1. Mensagem de Augusto José Saraiva Vilaça* (ex-Fur Mil da CART 1692/BART 1914, Sangonhá e Cacoca, 1967/69), com data de 3 de Novembro de 2010:
Amigo Carlos,
Segue desta vez um poema dedicado aos Instruendos, de 1966, do CISMI de Tavira.
BLOGPOESIA
P´RA FRENTE... MARCHE
Eu quero andar neste barco
que nunca naufragará.
Eu quero andar neste barco
onde a alegria reinará.
Senhoras e senhores
olham p´ra esta malta gira,
aqueles grandes sonhadores
os militares de Tavira.
Há 44 anos entrando
p´ra uma vida militar,
hoje, aqui, recordando
aquele ambiente familiar,
lá vai a nau Catrineta
cheinha de militares,
ó Barnabé toca a corneta,
ó pas junto os calcanhares.
Agora sois militares
acabaram as brincadeiras,
ireis até mim rastejar
e ouvir dizer asneiras.
Fizemos de tudo com fé
naquele lugar tão distante.
Recordemos o nobre Canine
que foi um grande comandante.
Borges da Costa também
e todos os oficiais;
sargentos, gente de bem
oh Tavira, quantos ais.
Pórtico, galho, parada,
caserna, cantina, espingarda.
Hoje, quanta gargalhada
quando vestimos a farda...
Companhia... direita..volver,
cagança.... milicianos.
precisamos de viver
todos aqueles anos.
Agora, de pé, camaradas,
respeitosamente comovidos,
aplaudamos os audazes,
os milicianos falecidos.
A. Vilaça
__________
Notas de CV:
(*) Vd. poste de 31 de Outubro de 2010 Guiné 63/74 - P7202: Blogpoesia (81): Quem não se lembra?... (Augusto Vilaça)
Vd. último poste da série de 3 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7219: Blogpoesia (83): Respeito, esse pau da bandeira foi colocado pelos Lassas de Cufar (Mário Fitas)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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3 comentários:
Comentário de António José Pereira da Costa
Olá Vilaça
Embora nos conheçamos mal, pois só cheguei à CArt 1692 em Cacine (1968), quero aqui deixar a minha homenagem ao poeta popular-militar que celebra "a Malta" daquele tempo e a sua actuação...
Se nos perguntassem, hoje, porque sucedeu tudo "aquilo" não teremos resposta concreta, mas só pode ter sucedido porque éramos portugueses naquele e daquele tempo.
É bom que se escrevam poesias como estas - em verso fácil, mas concreto - que contribuem escrevendo com letras gordas e duras, o que sucedeu.
Um alfa bravo
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