Infogravura e texto (excertos), a partir de artigo da jornalista Rita Montez, "O Bom Gigante", Visão, 3 de Fevereiro de 2011, pp. 84-86 (Reproduzidos com a devida vénia, a partir de imagens digitalizadas pelo nosso camarada e amigo, membro da nossa Tabanca Grande, António Camilo, ex-Fur Fur Mil da CCAÇ 1565, Bissau, Jumbembém, Canjambari, Bissau, 1966/68)
Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Nucleo Museológico Memória de Guiledje > 2010 > Imagens da viagem (ou duma das das viagens...) de 2010, em que o António Camilo e o seu amigo, Luís Branquinho Crespo levaram até Guileje a imagem de Nossa Senhora de Fátima que faltava na Capela, hoje integrada no Núcleo Museológico Memória de Guiledje, inaugurado entretanto em 20 de Janeiro de 2010... e que teve, desde o início do projecto (2006) o apoio do nosso Blogue, como de resto é publicamente reconhecido pelos promotores (guineenses) da iniciativa, a ONG AD - Acção para o Desenvolvimento.
O Camilo aparece, à esquerda do Pepito, director executivo da AD, na primeira foto, junto ao seu jipe. Noutra foto, aparece o Pepito com o Luís Crespo. O Camilo mandou-me recentemente um CD-ROM com centenas de fotos da sua última viagem humanitária, de 2011, para além de cópia do artigo da Visão, a de 2011, mais estas fotos, de Guileje, por mail (e de se publica hoje mais uma selecção(. Oportunamente, publicaremos uma selecção das melhores fotos, de 2011, do álbum do nosso "bom gigante", que aos 66 anos está longe de querrer as botas... Ainda recentemente passou também pelo programa da RTP1, "Só Visto" (talk-show de Nicolau Breyner), se não me engano... (LG)
Fotos: © António Camilo (2010). Todos os direitos reservados
Fotos: © António Camilo (2010). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:
Último poste deste série > 15 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7786: Os nossos seres, saberes e lazeres (29): Na China, com o meu portátil, para poder estar em dois mundos (António Graça de Abreu)
16 comentários:
A reportagem fotográfica está interessante. Mas o que atrai, mesmo, é a placa do «ex-Quartel de Guiledje – Turismo Histórico»...
Oh meuszzz amigoszz.. ezzz ezzz...
Guileje, Turismo Histórico?!
E fica na retina, a afronta: Guileje, Turismo Histórico?!
Enfim, ele há gostos para tudo. E também, masoquismos qb...
Estranho que o meu comentário, fundamentado, não insultuoso, devidamente assinado, tenha sido removido sem me ser dado conhecimento prévio.
Para já, por aqui me fico.
Carlos Vinhal
Sugiro que o comentário seja reposto.
O Carlos deve ter uma cópia.
Meus Amigos
Não acredito que haja censura no BLOGUE.
Quem removeu os comentários Carlos Vinhal; Mexia Alves e Torcato Mendonça? Luís Graça ou Magalhães Ribeiro?
Face aos comentários aqui produzidos, pelo menos, o Luís responsável mor Editor do Blogue deveria apresentar aos bloguistas uma explicação plausível, sem margem para dúvidas, porque de facto é grave a remoção de 3 comentários e de um Co-Editor sem ser ouvido.
Como dizia o outro... alguém "ensandeceu" é assim? Não tenho aqui o dicionário à mão.
Um abraço amigo
Carlos Silva
Caro camarada
Abreu dos Santos
Em 2006 fui a gadamael onde passei os piores tempos da minha vida, e não me refiro só à guerra propriamente dita.
Quando regressei em 74 jurei a mim próprio que voltaria lá um dia.
No percurso guilege-gadamael parei várias vezes na picada, nomeadamente junto a bolanhas algumas delas vagamente familiares,porque na guiné são os pontos de referência,depois em gadamael ainda encontrei muita coisa também familiar.. tudo isto, confesso, deu-me um grande gozo...foi masoquismo, catarse..
...não sei..que fiquei muito melhor psicologicamente sobre as minhas neuroses guineenses...fiquei
Deixo ao critério de cada um tirar as ilações que quiser.
Um alfa bravo
C.Martins
Camaradas,
É de bom tom, frontalidade e boa saúde para o blogue, que quem eliminou os comentários do Vinhal, do Mexia Alves e do Torcato se chegue à frente e diga fui eu.
Justificar os porquês da decisão também se exige e assentava muito bem a todos nós!
È que, assim, todos comem com as normais suspeitas da autoria destas eliminações.
Um abraço,
Magalhães Ribeiro
Não entendo, não entendo...
Será que alguém, por dentro, quer matar o blogue?
Não levem tudo isto tão a sério, mas tiros no pé e no coração, não...
Abraço,
António Graça de Abreu
Penso que foi uma brincadeira impensada e de mau gosto. Quem escreveu a frase não se deve ter lembrado do desrespeito dela pelos que lá sofreram, foram feridos o mesmo abatidos.
Penso que foi uma brincadeira impensada e de mau gosto. Quem escreveu a frase não se deve ter lembrado do desrespeito dela pelos que lá sofreram, foram feridos o mesmo abatidos.
Relativamente à "anomalia técnica", chamêmo-lhe assim, pelo menos por agora, entendo que deve ser explicada.
Meus Amigos
Com o esclarecimento do Magalhães Ribeiro, resta para mim o Luís e o Virgínio,que creio estar fora destas lides, ora como não sei se os colaboradores assíduos também têm acesso à password do Blogue para inserir e eliminar textos, continuamos na dúvida de quem foi o autor da proeza o que é de lamentar que o tenha feito e agora não assuma a frontalidade de o dizer, tal como refere o MR.
De facto é muito estranho este silêncio. Será que os comentários são assim tão importantes para constituirem "Segredo de Estado" ???
Era bom que ficasse esta situação esclarecida antes do Poste passar para a gaveta.
Recebam um abraço
Carlos Silva
Reposição de três comentários indevidamente eliminados (LG) (*):
(1) Confesso que não me lembro de alguma vez ter visto esta placa publicada no nosso Blogue.
Hoje ao lê-la. Imaginei-me não português e não guineense. Assim ao ler:
“Após o assassinato de Amílcar Cabral a 20 de Janeiro de 1973, em Conakry, o PAIGC lança uma grande ofensiva militar e política – precisamente designada Operação Amílcar Cabral ou Abel Djassi – que visou demonstrar a sua capacidade de iniciativa em toda a extensão do território da Guiné-Bissau e, ao mesmo tempo, consolidar as condições para a proclamação unilateral da Independência, que viria a ocorrer a 23 de Setembro desse mesmo ano, em Madina de Boé.”
Como estrangeiro, fiquei com a ideia de que tinham sido os portugueses os executantes de Amílcar Cabral e daí a grande Operação do PAIGC que demonstraria a sua capacidade de inciativa em toda a Guiné. No entanto Amílcar Cabral foi morto fora do território pátrio, provavelmente por elementos do seu movimento, e não está provado que o tivessem feito a soldo de Portugal.
Madina do Boé é o símbolo da independência unilateral, mas ao que sei, é hoje um deserto. Estranho. Aliás persistem muitas dúvidas se foi mesmo na Pátria de Amílcar Cabral que foi proclamada a independência unilateral.
Uma vez que o PAIGC até tinha capacidade de iniciativa em toda a extensão do território, podia ter escolhido para o efeito um lugar discreto dos arredores de Bissau. Não faltavam locais apropriados, e seria manga de Ronco.
Por outro lado estranho que tendo sido assinado o tratado para a independência formal em 23 de Setembro de 1974, o PAIGC só em meados de Outubro se instalou em Bissau.
“Essa operação obtém uma inequívoca vitória em Guiledje, com a ocupação do respectivo quartel, entretanto abandonado pela tropa portuguesa.”
Voltando à qualidade de estrangeiro, não fiquei com a certeza de que os ataques a Guiledje fossem de molde a que a tropa portuguesa saísse a correr pelo arame farpado fora, perseguida pelas forças do PAIGC. Pelo que nos foi dado a conhecer, saímos de malas feitas, a pé, e o PAIGC até deve ter ficado bem admirado quando viu, cinco dias depois, o quartel abandonado e a população evacuada.
Dez anos após o início da acção armada contra o colonialismo português e mesmo após ter sido assassinado o principal inspirador e organizador da Luta de Libertação, a queda de Guiledje foi determinante para o futuro da Guiné-Bissau e não deixou de ter consequências no que veio a ser, o movimento militar vitorioso contra o regime de Marcelo Caetano.
De novo no ar a suspeição de que os portugueses estiveram no cozinhado de que resultou o assassinato de Amílcar Cabral. Por outro lado Guiledje era uma praça tão importante na estratégia do PAIGC que resultou na derrota anunciada e, ainda mais, no movimento militar vitorioso (de quem? Do PAIGC?) contra o Regime de Marcelo Caetano. Não será dar importância a mais a Guiledje?
Agora sei por que nunca vi espanhóis nas comemorações da Restauração de 1640, os representantes da monarquia nas comemorações do 5 de Outubro de 1910 e dos ministros de Marcelo Caetano nas comemorações do 25 de Abril.
Cada um com a sua verdade.
Um abraço
Carlos Vinhal
Publicada por Carlos Vinhal em Luís Graça & Camaradas da Guiné a Sexta-feira, Julho 08, 2011 12:00:00 PM
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(*) Vd. poste de P8539, de 11 de Julho
Três comentários indevidamente eliminados (LG) (*)
(2) Inverdades.Mera acção de Propaganda.
Natural a necessidade.
Por isso a localização do Simpósio em Guiledje...por isso falar em Madina do Boé...por isso falar de A.Cabral, sem dúvida um Africano e dirigente politico com valor, desta forma.Ele não o merecia. Seria? Creio que sim. Com ele talvez a Guiné fosse outra.Era,certamente!
A seguir á sua morte (foram gentes do seu Partido que o assassinaram),muitas outras em depuração e ajustes de contas terríveis,se deram entre o Paigc. Ou,já, um sinal forte de que não Guineenses estavam a mais...Não se aborreçam caros amigos. Eu continuo a gostar do afável Povo das Tabancas. Merece o meu respeito. Placas destas compreendo. Estou habituado a propaganda enganadora. Vós também.
Por vezes acontece disto no blogue. De quando em vez até aparece "Ensino Sem Mestre", o ataque injusto ou o louvor despudorado a isto ou aquilo.É, para mim claro, natural. Confesso que por vezes, como sabeis, me passo. Depois viro o disco...haja pluralidade de opinião...mentira ou...tanto por dizer.Esperava uma reacção...e...
Abraço aos dois e todos os Tertulianos ou camarigos deste enorme, grande "sitio2 de convívio.
AB T.
Publicada por Torcato Mendonca em Luís Graça & Camaradas da Guiné a Sexta-feira, Julho 08, 2011 2:15:00 PM
(3) Obrigado Torcato, porque me chamaste a atenção para algo que quero precisar do meu comentário.
Não misturo naquilo que afirmo e escrevo, de modo nenhum o bom povo da Guiné, que nada tem a ver com estas "politicas de propaganda".
A solidariedade com o povo da Guiné é uma coisa, o apoio a acções desta natureza é outra completamente diferente e na qual por razões óbvias e confirmadas, não quero entrar.
Um abraço para ti e para todos
Publicada por joaquim em Luís Graça & Camaradas da Guiné a Sexta-feira, Julho 08, 2011 2:58:00 PM
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(*) Vd. poste de P8539, de 11 de Julho
Porque o meu primeiro comentário feito a este post não foi aqui recolocado, certamente por lapso, republico-o agora, pois se não, não faz sentido o meu segundo comentário aqui recolocado, e também porque representa a minha reacção à fotografia referida.
Meus camarigos
Já por aqui tinha passado e não tinha dado conta da placa e dos seus “dizeres”!
Obrigado ao Carlos por nos ter chamado a atenção.
É por estas e por outras que deve haver um cuidado extremo nesta acções de solidariedade e apoio, pois de repente, quanto a mim, estamos a ser solidários com algo que é no mínimo “inverdadeiro” e conduz a conclusões erradas.
Esta placa é para mim um “insulto”, pois está carregada de mentiras, e de falsas conclusões.
Afirmo aqui peremptoriamente, que não dou o meu apoio, enquanto membro da Tabanca Grande, Luís Graça & Camaradas da Guiné, e rejeito liminarmente esta acção no Guileje, muito especialmente esta placa lá colocada.
E mais não digo, porque já estou irritado que chegue!
Um abraço para todos
E mais um abraço para todos, hoje e agora
Caros Camaradas
Confesso que estou a ficar "farto" de deturpações,mistificações,falsificações e outras...ções dos factos históricos.
Quando leio ou vejo (e tenho que o dizer)artigos livros ou entrevistas de antigos elementos do paigc, estes muito raramente escrevem ou contam a verdade.
Caramba já passaram 37 anos do final das hostilidades.
Sobre guilege, não é verdade que tenha sido esse acontecimento que levou à independência das colónias ou provincias ultramarinas.
Militarmente a situação na Guiné era complicada mas não desesperada, em Angola a guerrilha estava confinada ao leste e era quase inexistente, e em Moçambique esta confinada ao distrito de Cabo Delgado e controlada.Tudo o resto era e é mera mistificação.
O que desencadeou as independências foi o golpe de estado de 25 de abril de 74 e porque é que foi feito..ora toda a gente sabe.
Pessoalmente concordei com o mesmo..se não fosse por outros motivos.. pelo menos permitiu-me vir de lá(guiné) vivo.
Para terminar, na altura das conversações e entrega de gadamael,tive muitas conversas com elementos importantes do paigc.. eles estavam completamente nas "lonas"..devido a dificuldades de recrutamento, divergências políticas internas,pagamento de material à urss,sim tinham que pagar,pressão política do sekou touré... e até ...imaginem só...uma percentagem significativa dos operacionais com DSTs..(doenças sexualmente transmissiveis).
Um alfa bravo
C.Martins
Foram removidos os comentários dos nossos camaradas Carlos Cordeiro e José da Câmara a pedido dos mesmos.
Ab
Carlos Vinhal
Major João Baracho - não estive na Guiné-fiz tres comissões em Angola , desde Sanga Plnície(Cabinda)Maquela do Zombo, Noqui, Luanda, Leste de Angola, Liberato, Nova Lisboa.Quero aqui expressar a minha admiração a Vocês pelas romagens "turisticas"que fazem aos locais onde estiveram na Guiné.
Recordar é viver...continuiem com essa disposição enquanto puderem e apoiando como fazem.A minha muita admiração
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