”?) eu estava muito longe de imaginar que um par de anos mais tarde teria o privilégio de contar com o António Jacinto como um grande amigo e cuja morte viria a deixar-me profundamente triste e a empobrecer as literaturas de expressão portuguesa. Quanto a Mingas, é nos anos 60/70 uma espécie de cantor oficial da Casa de Estudantes do Império, – ao Arco Cego, em Lisboa, – conhecido “coio” de africanos do chamado reviralho, pejado de amigos dos “terroristas”, mas onde, malgrado a contínua perseguição da PIDE, se divulgam e publicam peças literárias do melhor que existe em língua portuguesa, sobretudo na poesia. O desporto e a cultura criam laços que unem muitos combatentes de ambos os lados da guerra. O comandante N’Dalu (António dos Santos França, que já como ministro e Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Populares de Angola vim também a conhecer pessoalmente), estudou em Coimbra e, antes de fugir do país para ir ter formação militar, suponho que na Argélia e mais tarde em países do leste europeu), granjeou amigos e adeptos a jogar na Académica, onde era conhecido por “França”.

Alguém pensou que viria a tornar-se um elemento determinante, mesmo decisivo para a independência de Angola, por comandar e vencer a célebre batalha de Kinfangondo, contra o exército zairense de Mobutu Sese Seko que acompanhava a FNLA e um batalhão de mercenários, quarenta quilómetros a norte de Luanda, nas vésperas do 11 de Novembro de 1975? Por estas e por outras Amílcar Cabral, que considerava ser a luta armada também um acto de cultura, não se cansava de afirmar que a luta de libertação do povo da Guiné e Cabo Verde (e dos povos das outras colónias) não era uma luta contra o povo português, mas contra o regime que oprimia ambos os povos (referindo-se ao fascismo em Lisboa e ao colonialismo em África). E, também por estas e por outras, ao vermos amigos em barricadas opostas, muitos de nós começamos em plena campanha a meditar por que raio andaremos aqui aos tiros uns aos outros?
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 18 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6014: Os Marados de Gadamael (Daniel Matos) (2): Levar a lenha e sair queimado

5 comentários:

Anónimo disse...

Caro Daniel Matos.

Continuo a achar o teu relato muito bom mas desta vez permite-me que as correcções sejam mais precisas quanto aos acontecimentos que narras.

A primeira coluna que segue para socorrer Guidaje é a seguinte:

A 8 de Maio é formada com demasiada urgência e com custos elevados para nós a seguinte coluna.

-1º GrComb. da 1ª Ccaç. / Batal.4512 de Nema. (este é o meu GrComb. onde eu vou).

-1 GrComb. da 14ª Ccaç. de Farim.

Portanto são apenas estes 2 GrComb. que compõem a coluna e que tentam chegar a Guidaje, mas o rebentamento de uma mina numa berliet seguido de ataque do IN. obrigam a pernoitar no local, e no dia 9 somos fortemente atacados durante cerca de 5 horas, e já no limite fomos socorridos por forças de Binta ( da minha Comp.), que nos ajudam a retirar para Binta, deixamos no local 4 mortos, e tivemos muitos feridos.

No dia 10 segue a 2ª coluna assim composta:

-2º GrComb. da 1ª Ccaç.. / Batal. 4512 de Nema

-1 GrComb. da 2ª Ccaç. / Batal. 4512 de Jumbémbem

-2 GrComb. da 14ª Ccaç. de Farim

-1 GrComb. da Ccaç. Afric. Eventual.

-2 GrComb. da 38ª Comp. de Ccms.

-1 Secção do Pel. de Mort. 4274.

Esta coluna é a primeira a chegar a Guidaje, comandada pelo Comandante do Batal. 4512, Coronel Vaz Antunes, tivemos um morto (Geraldes) da 2ª Comp. / Batal.4512, esta coluna regressa a 13 a Farim.

A coluna que de Guidaje vinha ao encontro desta coluna, no mesmo dia sofre 5 mortos e não 8 da CCD. 19, conforme relato no post (5310) do José Pechorro.

A 12 segue a 3ª coluna composta pelos DEF. 1 e 4 mais 1 GrComb. da Ccaç. 3 de Bijene.(desconheço se foi nesta ou na coluna de dia 10 que segue o Comandante do COP.3 Ten. Cor. Correia de Campos).

Esta coluna permanece em Guidaje quando vocês lá chegam.

Já agora o relatório que citas do site da 4512,deve ser atribuído ao Aniceto Afonso e Matos Gomes da obra “Guerra Colonial”, o seu a seu dono,porque foi copiado e não citaram a fonte.

Quanto ás “proezas” contadas em Farim pelos camaradas que vos acolheram, acerca da emboscada, havendo exagero na questão dos morteiretes, não quero deixar de prestar mais uma vez a homenagem a todos merecida, especialmente aos nossos mortos que infelizmente nem tempo tivemos de os levantar e os devolver á Pátria que os para lá os mandou, no seu devido e merecido tempo.

Isto já parece um escrito para um post, não é essa a intenção, mas Guidaje que para sua defesa custou tantas vidas de camaradas nossos, devemos ser rigorosos com a verdade, para que honremos as suas memórias, e também porque o teu testemunho é valioso.

Cá espero a continuação

Camaradas desculpem se fui longo.

Um grande abraço

Manuel Marinho

Anónimo disse...

Daniel Matos,

Enquanto no norte e sul da Guiné, havia Guidage, Guilege, etc., havia futebol em Lisboa, Luanda e Lourenço Marques.

E, com dizes o Hilário e até Eusébio eram simpatizantes...

Não tenhas dúvida que todos os angolanos, guineenses e Moçambicanos eram pelas independências. Digo-te isto, porque vi ao vivo, em Luanda, Rui Mingas, bater o record nacional (português) do salto em altura no estádio dos coqueiros, 1,91 metros, (1957 ?). Tenho a dizer que uma romena saltou 2,00 m por essa altura. E todos os angolanos assimilados, mais ou menos letrados, mais brancos ou mais escuros, todos, mas todos eram pela independência.

E quando o Rui Mingas veio para o Benfica, por causa desse salto, assim como os futebolistas, Chipenda do MPLA, Santana, etc., tambem ficaram lá milhares que não escondiam essa ideia, mas exitaram e ficaram do nosso lado por causa do que aconteceu no Norte de Angola com as matanças da UPA em 1961.

Para teres uma demonstração do que te digo, foi que quem aguentou o primeiro embate desse terrorismo fomos aqueles que estavamos na tropa em Angola, tanto brancos como mulatos e pretos.

O primeiro classificado do meu pelotão do curso de sargentos milicianos, em Nova Lisboa, em 1959, foi chacinado à catanada, à civil.

Esse meu colega, não era branco nem nunca tinha estado em Portugal.
Mas não era Bacongo.

Menciono esta vítima, porque representa um pouco da complexidade da guerra que suportámos 13 anos.

Os guineenses que estiveram do nosso lado, dentro de uma politização muito própria dos africanos, tambem duvidaram do que se podia seguir, assim como esses milhares de angolanos que uns ficaram em cima do muro, outros cairam para o nosso lado, e outros, já vimos o resultado.

Daniel, foi a guiné, os guineenses e os portugueses, as maiores vítimas dessa guerra de 13 anos.

Mas em Angola continuou outra de 27 anos, com armas como as do Iraque.

E a luta desses povos todos...continua!

Abraço,

Antº Rosinha

Anónimo disse...

Caros camaradas desta bela Tabanca.

Desculpem, eu não estive em Guidage, no entanto o Coronel Costa Campos contou-me muita coisa.
Como ele já faleceu, será que me podem informar algo que tir a confusão dos Ten. Coronéis Correia de Campos e Costa Campos?
O Costa Campos sei que era comandante do COP3 na "Ametista Real",e que falou com o Salgueiro Maia.
Como é? Vós que estivesteis lá acertem as agulhas e contem para se fazer história.

Um abraço,

Mário Fitas

Anónimo disse...

Caro camarada Mário Fitas.

O que sei é que o comandante do COP. 3 nesta época era o Ten. Cor. António Valadares Correia de Campos.

Há um Cor. Pára-quedista de seu nome Sigfredo Ventura Costa Campos que esteve na Guiné e que faleceu em 11 de Maio de 2008.

Será este o que falas?

Um abraço

Manuel Marinho

Anónimo disse...

Caro Manuel Marinho,

Infelizmente o Cor. Sigafredo Costa Campos, morreu aqui em Cascais o ano passado, e era primo deste Costa Campos.
Como eu já escrevi no Blog este Cor. Costa Campos foi em 1965/66 comandante da minha C.CAÇ. 763 em Cufar. Esteve na Amura como chefe da Psíco do Spínola onde foram seus subordinados Otelo Saraiva de Carvalho e o gen. Ramalho Eanes.
Por morte do maj. Mariz, foi render este no Cop3. Sei muita coisa contada por ele,mas como não quero entrar naquilo que possa ser identificado como conversa de caserna, gostava que quem "in loco" viveu esses tempos, defenisse esta confusão do Correia de Campos e do Costa Campos, mais conhecido pelo Costa Campo dos Cães e cujo pai, para alem de fornecer produtos alimentares para a Guiné, era dono da Agência de Viagens Sagres.

Um Abraço,

Mário Fitas