1. Mensagem de hoje que nos chega do Manuel Lomba e que reencaminhámos para o José Matos, com o seguinte comentário: "Zé: como vês o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é Grande... Ab. Luis".
[Manuel Lomba, ex-fur mil da CCAV 703 / BCAV 705, Bissau, Cufare Buruntuma, 1964/66; autor do livro "Guerra da Guiné: a batalha de Cufar Nalu". Faria, Barcelos, Terras de Faria, Lda: 2012, 314 pp.]
O camarigo José Matos acaba de nos facultar um notável trabalho específico e histórico e aproveito para referir haver privado com um cabo miliciano Matos, na messe do acanhado RC 7 (mas que comportava o refeitório de rancho geral e três messes, de oficiais, sargentos e cabos milicianos...), entre Março e Maio de 1964. Seguramente que me cruzei com o seu pai [, José Matos].
Em finais de 1964 fomos lançados, como força de intervenção, numa operação creio que à mata de Cafine, com a missão de "emboscar" um reabastecimento de armas e munições ao PAIGC por helicóptero.
Ao fim de dois dias e duas noites emboscados em torno de uma clareira, nem turras nem helicóptero compareceram e, no reconhecimento que precedeu a retirada, topámos vestígios dos seus patins e uma granada de RPG espoletada, que teria sido largada pelo seu carregador...
Em sequela da Operação Tridente, o general Schulz levou o ferro e o fogo ao sul da Guiné: fomos recorrentes nos matos de Fulacunda, Buba, Cantanhez, Cafine e, depois, Cufar.
Na nomadização em Cufar, de Janeiro a Março de de 1965, víamos passar aviões e dizia-se que estávamos sob as rotas aéreas, nomeadamente de Angola. Tínhamos as aludidas metralhadoras ligeiras Dreyse e nunca lhe aplicamos as miras anti-aéreas.
No seu conhecido livro "Crónica da Libertação", Luís Cabral não só não refere a sua aviação turra como desdenha da eficácia da nossa, enquanto Nino Vieira dizia ter tido muito medo e muitas cautelas em relação à mesma.
Abraço
Manuel Luís Lomba
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Notas
Último poste da série > 9 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15095: (Ex)citações (291) Os célebres MiG russos que o PAIGG nunca teve mas que foram uma ameaça percebida no final da guerra... (José Matos / Luís Gonçalves Vaz / Manuel Lomba)
[Manuel Lomba, ex-fur mil da CCAV 703 / BCAV 705, Bissau, Cufare Buruntuma, 1964/66; autor do livro "Guerra da Guiné: a batalha de Cufar Nalu". Faria, Barcelos, Terras de Faria, Lda: 2012, 314 pp.]
O camarigo José Matos acaba de nos facultar um notável trabalho específico e histórico e aproveito para referir haver privado com um cabo miliciano Matos, na messe do acanhado RC 7 (mas que comportava o refeitório de rancho geral e três messes, de oficiais, sargentos e cabos milicianos...), entre Março e Maio de 1964. Seguramente que me cruzei com o seu pai [, José Matos].
José Matos, filho |
Ao fim de dois dias e duas noites emboscados em torno de uma clareira, nem turras nem helicóptero compareceram e, no reconhecimento que precedeu a retirada, topámos vestígios dos seus patins e uma granada de RPG espoletada, que teria sido largada pelo seu carregador...
Em sequela da Operação Tridente, o general Schulz levou o ferro e o fogo ao sul da Guiné: fomos recorrentes nos matos de Fulacunda, Buba, Cantanhez, Cafine e, depois, Cufar.
Na nomadização em Cufar, de Janeiro a Março de de 1965, víamos passar aviões e dizia-se que estávamos sob as rotas aéreas, nomeadamente de Angola. Tínhamos as aludidas metralhadoras ligeiras Dreyse e nunca lhe aplicamos as miras anti-aéreas.
No seu conhecido livro "Crónica da Libertação", Luís Cabral não só não refere a sua aviação turra como desdenha da eficácia da nossa, enquanto Nino Vieira dizia ter tido muito medo e muitas cautelas em relação à mesma.
Abraço
Manuel Luís Lomba
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Último poste da série > 9 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15095: (Ex)citações (291) Os célebres MiG russos que o PAIGG nunca teve mas que foram uma ameaça percebida no final da guerra... (José Matos / Luís Gonçalves Vaz / Manuel Lomba)
3 comentários:
Manuel: esclarece este parágrafo que pode não corresponder ao que tu quetias dizer:
"No seu conhecido livro "Crónica da Libertação", Luís Cabral não só não refere a sua aviação turra como desdenha da eficácia da nossa, enquanto Nino Vieira dizia ter tido muito medo e muitas cautelas em relação à mesma."
A tua mensagem original foi a seguinte, e penso que está truncada:
Assunto - Sondagem relativa sua aviação como desdenha da nossa.ua aviação turra na Guiné
(..) "No seu conhecido livro 'Crónica da Libertação', Luís Cabral não não refere a sua aviação como desdenha da eficácia da mesma, enquanto Nino Vieira dizia ter tido muito medo e muitas cautelas em relação à mesma." (...)
Oh Luís, foi mesmo truncamento. Obrigado pela correcção.
Escrevinhador velho
E tecnologia nova
Dão erros
Até à cova...
Abraço
Manuel Luís Lomba
José Matos fala em guineanos... Como não tinha visto antes em lado nenhum, pergunto se não será lapso ou se o novo acordo ortográfico o "permite"...
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