Caro Luís Graça e restantes Editores
Chamo-me José da Luz Rosário, vivo em Setúbal, conheço o vosso colaborador Hélder Sousa, sigo já faz algum tempo o Blogue "Luís Graça e Camaradas da Guiné", e também estive nessa então 'Província Portuguesa' de 26/01/71 a 18/11/72.
Pertenci ao Pelotão de Canhão S/R 10,6 - 2298/RI15, como Fur Milº e estive em Cabuca e Buruntuma .
Envio estas fotos que foram tiradas em Buruntuma no ano de 1972, na esperança de algum camarada fazer o favor de as comentar. Creio que a companhia era "Os Roncos de Buruntuma", em duas das fotos reconheço o ex-Fur Milº Enfº Soares também ele de Setúbal.
O meu pelotão esteve em reforço das companhias dos Batalhões sediados em Piche (Cabuca, Canquelifá, Ponte Caium e Buruntuma). Tenho algumas histórias para contar, que a seu tempo irei partilhando com todos vós.
Aproveito para enviar um abraço especial para o Hélder, e desejar um Santo Natal para todos.
PS: Alguém me sabe dizer o que é feito do ex-Fur. Mil. Coutinho que fez também parte do Pel de Canh S/R 2298?
Pertenci ao Pelotão de Canhão S/R 10,6 - 2298/RI15, como Fur Milº e estive em Cabuca e Buruntuma .
Envio estas fotos que foram tiradas em Buruntuma no ano de 1972, na esperança de algum camarada fazer o favor de as comentar. Creio que a companhia era "Os Roncos de Buruntuma", em duas das fotos reconheço o ex-Fur Milº Enfº Soares também ele de Setúbal.
O meu pelotão esteve em reforço das companhias dos Batalhões sediados em Piche (Cabuca, Canquelifá, Ponte Caium e Buruntuma). Tenho algumas histórias para contar, que a seu tempo irei partilhando com todos vós.
Aproveito para enviar um abraço especial para o Hélder, e desejar um Santo Natal para todos.
PS: Alguém me sabe dizer o que é feito do ex-Fur. Mil. Coutinho que fez também parte do Pel de Canh S/R 2298?
2. Comentário de CV:
Caro camarada Rosário:
Caro camarada Rosário:
Está feita a tua apresentação ao Blogue e ao mesmo tempo publicada a tua pretensão para encontrares os teus camaradas de armas.
Este Blogue tem como missão incentivar os ex-combatentes da Guiné a depositarem as sua memórias escritas e em fotografia nesta página, que constituirá no futuro um espólio, quase fiel, dos acontecimentos de guerra naquele TO, contados na primeira pessoa, descontando algumas imprecisões originadas pelo tempo já decorrido. Prometeste contribuir, pelo que ficamos à espera que cumpras a tua promessa.
Os Roncos de Buruntuma que referes, é a CCAÇ 3544/BCAÇ 3883, Companhia de que apenas temos duas entradas no nosso Blogue. Poderás encontrar referências neste link: CCAÇ 3544
Em relação ao Batalhão 3883 poderás aceder a partir daqui: BCAÇ 3883
Oxalá encontres os teus companheiros de luta dos tempos de Buruntuma.
Cumprindo a tradição, deixo-te um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores, acrescentando ainda os nossos melhores votos de que tenhas umas Boas Festas em família, com paz e saúde, e que o novo ano seja bem melhor do aquilo que nos prometem.
O teu camarada e novo amigo
Carlos Vinhal
____________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 20 de Dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10831: Tabanca Grande (374): Bom dia! Aqui estou! Fui ali e já voltei! (Joaquim Mexia Alves)
12 comentários:
Não sei se te referes ao Furriel Mil Coutinho de armas pesadas que estava em Cabuca, em Abril de 1972, tinha vindo de Burumtuma, penso que dos "Patos de Burmtuma". Era o chefe de secção do canhão s/recuo 10.7. Se é, estive com ele quando estive na 3404 CCav, desde Abril a Novembro de 1972. Recordo que era da zona do Porto e já era casado. Sei alguma coisa sobre ele.
Joao Silva ex-furriel mil CCav 3404, Ccac 12 e CIM
Sê bem vindo,camarada Rosário. Ainda há um bocado de manhã, estive a falar com o Hélder Sousa, por video, no Facebook da Tabanca Grande... Pelo que ele me disse, temos em comum, profissionalmente, a área da saúde e segurança do trabalho... Desde 1981 que participo ma formação de médicos do trabalho, e desde há mais de 12 anos, na formação de técnicos de higiene e segurança. Seio que te tens cruzado com o Hélder. Por outro lado, eu também era de armas pesadas só que fui parar a uma companhia africana, que não quartel, nem morteiros, nem canhões s/r... De forma que fiz a guerra com a G3...
Desejo-te uma entrada nesta gloriosa Tabanca Grande... um quente e fraterno Natal.
Madalenma, V. N. Gaia, 23/12/2012
Rosário,
Aparentemente fizemos o mesmo cruzeiro no n/m Angra do Heroísmo.
Em Tavira, no 4° Pelotão da 4ªCa, havia um instruendo que dava pelo nome Rosário.
Seria irónico que ao fim de todos estes anos...Até pode ser que sim, que sejas o Rosário que eu lembro.
De qualquer forma sê bem vindo ao nosso convívio.
José Câmara
Olá Camaradas
Então nesse caso o Candeias também se lembra de mim ou não?Eu estava em Cabuca e troquei com o Coutinho tal e qual como tinha-mos combinado,quando chegámos à Guiné.(O alferes Ribeiro ficou com uma secção em Piche,o Coutinho foi para Buruntuma e eu fui para Cabuca).Ali em Piche eu e o Coutinho fizemos então um acordo(estivesse a situação como estivesse trocaria-mos de sitio,sensivelmente a meio da comissão)E assim cumprimos com o acordado.Candeias,então tu não eras da companhia do Fur.Mil. EnfºSaião também ele de Setúbal?
O capitão da vossa companhia,ainda hoje recordo as palavras dele na minha despedida de Cabuca(bom homem e melhor comandante)
Quanto ao Luís(obrigado pelas tuas palavras de boas vindas,e fraterno Natal,que retribuo).É verdade estou na área de EHS,mas pegando pelas pontas, pois levo mais o tema da Manutenção.
Estou a trabalhar numa Empresa que apoia a Auto-Europa na gestão da pintura,já lá vão quase 19 anos.
A empresa é a PPG(multinacional Americana,que tem uma filial em Espanha que é a PPG Ibérica.)
Quanto ao José Câmara(que rica memória),é verdade embarquei a 21de Janeiro de 1971 no Angra.Estive sim senhor no CISMI de Tavira no 2º Turno de 1970(Armas-Pesadas),era um pelotão comandado comandado pelo Alferes Vidigal(militar do quadro)e outro por um aspirante Milºde que já não lembro o nome.Agora sinceramente a minha cabeça,não dá para lembrar de quem sejas,de qualquer modo não estamos longe de recuperar o disco «rígido».
E por agora é tudo,continuaremos nas nossas lembranças.
Um santo Natal para todos,e por favor não deixem morrer as nossas lembanças,que nos ajudam a viver.
José Rosário
Caro Zé do Rosário
Já te disse pessoalmente (lá nos voltámos a encontrar no 'centro cultural', ou seja no Jumbo) que gostei de te ver por cá,
Agora é só puxar pela memória, e passar à escrita.
Quanto às fotos... se foram tiradas em Canquelifá parece-me reconhecer o Alferes Paiva Nunes que foi meu colega no Instituto Industrial e esteve no CSM em Santarém, comigo e com o Luís Borrega, por exemplo, e que depois foi para o COM.
Também parece que o amigo José Câmara te reconheceu de Tavira e do barco do vosso cruzeiro turístico. E vais ver que mais gente vai aparecer.
Abraço
Hélder Sousa
Amigo Helder
Obrigado pelas tuas palavras.
Quanto às fotos elas foram tiradas em Buruntuma,pois eu também estou nelas,(não reconheces?),é verdade nós éramos uns meninos GRANDES.
Bom Ano para todos.
José Rosário
Fui muito amigo do Saião ele era da familia dos donos da farmacia do mesmo nome Setútal Encontramo-nos várias vezes nos carnavais de Sines. Disseram-me que já nos deixou. Quanto ao Belmiro Coutinho, fiquei durante uns meses no obrigo dele, o que me estava destinado estava a levar um chapéu novo. O meu ficava a direita do espaldão do canhão s/r que estava montado num jipe. Quando ele veio de férias, para ai junho, julho, deixou-me entregue, assuntos de bar, o Porto-Porco e outro soldado que já não recordo o nome. Estava no abrigo dele quando sofri a minha primeira flagelação ao quartel, penso que em Abril ou Maio. Almoçavamos na mesma mesa, a primeira, junto a porta do bar. Eu depois em janeiro de 1973 fui para a Ccaç 12. Voltamo-nos a encontrar, por acaso, o Coutinho andava por Sines, estava ligado a empresa de Joao Santos, o do Benfica, que fornecia as ervanarias. Contou-me que vivia em Cacela, perto de Tavira. Alguns anos depois, já não sei quantos, soube que nos tinha deixado definitivamente. O Capitão a que te refreres era o Moura que era tratado pelo " Marreco" pelos milicianos, deves saber porquê. De ti não me recordo, mas durante as ferias do Coutinho, se o foste substituir, estivemos juntos.
O Coutinho sabia marcar o espaço dele em relação ao pessoal do quadro e não abria mão do pessoal que comandava nem para com o capitão. Um bom ano para ti e familia.
João Silva, ex-furriel mil Cabuca 3404
Amigo João Silva.
Obrigado pelas tuas observações.
Só quero corrigir uma coisa.
Eu não fui substituir o Coutinho nas férias,mas houve sim uma troca que já estava combinada entre mim e ele(ele estava em Buruntuma e eu em Cabuca,a troca deu-se aí em Março ou Abril de 1972).Quanto ao Saião,muito me admiro de não saber de nada,mas em breve vou tirar a limpo(ele era dono e é? do restaurante Xica Bia em plena avenida Luísa Tody em Setúbal.
Quanto ao Coutinho,não sabes do que é que ele morreu?Vê tu o curioso das coisas ,ele esteve uns dias em minha casa aqui em Setúbal,depois da comissão terminada, e depois nunca mais nos encontrámos,e pelos vistos com actividade profissional aqui perto de Setúbal.
Quanto ao seu comportamento militar ele era uma pessoa que não brincava em serviço(muito disciplinado e disciplinador)
O Saião chegou a comentar comigo que o Capitão Moura,não ia muito à bola com o Coutinho e revelava sempre o meu nome por comparação(eu era uma pessoa que não gostava ,nem gosto de criar conflitos.)
Por agora é tudo,bom ano para ti e para todos os camaradas.
Vai dando notícias.
Um abraço
José Rosário
José Rosário
- Quando cheguei a Cabuca era um periquito com uns 15 dias de Guiné, fui em rendição individual,penso que finais de Março. Já lá estava o Coutinho que, como sabes, tinha vindo de Buruntuma onde "piava mais fino" pelo que ele me contou, por isso jogava com esse "capital" o que nem sempre funcionava bem na relação especialmente com o pessoal do quadro, nós milicianos utilizavamos outro termo, especialmente com o primeiro e o capitão, uma questão de personalidade e também da pessão a que esteve sujeito. Penso que tu deves saber ao que me refiro. Curiosamente estava no abrigo dele, sei que estavamos em Abril, quando fomos atacados ele disse-me fica aqui dentro do abrigo. Ele saiu e fez vários disparos com o canhão. No fim do ataque ele faz saber, aos do costume, que foi o primeiro a responder ao fogo do IN. Penso que isto define um pouco o perfil do Belmiro.
- A farmacia Saião era dos pais do Saião, sei também que tinha uma irmã. Ele estava ligado ao negocios das farmacias e foi um funcinário de uma farmacia aí de Setúbal que quando lhe perguntei por ele me deu a noticia. Pode haver um equivoco mas a verdade é que nunca mais nos vimos.
Um Abraço e fica bem!
joao silva
Amigo João
Concordo com tudo o que disseste.O Coutinho não brincava em serviço.
Quanto ao Saião,ainda não sei de nada,mas espero poder dar noticias em breve.Com respeito à farmácia Saião(ainda existe),sei que o Saião,fez as partilhas com a irmã,ficando esta com o negócio da farmácia,e ele abriu um restaurante(muito fino)de nome Xica Bia,aqui em Setúbal.
Como te disse vou averiguar,pois realmente também não o vejo há muito tempo.
Um abraço.
Amigo Rosário,
Sou o Lopes, condutor do nosso Pelotão na Guiné! Estive em Buruntuma com o Furriel Coutinho. Deixei uma mensagem e pedido de amizade no facebook.
Quando puder entre em contacto comigo.
Abraço
Norberto Lopes
Boa noite amigo Lopes.
Tive a ver as fotos que enviaste e aos poucos,começo a lembrar vagamente algumas coisas.
Uma curiosa foi em Piche,quando o Fernandes se prontificou a levar-me a conhecer uma linda nativa.
O que é feito do camarada (gondomar)que andou sempre comigo e era o meu grande guarda-costas,bom rapaz não desfazendo de todos os outros camaradas.Recordo também um camarada que tinha um vicio terrível pela caça,bons petiscos que fizémos.
Outro era um rapaz de Rio Maior,que só queria era petiscos e que estava sempre à volta da capoeira a ver qual o galo que marchava.
Foram tempos difíceis,mas espaçados de momentos inesquecíveis.
Outra,foi um desentendimento com um nativo por causa do desaparecimento da aliança de casado do Machado(creio ser este o nome do condutor que comigo estava na altura),foi tão grande a confusão que não restou outra alternativa que não fosse apresentar queixa ao cipaio,e na nossa presença o nativo levou uma coça do dito cipaio que eu até tive de pedir para ele parar com o castigo,foi o bom e o bonito,pois nunca esperei que ele resolvesse o assunto daquela maneira,enfim foi uma lição para o nativo.Podes ajudar a avivar a minha memória com nomes.
Um abraço,e vai dando notícias.
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