quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13915: Álbum fotográfico do Victor Neto, ex-fur mil, CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Cachil: parte III: A Lancha LD4, que fazia a "carreira" Catió-Cachil... [A ligação de Cachil, na margem esquerda do Rio Cobade, a Catió fazia-se de barco, pelo Rio Cobade e depois pelo seu afluente, o Rio Cagopère em cuja margem direita se situava o porto exterior de Catió]


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 7 > A lancha do Cachil, que vinha de Catió,,, A ligação de Cachil (na margem esquerda do Rio Cobade) a Catió fazia-se de barco, pelo Rio Cobade e depois pelo seu afluente, o Rio Cagopère (em cuja margem direita se situava o porto exterior de Catió)]

Foto do álbum do ex-fur mil Victor Neto, da CCAÇ 557, enviada pelo incansável José Colaço, nosso grã-tabanqueiro.

Foto: © Victor Neto / José Colaço (2014). Todos os direitos reservados [Edição : LG]


1.  Mensagem de José Colaço, em resposta ao nosso pedido de fotos e outras informações sobre a embarcação "Bubaque" (*):

Data: 18 de Novembro de 2014 às 18:37
Assunto: Lancha LD4.

Luís,  envio foto do álbum do camarada Victor Neto (**): trata-se da lancha LD4 que navegou nos anos 1964 a 68 no rio Cagopère,  de Catió para o Cachil,  para o abastecimento de,  entre vários mantimentos,  o precioso líquido,  a água.

A ideia que eu tinha é que era esta lancha, a  LD4, que foi adaptada,  depois de ser abatida ao contingente da  marinha,  para o barco de passageiros Bissau-Bubaque... Errado ? (**)

Um abraço
José Colaço

[ex-sol trms,  CCAÇ 557,
Cachil,Bissau e Bafatá, 1963/65]


2. Comentário de L.G.:

Zé,  obrigado. O barco que está aqui em casa é o "Bubaque" que fazia a carreira Bissau-Bambadinca (e viceversa)... e não Bissau-Bubaque. O Manuel Amante diz que ela, enquanto LP 4 [ Lancha de Patrulha, e não de Desembarque], terá participado na Op Tridente ou batalha do Como (Jan-mar 1964)... Teve uma vida efémera na Marinha (de junho de 1963 a março de 1964)... O pai do Manuel Manuel adquiriu à Marinha uma LP4 e uma LP3... Abraço grande do LG.
______________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de novembro de  2014 > Guiné 63/74 - P13914: (Ex)citações (248): Ainda a embarcação "Bubaque", antiga LP4, antiga traineira de pesca algarvia... Comprada como sucata à Marinha, foi a embarcação da carreira regular Bissau-Bambadinca- Bissau (Ambasciatore Manuel Amante da Rosa)

(**) Últimpo poste da série > 8 de outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13707: Álbum fotográfico do Victor Neto, ex-fur mil, CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Cachil: parte II: tempo de lutar, tempo de folgar, tempo de rezar

3 comentários:

Luís Graça disse...

Zé, obrigado pela tua rápida e oportuna resposta.

De qualquer modo, não me parece que haja alguma ligação entre a LD4 e a LP4...

A antiga lancha de patrulha LP4, comprada pelo Amante da Rosa, pai do nosso camarada Manuel Amante, à Marinha depois do seu abate em março de 1964, deve ter sido rebatizada, passando a chamar-se "Bubaque"...

Porquê "Bubaque" ? Porque o pai do nosso Manuel Amante tinha uma especial afeição pelo arquipélago dos Bijagós... Aliás, o nosso Manuel Amante nasceu em Bolama, em 1952...

As duas embarcações são completamente diferentes, até em termos construtivos: a tua LD4 é mesmo uma lancha de desembarque (antecessora da LDP); a LP4 era uma traineira de pesca, ao que parece, "melhorada" pela marinha (talvez no Alfeite ?)... Como é que viajou tantos quilómetros é que me faz confusão... Ou teria ido num barco da marinha mercante ? Tudo é possível... Ainda são umas milhas valentes, desde Lisboa até Bissau...

Ah!, não te esqueças que tens a "obrigação moral" de trazer o Victor Neto, vivo da costa!, até à Tabanca Grande e sentá-lo à sombra do nosso poilão!...

Se o Victor não vier à Tabanca Grande, a Tabanca Grande vai ter ao Victor!... Dá-lhe o recado...

Anónimo disse...



José Colaço, tu és um grande homem, tenho lido e apreciado os teus comentários. Se te terás enganado neste, terá sido um erro que pode acontecer a qualquer um.
Eu por mim já me apercebi que tu estás neste blogue de corpo e de alma, a dar os teus conhecimentos e intrepretações duma forma livre, franca, sincera. José Colaço se bem entendo tu não estás aqui para defender causas, nem para levantar bandeiras. Tu meu amigo estás aqui para abrir os braços e cumprimentares os teus jovens e camaradas de antigamente, que estão hoje mais velhos, mais calmos ou resingões que vais encontrando no blogue.
Eu para dar algum realce às amizades que vou fazendo vou-lhe atribuindo parentescos. Assim num grupo de amigos, seremos vinte, mais permanentes, que nos juntamos para almoçar uma vez por semana, já tenho um cunhado e um primo. O primo é africano, e um médico que faz parte da equipa disse-me que geneticamente podia ser possivel.
Atendendo a toda esta minha lógica de parentescos que se vai alargando, meu amigo Colaço, se tu concordares tu vais passar a ser o meu irmão do sul.
Colaço, eu serei muito ingénuo e terei que pagar por isso, mas tu és um homem muito bondoso.
A vida pode ser bela meu amigo!
Nesta hora em que te escrevo, na casa, "andar", onde habito,perto do Castelo do Queijo, Porto, no silêncio desta tarde calma, observo um horizonte entre o rosa e o vermelho dum sol que se despede.
Fico contente por esse horizonte e por comunicar contigo.
Este blogue ,de cujo grande arquitecto foi o Luís Graça, foi bem pensado, e tu és o camarada mais leal, mais puro,mais dedicado mais honesto. Tu tens cumprido todos os ideais e programas instituídos por esse grande camarada que tem uma alma maior do que ele.
Tu Colaço, és o melhor de todos, e é um abuso da minha parte dizer que tu és meu irmão.
Nas sociedades igualitárias cristãs ou socialistas, que surgiram sobtretudo em épocas de crise, primeiro na Idade Média,
e depois nos tempos modernos da insdustrialização, esses revolucionários passaram a tratar-se por irmãos e camaradas.
Somos uns velhos filhos de todas essas tradições e revoluções antigas, não somos santos nem demónios.
Sociologicamente nem favorecido, nem desfavorecido pela fortuna, sempre observei com desprazer os os abusos das classe dominantes. Acabei por defender os mais desgraçados e desfavorecidos, talvez poque o meu pai mesmo sem ser desumano à semelhança de muitos, era um autoritário e salazarista empedernido.
Hoje já não há opiniões sobre as misérias sociais ou politicas. Todos esses males continuam a existir, mas nós, boas consciências de direira ou de esquerda, vamos sossegando o espirito com bulas e palavras piedosas encomendadas aos padres ou aos politicos de esquerda. A esquerda encarrega-se de bradar contra essas injustiças sociais, a Igreja por vezes também ergue a bandeira da justiça.
A direita sempre quiz ter Deus por perto, a esquerda nunca soube avaliar todo o bem que Deus, ou os deuses fazem aos homens. Esse Deus, esses deuses preenchem tanto o vazio e o imaginário dos homens.
O próximo grande partido de direita ou esquerda a criar será esse grande partido com ligações aos céus e à terra. Os homens têm um coração, têm uma alma, a queda do muro de Berlim e a queda em cascata dos regimes comunistas de leste e o ressurgimento das religiões católicas, muçulmanas ou ortodoxas, são um sinal disso.
José desculpa. tu és um grande amigo e camarada, não és uma ideia, já me alonguei no campo das ideias, mas não te perdi de vista.
Meu grande amigo, muito obrigado pela amizade que tu repartes entre todos. Tu és único, nunca te arrependas de ser quem és. Sê sempre igual a ti póprio, eu por mim gostarei smptre de ti.

Um grande abraço meu irmão!

Francisco Baptista

José Botelho Colaço disse...

Pai Salazarista empedernido, aplica-se a frase de um espinho sai uma rosa.
Um abraço Colaço.