1. Mensagem do nosso Camarada Osvaldo Colaço Pimenta, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3566, Empada e Catió, 1973/74, com data de 24 de Setembro de 2009:
24 de Setembro, data da independência de jure da Guiné-Bissau.
Capa do panfleto propagandístico PAIGC Actualités, publicado no poste P3905, em 17 de Fevereiro de 2009
Camaradas,
Mais uma vez obrigado por me receberem tão bem na Tabanca Grande.
Não quero deixar passar este dia 24 de Setembro, sem lembrar da data da independência de jure da Guiné-Bissau.
Um abraço para todos vós do,
Osvaldo Colaço
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre:
«o PAIGC, em 24 de setembro de 1973, declarou unilateralmente a independência, reconhecida nos meses que se seguiram por vários países, sobretudo comunistas e africanos. A antiga metrópole colonial só a reconheceu em 1974, após a Revolução dos Cravos, ela própria devida em larga medida ao impasse em que caíra o esforço bélico português na pequena colónia.»
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Nota de MR:
Vd. poste anterior desta série em:
21 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4718: Efemérides (19): Em 20 de Julho de 1969, eu estava no Uíge em pleno oceano, a caminho de Farim... (Carlos Silva, BCAÇ 2879)
1 comentário:
Obrigado, Osvaldo, por nos teres lembrado esta efeméride. É, para os nossos amigos guineenses, o seu dia, o dia da sua Nação, e é importante que todos saibam porquê...
Fico, porém, na dúvida a que data te referes... mas deve ser 24 de Setembro de 1973, a data em que foi proclamada, unilateralmente, pelo PAIGC, a independência da Guiné-Bissau. "De Jure", dizes tu, isto é: "de direito", ou "por força da lei"...
Esta expressão latina contrapõe-se a uma outra, "de facto", que quer dizer "por força dos factos"...
Trata-se de um preciosismo, mas como sabes a antiga potência colonizadora, Portugal, só reconheceu a independência da Guiné-Bissau, quase um ano depois, em 10 de Setembro de 1974... Foi, de resto, a primeira das nossas antigas colónias a tornar-se independemte, "de jure" e "de facto", nessa data, 10 de Setembro de 1974...
Em termos de direito internacional, não sei exactamente qual das datas deve ser considerada como a da independência "de jure"...
Julgo que o que conta é esta data, já que a Guiné-Bissau passou, desde então, a ser reconhecida pelas Nações Unidas ou, pelo menos, por largas dezenas de países, membros das Nações Unidas, nomeadamente africanos e do bloco soviético...
De qualquer modo, o 24 de Setembro de 1973 não pode ser reconhecido como a data da independência "de facto"... Qualquer observador independente sabe que havia nessa data, no território guineense, uma "exército de ocupação" de 40 mil homens, portugueses e guineenses (que se opunham à estratégia do PAIGC)...
A declaração da independência em 1973 foi, de certo modo simbólica, embora tenda hoje a ser vista como uma "jogada diplomática de génio" do Amílcar Cabral (entretanto assassinado, uns meses antes, em 20 de Janeiro de 1973, com 48 anos)...
Para a diplomacia de Marcelo Caetano, 1º ministro português de então, foi um duríssimo golpe... Os militares portugueses, por sua vez, começaram a interrogar-se sobre o seu papel... na Guiné-Bissau.
Entende estas notas como meras observações que não têm qulaquer intuito polémico... Só foi pena que fosse preciso uma longa guerra de 11 anos para chegarmos ap 24 de Setembro de 1973...
Luís
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