sábado, 6 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7235: Blogpoesia (84): P'ra frente... marche (Augusto Vilaça)

1. Mensagem de Augusto José Saraiva Vilaça* (ex-Fur Mil da CART 1692/BART 1914, Sangonhá e Cacoca, 1967/69), com data de 3 de Novembro de 2010:

Amigo Carlos,
Segue desta vez um poema dedicado aos Instruendos, de 1966, do CISMI de Tavira.


BLOGPOESIA

P´RA  FRENTE... MARCHE

Eu quero andar neste barco
que nunca naufragará.
Eu quero andar neste barco
onde a alegria reinará.
Senhoras e senhores
olham p´ra esta malta gira,
aqueles grandes sonhadores
os militares de Tavira.
Há 44 anos entrando
p´ra uma vida militar,
hoje, aqui, recordando
aquele ambiente familiar,
lá vai a nau Catrineta
cheinha de militares,
ó Barnabé toca a corneta,
ó pas junto os calcanhares.
Agora sois militares
acabaram as brincadeiras,
ireis até mim rastejar
e ouvir dizer asneiras.
Fizemos de tudo com fé
naquele lugar tão distante.
Recordemos o nobre Canine
que foi um grande comandante.
Borges da Costa também
e todos os oficiais;
sargentos, gente de bem
oh Tavira, quantos ais.
Pórtico, galho, parada,
caserna, cantina, espingarda.
Hoje, quanta gargalhada
quando vestimos a farda...
Companhia... direita..volver,
cagança.... milicianos.
precisamos de viver
todos aqueles anos.
Agora, de pé, camaradas,
respeitosamente comovidos,
aplaudamos os audazes,
os milicianos falecidos.

A. Vilaça
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 31 de Outubro de 2010 Guiné 63/74 - P7202: Blogpoesia (81): Quem não se lembra?... (Augusto Vilaça)

Vd. último poste da série de 3 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7219: Blogpoesia (83): Respeito, esse pau da bandeira foi colocado pelos Lassas de Cufar (Mário Fitas)

3 comentários:

Carlos Vinhal disse...

Comentário de António José Pereira da Costa

Olá Vilaça
Embora nos conheçamos mal, pois só cheguei à CArt 1692 em Cacine (1968), quero aqui deixar a minha homenagem ao poeta popular-militar que celebra "a Malta" daquele tempo e a sua actuação...
Se nos perguntassem, hoje, porque sucedeu tudo "aquilo" não teremos resposta concreta, mas só pode ter sucedido porque éramos portugueses naquele e daquele tempo.
É bom que se escrevam poesias como estas - em verso fácil, mas concreto - que contribuem escrevendo com letras gordas e duras, o que sucedeu.
Um alfa bravo

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

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