Olá Carlos Vinhal, bom dia!
Antes de mais espero que esteja tudo bem contigo e família.
No âmbito do inquérito "on line" que tem estado a decorrer sobre o assunto em epigrafe, recordo parte de um episódio que comigo ocorreu, e sobre o qual em tempos enviei para publicação, sendo que este foi mesmo o único "pifo" que apanhei em terras da Guiné.
O extracto abaixo faz parte do Post P10432 de 25-09-2012 / Estórias dos Fidalgos do Jol / 12 - A minha primeira noite no Jol:
..."Mas felizmente era apenas e só a minha preocupação de “pira” a funcionar, pois nada de anormal se passou, só que, ao contrário do que aconteceu com o “pira” do Juvenal, no meu caso era ver quem mais “álcool” me conseguia fazer beber e, obviamente, pagar.
Tanto quanto foi possível lá me fui aguentando, normalmente tentando disfarçar as grandes quantidades de whisky com coca-cola à mistura. Como sabia e “escorregava” bem, consegui manter-me durante um bom par de horas a ouvir alguns dos acontecimentos mais significativos dos últimos 12 meses (a eterna tentativa de “acagaçar” os recém chegados), e sinceramente não dei conta que já me encontrava muito perto dos limites.
Enquanto estive sentado, a coisa correu bem, o pior foi mesmo quando fiz mais do que uma tentativa para me levantar, e as pernas não me obedeciam. A minha intenção de evitar apanhar uma primeira bebedeira em terras da Guiné, definitivamente não tinha resultado. Estava mesmo embriagado e, só com alguma ajuda, lá me consegui pôr a caminho do meu abrigo. Pelo meio fui “apanhado” pelo Cabo da ronda que, “simpaticamente” me perguntou se precisava de ajuda, depois de me ver de joelhos e a vomitar. Bonito exemplo logo no primeiro dia, pensei eu…
Mas a “praxe” tinha sido cumprida e, no outro dia, era como se nada se tivesse passado. Nunca mais ninguém falou nisso, eu é que durante largos meses, nunca mais pude ver à minha frente aquela “maldita combinação” de whisky com coca-cola. Foi mesmo de arrasar"…
Se achares que tem interesse recordar, p.f. publica, fazendo as alterações que considerares oportunas.
Aproveito para juntar umas fotos tiradas em Jolmete, em Outubro / Novembro de 1972, que ilustram alguns momentos de "alegria". De salientar que o fim da comissão estava próximo.
Recebe um grande e forte abraço,
Augusto Silva Santos
Jolmete, Outubro e Novembro de 1972
Fotos: © Augusto Silva Santos
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Nota do editor
Último poste da série de 23 de março de 2016 Guiné 63/74 - P15892: Inquérito 'on line' (49): Pifos não eram comigo, só por duas vezes! (Manuel Joaquim, ex-Fur Mil da CCAÇ 1419)
3 comentários:
Na tropa só apanhei um pifo e foi em Santa Margarida em véspera de embarcar para a Guiné.
AUGUSTO em novembro já tudo ia no ar os piriquitos da 3 companhia do meu batalhao já la estava para vos render manga de ronco um abraço
Em Jolmete, a avaliar pelas fotos, vejo que era a "Cristal" que se bebia mais... Se calhar era a que havia, ou que a Intenddência disponibilizava...
Não sabia, a Cristal era a cerveja mais antiga do mercado português: já existia (e continua a existir) desde 1890. A guerra também foi um bom negócio para as cervejeiras...
http://www.unicer.pt/pt/home-pt/marcas/cervejas/cristal#31
Aliás, a guerra é sempre um bom negócio, exceto para quem a faz e sofre as consequências, diretas e colaterais...
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