Os territórios da Índia Portuguesa, tal como os aprendíamos na escola primária (Cortesia de José Varzeano, autor do blogue Correio das Lembranças)
A exposição conta com a colaboração do Observatório Político, que fez o contexto geopolítico
(À esquerda:) Fausto Diabinho recebe, da PSP, a ordem de mobilização, no seu próprio local de trabalho, uma farmácia de Lisboa. Fez a tropa em Elvas, em 1956. (À direita:) Fausto Diabinho, em Goa, 2/7/1960, um ano e cinco meses antes da invasão (17/18 de dezembro de 1961).
Regimento de Lanceiros nº 1, Elvas > Despedida do ERC 1 (Esquadrão de Reconhecimento nº 1), mobilizado para a Índia.
Um grupo de alferes a bordo do Niassa, a caminho da Índia... Curiosamente, pertenciam à CCAÇ 11 e CCAÇ 12, as mesmas designações das duas companhias africanas que irão nascer em Contuboel, leste da Guiné, em meados de 1969...
O desembarque, em batelão, no porto de Mormugão, Goa.
Algumas das fotos da exposição (aqui reproduzidas, com a devida vénia...).
1. Amigos e camaradas, nomeadamente os da Grande Lisboa:
Seria uma pena perderem esta exposição, que está patente no Padrão dos Descobrimentos, já desde o dia 30 de setembro, e que termina no próximo dia 30 dezembro.
Pode ser visitada, de terça-feira a domingo, das 10.00h às 18.30h. A entrada são 3 €.
No sitio oficial lê-se: "O Padrão dos Descobrimentos, dedicado a todos os que difundiram a cultura portuguesa no mundo, apresenta esta exposição como parte da sua memória viva, evocando o esforço e a coragem de todos os homens que são um testemunho das várias facetas da história lusa de além-mar.
"Este Álbum de Memórias. Índia Portuguesa 1954-62, criado a partir de fotografias, documentação e recordações dos militares portugueses, espólio recolhido por Fernanda Paraíso, com o apoio da Associação Nacional de Prisioneiros de Guerra (ANPG), retrata a vida dos militares, prisioneiros de guerra na sequência da ocupação indiana dos territórios portugueses na Índia, em Dezembro de 1961, até ao momento do seu repatriamento.
"À presente exposição, comissariada por Fernanda Paraíso, une-se o contributo do Observatório Político que introduz o enquadramento complementar para a compreensão do quadro histórico e político de meados do século XX, no qual se inscrevem os acontecimentos narrados"...
2. Tomo a liberdade de apresentar algumas fotos que fiz, aquando da minha visita à exposição, no passado dia 25 de novembro. Gostaria de chamar a atenção para os excertos dos diversos diários mantidos pelos militares portugueses que ficaram prisioneiros das tropas invasoras indianas, e que só regressaram à Pátria em 1962, depois de cinco meses e meio de cativeiro. Comemora-se. portanto, este ano, o 50º aniversário dos últimos soldados da Índia... E por outro lado, enfatize-se o carinho com que estes homens, nossos camaradas da guerra colonial, tanto do exército como da marinha, reuniram documentos, objectos, fotos, etc. que ilustram esta fase final da nossa presença na índia, entre 1954 e 1962. É também o testemunho de um geração que tem sofrido a ignomínia do silêncio. Parabéns à comissária Fernanda Paraíso e ao EGEAC.
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Nota do editor:
Último poste da série > 11 de dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P10787: Agenda cultural (240): Lançamento do livro "Guiné - Guerra e Poesia", de José Martins Gago, dia 16 de Dezembro de 2012, pelas 15h00, na Livraria Bar Les Enfants Terribles, Rua Bulhão Pato, 1 - Lisboa (José Martins)
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