segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12459: (In)citações (58): Estradas da região de Tombali, Guiné-Bissau, 40 anos depois da independência: o espelho da Nação (AD - Acção para o Desenvolvimento)


Guiné-Bissau > Região de Tombali > 2013 > Estradas ? Picadas... 40 anos depois da independência

Foto: © AD - Acção para o Desenvolvimento  2009). Todos os direitos reservados.


1. Comentário inserido em 26/9/2013 na página do Facebook da AD - Acção para o Desenvolvimento

Já lá vão 40 anos de independência e as estradas do sul, das zonas da Luta de Libertação, das primeiras zonas libertadas, lá onde nasceu a nação guineense, continuam abandonadas sem nunca terem sido melhoradas.

Reflete bem as lideranças politicas que se foram sucedendo e que se esqueceram com uma enorme rapidez das suas bases de guerrilha, lá onde eles viveram, lutaram e muitos deles casaram.

Renderam-se aos encantos de Bissau e nem mesmo a memória os ajuda a reconhecer os antigos camaradas de primeira hora. — em Guiledje, Tombali, Guiné-Bissau.

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12327: (In)citações (57): O meu próximo livro pode responder a questões relacionadas com o pós independência da Guiné-Bissau (Mário Serra de Oliveira)

2 comentários:

Antº Rosinha disse...

Luís é um crime e até é hipocrisia (não da tua parte)acusarmos a santa ingenuidade de um qualquer Nino, ou qualquer dirigente guineense antigo combatente, desta miséria de estradas na foto, (ou escolas, ou hospitais etc.).

As cooperações internacionais desde os Suecos, Vandalos e alanos que lá andámos é que fomos os maiores culpados.

Só pela minha parte e da parte de vários "Bjorg" ajudámos a gastar todas as jazidas de laterite existentes na Guiné.

Tudo inutilmente porque a laterite sem cobertura de asfalto era para ir embora nas primeiras chuvas.

E a manutenção de estradas, cantoneiros, valetas limpas escoamentos de água lateralmente, só com técnicos e máquinas e dinheiro 24 sobre 24 horas, e isso vinha dos financiamentos e ajudas, e muito, mas os ministros e cooperantes...já viste Luís, "aquilo nem era meu", como se diz.

Dizia um camionista preto da Guiné para um branco cooperante na Gabu-Pirada: "Se fosse na tua terra fazias uma autoestrada em asfalto, mas para os pretos fazes esta estrada em terra".

Qualquer chaufeur sabe que foi e é tudo a fingir quanto mais não saberá um ministro.

Luís, a Guiné ainda não é dos piores.

Mas nem Spínola era Le Klerk, nem Luís Cabral era Mandela!



Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Esta é mais uma foto que ilustra (infelizmente) uma parte da realidade actual da Guiné.
Não há só coisas más, acredito, mas lá que dá raiva e uma imensa pena, isso dá.

Não posso deixar de concordar com o sentido do texto que acompanha a foto, quando lamenta a situação e aponta o dedo a responsabilidades... embora se possa pensar que também é necessário encontrar as 'supostas' razões, mais que não seja para efeitos de profilaxia.

Também o Rosinha terá alguma (bastante) razão quando refere a desenfreada 'cooperação' (pouco) desinteressada com as consequências para o meio ambiente que também vamos tendo conhecimento.

Lamentar, só por si, nada resolve, é certo, mas por aqui pouco se pode fazer para além de ir denunciando estas coisas...

Uma profunda tristeza...

Abraços
Hélder S.