Quem nunca andou, no tempo das chuvas, a fazer (ou a montar segurança a) colunas logísticas, nas picadas do leste da Guiné (e especial a sul de Bambadinca), nunca saberá dar valor a uma estrada alcatroada... Estas fotos falantes II do Torcato Mendonça não precisam de legenda: era a estrada (?) Bambadinca - Mansambo - Xitole, na época das chuvas (que ia de maio a outubro)... Um inferno para viaturas civis e militares... Sim, porque se faziam comboios de dezenas de viaturas para se levar os comes & bebes e as munições par Mansambo, Xitole e Saltinho....Às vezes levavam-se dois dias para fazer 30 km...
Mansambo, Xitole e Saltinho e todas as tabancas dos respetivos subsetores só podiam ser abastecidos por terra, a partir de Xime e Bambadinca... O troço Mansambo-Xitole esteve inclusive interdito, por razões de segurança, durante largos meses, sendo reaberto com as Op Belo Dia I e II, em agosto e setembro de 1969.
Fotos: © Torcato Mendonça (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: L.G.]
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Nota do editor:
Último poste da série > 11 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12429: Memória dos lugares (259): Ainda a Ilha das Galinhas e a sua "colónia penal e agrícola", criada em 1934 (José António Viegas, ex-Fur Mil do Pel Caç Nat 54, 1966/68)
7 comentários:
Torcato, essa zona continuava na mesma em em 1993 quando chovia.
Houve um início de asfaltamento da ponte do Saltinho para Bambadinca, não sei se se concretizou, por uma empresa italiana com financiamentos da Europa e árabes.
Do Saltinho até Catió chegou a ser asfaltada, ainda vi uma parte concluida.
Mas mesmo o asfalto requer uma manutenção permanente caso contrário torna-se tão impraticável ou pior do que em terra.
Trabalharam nos primeiros anos em estradas na Guiné, desde cooperações italianas, portuguesas, suecas, chinesas do Taiwan, francesas que eu vi interagi.
Mas aquilo é complicado haver estradas funcionais, é que quando não somos nós a fazer, para nós próprios, as coisas "somem".
Acontece o mesmo com muitas coisas connosco neste rectângulo.
Cumprimentos
Caríssimo Amigo Torcato.
Lá vens tu fazer doer com as nostalgias várias provocadas pelas fotos da estrada Mansambo-Bambadinca.
Que saudade das Colunas Buba-Aldeia-Formosa-Gandembel,a chuva,e todos os outros pequenos inconvenientes.
Em verdade,davam-nos a oportunidade de practicar Ralis mais difíceis e complicados que o vulgar Paris-Dakar,e, ainda por cima nos pagavam(bem!)e alimentavam ( melhor)!
Quase oico a Cesaria Evora cantar...."Saudade".
Aquele abraco com os Votos de um Bom natal.
E vai um abraço para o Rosinha e digo-te que eram trabalhos a mais em nota de rodapé no fim das facturas.
Aqui neste rectângulo temos contas muuuiiito sofisticadas. Olha eu já não sei dessas matemáticas..
Abraço José Belo, as renas já certamente sairam e para a semana já por cá passaram. Ainda pagam IVA e S.Social, pior se pagarem ADSE...
Não foi nostalgia foi o nosso amigo Luís Graça que foi "arrebanhar" aquelas minhas fotos. A Tabanca já é dentro de Mansambo. Foi bom não foi???Agora sentem-se as articulações.
Abraços e Boas Festas.
Ab,T.
Situações documentadas pelas fotos do Torcato eram frequentes naquela terra, parece que já vai havendo algum asfalto, mas fraquinho, pois há outros investimentos mais rentáveis,... assim parece.
Gostei de ver as fotos.
Boas festas para todos
César Dias
Camarada Torcato
Bela coleção de fotos que são tão comuns a quase todos nós. Era terrível na época das chuvas proteger as colunas de abastecimento e pior ainda era que tínhamos que fazer primeiro a picagem para deteção de minas antes da passagem de viaturas e tinha-mos que o fazer mesmo nas zonas alagadas e sem visibilidade e posteriormente fazer a segurança periférica da estrada enquanto era feito o reabastecimento aos aquartelamentos que neste caso eu falo na "estrada" entre Bissorã e Olossato. Mas também as fiz na estrada entre Biambe e Encheia.Já agora leia-se estrada= Picada. Todos sabem o que é.
Um abraço para todos os tertulianos e um BOM NATAL.
Henrique Cerqueira
Camarada Torcato
Bela coleção de fotos que são tão comuns a quase todos nós. Era terrível na época das chuvas proteger as colunas de abastecimento e pior ainda era que tínhamos que fazer primeiro a picagem para deteção de minas antes da passagem de viaturas e tinha-mos que o fazer mesmo nas zonas alagadas e sem visibilidade e posteriormente fazer a segurança periférica da estrada enquanto era feito o reabastecimento aos aquartelamentos que neste caso eu falo na "estrada" entre Bissorã e Olossato. Mas também as fiz na estrada entre Biambe e Encheia.Já agora leia-se estrada= Picada. Todos sabem o que é.
Um abraço para todos os tertulianos e um BOM NATAL.
Henrique Cerqueira
O Luís Cabral tentou e conseguiu um enorme financiamento para refazer os transportes fluviais tradicionais coloniais, mas deram-lhe a golpada e o "sonho" daquelas transportes comerciais que ele conheceu na casa Gouveia colonial, foram-se.
Ainda fez além da grande ponte cais paralela às outras duas no Pijiquiti, substituiu por cimento as coloniais de madeira, em Binta, Caboxanque, Cadique e melhorou uns acostamentos ali para Bedanda (?), Cacine...e mais não me lembro bem.
Os Guineenses antigos tinham umas saudades danadas daqueles tempos, mas após a revolta de Pigiquiti, e o PAIGC acabou-se com a Guiné colonial.
A propósito de transportes, agora que a TAP só chega a DAKAR, é bom que se diga que a TAP,
«mais que qualquer polítiquice, e mais que qualquer guerra colonial ou colonização, fez mais pela "Unidade Guiné-Portugal" do que o PAIGC fez pela "Unidade Guiné-Caboverde»
Cabral que desculpe, mas a verdade é para ser dita.
Cumprimentos
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