sábado, 10 de outubro de 2009

Guiné 63/74 - P5093: Direito à indignação (2): Quem se preocupa com a situação dos antigos combatentes? (Liga dos Combatentes / Magalhães Ribeiro)


1. Eduardo José Magalhães Ribeiro, foi Fur Mil Op Esp/Ranger da CCS do BCAÇ 4612/74, Cumeré, Brá e Mansoa 1974, e é o Sócio da Liga dos Combatentes com o Nº 128.897:


Quem se preocupa com a situação dos antigos
combatentes?

Camaradas,

É com o título em epígrafe, que a revista “Combatente”, Edição 349 de Setembro de 2009, propriedade da Liga de Combatentes, em completa página 5, revela uma carta que foi endereçada a todos os partidos políticos nacionais.

Como este tem sido um motivo ALTAMENTE preocupante, para todos nós, e ultimamente tem sido alvo de várias abordagens e debate aqui no blogue, transcrevo, essencialmente para conhecimento de todos aqueles que não são sócios da referida instituição, a introdução e anexo a carta, com o devido agradecimento à Liga dos Combatentes.

O título é:

Quem se preocupa com a situação dos antigos combatentes?

«Ainda a quente, no rescaldo das eleições, talvez seja bom lembrar que, antes delas, a Liga dos Combatentes tentou sensibilizar os partidos com assento parlamentar, para as conclusões do Congresso dos antigos combatentes, que demonstraram as dificuldades e os obstáculos com que estes antigos militares e suas famílias se defrontam.

Essa acção consubstanciou-se numa carta subscrita pelo General Chito Rodrigues, Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes e que dizia: Carta aos Partidos.

A carta é a seguinte:




Que cada um tire as suas ilações.

Um abraço Amigo,
Magalhães Ribeiro
Sócio Combatente Nº 128.897

5 comentários:

mario gualter rodrigues pinto disse...

Camarada e Amigo M.Ribeiro

Infelizmente esta é mais uma petição como tantas outras que se vai juntar á terceira pasta dos Governos deste Pais.

Como já disse os Governos têem três pastas de prioridade de resolução.

1.ª Pasta- Assuntos a resolver

2.ª Pasta- Assuntos resolvidos

3.ª Pasta- Assuntos que o tempo resolve.

Como vês o nosso assunto daqui a mais uns anitos está resolvido.

Um abraço

Mário Pinto

Anónimo disse...

É verdade meu caro Mário,

Com três pás de terra em cima, o assunto a resolver será resolvido e o tempo passa depressa.

Simplesmente Vergonha!

Não digo mais quando não sou preso, e ainda à gente que infelizmente precisa de mim.

Obrigado Camarada Ranger por trazeres este assunto para o Blogue.

Sou membro da Liga e temos pessoal a trabalhar noutro Campo da Vergonha "OS SEM ABRIGO" felizmente temos malta da Tabanca activa, actuando forte. Bem Hajam Camaradas!

Para todos o velho abraço é claro do tamanho do Cumbijã.

Mário Fitas

manuel maia disse...

CAMARADAS,

Após leitura atenta à exposição que a Liga dos Combatentes enviou aos partidos políticos (presumo que aos que têm assento parlamentar...)após deliberação em congresso de junho,e em representação de outras 21 associações, não poderia calar a revolta que sinto.

O senhor general Chito não é ingénuo para admitir outra resposta que não a do alheamento e do deixa rolar( a que o Mário Pinto
de forma bem mordaz,chama,3ª pasta...). A comprová-lo está a sua afirmação no próprio texto quando diz: " a resposta obtida ou a sua omissão"...

O snr.general sabe que a terceira pasta é ,vergonhosamente,aquela que as gentes do poder utilizam de há 35 anos a esta parte,com um ou outro gesto pontual( Paulo Portas com a esmola de 30 contos anuais só aos reformados - entretanto já morreram uns milhares sem nunca terem recebido um cêntimo- e agora a "semvergonhice" socrática depois das eleições ao tirar(se calhar merecia outro verbo...) cerca de 50% aos seus detentores...)

Agora não digam que nada fiz!!!

Este lavar de mãos eternizado por Pilatos,fez escola...

Esta posição entronca no primeiro grande erro que é a TENTATIVA DE COLAGEM dos militares que "combatem" por gosto( são voluntários que correm atrás de chorudas recompensas mensais,a quem dificilmente se poderá não deixar de epitetar de mercenários),COM as largas centenas de milhar de recrutados à força,para uma situação, discutível,ou não, de defesa do então território português contra aquilo que viria a ser mais que demonstrado, a imensa gula de grandes estados nas riquezas das "ultramarinas possessões portuguesas"...

NÓS,OS COMBATENTES FORÇADOS,insisto,umas largas centenas de milhar que se estendiam de soldado a furriel,alferes ou capitão,mas sempre milicianos... NADA TEMOS DE COMUM com combatentes profissionais e voluntários que mais não fazem senão cumprir as regras do jogo(a profissão de militar não pode ser só o acesso ao vencimento...)

Dizer-se, " esse número vê-se continuado" pelos que hoje se batem nas operações de paz,ao serviço do país" é o que chamaria de pura falácia.
E porquê?

Porque,de facto,não servem o país,mas os interesses de alguém cá da terra,até porque aquilo a que chamam país,deixou de o ser há muito para se tornar numa coutada de uns quantos que se servem dele( as Lajes são o exemplo mais paradigmático),que vão enviando umas esmolas que os capatazes avaramente agarram( se calhar na melhor parte...)

Estes profissionais da guerra,como se vê, são completamente diferentes dos do nosso tempo,por isso não há razão nenhuma para se fazer uma osmose...

Há quem defenda estes actos inócuos,e goste destes salamaleques do contacto com os capatazes cá do burgo,quem aprecie a pseudo "proximidade" com o poder,mas,trocado em miudos isto redunda em ZERO,um ZERO muito grande.
Não é isso que interessa aos ex-combatentes.

Não é com exposições a " solicitar a V.Exas informações sobre as quais as medidas constantes do vosso programa...blá,blá,blá."

O importante,snr.general,é exigir.
Trata-se de um outro verbo.
Não temos que pedir nada,mas sim exigir.
Se o snr.general que fez a guerra tem acesso a condições de tratamento nos hospitais militares nós também o exigimos.
Se o snr.general e todos os profissionais estão com as regalias todas,nós ,os que demos o corpo ao manifesto,como soe dizer-se,também temos direitos~
Não queremos prebendas,mordomias,porque estamos habituados a trabalhar,mas exigimos mais respeito.
Não somos párias!

Ao querido amigo Mário Fitas digo que é tempo de não termos medo de ser presos.
Eles não podem prender centenas de milhar!

É tempo de agir!

Pensemos no que disse o António Matos.

Um abraço
manuel maia

Anónimo disse...

Na minha opinião, (e peço desculpa) daqui a uns anitos, o assunto continuará na pasta de "Assuntos que o tempo resolve" como já resolveu muitos, o dos Ex-Combatentes que não conseguiram esperar pela resolução do problema.
Filomena

JC Abreu dos Santos disse...

... ao Magalhães Ribeiro, o agradecimento pela divulgação da "carta" do TGen Chito Rrodrigues, enquanto «Presidente da CE do Congresso dos Combatentes e Presidente da Liga dos Combatentes».
E assim, por este meio – a blogosfera –, passa a ser possível ler, e reler, com vagar, o que ali está escrito; e ficar a conhecer o pensamento daquele oficial-general, que preside à direcção-central da LC, vetusta instituição que continua sob tutela, pessoal, do ministro da Defesa.
O co-editor MR lançou o repto: «cada um tire as suas ilacções».
Não li, ainda, os subsequentes comentários.
Quanto à sobredita "carta": a este visitante, em tempo sócio daquela LC e s/colaborador activo, bastou o brevíssimo preâmbulo e subsequente enquadramento, expurgado que está de quaisquer subterfúgios linguísticos: «Se na Guerra Colonial [...].»
Para bom entendedor...